2º Trimestre - Lição 05
TEXTO ÁUREO
“E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito” (1 Sm 12.23).
VERDADE PRÁTICA
Orar é preciso; interceder é a obrigação de todo o povo de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Jeremias 14.1-3,7,8,10; 15.1.
Jeremias 14
1 - A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, a respeito da grande seca.
2 - Anda chorando Judá, e as suas portas estão enfraquecidas; andam de luto até ao chão, e o clamor de Jerusalém vai subindo.
3 - E os seus mais ilustres mandam os seus pequenos buscar água; vêm às cavas e não acham água; voltam com os seus cântaros vazios, e envergonham-se, e confundem-se, e cobrem a cabeça.
7 - Posto que as nossas maldades testifiquem contra nós, ó SENHOR, opera tu por amor do teu nome; porque as nossas rebeldias se multiplicaram; contra ti pecamos.
8 - Oh! Esperança de Israel, Redentor seu no tempo da angústia! Por que serias como um estrangeiro na terra e como o viandante que se retira a passar a noite?
10 - Assim diz o SENHOR acerca deste povo: Pois que tanto amaram o afastar-se e não detiveram os pés; por isso, o SENHOR se não agrada deles, mas agora se lembrará da maldade deles e visitará os seus pecados.
Jeremias 15
1 - Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
• Intercessão - Suplicar em favor de alguém diante de Deus - Is 53.12; Rm 8.26,27
• Rogo - Pleitear, pedir com urgência, persuadir - Êx 33.13; Jz 6.39
• Petição - Pedido intenso, solicitação, requisição - 1 Sm 1.17
• Súplica - Pedido de misericórdia - Sl 30.8
Introdução
Palavra Chave
Intercessão: Do lat. intercessionem. Súplica em favor de outrem. Sofrer com os que sofrem, chorar com os que choram.
Jeremias foi um dos maiores intercessores da História da Salvação. Apesar da contumácia de Jerusalém, jamais esquecia os judeus em suas orações. Não se limitava a repreendê-los; ilitamitava-se na intercessão. É chegado, pois, o momento de nos desfazermos em contínuos e amorosos rogos, para que o Senhor apiede-se de nossa nação e reavive a sua Igreja.
A intercessão não é um ministério específico; é um dever de todos os crentes. Aliás, uma das mais graves iniquidades que um servo de Deus pode cometer é abandonar a oração intercessória.
Estamos intercedendo pelas almas perdidas? Suplicamos em favor da Igreja de Cristo? Oramos pelas autoridades? Ou já não damos importância à oração sacerdotal. Sem intercessão nenhum avivamento é possível.
I. O QUE É A INTERCESSÃO
Toda a intercessão é oração, mas nem toda a oração constitui-se em intercessão. Apesar da obviedade deste pensamento, encerra este um grande postulado teológico: o amor incondicional a Deus e ao próximo. Como seria maravilhoso se, em nossos devocionais, esquecêssemos de nós e de nossos problemas, e nos puséssemos a interceder pela Igreja, pelos que ainda não são Igreja e pelos que a Igreja hão de alcançar. Ajamos assim, e teremos mais resposta dos céus e menos orações frustradas.
1. Definição. A intercessão é a oração que fazemos a Deus em favor de outrem. Constitui-se numa das maiores demonstrações de amor, e faz parte das obrigações do verdadeiro cristão. A oração intercessória é conhecida também como oração sacerdotal, pois, neste ato, estamos representando, diante de Deus, as petições em prol de uma terceira pessoa. Assim agiu Abraão ao rogar pelas cidades de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-33).
2. A eficácia da oração intercessória. Não há oração tão eficaz quanto a intercessória. Haja vista a prece que Nosso Senhor endereçou ao Pai no jardim da agonia (Jo 17). Através da oração intercessória, estamos a demonstrar amor e altruísmo; provamos que o bem-estar do semelhante está acima do nosso. Moisés, por exemplo, chegou a abdicar de sua bem-aventurança eterna ao interceder pelos filhos de Israel: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito” (Êx 32.32). Esta sua intercessão foi tão forte, que levou Deus a poupar os rebelados israelitas. Paulo fez o mesmo concernente a Israel (Rm 9.3).
A seguir, veremos Jeremias, outro grande intercessor do Antigo Testamento, a lutar em oração pelos filhos de Judá.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Intercessão é uma das maiores demonstrações de amor. Ela deve fazer parte da vida do verdadeiro cristão.
II. JEREMIAS INTERCEDE POR JUDÁ
Não sabemos exatamente quando se deu a calamidade que o profeta descreve de forma tão bela e irretocável. O que sabemos é que, naquele instante tão grave, havia alguém disposto a interceder por sua nação.
Se a estiagem parecia devorar o Reino de Judá, as lágrimas de Jeremias, qual orvalho do Hermom, lá estavam para regar o coração do Deus, cujas misericórdias duram para sempre.
1. A intercessão. Mesmo sabendo que os filhos de Judá achavam-se afastados de Deus e mergulhados numa apostasia crônica, Jeremias intercede por eles: “Oh! Esperança de Israel, Redentor seu no tempo da angústia! Por que serias como um estrangeiro na terra e como o viandante que se retira a passar a noite?” (Jr 14.8).
Tem você intercedido pelos maus? Ou limita-se a orar somente pelos bons? Tem implorado por seus desafetos? Nossa obrigação é interceder por todos, porque Jesus incessantemente intercede por nós.
2. Deus rejeita a intercessão de Jeremias. Se Deus ouviu a intercessão de Moisés, rejeitará a de Jeremias. Declara o Senhor explicitamente ao profeta: “Não rogues por este povo para bem. Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e quando oferecerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, e pela fome, e pela peste” (Jr 14.11,12; cf. 7.16; 11.14).
Estava o Senhor de tal forma irado, que haveria de ignorar até mesmo as petições de Samuel e de Moisés, caso os dois maiores intercessores da Antiga Aliança pudessem voltar à vida, para rogar em favor daqueles rebeldes (Jr 15.1,2).
3. A persistência da intercessão de Jeremias. Diante da recusa divina, o que faz Jeremias? Abandona seus compatriotas? Sente-se tranquilo por haver cumprido suas obrigações como atalaia de Deus? Seu ministério intercessório parecia destinado ao fracasso. Mas quando lemos os derradeiros capítulos de sua profecia, constatamos que, apesar daquele quadro tão desolador, achava-se o Senhor inclinado a socorrer o seu povo e a restaurar-lhe a sorte em tempo oportuno.
Continue a interceder por seus familiares, amigos e pelas almas que caminham para a perdição. No devido tempo, responderá o Senhor às suas petições.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Jeremias não ficou indiferente à sorte de seu povo. Ele intercedeu dia e noite em favor da nação.
III. POR QUE DEVEMOS INTERCEDER
Vejamos por que temos de exercer o ministério da intercessão. Aliás, como já frisamos, a intercessão não é um ministério específico; é uma obrigação de todo aquele que professa o nome de Cristo Jesus, o intercessor por excelência.
1. É uma recomendação bíblica. Explícita ou implicitamente, somos instados, do primeiro ao último livro das Sagradas Escrituras, a interceder. Como esquecer o exemplo de Abraão? Ou o sacrifício de Samuel? Ou a emocionada oração de Salomão no Templo Sagrado? E a agonia de Cristo no Getsêmani? A recomendação não deixa qualquer dúvida: “[...] orai uns pelos outros” (Tg 5.16; Cl 1.3; 4.3).
2. É uma demonstração do amor cristão. Não há maneira tão eficaz de se demonstrar o amor cristão quanto orar intercessoriamente. Experimente interceder! Mesmo esteja você enfrentando dores ou provações, interceda. No exato momento em que estiver orando pelos outros, alguém estará suplicando e chorando por você. O patriarca Jó livrou-se de seu cativeiro quando intercedia por seus amigos (Jó 42.7-12).
3. É um exercício de piedade. Muitos crentes esforçam-se por manter uma vida de intensa oração, mas não conseguem orar além de cinco ou dez minutos. Frustrados, põem-se a perguntar: “Como perseverar na oração?”. A resposta é simples: quando estiver orando, esqueça-se de si e ponha-se a suplicar por todos aqueles que se acham em provações. Eis o segredo de uma poderosa e constante vida de oração.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Palavra de Deus, do Gênesis ao Apocalipse, nos exorta a intercedermos.
CONCLUSÃO
Chegou o momento de cultivar o ministério da intercessão. Oremos como Jeremias. Aos pés de Cristo, choremos lágrimas compassivas e misericordiosas. Assim não intercedeu o Senhor Jesus por todos nós? Choremos pelos que sofrem. Supliquemos pelos que perecem. Que as nossas orações tenham como fundamento o amor altruísta e desinteressado.
VOCABULÁRIO
Altruísmo: Abnegação, amor ao próximo.
Contumácia: Grande teimosia, obstinação.
EXERCÍCIOS
1. O que é a intercessão?
R. A intercessão é a oração que fazemos a Deus em favor de outrem.
2. Por que a oração intercessória é eficaz?
R. Porque através dela, demonstramos amor e altruísmo; provamos que o bem-estar do semelhante está acima do nosso.
3. Quais foram os maiores intercessores do Antigo Testamento?
R. Samuel e Moisés.
4. Qual o maior exemplo de intercessão que temos na Bíblia?
R. Jesus no Getsêmani.
5. Por que devemos orar intercessoriamente.
R. Porque é uma demonstração do amor cristão.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
Lamentação e Confissão (14.11-22)
“Jeremias aqui deu vazão à sua tristeza a respeito do estado da nação. Mas, de alguma maneira, a angústia do profeta também é uma expressão da profunda tristeza de Deus. ‘Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia [...] a virgem, filha do meu povo, está ferida [...] de chaga mui dolorosa’ (v.17). Ele então descreve os resultados da seca: guerra civil, saques e morte. Se alguém se arrisca ir ao campo, acaba vendo os mortos pela espada; no interior da cidade as pessoas estão debilitadas pela fome e doença. A todo instante os falsos profetas e sacerdotes trafegam em ‘pseudosantidade’ pela terra (veja v.18, NVI). Há maldade, frustração e morte por toda parte.
Talvez encorajado pela própria tristeza de Deus a intervir em favor da nação, o profeta irrompe em novas lamentações. Ele pergunta se a misericórdia e a cura ainda podem ser obtidas: ‘De todo rejeitaste tu a Judá?– (v.19). Com um clamor amargo, ele confessa a maldade dos pais (v.20), e então lembra a Deus do risco do seu próprio nome e lhe roga lembrar-se do seu concerto com a nação. Jeremias alegremente reconhece que o Senhor é o único Deus: ‘Haverá, porventura, entre as vaidades dos gentios, alguma que faça chover?’ (v.22). O profeta está convencido de que há esperança somente no Deus vivo. Ele declara sua intenção de esperar no Senhor até que sua petição seja atendida”.
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4: Isaías a Daniel. RJ: CPAD, 2005, p. 299)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Sociológico
• A devastação da seca (14.1-6) - “Uma seca amedrontadora deu ao profeta a oportunidade de ensinar algumas lições morais ao povo. A data da seca não pode ser fixada, mas os horrores dela são descritos em termos gráficos. Toda a terra chorava e o clamor de Jerusalém vai subindo (2). Andam de luto até ao chão também podem ser entendido como: ‘Seus habitantes se lamentam, prostrados no chão!’ (NVI). O rico e o pobre, homens e animais, sofrem porque não encontram água; os pequenos (servos) retornam com seus cântaros vazios (3). A terra se fendeu (‘rachou’, ASV), pois que não há chuva (4). As servas (corças) abandonaram suas crias recém-nascidas, porquanto não há erva (5). Os olhos vitrificados e o respirar ofegante dos animais selvagens revelam a terrível situação da terra. Jeremias evidentemente acredita que essa calamidade natural veio sobre o povo como resultado direto do seu pecado” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4: Isaías a Daniel. RJ: CPAD, 2005, p. 298).
Subsídio Devocional
• Apelos vazios (14.21) - “O povo de Judá fundamentava sua esperança de alívio em um apelo a Deus para que agisse. 1) por amor ao seu nome, 2) pelo seu templo, isto é, seu ‘trono glorioso’, e 3) por sua aliança. Por que a alegação era vazia? Porque a idolatria desenfreada de Israel levara o nome de Deus à lama. Seu templo fora maculado por aqueles que supunham poder pecar e continuar louvando ao Senhor, como se nada de errado estivesse ocorrendo. Ademais, sua aliança fora quebrada justamente por aqueles que agora fazem reivindicação. Vai chegar a hora em que somente o julgamento é capaz de preservar a honra de Deus” (RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ: CPAD, 2005, p.457).
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Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBD
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2º Trimestre - Lição 05
2º Trimestre - Lição 04
Texto Àureo:"Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza." Tg 4.9
Verdade Pratica: Quebrantemo-nos diante de Deus, somente assim haveremos de viver um grande e singular avivamento. Ele quer e vai operar maravilhosamente no meio de seu povo. Mas é preciso chorar aos pés do Senhor.
Leitura em Classe: Jeremias 9.1-3,5-9
I. INTRODUÇÃO
As Lamentações são cinco poemas elegíacos, escritos no período da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, no século VI a.C.. Apresentam a triste condição de Israel: o templo em ruínas e a escravidão, porque o próprio povo tornara-se infiel à Aliança com Deus. Judeus e Cristãos utilizam hoje as Lamentações de Jeremias em momentos litúrgicos de pesar, relembrando fatos de importância da História: aqueles, nos dias de jejum, sofrendo em memória da Jerusalém destruída; estes, na Semana Santa, quando reconstituem a dor de Cristo no Horto das Oliveiras e no martírio do Calvário. A nação de Israel perderia seu relacionamento de aliança com Deus, por falta de conhecimento da aliança. O conhecimento de Deus é inseparável de Sua lei. Os sacerdotes que eram os responsáveis por ensinar a lei deveriam ser punidos por ignorarem ou se esquecessem dela. Hoje, temos a oportunidade de estudar o grande lamento de Jeremias em favor dos israelitas. A marca de Jeremias deixada para a história é a marca da intercessão e do lamento; durante todo seu ministério, pranteou intensamente em favor de Judá. No seu ofício profético e como descendente dos sacerdotes, lamentou pelo povo rebelde e contumaz. Carecemos verter nossas lágrimas em favor da nossa pátria. Estudaremos o lamento de alguns homens de Deus em favor do seu povo. Exemplos de busca a Deus em oração, derramando suas almas perante o Altíssimo em favor do próximo. "O meu povo foi destruído, porque lhes faltou o conhecimento." Oséias 4.6
I. O LAMENTO DE JEREMIAS
Jeremias sentiu emoções contraditórias em relação a seu povo. Durante todo o seu ministério, outra coisa não fez Jeremias senão manifestar sentimento de pena, queixar-se, lastimar-se pela sorte do povo de Judá. A nação vivia de mentira, engano, deslealdade, adultério e idolatria. Irado mas compassivo, desejoso de sair do maio daquele povo, mas seu coração dilatava-se de compaixão. Que contradição!
1. O profeta das lágrimas.
O lamento de Jeremias reflete o sentimento de YAWEH por seu povo. Sentimento semelhante é experimentado por Jesus quando chorou diante de Jerusalém, cidade que o rejeitara (MT 23.37). Assim como os judeus contemporâneos de Jeremias, Jerusalém estava insensível à Deus e o Unigênito chora e lamenta profundamente por todos os perdidos e por sua cidade amada que em breve seria destruída. Uma roda de acontecimentos que se repetem na história da nação escolhida. Não obstante a insensibilidade do povo, YAWEH chora profundamente pelos perdidos e pela destruição que se aproximava daquela nação que Ele tanto amava tudo refletido no lamento do profeta: "Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em uma fonte de lágrimas! Então, choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo" (Jr 9.1). Provera o Senhor, sermos conhecidos também pelo epíteto de Jeremias; que privilégio seria refletir os sentimentos divinos!
2. O profeta da solidão.
Ele expressa um desejo de deixar seu povo para ficar em uma estalagem no deserto onde pudesse ficar em paz e onde os homens não estivessem em total rebelião contra YAWEH. Será que nossa igreja tem sido esta estalagem? A idéia de Jeremias era que tal lugar seria melhor do que os lugares onde seu povo vivia, e que a hospitalidade de estrangeiros seria melhor do que a da sociedade dos ímpios. Nossa comunidade deve constitui-se numa estalagem no deserto, pronta para receber os cansados e sobrecarregados. Não podemos permitir que nossa igreja, nossa liturgia, nossa doutrina sejam contaminadas com as heresias e modismos do momento. Não podemos aceitar que, em nome de um pseudo-evangelismo, tragamos o mundo para a igreja e em conseqüência, muitos crentes para o mundo: "Prouvera a Deus eu tivesse no deserto uma estalagem de caminhantes!" (Jr 9.2). O desejo de Deus é que sejamos sal e luz para o mundo, nossa comunidade deve ser esta estalagem no deserto! "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal" (Jo 17.15). Jeremias chorou e muito lamentou ao ver a condição espiritual e moral em que se encontravam os moradores de Judá - SINOPSE DO TÓPICO (1)
II. O LAMENTO DE SAMUEL
Jeremias expressa profunda tristeza por causa do juízo que viria sobre o povo e a terra prometida e em resposta, Deus afirma que não recuaria nem mesmo se Moisés e Samuel intercedessem perante Ele pelo povo. Foram grandes intercessores que, no passado, tinham suplicado perante YAWEH pelos filhos de Israel. Mesmo que fossem contemporâneos de Jeremias e intercedessem pelo povo, o SENHOR não atenderia. Samuel foi um modelo de oração quando os israelitas sentiram medo dos filisteus. O povo sabia que aquele profeta possuía uma vida de oração e que o Eterno estava sempre pronto para responder suas reivindicações. As Escrituras registram ocasiões de dificuldade vivenciadas por Samuel e assim mesmo como fizera sua mãe, orou e Deus ouviu (1 Sm 7.9). Samuel separava tempo para interceder por Israel (1Sm 8.6) e não parou de interceder mesmo quando a nação o rejeitou. "Samuel considerava a intercessão uma parte integrante do seu ministério. No pensamento do último juiz de Israel, não orar pelos seus irmãos era considerado um pecado". Jim George.
"Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele" (1 Sm 8.7), Não estará Deus lamentando também por nós? Como estamos diante do Senhor Jesus? Ele ainda é o nosso Rei? Ou já o trocamos por coisas de nenhum valor? Ainda lhe aceitamos a soberania? Ou já coroamos o mundo como nosso amo e senhor?
III. O LAMENTO DE OSÉIAS
Oséias marcou uma nova fase na profecia hebraica por ser um dos primeiros profetas a escrever suas profecias. Seu casamento com Gômer preparou o cenário para Deus apresentar a natureza de sua aliança com os israelitas e a maneira como eles profanaram essa aliança. Considerado o Jeremias do Reino do Norte, à semelhança do profeta das lágrimas, muito sofreu por causa das apostasias das dez tribos. Através de suas penosas emoções do amor traído e a sua atitude de reconquistar a mulher que tanto o fez sofrer, o Senhor representou seu amor redentor pela nação que o rejeitara. Nas Escrituras, o casamento é uma metáfora do relacionamento entre YAWEH e seu povo. Israel é retratado como a esposa de YAWEH. Quando o povo se tornou infiel e adorou outros deuses, ele foi descrito como meretriz (Jr 3.1). Seu adultério tournou-se tão repugnante aos olhos de Deus que Ele lhe deu carta de divórcio (Jr 3.8). A Igreja é representada no Novo Testamento como a noiva de Cristo e infelizmente, repete-se a triste e lamentável história. Está faltando o ensino da Palavra em nossos púlpitos, os cultos de doutrina são os mais vazios e a escola dominical está perdendo sua credibilidade – não são poucos os líderes que já não apóiam a EBD. Eventos outros multiplicam-se nos púlpitos. Se não houver conhecimento de Deus, pereceremos como o Israel do Antigo Testamento. Oséias lamentou e intercedeu ao Senhor ao ver a apostasia alastrando-se pelas dez tribos de Judá. SINOPSE DO TÓPICO (3)
IV. O LAMENTO DE PAULO
Dos lamentos enunciados por Paulo, este é um dos mais eloquentes: "Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?" (Gl 3.1). Mais adiante, abre o apóstolo o seu coração: "Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós" (Gl 4.19). A influência da cultura grega e romana gerava confusão nos recém-convertidos gentios além das pseudo-doutrinas ensinadas pelos legalistas. Em contraposição, Paulo apresenta-se como verdadeiro apóstolo e o faz mostrando-se decepcionado com o fato de muitos dos recém-convertidos estarem seguindo falsos mestres que ensinavam um outro evangelho. Muitos dos gálatas retornaram a falsos ensinamentos e perderam a alegria da salvação. Profundamente angustiado, Paulo compara seu relacionamento com aquela igreja a uma mãe com dores de parto, que aguarda ansiosamente pelo nascimento do filho – uma experiência de profunda dor e sofrimento, porém íntima e recompensadora! Através de Paulo o Senhor enfatiza sua ‘agonia’ e ‘ansiedade’ pelos crentes de todas as épocas, que recebem o Evangelho de forma tão amorosa e sacrificial e deixam-se seduzir por um outro evangelho. Creio que o Eterno usou o comentarista desta lição para refletir Sua angustia pelas igrejas que estão sendo induzidas ao erro por modismos e doutrinas de demônios, como se tais asneiras fossem a última revelação de Deus. "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo" (2 Co 11.3). "Se queremos, de fato, um avivamento singular, conscientizemo-nos de que este somente virá através da Palavra de Deus" (Claudionor de Andrade). Os crentes precisam estar atentos, a fim de que não sejam seduzidos por um pseudoevangelho. SINOPSE DO TÓPICO (3)
III. CONCLUSÃO
O profeta lamenta a loucura espiritual do povo. Jeremias chora porque ninguém discerne o destino da nação. Ele insiste em que, se tivessem conhecido o caráter de Deus, teriam percebido 'os sinais dos tempos'. Jeremias sente-se impelido a chamar as pranteadoras profissionais para que levantem o seu lamento, a fim de encorajar o povo de Jerusalém a chorar pela cidade: 'que as nossas pálpebras destilem águas' (vv.17,18). Samuel foi um modelo de oração quando os israelitas sentiram medo dos filisteus. O povo sabia que aquele profeta possuía uma vida de oração e que o Eterno estava sempre pronto para responder suas reivindicações. Oséias muito sofreu por causa das apostasias das dez tribos. Através de suas penosas emoções do amor traído e a sua atitude de reconquistar a mulher que tanto o fez sofrer, o Senhor representou seu amor redentor pela nação que o rejeitara. Profundamente angustiado, Paulo compara seu relacionamento com aquela igreja a uma mãe com dores de parto. Quebrantemo-nos diante de Deus. Somente assim haveremos de viver um grande e singular avivamento. Ele quer e vai operar maravilhas no meio de seu povo. Mas é preciso chorar aos pés do Senhor.
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2º Trimestre - Lição 04
2º Trimestre - Lição 03 - Anunciando Ousadamente a Palavra de Deus
Texto Áureo: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”
(2 Cr 7.14).
Verdade Prática: A palavra de Deus não é para ser proclamada apenas aos incrédulos. Ela tem de ser ouvida e, incondicionalmente, acatada por aqueles que se chamam pelo nome de Deus.
Leitura Bíblica em classe: Jeremias 7.1-11 ARC.
INTRODUÇÃO
Deus convocou Jeremias para que se pusesse na entrada do templo de Jerusalém e anunciasse sua mensagem aos que ali viessem para adorar. A mensagem foi similar à que ficou registrada: “o povo tinha de reformar seus caminhos (Jr 3.12 e 26.13), se quisesse continuar vivo ali”. Para Judá, o templo era sacrossanto e, portanto, impregnável a todos os ataques. Se acontecesse o pior, Yhawé sem dúvida interviria para salvar a cidade onde colocara o Seu nome. Ora, Jeremias afirma aqui justamente o oposto. Também Silo era considerada inviolável, mas foi derrubada. O “sermão no templo” aqui reproduzido não menciona o alarme e a fúria que provocou. Todavia, no capítulo 26 essa informação é-nos dada entre os sumários históricos da segunda parte do livro, indicando-nos também o perigo a que o profeta se expôs no seu arrojado testemunho. Se, de fato, o capítulo 26 pertence à mesma época que estes “sermões no templo”, então o ano seria 608 A. C., ou seja, o começo do reinado de Jeoaquim. Esta seção constitui a terceira mensagem de Jeremias.
I. JEREMIAS É CHAMADO A PREGAR NA PORTA DO TEMPLO
A chamada do profeta ao povo para que se reúna às portas do templo era estratégica e objetiva com a finalidade de lembrar ao povo os seus pecados e chamá-los ao arrependimento antes de entrarem na casa de Deus para adorar “Ouvi a palavra do Senhor, todos de Judá”.
1. O ambiente da pregação.
O meio ambiente do sermão neste capítulo é a porta, apontando para o portão que separava os átrios. Jr 26.10 tem o sermão entregue na nova porta. Não há como identificar os dois sermões como se fosse um único, nem como afirmar que não é um só sermão, e em nada nos ajuda a vaga referência á porta. Jeremias demonstrou sua coragem entregando a mensagem na boca do leão, por assim dizer, e podemos ter certeza de que a forte oposição que se levantou contra ele foi parcialmente provocada por um desses atos ousados. Deus comissionou Jeremias a proferir uma mensagem para o povo de Judá à porta do templo. “Ouvi a Palavra do Senhor, todos de Judá” (Jr.7.2) sugere que a ocasião era uma festa nacional, uma em que todo o reino participava.
2. Nossa responsabilidade.
Anunciar a verdade de Deus em pleno século XXI é mais que um desafio, é uma questão de vida ou morte. O homem de Deus do presente século precisa assumir uma posição que vai na contra-mão da sociedade hodierna. Pregar a mensagem de Deus em meio tanto relativismo moral, filosófico e teológico não é fácil. Tanto Jeremias quanto Ezequiel viveram algo semelhante veja o que o profeta Ezequiel registrou em seu livro: “E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia. E os filhos são de semblante duro e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor JEOVÁ. E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles um profeta” (Ez 2.3-5). Enfrentamos em nossos dias as mesmas dificuldades e sofremos as mesmas ameaças. Uma nação rebelde e apóstata tenta nos esmagar com as suas filosofias libertinas e diabólicas tentam nos calar da mesma forma que tentaram calar a boca de Jeremias, porém, precisamos olhar não somente para Jeremias, mas também para todos os homens que profetizaram antes e depois dele, homens que não tiveram a sua vida por preciosa homens que assumiram a responsabilidade de transmitir a mensagem de Deus em tempo e fora de tempo “Conjuro-te diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de Julgar vivos e mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e a fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2Tm 4.1-4).
II. A MENSAGEM DE JEREMIAS
1. O alcance da mensagem de Jeremias.
A mensagem de Jeremias tinha que ter um alcance nacional. Jerusalém não estava imune aos ataques do exército babilônico somente porque o templo ficava ali. O povo de Judá já havia rejeitado tudo quanto o templo representava, em sua franca idolatria pagã e em seu sincretismo que combinava yahwismo e culto pagão. Até os profetas e os sacerdotes tinham desertado os antigos caminhos da lei. (Jr 5.31). A mensagem começa com uma advertência. “Melhorai os vossos caminhos”, Judá deve deixar a idolatria, mas também precisa: 1) abandonar a opressão, 2) não mais levar vantagem sobre o pobre (”órfão e viúva”), e 3) manter um sistema judiciário honesto. O louvor a Deus e a moralidade são os pilares duplos sobre os quais a sociedade deve repousar.
2. O chamado ao primeiro amor.
A única coisa que poderia deter o juízo de Deus sobre Judá era o arrependimento e o retorno ao primeiro amor. Se a igreja hodierna deseja experimentar o verdadeiro avivamento e a ação sobrenatural de Deus, precisa voltar urgentemente ao primeiro amor. Lugares sagrados e símbolos sagrados nada são a vista de Deus, quando o coração não é reto por dentro, de nada vale todos os rituais nem todos os sacrifícios se o coração não esta cheio de amor por aquele que é a essência da nossa própria vida. Voltemos ao primeiro amor “Só assim o povo de Deus será conhecido como povo que se chama pelo seu nome” (2Cr 7.14).
III. JEREMIAS COMBATE A TEOLOGIA DO TEMPLO.
Toda e qualquer conquista sempre levará os seres humanos a tentação. O sentimento de que a conquista é o ponto chave para nossa segurança sempre permeia nossas vidas quando alcançamos o alvo. O povo de Judá estava pensando exatamente assim e por isso não aceitavam o que era proferido por Jeremias: “Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este” (Jr 7.4).
1. A teologia do templo.
A teoria de que o templo era um local completamente seguro e que jamais seria destruído pelos inimigos era uma farsa. Toda nação pecava de forma continua contra o Senhor. Até a adoração estava corrompida. No que é conhecida como a teologia do templo, o Senhor repete zombeteiramente a declaração do povo de se sentir seguro, porque tem o templo de Jeová diante deles. Com certeza, nada aconteceria com eles no templo, certo? Durante todo o tempo, a Babilônia se aproxima com seus exércitos. E o Senhor repreende-os por intermédio de Jeremias (Jr 7.9-11).
2. A desmistificação da teologia do templo.
Não é de admirar que em pleno século XXI existam pastores que atribuam o crescimento suntuoso dos seus templos à aprovação Divina. Dizem eles: “Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este” (Jr 7.4). O povo de Judá também acreditava que pelo simples fato de terem o templo como lugar de adoração estavam livres para cometer todo o tipo de pecado. Precisamos entender que o compromisso de Deus é com o seu povo e não com o templo. Deus firmou um compromisso com o seu povo e não com uma denominação evangélica. O templo era considerado uma fortaleza invencível para o povo de Judá, o lugar santo onde os inimigos jamais entrariam. Hoje são muitos os que se deixam iludir pelo tamanho do templo onde congregam e até mesmo por fazer parte de uma denominação centenária como se Isso fosse alguma coisa diante de Deus. O povo se deixava enganar pelas mensagens dos falsos profetas de que aquele era o templo do Senhor, grande ilusão!
3. O comportamento reprovável dos judeus.
Toda nação pecou contra o Senhor. Eles queimavam os seus filhos e filhas no fogo em adoração a Moloque, oferecendo os membros de sua própria família em sacrifício humano em sua religião falsa e detestável! Eles chegaram a um impasse terrível em que Deus não se importava com a adoração religiosa vazia deles. Eles entravam na casa de Jeová e, às vezes, faziam a coisa certa, mas o Senhor sabia todas as outras coisas que estavam fazendo. Deus sabia que eles não se importavam mais com a sua palavra (Jr 6. 19,20). Na verdade sua palavra tornara-se “vergonhosa” para eles (Jr 6.10). O templo do Senhor se tornara um covil de mentirosos, ladrões, juízes corruptos, sacerdotes profanos e adúlteros etc. O pecado de Judá superou o pecado das nações pagãs vizinhas algo que Deus não podia suportar mais.
IV. A LIÇÃO DE SILÓ
A lembrança do que aconteceu em Siló é um retrocesso na história que Deus usou para lembrar o povo que Siló foi o lugar onde o Senhor fez habitar o seu nome (Jr 7.12). Siló tinha sido um lugar de adoração durante o período dos juízes, a cidade ficava quase 29 Km ao norte de Jerusalém, tendo sido um santuário de grande importância para Israel, durante longo tempo mas quando o povo fez da arca um fetiche (1Sm 4.34ss), a vila foi destruída. Deus disse: Vede o que lhe fiz (a Siló), por causa da maldade do meu povo […] Farei também a esta casa (o templo) […] como fiz a Siló (Jr 7. 12,14). Com essa predição, Jeremias tocou no nervo mais sensível da vida religiosa do povo. Eles reagiram (Veja o cap. 26) com ressentimento e ira, porque Jeremias expôs sua auto-ilusão e sua pobreza moral. Para satisfazer seus próprios desejos depravados, o povo foi tentado a fazer uma imagem de Deus, e reduziram os preceitos morais dele a ilusões supersticiosas. Aqui está uma tendência inerente da natureza caída do homem (Rm 1.22ss). Deus declarou: Vocês não estão seguros como acham que estão. Eu vos arrojarei da minha presença, como arrojei a todos os vossos irmãos […] de Efraim (Jr 7.15). Essa referência aqui é ao exílio de Judá. A auto ilusão sempre termina em tragédia e desolação (Mt 23).
1. As teologias modernas.
Os ensinos teológicos que norteiam as mais variadas denominações precisam passar pelo teste de veracidade canônica das Escrituras. Muito do que se tem ensinado hoje é mais que uma afronta ao cordeiro como diz o comentarista da lição. Fico triste quando vejo pastores na televisão dizerem o seguinte: “Se você não tem fé para receber o milagre ou não crê no milagre eu creio por você e se a cura não vier pela sua virá pela minha”. Quanta arrogância e prepotência nem Jesus curou aqueles que não tinham fé nele “E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles” (Mt 13.58). “Não pode fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos” (MC 6.5), Esses pastores no mínimo se acham melhores e mais importantes do que Jesus. Outro ponto importante é o qual Paulo trata em uma de suas epístolas “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2.8). O que as modernas teologias ensinam não serve para edificar nem os seus próprios teólogos nem eles mesmos sabem discernir e perceber quão terrível será o julgamento de Deus sobre eles por estarem deturpando os princípios teológicos que correspondem à verdadeira fé cristã. Com tantas aberturas e supostas brechas teológicas os teólogos pós-modernos ensinam o relativismo moral, teológico, filosófico, social etc. apóiam todo o tipo de pecado e ensinam todo o tipo de mentira mascarada de verdade, falsos profetas isso é o que eles são.
2. O perigo de nossos triunfos.
O triunfo sempre será uma derrota quando nos leva à pensar que somos importantes, poderosos, auto-suficientes como pensou Nabucodonosor: “falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?”, para a desgraça de Nabucodonosor a sua megalomania teve um fim trágico: “Falava ainda o rei quando desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino. Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves” (Dn 4.30-33). Mais uma vez repito: “Deus tem compromisso com as pessoas e não com mega-construções e mega- templos ou entidades evangélicas. O Eterno deseja relacionar-se com os seres humanos e não com suas conquistas terrenas tudo isso é passageiro e transitório”. Jesus o Mestre por excelência nos recomendou: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (MT 6.19,21). O nosso maior triunfo será a conquista da coroa incorruptível e de glória que o Senhor preparou para todos aqueles que vencerem a carne, o mundo e o diabo através de uma vida santa por amor a Cristo.
CONCLUSÃO
O povo de Judá precisava se arrepender. Se assim não sucedesse, então Deus abandonaria o templo e, portanto a nação (realidade esta salientada também por Ezequiel nas suas profecias), sendo o resultado o derrubamento e o exílio. Se, porém, se arrependerem, Deus será com eles. As palavras vos farei habitar neste lugar podem ser traduzidas: “Então habitarei convosco”, isto é, no templo. O problema moral é evidente: o templo como covil de ladrões não é digno da Sua presença. Jeremias enfrentou todas as dificuldades e sofrimentos porém, não deixou de anunciar ousadamente a palavra de Deus. Esse é o nosso desafio - anunciar a palavra de Deus custe o que custar.
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Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBD
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2º Trimestre - Lição 02 - Os Perigos do Desvio Espiritual
Leitura Diária
Segunda - Jr 2.7
E eu vos introduzi numa terra fértil, para comerdes o seu fruto e o seu bem; mas quando nela entrastes contaminastes a minha terra, e da minha herança fizestes uma abominação.
Terça - Jr 2.8
Os sacerdotes não disseram: Onde está o SENHOR? E os que tratavam da lei não me conheciam, e os pastores prevaricavam contra mim, e os profetas profetizavam por Baal, e andaram após o que é de nenhum proveito.
Quarta - Jr 2.11
Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, ainda que não fossem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua glória por aquilo que é de nenhum proveito.
Quinta - Jr 2.13
Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.
Sexta - Jr 2
Introdução
Inquestionavelmente observamos aqui aquilo que poderia ser caracterizado como uma descrição apropriada para o termo apóstata, cujo conceito foi definido nos evangelhos – ou seja, o indivíduo que abandona o ensino do Cristo, e conseqüentemente a lei de Deus, talvez até mesmo indo ao ponto de tentar minar a fé de outras pessoas através de argumentação ardilosa. Dificilmente poderíamos encontrar uma descrição mais sucinta, e ao mesmo tempo tão precisa como a encontrada em 2 João 8-10. O ponto chave nestes versículos bíblicos é que eles determinam o que, do ponto de vista cristão, deveria ser considerado apostasia, já que o equivalente termo em grego é um tanto quanto abrangente. Para que haja uma compreensão mais ampla do que quero demonstrar, iremos nos valer da definição de apostasia.
I. O Que é a Apostasia
1 - Definição:
Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de") não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa. Tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto.
Dependendo de cada religião, um apóstata, afastado do grupo religioso no qual era membro, pode ser vitima de preconceito, intolerância, difamação e calúnia por parte dos demais membros activos. Um caso extremo, é aplicação da pena de morte para apóstatas na religião islâmica em países muçulmanos, como por exemplo, na Arábia Saudita.
- “APOSTASIA” = RENÚNCIA VOLUNTÁRIA À FÉ; É NEGAR A FÉ E RENUNCIAR A VERDADE TAL COMO SE RECEBEU NO PRINCÍPIO.
- Por exemplo: Jo 6:60-71 - Judas foi eleito apóstolo depois de uma noite inteira de oração; foi escolhido dentre muitos outros. Porém, abriu asas na direção do diabo e se tornou sua presa e possessão. Renunciou à fé e seguiu o caminho da morte, por suicídio.
1. Separação ou deserção do corpo constituído (de uma instituição, de um partido, de uma corporação) ao qual se pertencia.
2. Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã.
3. Abandono do estado religioso ou sacerdotal.
2 - A apostasia de Israel
Tanto no período dos juízes como o do reino dividido, Israel se afastou de Deus e mergulhou na apostasia. Tempo depois do cativeiro do reino do Norte, Judá entrou em uma profunda apostasia, liderada pelo rei Manassés. “Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar, e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hefzibá. E fez o que era mau aos olhos do SENHOR, conforme as abominações dos gentios que o SENHOR expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel. Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez um bosque como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se inclinou diante de todo o exército dos céus, e os serviu. E edificou altares na casa do SENHOR, da qual o SENHOR tinha falado: Em Jerusalém porei o meu nome. Também edificou altares a todo o exército dos céus em ambos os átrios da casa do SENHOR. E até fez passar a seu filho pelo fogo, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e ordenou adivinhos e feiticeiros; e prosseguiu em fazer o que era mau aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira. Também pôs uma imagem de escultura, do bosque que tinha feito, na casa de que o SENHOR dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre; Porém não ouviram; porque Manassés de tal modo os fez errar, que fizeram pior do que as nações, que o SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel. Além disso, também Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu a Jerusalém de um ao outro extremo, afora o seu pecado, com que fez Judá pecar, fazendo o que era mau aos olhos do SENHOR.” (2Rs 21.1-9 e 16). Israel se afastou completamente de Deus. O povo cometeu um dos mais terríveis pecados que é do sacrifício humano. Anos depois sob o reinado de seu neto, rei Josias, houve uma tentativa de reavivamento, que durou tanto quanto seu reinado: “Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da lei na casa do SENHOR. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu. Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei. Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da lei, rasgou as suas vestes.” (2Rs 22.8, 10 e 11). Israel tinha se afastado tanto de Deus que o povo não conhecia mais sua Lei. O texto mostra que o Livro da Lei ficou guardado no Templo e pela reação de Safã e do próprio rei percebemos que eles não conheciam aquele livro. Devido à apostasia de Manassés, a Palavra de Deus ficou inacessível ao povo – “Não havendo profecia, o povo se corrompe…” (Pv 29.18).
II. UM BRADO CONTRA A APOSTASIA
Chamado para ser o porta-voz de YAWEH em Judá, fielmente confrontou os líderes e o povo por causa de sua apostasia. Que possamos, a seu exemplo, resistir nestes tempos difíceis.’
1. Falar em nome do Senhor. Vimos na lição 01 que o ministério de Jeremias aconteceu em um período de grandes mudanças no cenário mundial, e nesse clima de mudanças, Deus chama e atua na vida do profeta, preparando-o para um ministério que envolvia não só Judá, mas as nações vizinhas. Seu ministério apresenta tanto um aspecto negativo (juízo) como positivo (graça); sua mensagem era primordialmente de destruição e juízo. Não obstante a dificuldade em ministrar tal mensagem, ele foi fiel à sua vocação e ao SENHOR. Jeremias tinha como missão exortar o povo à obediência e alerta-los quanto à desgraça que se avizinhava de suas fronteiras: os exércitos babilônios. SINOPSE DO TÓPICO (2).
2. Ser autêntico e não politicamente correto. Querer recusar sua vocação parece um ato de falta de fé daquele profeta, mas quando nos aprofundamos nos seus pensamentos, preocupações e perturbações, nos apercebemos de quão pesada foi a sua carga. O mesmo fato ocorre hoje quando temos o culto divino, em muitas igrejas, sendo substituído por espetáculos e shows. Em vez da simplicidade do cenáculo, a grandiosidade dos banquetes de Assuero. A pirotecnia ofusca a glória daquele que se acha entronizado entre os querubins. E o Cordeiro de Deus é substituído pelo bezerro de ouro. Púlpitos são transformados em palcos; obreiros fazem-se animadores de auditório; os santos tornam-se meros espectadores e consumistas. Programas de TV oferecem um evangelho falso, destituído das boas novas do Calvário e sem poder para salvar. Ao invés da mensagem do arrependimento, o que alguns querem empurrar é um marketing comprometido com os costumes do Egito e com a cultura de Canaã. Deus, no entanto, não mudou; continua a exigir santidade de seus filhos. Muitas igrejas já não cultuam mais ao Senhor, mas as necessidades do homem. Cultos alternativos para “prender” as pessoas à igreja; inventam-se alternativas para satisfazer o ego e deixar o Senhor da igreja de fora do templo. Um abismo chama outro abismo: a idolatria trouxe a apostasia, e a apostasia descambou na permissividade: “e o povo assentou-se a comer e a beber; depois, levantaram-se a folgar” (Ex 32.6). “Não havendo profecia, o povo se corrompe…” (Pv 29.18) É preciso que se levantem homens nessa geração compromissados com a ortodoxia bíblica, ainda que isto venha a custar-nos a vida!
3. Anunciar ao povo a tragédia que os rondava. A palavra hebraica para profeta é ‘NABI’, que significa anunciador, declarador, aquele que anuncia as mensagens de Deus. O ofício profético em si nos dá a idéia de predição do futuro, incluindo acontecimentos nacionais, comunais e individuais, envolvendo as atividades de exortação, ensino, pastoreio e liderança espiritual em geral. Resumidamente, os profetas eram tidos como representantes de Deus, libertadores e interpretes da mensagem divina na questão das revelações e do conhecimento espiritual. O cumprimento das profecias de Jeremias forneceu as evidencias para a autenticidade da sua vocação. “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (…)” Rm 12.2; Diante da urgência destes últimos dias, não podemos escusar-nos: ou ficamos pela glória de Deus ou ficamos com os deuses que o diabo tem oferecido aos santos. O momento requer cuidado e vigilância: caso não estejamos atentos, corremos o risco de introduzir, na casa de Deus, abominações e iniqüidades. No início da Igreja Cristã, não havia necessidade de alternativa para o culto divino. De maneira simples e sincera, cultuavam a Cristo que, através de Seu Espírito, se fazia presente com poderosas manifestações. Não precisavam de nenhum fenômeno estranho, de unções disso ou daquilo, de declarações proféticas, pois o Cordeiro estava sempre presente!
III. EM QUE CONSISTIA A APOSTASIA DE ISRAEL
A história do declínio de Israel começa com Salomão. Ainda que seu pai, Davi, tivesse tentado servir ao SENHOR e tivesse humildemente arrependido quando pecou, Salomão não permaneceu fiel. Apesar de todas as bênçãos que Deus lhe deu, ele seguiu suas centenas de esposas para longe do Senhor e para a idolatria. Quando Salomão morreu, Deus retirou dele a maior parte do reino e a deu a Jeroboão. Esta nova nação, que consistia das dez tribos do norte, foi chamada Israel. Deus disse a Jeroboão que o abençoaria e estabeleceria a sua como a família real, por muitas gerações, se ele fosse fiel e obediente ao Senhor. Mas Jeroboão não confiou em Deus. Ele não se voltou para o Senhor, mas se afastou dele. Estava tão preocupado com sua posição de poder em Israel que não queria permitir ao povo voltar a Jerusalém para suas festas religiosas anuais. Temia que o povo se decidisse a servir o filho de Salomão e não mais quisesse Jeroboão como rei. Para impedir o povo de sair de Israel, Jeroboão inventou um novo sistema religioso. Ele tomou emprestadas muitas idéias da religião verdadeira que Deus tinha estabelecido no Monte Sinai. Com seus bezerros de ouro, centros de adoração não autorizados e sacerdotes não levíticos, Jeroboão deu um grande passo afastando-se de Deus. Manassés, o mais perverso dos reis judeus, entulhou a Casa de Deus dos mais abomináveis ídolos. “E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram aos baalins e a Astarote” (Jz 3.7). Não estaremos, de algum modo, agindo como esses reis? O momento exige reflexão, disciplina e lágrimas.
1. O afastamento de Jeová. . Israel rejeitou o bem; o inimigo os alcançou. Israel tinha desprezado o bem que lhe fora oferecido pelo SENHOR e em breve o feroz exército babilônio chegaria. O bem vinha através da lei Moisaica, que com desdém fora arredada para um lado (Am 5.14,15; Mq 6.8). A lei tornou-se, dessa maneira, uma maldição. Os inimigos de Israel prevaleceriam, e sua extinção como nação seria o temível resultado. A escolha do caminho largo foi fácil, mas levou os israelitas à destruição. Alguma perversidade explica isso. Por que será que os homens desprezam o bem e voltam-se para o mal? Alguma depravação da natureza os inspira, e eles se tornam vítimas da própria corrupção. Essa é a antiga história dos indivíduos e das nações, que se repete.
2. O esquecimento de Jeová. É uma grande tolice abandonar as águas vivas, que apenas Deus pode fornecer por cisternas que vazam. O povo eleito abandonou o Senhor e passou a buscar vida e prazer nas coisas efêmeras das nações vizinhas, abdicando do seu destino e propósito. É propício comentarmos esse texto hoje, haja vista o desenrolar herético que muitas vertentes do evangelicalismo brasileiro tem demonstrado, abdicando do seu destino de ser luz em meio à trevas. A verdadeira água viva está em comungar pessoalmente com Deus por meio de Cristo (Jo 4.10).
3. O desprezo pelas coisas divinas. Jeremias descreve com detalhes a enormidade do crime de Israel, mostrando, inclusive, evidências das nações vizinhas. A pergunta retórica do versículo 11 antecipa a resposta negativa e enfatiza a grandeza do pecado de Israel: de Quitim, a oeste, até Quedar, a leste, nenhuma nação jamais se havia voltado contra os próprios deuses pagãos; Israel, contudo, havia se esquecido do Deus Vivo!
CONCLUSÃO
Os fariseus e os escribas eram muito preocupados com a pureza, conforme a tradição dos antigos, a maneira correta de lavar as mãos, os copos, pratos e jarros. Jesus e os seus discípulos pensavam de outra forma. O mais importante não era o exterior, e sim o interior. Por isso, o Mestre os chama de hipócritas. E citando o profeta Isaías diz a respeito deles: “Este povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim. Em vão me prestam culto, pois o que ensinam são mandamentos humanos.” (Is 29,13). Na certa, aqueles homens conheciam estas palavras do profeta, mas ainda assim preferiam mostrar uma aparência de cumpridores da lei, uma vez que ninguém via o que se passava por dentro deles. Porém, Deus conhece os nossos corações e quer tratar conosco. Diante da urgência destes últimos dias, não podemos escusar-nos e deixar ‘o barco rolar’, ou optamos pela glória de Deus ou ficamos com os deuses que o diabo tem oferecido aos santos. O momento requer prudência com o que estamos a ouvir. O evangelho anunciado hoje não visa ganhar as almas para Cristo, mas tão somente, aumentar rebanho e pra isso vale tudo. O momento exige reflexão, disciplina, jejum, oração e lágrimas.
APLICAÇÃO PESSOAL
Manassés, um rei muito ímpio, colocou ídolos na Casa do Senhor. Mas e hoje, não estaremos nós a abarrotar a Casa de Deus com os ídolos deste século? A pergunta nos leva a outras: porque muitos crentes que, no passado, eram fortes arrojados no Senhor vieram a tornar-se tão frios e tão comprometidos com o mundo? Por que alguns movimentos do Espírito tornaram-se denominações? Porque algumas denominações fizeram-se tão nominais e apóstatas? Cremos que deixaram de ser movimentos de fé, poder e santidade, para se tornarem monumentos, e assim, acabaram se tornando ídolos. Passaram a ser mais adorados do que o Senhor de todas as coisas. Não vejo a necessidade de ouvir tele-pregadores comprometidos com teologias exóticas, nem sinto que haja lucro algum em seguir modismos. Nos acostumamos a olhar para os não-crentes como idólatras, e de fato são. Mas nesta lição vemos Jeremias advertindo o povo de Deus, o povo escolhido acerca dos perigos do desvio espiritual. Devido ao misticismo que grassa em nossa cultura tupiniquim que leva-nos a crer que um óleo trazido de Jerusalém é poderoso, ou que um lenço untado de suor do tele-apóstolo tem poder, entre outras bizarrices, muitos ídolos tem surgido no cenário evangélico, cobertos com a lã das ovelhas, que entre outros luxos, voam em jatos particulares, comprados com o suor de seus fiéis seguidores. Não devemos nos impressionar com sinais e maravilhas apresentados nesses ministérios. Lutero disse certa feita:“Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.” Qualquer ensino, prática ou experiência avessos à Palavra, deve ser desconsiderado. Desde minha conversão em 1991, vi surgir muita coisa no meio evangélico: “moveres estranhos” (unção do riso, G12, regressão, teologia da prosperidade, etc), substituírem a ortodoxia da Palavra de Deus; em nome de uma hermenêutica fajuta, torceram-se textos a fim de apoiar pretextos heréticos. Pregadores famosos introduzem doutrinas deturpando a genuína Palavra de Deus, são não apenas aceitos, mas copiados por muitos e suas heresias ganham terreno até em Igrejas tradicionais. Há poucos dias uma famosa intérprete do chamado mundo gospel, num “ato profético”, notadamente em êxtase, andou como um animal quadrúpede em cima de um palco, como se fosse uma leoa. Essa mesma intérprete apresentou um deprimente espetáculo em um mega-show no Rio de Janeiro, em que um rapaz representou o Diabo, enquanto ela o pisava “profeticamente” – copiada, suas bizarrices ganham terreno em nossas Igrejas. O que está acontecendo com a quase-centenária Assembleia de Deus, que sempre se preocupou com a ortodoxia da Palavra de Deus, a oração e a evangelização? O evangelho de Cristo é simples (2 Co 11.3,4). Temos de orar e jejuar, amar e estudar a Palavra de Deus, bem como, em nossa vocação de professores da escola bíblica, ensinadores, alertar a noiva do Cordeiro dos perigos do desvio espiritual. Digamos “não” aos “atos proféticos”, que só servem para afastar o povo de Deus da Palavra e da simplicidade do evangelho, gerando falsa espiritualidade e pseudo-avivamento. Digamos “não” às heresias esposadas por grandes intérpretes da musica gospel que só servem para afastarem o povo da visão cristocêntrica. Digamos “não” às invencionices de pseudo-profetas importados da “grande babilônia” que profetizam prosperidade e distribuem “unções” que só servem para prosperar seus próprios ministérios. Jeremias deve nos inspirar e nos levar a ver que ser cristão é essencialmente ter um relacionamento moral e espiritual com Deus, um relacionamento que requer a devoção de cada indivíduo.
Respostas
1 - Teologicamente falando, e o afastamento ou o abandono premeditado da Fé Cristã.
2 - E O Afastaente de Jeová, e o esquecimento de Jeová e o desprezo pelas coisas divinas.
3 - "Que, nos ultimos temps, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espiritos enganadores e a doutrinas de demônios" (1 Tm 4.1)
4 - Zelando pela são doutrina.
5 - Sim, observando constantemente a palavra do Senhor.
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Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBD
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