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1º Trimestre de 2011 - Lição 04

O Poder Irresistível da Comunhão na Igreja

TEXTO ÁUREO

"Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz: há um só corpo e um só Espírito [...]." (Ef 4.3,4).

- Note que ‘A unidade do Espírito’ não pode ser originada por nenhum ser humano ou entidade por ele criada. Ela é algo real e vivido apenas por aqueles que nasceram de novo e vivem o verdadeiro Evangelho, conforme o texto discorrido por Paulo em Efésios, capítulos 1 a 3. Aquela Igreja deveria guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou a própria igreja - enquanto organização - de Éfeso, mas pelo andar ‘como é digno da vocação com que fostes chamados’ (v. 1), isto é, esta unidade espiritual será mantida unicamente pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (confira Ef 4.1-3,14,15; Gl 5.22-26), jamais poderá ser obtida ‘pela carne’ (Gl 3.3). Sobretudo, unidade é a responsabilidade de cada crente e deve-se buscá-la com seriedade.


VERDADE PRÁTICA

A Igreja é caracterizada pela comunhão que mantém com o Senhor Jesus Cristo e pela unidade espiritual de seus membros.



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 2.40-47
40 - E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.

41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,

42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43 - E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 - E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.

45 - E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.

46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47 - Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.


OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Definir o termo comunhão;

- Reconhecer a necessidade da verdadeira comunhão, e

- Saber que através da unidade a obra de Deus prospera.


PALAVRA-CHAVE

COMUNHÃO: - [do grego koinonia: ‘tendo em comum’ e do latim communione: ‘ter algo em comum’] Participação em comum; Participar das mesmas idéias, crenças e opiniões; Uniformidade (em idéias, opiniões, etc.); acordo, harmonia.

COMENTÁRIO

I. INTRODUÇÃO


Sem o relato histórico dos ‘Atos do Espírito Santo’ registrado por Lucas, teríamos uma grande lacuna na Igreja cristã. É através do livro de Atos, bem como de outros trechos do NT, que tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja governada pelo Cabeça Jesus Cristo no modelo primitivo. Antes de qualquer coisa, temos que entender que a igreja é o ajuntamento de pessoas com suas diferenças em congregações locais, unidas pelo Espírito Santo, que buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo e, por conseguinte, com os irmãos (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4). Note que é mediante o poderoso testemunho da igreja que os pecadores são alcançados e regenerados. Uma igreja que declara basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos bem como noutros escritos do NT, deve primar com muita diligência pela comunhão entre seus membros, engajados uniformemente em idéias, opiniões, doutrina e ação. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e emocionalismo manifestarão o poder e presença genuína no Espírito Santo, sem a comunhão dos santos, mediante a qual os crentes devem perseverar harmonicamente em oração e súplicas. Boa aula!


I. A COMUNHÃO DOS SANTOS


Koinonia (κοινωνία), ‘tendo em comum (koinos), sociedade, companheirismo’. É assim usado acerca das experiências e interesses comuns dos cristãos (At 2.42; Gl 2.9); da participação no conhecimento do Filho de Deus (1Co 1.9); do compartilhamento na realização dos efeitos do sangue (ou seja, da morte) e do corpo de Jesus Cristo, conforme é exposto pelos emblemas da Ceia do Senhor (1Co 10.16); da participação do que é derivado do espírito Santo (2Co 13.13; Fp 2.1); da participação dos sofrimentos de Cristo (Fp 3.10); do compartilhamento na vida e da ressurreição possuída em Cristo e, por conseguinte, do companheirismo com o Pai e o Filho (1Jo 1.3,6,7); companheirismo com Deus, realizado pelo Espírito Santo na vida dos crentes em resultado da fé (Fm 6) [1]. Aparece 20 vezes no Novo Testamento: em 12 ocasiões é traduzida por comunhão; em 4 por comunicação; 1 por dons; 1 por cooperação; 1 por dispensação e 1 por coleta. Mostra o ideal da fé cristã, onde não deve haver um povo com doutrinas divergentes, ideais divergentes, deuses diferentes... É o ideal de Atos 2.44: ‘Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum’.

1. O que é a comunhão.

Compartilhamento, uniformidade, associação próxima, parceria, participação, uma sociedade, uma comunhão, um companheirismo, ajuda contribuinte, fraternidade. O termo grego Koinonia é uma uniformidade realizada pelo Espírito Santo, somente os regenerados podem vivenciá-la em sua plenitude. Em Koinonia, o crente compartilha o vínculo comum e íntimo do companheirismo com o resto da comunidade cristã, é quase que uma união hipostática [*] entre os crentes e o Senhor Jesus Cristo, bem como nos une uns aos outros.

2. A unidade do Corpo de Cristo.

Em João 17.21, Jesus orou em favor da união entre os crentes, não uma união de igrejas ou organizações, mas uma união espiritual, baseada na permanência em Cristo, no amor a Cristo, na separação do mundo, em santificação na verdade, em receber a verdade da Palavra e crer nela; na obediência à Palavra e no desejo de levar a salvação aos perdidos. Faltando algum desses fatores, não pode haver a verdadeira Koinonia que Jesus pediu em oração. “Jesus não ora para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam um". Trata-se do subjuntivo presente e significa "continuamente ser um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para com o mundo, a Palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (cf. 1 Jo 1.7)” [2]. Paulo quando escreveu ao seu filho na fé, o jovem Timóteo, fez uma afirmativa que julgo relevante e muito contemporâneo, quando pensamos sobre a igreja e a unidade do Corpo de Cristo. Declara Paulo: ‘Para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.’(1Tm. 3.15).

3. A comunhão da Igreja agrada a Deus.

Paulo inicia sua carta aos Coríntios exortando-os quanto à unidade, anunciando sua preocupação primária acerca do que ele tinha ouvido ‘pelos da casa de Cloe’ concernente às divisões e pendengas daquela igreja (1Co 1.10). O primeiro problema abordado é a competição e rivalidade que resultaram devido as preferência por líderes religiosos com base em sua presumida sabedoria superior. Parece um assunto tão contemporâneo que chega a confundir-nos. Será que não aprendemos nada com as querelas daquela igreja? O que pode ser mais contemporâneo do que a competição, a rivalidade, as divisões e brigas pelo poder[leia este artigo]? A vida em Corpo da Igreja, não do crente independente, é a chave para a compreensão do comportamento divino no NT. Notemos que intentar criar uma união artificial por meio de reuniões, festividades, conferências ou organização centralizada, pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou em Jo 1.7. Deus trata com a Igreja como um corpo e com os indivíduos como partes ou membros desse corpo. Precisamos lançar as preocupações do corpo [da congregação] acima dos nossos próprios. Isso resultará numa união espiritual de coração, propósito, mente e vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade (Ef 4.3). Certamente Deus requer que os seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus preparando-se para sua própria morte, uma das primeiras coisas que teve em mente foi a unidade dos seus discípulos: ‘Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste’ (Jo 17.20,21). Se realmente somos regenerados, devemos incentivar esta unidade entre os crentes: ‘Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros’ (Rm 14.19). Como templo e morada do Espírito Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade: "[...]completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vangloria, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros’ (Fp 2.2-4). Paulo, em sua preocupação com as perigosas querelas e cismas em Corinto, deixou-nos a fórmula prática para esta paz quando escreveu: ‘Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis a todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer’ (1Co 1.10).

[*] Teol. União hipostática (também conhecida como união mística ou dupla natureza de Cristo) é a doutrina clássica da cristologia que afirma ter Jesus Cristo duas naturezas, sendo homem e Deus ao mesmo tempo; União do Verbo com a natureza divina.


II. A COMUNHÃO CRISTÃ CARACTERIZA-SE PELA UNIDADE


Em princípio, podemos crer que a unidade da congregação seja importante, más praticá-la é coisa difícil. Mesmo que os métodos humanos possam parecer práticos e eficientes, o crente verdadeiramente regenerado procurará manter a unidade do modo que ele nos ensina nas Escrituras. John Stott afirma que a segunda marca de uma igreja viva que descobrimos na leitura de Atos é o amor e o cuidado mútuo entre os crentes. “A unidade do Corpo de Cristo permite a união dos desiguais: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. … E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo” (1Co 12.13,14 e 19,20). Paulo assim escreve para demonstrar que cada membro do corpo é diferente um do outro, mas forma uma unidade: uns são mãos, outros, pés, outros olhos, assim por diante – não somos todos apenas um membro do corpo, mas vários membros formando um só corpo: “E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; … Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.” (vs. 21,22; 25,26)”[3]. Consideremos a base da unidade que agrada a Deus:

1. Unidade doutrinária.

O cristianismo é, sobretudo, uma religião baseada na união – união de gregos e troianos, judeus e gentios, negros e brancos, ricos e pobres, todos unidos numa só fé – mas não tolera a conjunção entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. Assim, a unidade cristã se dá PELA verdade bíblica universal, a Palavra viva, santa e imutável de Deus. Na sua oração pela unidade, Jesus disse: “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam; … Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.8,17). Se não for PELA Palavra de Deus não haverá unidade cristã verdadeira. Portanto, a unidade não deve ser meramente espiritual, mas também bíblico-doutrinária, mediante a uniformidade da fé. Muitos pastores e líderes buscam a unidade em meio ao erro doutrinário, o que contradiz a Palavra de Deus. Essa “unidade”, na realidade, agrada muito mais aos homens do que a Deus. Não falo das pequenas diferenças existentes no meio cristão (pois, como dissemos, cada membro do corpo é desigual), que não comprometem a sã doutrina, mas daquelas que possam afetar a verdade bíblica. “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3.3) [3]. Na verdade, não estaremos isentos da insurgência de hereges que ensinam idéias e doutrinas sem base bíblica e que criam divisões nas igrejas e entre os crentes e é interessante que, para se manter a união faz-se necessário a divisão - se uma segunda admoestação for ineficaz para corrigir tais pessoas, devem ser evitadas, isto é, rejeitadas e excluídas da igreja. Aqueles que rejeitam as verdades da Bíblia e colocam em seu lugar as próprias idéias e opiniões, são pervertidos e pecaminosos e devem sim serem extirpados para não ‘levedar a massa’(Tt 3.10,11).

2. Unidade na própria comunhão.

O Evangelho de Jesus Cristo é constituído sobre relacionamentos: relacionamento com Deus e relacionamentos com as pessoas que Deus amou de ‘tal maneira’ que Ele enviou Seu Filho para salvar. Ele ainda deseja fazer isso hoje em e através de todos nós. A Bíblia coloca a nossa relação com Deus como prioridade: "Amarás o Senhor teu Deus com todo seu coração, alma, mente e força" (Lc 10.27). Jesus acrescentou o grande segundo mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Estas verdades irão impactar nossa caminhada diária com o outro. Nós os cristãos estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e redescobrir a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. O propósito de Deus não é salvar indivíduos e perpetuar seu isolamento. Deus se propôs edificar a igreja, uma comunidade nova e redimida. Planejou-a na eternidade passada, a está levando a cabo no processo histórico do presente, e será aperfeiçoada na eternidade que virá. A igreja esta no centro do plano de salvação. Cristo morreu não só para nos redimir de toda iniqüidade, mas também para reunir e purificar para si mesmo um povo entusiasmado pelas boas obras. Assim diz a Palavra: “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tito 2:14) Na eternidade, Deus nos reunirá aos redimidos por Cristo como um só povo, do qual o apóstolo João teve uma antecipação extraordinária: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.” (Apocalipse 7:9-10) [4].

3. Unidade do partir do pão.

A Ceia do Senhor é descrita em quatro trechos bíblicos: Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-32. Foi dado à Igreja como um memorial da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação (1Co 11.24-26; Lc 22.19) e é celebrado como um ato de ação de graças (grego eukharistía, agradecimento, gratidão, ação de graças) pelas bênçãos e salvação da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós (1Co 11.24; Mt 26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19). João Calvino afirma que “Nossas almas podem obter deste sacramento (Santa Ceia) grande fruto de confiança e doçura, pois temos testemunho de que Jesus Cristo, de tal maneira é incorporado a nós, e nós a Ele, que tudo quanto é Seu podemos chamar de ‘’nosso’’. E tudo quanto é nosso, podemos dizer que é Seu”. Assim, o sacramento da Santa Ceia constitui-se num ato de comunhão (koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (1Co 10.16,17). Note que a Ceia do Senhor só adquire essa importância acima mencionada, só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à Palavra de Deus e à sua vontade. É notável que o primeiro fruto do Espírito seja o amor. Neste particular, a igreja primitiva cuidava dos seus pobres, compartilhava com eles suas possessões. Esta atitude deve ser a característica da igreja em todos os tempos. Essa característica logo foi deturpada, ‘[...] os coríntios se reuniam para suas refeições de confraternização, antes da Ceia do Senhor (cf. 2 Pe 2.13; Jd v.12), alguns se -reuniam em grupos pequenos e tomavam suas refeições à parte (vv. 18,19). Os pobres, que não podiam trazer refeição, eram desconsiderados e deixados com fome.’(1Co 11.21) [5]. A comunhão, a disposição de compartilhar, generosa e voluntariamente, é um princípio permanente. A igreja deveria ser a primeira entidade no mundo na qual se abolisse a pobreza.

4. Unidade nas orações.

Os primeiros cristãos não eram só fieis em conservar os ensinamentos dos apóstolos na comunhão uns com os outros. Também se reuniam uns com os outros. Também se reuniam e participavam juntos “no partir do pão, e nas orações” (Atos 2:42). As orações que se mencionam aqui não são as orações privadas mas sim as reuniões de oração. Paulo faz aos coríntios um apelo comovente (1Co 1.10). Depois de agradecer a Deus pelo enriquecimento dos coríntios em Cristo, lhes faz um chamado urgente, por causa do doloroso cisma que há entre eles. Acaba de lhes escrever sobre sua comunhão e agora tem que os exortar pela sua falta de comunhão. Contudo, Paulo segue se dirigindo a eles como irmãos e irmãs. Quiçá o faz de propósito, para os lembrar que pertencem à família de Deus e que com seu comportamento, em alguma medida estão contradizendo sua identidade. O salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; Tg 4.5). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; Lc 18.14). A tendência natural do homem é opor-se a Deus e ao próximo, porém, essa tendência pode ser alterada pela graça de Deus pois alcança todos aqueles que humildemente aceitam a salvação em Cristo.



III. OS FRUTOS DA COMUNHÃO CRISTÃ


A igreja é apresentada como o povo de Deus (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), uma família formada pelo agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de Cristo (1Pe 1.18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus (1Pe 2.5). A igreja é o corpo de Cristo (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com Cristo. A essência desta família é o relacionamento entre os irmãos. É por isso que o salmista exclama: ‘Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos’ (Sl 133.1). Viver unido é viver em comunhão com o Pai e com os irmãos. Charles R. Swindoll afirma que uma família forte possui seis qualidades principais: é comprometida com a família, gasta tempo junta, tem boa comunicação familiar, expressa apreciação um ao outro, tem um compromisso espiritual e é capaz de resolver os problemas nas crises. Estas qualidades podem ser resumidas em duas palavras: comunhão e reciprocidade (Rm 12.5). Podemos resumir que reciprocidade é a vida que flui na igreja. Uma igreja que não desenvolve estas qualidades vive uma crise de comunhão. Quando a igreja vive esta reciprocidade, gera frutos:

1. Temor a Deus.

Em Dt 6.1,2 encontramos o mandamento geral de “temer ao Senhor” (gr. phobos); inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus. É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, isto é, conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é (Pv 2.5). Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado. Temer ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder (Fp 2.12). Paulo vê lugar para "temor e tremor" da nossa parte na salvação efetuada por Cristo. Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que o faça tremer diante da Palavra de Deus (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo mal (Pv 3.7; 8.13). Note que o temor do Senhor não é de conformidade com a definição freqüentemente usada, a mera ‘confiança reverente’, mas inclui o santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor de pecar contra Ele e das conseqüências desse pecado (Ex 3.6; Sl 119.120; Lc 12.4,5). Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que aproxima o crente de Deus, de suas bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação (Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6). Quando Lucas destaca que ‘em cada alma havia temor’(At 2.43), demonstra a unidade do Espírito levando os crentes a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. O salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente: ‘Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu’ (Sl 33.8,9). Temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade (Sl 76.7,8). Moisés experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: ‘temi por causa da ira e do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós, para vos destruir’ (Dt 9.19).

2. Sinais e maravilhas.

O Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja no dia de Pentecostes, cento e vinte almas naquele dia receberam o selo do Espírito Santo, que mergulhou suas vidas no poder celestial. Depois daquele dia jamais seriam os mesmos. Jesus cumpriu a sua promessa (At 1.5). Pedro cheio de poder anunciou a Palavra com muita intrepidez e três mil pessoas se converteram. Era a Igreja que nascia reunindo-se no templo e de casa em casa. Como podemos ver em At 5.42. É da vontade de Deus que a pregação do evangelho seja acompanhada de sinais miraculosos para confirmar a veracidade do evangelho (Mc 16.20). Dessa maneira, o Senhor coopera com sua igreja e dá testemunho da veracidade da mensagem do evangelho. Esta confirmação da graça de Deus, com sinais e prodígios, não é menos necessária hoje do que foi no início da igreja, à medida que enfrentamos os tempos difíceis dos últimos dias (1Tm 4.1; 2Tm 3.1-13).

3. Assistência Social.

“E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” (Atos 2:44-45) Esta passagem nos perturba. Preferimos saltá-la para evitar o desafio que ela encerra. Devemos imitar literalmente estes crentes? Quis Jesus que todos seus seguidores vendessem suas possessões e repartissem o que obtivessem delas? Sem dúvida, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. Esse é o chamamento que fez ao jovem rico, por exemplo. A ele, Jesus disse expressamente que vendesse tudo e o desse aos pobres. Este foi também o chamado do frade Francisco de Assis, na idade média, e mais recentemente, o chamado de Madre Tereza, em Calcutá, ambos católicos romanos. Eles nos recordam que a vida não consiste na abundância dos bens que possuímos. Mas não todos os discípulos de Cristo são chamados a isso. A proibição da propriedade privada é uma doutrina marxista, não cristã. Mesmo na igreja em Jerusalém, a decisão de vender as propriedades e dar tudo foi uma questão voluntária. Quando passamos para o versículo 46, lemos que os crentes se reuniam “em suas casas”. Quer dizer, continuavam tendo casa e propriedades pessoais. Pelo visto, não haviam vendido todas as casas, seus móveis e suas propriedades! Contudo alguns tinham casas, e os crentes se reuniam nelas. Não obstante, não devemos evadir do desafio destes versículos. Alguns suspiram com alívio porque não sugeri que devemos vender tudo e repartir-lo. Mas, mesmo que não seja nosso chamado particular, todos fomos chamados a nos amarmos mutuamente como faziam aqueles cristãos. [6].

4. Crescimento.

A igreja cristã nasceu com uma vocação para crescer e se tornar católica [*]. O rápido crescimento da igreja, nos primeiros séculos, é algo empolgante e motivador. Sua trajetória foi marcada por um mover de Deus (Atos 2). Seu crescimento inspira a igreja a buscar e descobrir as estratégias para se alcançar este objetivo. Um estudo dos primeiros capítulos do livro de Atos mostra que aquela igreja não tinha nenhum tipo de inovação ou algo semelhante, mas, simplesmente, se colocou à disposição de Deus para trabalhar dentro do contexto de sua época. E é exatamente isso que precisamos fazer hoje. A descida do Espírito Santo, em cumprimento às palavras de Jesus (Lc 24.49), trouxe nova perspectiva de vida a sua igreja. A partir de Atos 2, percebe-se que ela avançou em sua tarefa de evangelização e que existem alguns requisitos essenciais para que a igreja hodierna faça Cristo conhecido a todas as nações (Mc 16.15). E o que se vê no livro de Atos é uma explosão no crescimento da igreja naqueles dias. Seu início foi com 120 pessoas, aumentando o número dos salvos para 3.000, passando para 5.000 e, em pouco tempo, os lugares mais distantes de Jerusalém já tinham recebido o evangelho (At 1.8). Com isso, aprendemos que a tarefa da igreja na terra não acabou, e que o seu crescimento não depende, unicamente, de recursos e estratégias humanas, mas de Koinonia – do crente com Deus através do Espírito Santo e entre os irmãos, através do amor que é derramado em nossos corações.

5. Adoração.

Existem dois aspectos da vida de adoração da igreja primitiva que são desejáveis em uma igreja hoje. Aqueles cristãos mostravam equilíbrio nos dois sentidos. Por um lado a adoração era formal e informal. Isso aprendemos no versículo 46, onde nos é dito que adoravam nas casas e no templo. É interessante que os primeiros cristãos continuaram adorando no templo. Não abandonaram de imediato a igreja institucional; queriam reformá-la de acordo com o evangelho. Seguramente não participavam dos sacrifícios do templo, porque entendiam que os sacrifícios já haviam sido cumpridos definitivamente com a morte e ressurreição de Cristo. No entanto, continuaram participando das reuniões de oração no templo. Estas reuniões tinham certa formalidade, mas os cristãos as suplementavam com reuniões mais informais e espontâneas nos lares. Um segundo aspecto do equilíbrio que guardava a adoração na igreja primitiva era sua atitude de gozo e ao mesmo tempo reverente. A palavra que traduz “alegria” no versículo 46 descreve gozo exuberante. Deus havia enviado seu Filho ao mundo, agora havia derramado Seu Espírito em seus corações... Como não iriam estar alegres! O fruto do Espírito Santo é amor, e também é alegria. Podemos imaginar naqueles crentes um gozo muito menos inibido do que as tradições costumam nos permitir. Algumas reuniões de adoração parecem mais funerais. Todos estão vestidos de preto, ninguém sorri ninguém diz nada, tocam-se hinos com muita lentidão e toda atmosfera é lúgubre. Por que? Alegremo-nos no Senhor! Cada reunião deve ser uma celebração alegre. Contudo, a adoração da igreja primitiva também se caracterizava pela reverência. Seus cultos não eram irreverentes. Se em algumas reuniões o ambiente é funerário, em outros é demasiado leviano. Não refletem a presença solene e soberana de Deus. Os primeiros cristãos não conheciam esse erro. Quando o Espírito Santo renova a igreja, a enche de alegria e também de reverência ante Deus. [5].


III. CONCLUSÃO


Nós os cristãos estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e redescobrir a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. O propósito de Deus não é salvar indivíduos e perpetuar seu isolamento. Deus se propôs edificar a igreja, uma comunidade nova e redimida. Planejou-a na eternidade passada, a está levando a cabo no processo histórico do presente, e será aperfeiçoada na eternidade que virá. A igreja esta no centro do plano de salvação. Cristo morreu não só para nos redimir de toda iniqüidade, mas também para reunir e purificar para si mesmo um povo entusiasmado pelas boas obras. Assim diz a Palavra: “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tt 2.14)


APLICAÇÃO PESSOAL


A vida cristã é viva no Espírito. Todos os cristãos concordam nisso com alegria. Seria impossível ser cristão, sem o ministério do gracioso Espírito de Deus. Tudo o que temos e somos como cristãos devemos a Ele. Assim, cada cristão tem uma experiência com o Espírito Santo desde os primeiros momentos da sua vida cristã. Para o crente, a vida começa com um novo nascimento, e o novo nascimento é um nascimento ‘no Espírito’ (Jo 3.3-8). Ele é o ‘Espírito da vida’, e é ele quem dá vida às nossas almas mortas. Mais que isto, Ele vem pessoalmente morar em nós, de maneira que a presença do Espírito é o privilégio que todos os filhos de Deus têm em comum. Paulo descreve com muita maestria a nova era iniciada por Jesus como ‘o ministério do Espírito’ (2Co 3.8). É instrutivo observar que a profecia de João Batista [Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo (Mc 1.8)], registrada pelos três evangelistas sinóticos como futuro simples (ele vos batizará), no quarto evangelho toma a forma de um particípio presente: ‘Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água, me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo’ (Jo 1.33). Este uso do particípio presente tira do verbo os limites do tempo. Ele não descreve o evento único que foi o Pentecostes, mas o ministério específico de Jesus: ‘Esse é o que batiza com o Espírito Santo’. Somente o Espírito Santo pode criar uma verdadeira comunhão entre os crentes através das escolhas e compromissos que fazemos. Paulo aponta esta nossa responsabilidade: Vocês estão unidos na paz por meio do Espírito. Esforcem-se, portanto, para continuar unidos desse modo. Podemos resumir que a igreja é um vínculo de amor a Deus e ao próximo no cultivo da comunhão verdadeira uns com os outros (amor o próximo). Qual tem sido minha preocupação com meus irmãos? Como temos demonstrado nosso amor? Apenas com palavras ou em atitudes práticas? Se não amarmos nossos irmãos, o amor de Deus não estará em nós (1Jo 4.20).

1º Trimestre de 2001 - Lição 03

O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes

TEXTO ÁUREO

"Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias." (At 1.5).


VERDADE PRÁTICA

Cremos na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais, conforme prometeu o próprio Cristo e ensinaram os santos apóstolos nas Escrituras.



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 2.1-6, 12


COMENTÁRIO


(I. INTRODUÇÃO)


De acordo com o Novo Testamento, o batismo no Espírito Santo é uma experiência enviada por Jesus Cristo. Como registrado no Evangelho de Lucas, Jesus o descreveu como sendo "a promessa do Pai", através do qual os crentes em Cristo receberiam o "poder do alto."(Lc 24.49). O Espírito Santo concede dons espirituais (ou seja, habilidades), tais como os dons de profecia, de curas e o de falar e/ou interpretar uma variedade de línguas, entre outros. Alguns seguimentos evangélicos acreditam que esses dons foram derramados apenas sobre os cristãos do tempo do Pentecostes, (Cessacionistas), mas os proponentes do Batismo no Espírito acreditam que essas habilidades sobrenaturais estão ainda hoje disponíveis, de tal modo como ocorreu no evento de Pentecostes. Quem primeiro fala no batismo com o Espírito Santo diretamente é João Batista (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16 e Jo 1.33), o que deixa claro sua legitimidade como doutrina fundamental cristã. Sempre, em todas as passagens, ele faz uma COMPARAÇÃO entre o batismo que ele – João - praticava, apenas com água e para arrependimento, com o batismo que seria ministrado por Jesus Cristo, com o Espírito Santo. João fez questão de ressaltar essa diferença. Posteriormente, como se verá, os apóstolos também identificaram essa distinção básica entre o batismo de João e o de Jesus. Na teologia pentecostal o batismo no Espírito Santo é uma experiência cristã distinta, a base bíblica está fundamentada na descrição do Pentecostes em Jerusalém (At 2.1-4). Ser "batizado no Espírito Santo" é ser imerso no Espírito Santo, e subseqüente a experiência de conversão. Ou seja, ele é ao mesmo tempo distinto e posterior a salvação, que é em si uma obra definitiva do Espírito Santo. Boa aula!


(II. DESENVOLVIMENTO)


I. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO


Os líderes eclesiásticos agora citam o Pentecostalismo como ‘uma terceira força da Cristandade’, lado a lado com o catolicismo e o protestantismo [2]. Essa ‘terceira força’ passou a merecer a atenção dos teólogos, principalmente em razão de sua presença mundialmente visível. Ou seja: os estudiosos reconhecem o Pentecostalismo porque ele é ‘uma terceira força na sua doutrina1, especificamente a que trata do batismo no Espírito Santo. [3]. James D. G. Dunn observa que os católicos enfatizam o papel da Igreja e dos sacramentos, e subordinam o Espírito à Igreja. Os protestantes enfatizam o papel da pregação e da fé, e subordinam o Espírito à Bíblia. Os pentecostais, no entanto, reagem a esses dois extremos [...] e reclamam uma experiência vital com o próprio Deus no Espírito Santo [4]. A experiência normativa do Batismo no Espírito Santo tem um propósito bem claro nas Escrituras, com qualificação para o serviço cristão (cf. At 1.8). Uma maior eficácia na evangelização dos povos se dá por meio da experiência pentecostal; portanto, o Batismo no Espírito Santo apresenta uma relação missionária com os seus objetivos. Os que buscam o Batismo no Espírito Santo por mera curiosidade esotérica, onde querem experiências místicas e transcendentais, distorcem completamente o propósito do Batismo no Espírito Santo. Essa experiência deve ser buscada para aqueles que têm o coração no Reino de Deus e lutam por sua expansão. Lembrando que um não-batizado não está impossibilitado de fazer grandes trabalhos evangelísticos, pois nunca as Escrituras colocam que a evangelização está restrita aos que experimentam um poder carismático, mas é claro que o Batismo serve como um bom reforço! A distorção principal nos dias atuais referente ao propósito do Batismo no Espírito Santo é denominado de “reteté de Jeová”. Esse movimento prega experiência por experiência, sem propósito, cheio de desordem no culto e ainda associa espiritualidade com barulho. O “reteté”, longe de ser um reforço ao pentecostalismo, é uma verdadeira aberração que atrapalha o desenvolvimento de uma doutrina pentecostal sadia e bíblica, onde os dons e o Batismo no Espírito é pregado dentro dos limites das Sagradas Escrituras [5].

1. O batismo com o Espírito Santo. Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no Espírito Santo, o prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11). O Batismo no Espírito Santo pode ser definido, segundo o teólogo Antonio Gilberto, como "um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme o Espírito Santo concede, pela instrumentalidade do Senhor Jesus, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para Deus" [6]. O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do Espírito Santo (At 2.4). Assim, batizado no Espírito e cheio do Espírito, às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no Espírito Santo, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no Espírito Santo, não deve ser identificado com o recebimento do Espírito Santo na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do Espírito, muitas vezes separadas por um período de tempo [7].

2. A evidência inicial e física do batismo com o Espírito Santo. As evidências do batismo no Espírito Santo são parte central do debate contemporâneo. A literatura teológica atual revela considerável diversidade de posições quanto ao falar em outras línguas. Os pentecostais crêem ser as línguas evidência física inicial do batismo no Espírito Santo, especialmente baseados em relatos de Atos. O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo (2.4; 10.45,46; 19.6). Nos três casos relatados por Lucas, os pormenores de como os indivíduos receberam o batismo no Espírito Santo, o falar em outras línguas – glossolalia – as quais não dominavam em circunstancias normais (At 2.4). Stanley Horton, em sua Teologia Sistemática, cita a declaração de Ralph M. Riggs: ‘Esse falar em outras línguas veio, então, a ser o sinal e evidência de que o Espírito Santo descera sobre os cristãos neotestamentários’. O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (At 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.


SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O batismo com o Espírito Santo tem como evidência inicial, e física, o falar em línguas


II. FUNDAMENTOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO


Em princípio, podemos dizer que a base exegética da doutrina do batismo no Espírito Santo recebe uma ênfase especial no livro de Atos dos Apóstolos, mas há outras revelações sobre esta verdade até mesmo no Antigo Testamento. Se nos voltarmos para o AT veremos que os profetas Joel e Ezequiel, por exemplo, tinham indicado sobre o derramamento do Espírito Santo sobre Israel (Ez 39.29) e sobre toda carne (Jl 2.28, Is 32.15; 44.3). Deus através dos profetas havia predito sobre o derramamento do Espírito Santo. Até mesmo João Batista falou a respeito da promessa do Pai (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Posteriormente, o próprio Jesus falou sobre o derramamento do seu Espírito (At 1.5). Se observarmos o sermão de Pedro no dia de pentecostes, veremos que ele cita o profeta Joel.

1. Moisés. No evento onde Moisés se queixa a Deus do pesado fardo de gerir o povo, YAHWEH tira do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre os setenta anciãos escolhidos, e o texto afirma que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram. As Escrituras ensinam que quando o Espírito de Deus prevalece sobre o seu povo, a profecia geralmente se manifesta (cf. 1 Sm 10.5,6; 2 Cr 20.14-17; Jl 2.28). O relato em Atos a respeito do derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecoste, e depois daí, indica que os crentes cheios do Espírito Santo profetizavam e falavam noutras línguas sob o impulso do Espírito (At 2.4; 10.44-47; 19.6). Quando Eldade e Medade continuaram profetizando no arraial, Josué queria que Moisés os proibisse. Moisés, no entanto, percebera que, na vida espiritual, o normal seria que todo o povo de Deus pudesse profetizar quando o Espírito de Deus viesse sobre ele. Nos tempos do AT, o Espírito Santo descia ou enchia alguns, revestindo-os de poder para cumprirem missões ou profetizarem.

2. Isaías. Embora Israel fosse, em grande parte, uma nação desviada de Deus, no tempo de Isaías, este profetizou que, um dia, o Espírito Santo seria derramado sobre uma sua geração futura (cf. 32.15; Jr 31.33,34; Ez 36.26,27; 39.29; Zc 12.10 13.1). Essa profecia teve seu cumprimento parcial no dia do Pentecoste (cf. Jl 2.25-29; At 2.17,18; ver At 1.8 e 2.4). Seu pleno cumprimento para Israel terá lugar quando os israelitas aceitarem Cristo como o seu Messias (ver Rm 11.25,26s) [8].

3. Joel. Joel predisse o tempo em que todo o povo de Deus seria cheio do Espírito (Jl 2.28,29). Essa profecia cumpriu-se no Dia de Pentecoste quando, então, o Espírito foi derramado sobre "toda a carne" (At 2.4,16,17). Os crentes não batizados no Espírito Santo não estão experimentando o que Deus lhes prometeu, e que Jesus anela lhes conceder (At 1.8; 2.39; 1 Co 14.1,2,5,39). Joel prediz um dia em que Deus derramará o seu Espírito sobre todo aquele que "invocar o nome do Senhor" (Jl 2.32). Este derramamento resultará num fluir sobrenatural do Espírito Santo entre o povo de Deus. Pedro citou este trecho no dia de Pentecoste, e explicou que o derramamento do Espírito Santo, naquele dia, era o começo do cumprimento da profecia de Joel (At 2.14-21). Esta profecia é uma promessa perpétua para todos quantos aceitem a Cristo como Senhor, pois todos os crentes podem e devem receber a plenitude do Espírito Santo (cf. At 2.38,39; 10.44-48; 11.15-18). Joel prevê que um dos principais resultados do derramamento do Espírito Santo será a distribuição dos dons espirituais, entre estes o de profetizar. A manifestação do Espírito, através dos dons, torna conhecida a presença de Deus entre o seu povo. O apóstolo Paulo declarou que se a igreja profetiza, o incrédulo será compelido a declarar "que Deus está verdadeiramente entre vós" (1 Co 14.24,25) [9].

4. João Batista. O ‘Elias que havia de vir’ ensina que a obra do Cristo inclui batizar os que nEle cressem com o Espírito Santo e com fogo, batismo este que outorga grande poder para vivermos por Ele e testemunhar dEle (Lc 3.16). O batismo com o Espírito Santo que Cristo outorga aos seus seguidores é o novo sinal de identificação do povo de Deus prometido em Jl 2.28 e reafirmado por Cristo depois da sua ressurreição em Lc 24.49; At 1.4-8. Essa predição teve seu cumprimento inicial no dia do Pentecoste (At 2.4).

5. Jesus. O ministério de Cristo, de batizar no Espírito Santo, é um ministério contínuo durante toda a era atual. Assim, deixa claro o texto grego de Jo 1.33 (o que batiza com o Espírito Santo); essa expressão emprega o verbo no particípio presente (ho baptizon) [10], que significa aquele que continuará a batizar. Logo, as referências em Lucas e João não somente dizem respeito ao primeiro derramamento do Espírito Santo no Pentecoste, mas também à missão principal e ao ministério de Jesus, como aquele que batiza no Espírito Santo durante toda a era atual: ‘porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe’ (At 2.39). Esta maravilhosa promessa não foi restrita apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste ou para a Igreja Primitiva, mas também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era: a vós (os ouvintes de Pedro); a vossos filhos (à geração seguinte); à todos os que estão longe (às gerações subseqüentes).


SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Os Escritores do Antigo e do Novo Testamentos fundamentaram a promessa do batismo com o Espírito Santo nesses últimos dias, como iniciado no Pentecostes.


III. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA


A doutrina do Batismo no Espírito Santo não nasceu em arraiais pentecostais, mas teve precedentes históricos importantes. Sendo uma doutrina polêmica, há contestações de várias vertentes teológicas, até mesmo entre os pentecostais. Grandes teólogos e pastores do Século 19 compartilhavam uma visão bem semelhante com os pentecostais em relação a uma experiência subseqüente a salvação, a chamada “segunda bênção”. Entre os pregadores da “segunda bênção” encontravam-se D. L. Moody, R. A. Torrey, Andrew Murray, F. B. Meyer e o presbiteriano A. B. Simpson. A diferença entre esses pré-pentecostais era o fato de não defenderem as línguas com sinal físico-inicial. No século 20, o teólogo reformado Dr. Martyn Lloyd-Jones, estava entre os que defendiam essa experiência pós-salvação. Mas lembrando que nenhum desses teólogos compartilhavam da visão pentecostal clássica, de que o Batismo no Espírito Santo deve ser acompanhado por uma evidência física [11]. Analisando a História da Igreja, podemos observar nitidamente que Deus sempre avivou ou reavivou a sua Igreja em várias ocasiões diferentes. Esses períodos da Era Cristã foram marcados por reavivamentos maravilhosos, onde Deus se manifestou aos seus servos de forma sobrenatural. No período da Reforma Protestante, no século XVI, Deus levantou homens como Martinho Lutero, João Calvino e John Knox. No século XVIII, ocorreu o Avivamento Morávio com o Conde Zinzendorf, o Grande Reavivamento na Inglaterra com John Wesley, Charles Wesley e George Whitefield e o Reavivamento Americano com Jonathan Edwards. Nenhum destes avivamentos foi conhecido como Pentecostal, pois o termo é do início do século XX, quando houve o derramamento do Espírito Santo nos USA, semelhante à manifestação de Atos dois. John Stott conceitua avivamento como: “... uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida por ela”. [12]. São várias as instâncias de fenômenos que historiadores pentecostais (como Allan Anderson) interpreta como predecessores do pentecostalismo:

Inácio de Antioquia 67-110 d.C. afirmou em sua carta aos filadelfienses (Inácio aos filadelfienses 7:01) que profetizou pelo Espírito: "Estando no meio de vós gritei, disse em alta voz, uma voz de Deus:'Permanecei unidos (…)'. Aqueles suspeitaram que eu disse isso porque previa a divisão de alguns, mas aquele pelo qual estou acorrentado é minha testemunha que eu não sabia através da carne. Foi o Espírito que me anunciou, dizendo: '(…), guardai vosso corpo como templo de Deus, amai a união, fugi das divisões, sede imitadores de Jesus Cristo, como ele também é do seu Pai". Em sua carta a Policarpo, ele também declara: "Quanto as coisas invisíveis, pode que te sejam manifestadas a ti, para que nada te falte e tenhas abundância em todo dom espiritual".

Policarpo de Esmirna 70-160 d.C. teve uma revelação de Deus de como morreria. "Orando, ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo fogo. Voltando-se para seus companheiros, disse: 'Devo ser queimado vivo!'.

Justino Mártir 110-165 d.C. em seu diálogo contra o judeu Trifo recorda que os dons do Espírito Santo, incluindo exorcismo, ainda estão em uso: "Recebendo uma vez o espírito de discernimento, outro um conselho, outro uma cura, outro de poder, outro de presciência, outro de ensino e outro de temor a Deus. Os dons proféticos permanecem conosco até o presente tempo. Para alguns (crerem) certamente em expulsar demônios, (…). Outros tem conhecimento daquilo que vai acontecer; eles tem visões e pronunciam expressões proféticas".

Irineu de Lião 130-202 d.C.. "De igual modo nós todos ouvimos que muitos dos irmãos na igreja que têm dons proféticos, e que falam em todas as línguas por intermédio do Espírito, e que também trazem a luz os segredos dos homens para benefício dos homens, e que expõem os mistérios de Deus."

Tertuliano 160-220 d.C. ao falar de Marcião, declarou o seguinte: "Para provar o que os profetas têm falado, e não pelo sentimento humano, mas pelo Espírito de Deus, como aqueles que previram o futuro e revelaram os segredos do coração, que apresentam um salmo, uma visão, uma oração, que é apenas pelo Espírito em um êxtase, ou seja, em um rapto ou num arrebatamento toda vez que uma interpretação tem ocorrido." Aparentemente Tertuliano descreveu parte da vida comum da Igreja Ortodoxa e recomendou buscar o dom do Espírito Santo de profecia.

Pacômio 292-348 d.C. depois de momentos especiais podia, sob o poder do Espírito falar os idiomas grego e latim que jamais havia aprendido."

Agostinho de Hipona 354-430 d.C. mencionou: "Fazemos, todavia o que os Apóstolos fizeram quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito Santo. Mediante a imposição de mãos esperamos que os crentes falem em novas línguas."

Simão o Novo Teólogo 949–1022 d.C. talvez o mais famoso cristão carismático da igreja Ortodoxa. Seus relatos declaram muitas experiências espirituais, isto inclui um 'batismo no Espírito Santo' acompanhado por dons de copiosos prantos, compunção, e visões de Deus.

Embora não haja registros ou indícios de derramamento do Espírito Santo durante a Idade Média, alguns autores mencionam que o valdenses, albigenses, e os frades mendicantes, falaram em línguas na Europa Meridional.

Jansenitas 1640-1801 fizeram parte de um movimento agostiniano radical na Igreja Católica Romana (seu adepto mais famoso foi o cientista e apologista francês Blaise Pascal), alguns de seus adeptos em Port Royal ficaram conhecidos pelos seus sinais e prodígios, dança espiritual, curas, e elocuções proféticas. Alguns dizem que falaram em línguas estranhas e interpretaram as línguas que lhes foram endereçadas.

Serafin de Sarov 1759-1833 líder carismático da igreja ortodoxa russa, afirmou que o objetivo da vida cristã é a recepção do Espírito Santo. Serafim também é lembrado pelo dom de cura.

Os Huguenotes foi o nome dado ao calvinistas da França, houve manifestações carismáticas entre eles em Cevennes, durante a perseguição determinada por Louis XIV. Em seguida, uma nota sobre os huguenotes: Respeitando as manifestações físicas, há pouca discrepância entre os relatos de amigos e inimigos. As pessoas atingidas eram homens e mulheres, idosos e jovens. Muitos eram crianças com idades entre os nove ou dez anos. Eles emergiram do povo, disseram seus inimigos, da massa de ignorantes e sem cultura; sem poder ler e escrever, em sua maioria, e falando o jargão da província diariamente, que era a única coisa que poderia usar para falar. Tais pessoas caíam repentinamente para trás e, permaneciam estendidas na terra, experimentavam contorções estranhas e aparentemente involuntárias; seus peitos pareciam inchar-se e seus estômagos inflar-se. Ao sair de tal condição, gradualmente voltavam a ganhar o poder da fala instantaneamente. Começavam, muitas vezes, com uma voz interrompida por soluços e logo derramavam torrentes de palavras, clamores de misericórdia, chamados ao arrependimento, exortações aos espectadores para que parassem de freqüentar as missas, admoestações à igreja de Roma e profecias relativas ao juízo vindouro. Da boca de crianças emergiam textos da Escritura e discursos em um francês muito bom e fácil de entender, um [francês] que nunca usavam quando estavam conscientes. Quando o transe terminava, declaravam que não se lembravam de nada do ocorrido de que haviam dito. Em raras ocasiões recordavam impressões vagas e gerais, mas nada a mais. Não havia aparência de engano, nem indicação de que ao pronunciar suas predições com relação a eventos futuros, tivessem alguma idéia de prudência ou dúvida tocante a veracidade do que haviam predito. Um dos principais líderes desta igreja foi George Fox, que pregou uma mensagem sobre a nova era do Espírito Santo, ele em seu diário, diz o seguinte: No ano de 1648, enquanto estava sentado na casa de um amigo em Notinghamshire (porque desta vez o poder de Deus tinha aberto os corações de alguns para receber a Palavra de vida e de reconciliação), vi que havia uma grande fenda que passava por toda a terra, e um grande humo iba a medida que a fenda se abria caminho; depois da fenda, ocorria um grande terremoto. Esta era a terra que havia nos corações das pessoas, a qual tinha que ser sacudida antes que a semente de Deus fora levantada da tumba. E assim sucedia: pois o poder de Deus começou a sacudi-los e grandes ministrações de adoração eram conduzidas, de tal maneira, que poderosas obras do Todo-Poderoso eram realizadas entre os crentes para o assombro, tanto das gentes como dos sacerdotes.

George Fox

Quando os cristãos hussitas foram perseguidos na Boêmia, encontraram em Dresden, Alemanha um refúgio no qual podiam procurar a Deus. Em 1727 o conde Ludwig Graf de Zinzendorf começou a organizar aos crentes desta corrente cristã em uma única igreja. Durante o mês de julho criou reuniões e vigílias de oração com os jovens, posteriormente encontrou um livro chamado Ratio Disciplinae o qual relatava como a igreja de Irineu se unia para buscar a presença de Deus. “Os morávios dizem que o Espírito desceu sobre eles, e grandes sinais e maravilhas foram realizadas entre os irmãos naqueles dias, prevalecendo uma maravilhosa graça entre si, e em todo o país.”

John Wesley ministro anglicano e pai da igreja Metodista registra muitas histórias extraordinárias em seus diários, tais como a cura de pessoas, de animais, e do poder do Espírito Santo através da oração.

O Grande Despertamento foi um fenômeno espiritual que impactou a Inglaterra e Estados Unidos entre os anos 1735 e 1750. Durante este período teve grandes pregadores que influenciaram o pentecostalismo moderno.

George Whitefield 1714-1770. Ministro que aos 21 anos foi ordenado para pregar na Inglaterra. Chegou aos Estados Unidos por mais de 9 ocasiões ensinando desde a Georgia até a Nova Inglaterra.

Jonathan Edwards 1703-1758. Aos seus 19 anos começou a pregar numa igreja em Nova Iorque, depois foi ministro numa igreja de Yale e em 1726 foi pastor associado da igreja de Northampton, Massachusetts, donde seria pastor por mais de 25 anos, sendo uma das pessoas mais importantes do Grande Despertamento. Se diz que quando foi pregar em uma vila, as tabernas quebraram vazias e durante seus cultos ou reuniões, as pessoas gemiam e choravam devido as pregações.

Charles Finney 1792-1875. Foi um ministro proeminente e representativo dessa época, realizava grandes atividades evangelísticas. Implementava práticas metodistas dentro de igrejas presbiterianas e congregacionalistas. Pregava pontos wesleyanos como a santificação, e a perfeição cristã dada unicamente pelo Espírito Santo.

Dwight L. Moody 1875. Ministro que pregava na cidade de Chicago e de Nova Iorque, mencionou numa ocasião que tinha uma especial investidura de poder do alto, um batismo claro e inequívoco do Espírito Santo. O Movimento de Santidade foi um movimento que dava muita ênfase que nesta vida presente pela fé, é possível obter a inteira santificação, ou perfeição cristã através do Espírito Santo. A partir de 1840 se iniciou a pregar sobre o batismo no Espírito Santo, seu principal contribuidor foi John Morgan, o qual escreveu: "O dom do Espírito Santo, em sua plenitude pentecostal, não devia restringir-se a igreja apostólica; é o privilégio compartilhado por todos os crentes. Kittim Silva comenta que no ano de 1894 uns cem crentes foram batizados com o Espírito Santo na Carolina do Norte, falando em novas línguas. Eles pertenciam a um grupo religioso chamado União Cristã, Igreja da Santidade e em 1907 mudaram para Igreja de Deus. Esta igreja é conhecida como Igreja de Deus de Cleveland, por ser o lugar donde adquiriu mais força.

Pentecostalismo Clássico

O Pentecostalismo clássico é o que começou em 1901 entre cristãos que se reuniam na rua Azusa em Los Angeles, EUA e simultaneamente em vários outros lugares na América do Norte. É a maior corrente pentecostal entre todas as demais, pois está conformada por organizações religiosas que se formaram naqueles anos e mantém manifestações espirituais e doutrinas similares. Dentro do pentecostalismo clássico norte-americano existem três orientações principais: Santidade-Wesleyana, Vida Superior e Unitários. Exemplos de denominações wesleyanas de santidade inclui a Igreja de Deus em Cristo (IDC) e a Igreja Pentecostal Internacional de Santidade (IPIS). A Igreja do Evangelho Quadrangular é um exemplo do ramo Vida Superior, enquanto as Assembléias de Deus (AD) foi influenciada pelos dois grupos. Algumas igrejas unitárias inclui a Igreja Internacional Pentecostal Unida (IPU), Assembleia Pentecostal do Mundo (APM), e Assembléias do Senhor Jesus Cristo (ASJC). Muitas igrejas pentecostais são afiliadas com a Conferência Mundial Pentecostal. O pentecostalismo reivindica cerca de 588 milhões de adeptos no mundo inteiro. [13] [Para ler mais, visite o site da Wikpedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo ].


SINÓPSE DO TÓPICO (3)

O Batismo com o Espírito Santo não é modismo, pelo contrário, é uma promessa feita pelo Pai, confirmada pelo Filho e manifestada pelo Divino Consolador.



IV. OS OBJETIVOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


O batismo no Espírito Santo outorga ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter uma maior eficácia no seu testemunho e pregação (At 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder (Gr. Dunamis: Virtude) não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7). O batismo no Espírito Santo também outorga mensagens proféticas e louvores (At 2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito Santo, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (Jo 16.8; At 1.8); uma vida que glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13,14; At 4.33); visões da parte do Espírito (At 2.17); manifestação dos vários dons do Espírito Santo (1Co 12.4-10); maior desejo de orar e interceder (At 2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6) [14].

1. Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o propósito principal do batismo no Espírito Santo, o recebimento de virtude para testemunhar de Cristo com intrepidez, sem temer oposição. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus. Esse ‘Poder’ significa mais do que força ou capacidade; é o próprio Consolador em operação, em ação através do crente. O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo resulta num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador.

2. Reverência diante das coisas de Deus. O batismo no Espírito Santo outorga aos crentes o desejo de separação dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (At 2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16). Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).

3. A experimentação da plenitude espiritual. A plenitude do Espírito Santo recebida no dia de Pentecoste significou o início do cumprimento da promessa de Deus em Jl 2.28,29, de derramar seu Espírito sobre todo o seu povo nos tempos do fim (At 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; Jl 2.28,29). Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em Cristo. O batismo com o Espírito Santo é uma bênção celestial necessária aos cristãos que desejam ter uma vida vitoriosa. Por isso, quem ainda não o recebeu deve orar insistentemente, pois Deus não faz acepção de pessoas e esta promessa é para todos os homens.


SINÓPSE DO TÓPICO (4)

O batismo com o Espírito Santo permite o crente obter poder e unção para proclamar o Evangelho de Cristo, reverência diante das coisas de Deus e a experiência de uma plena espiritualidade.



(III. CONCLUSÃO)


A promessa do batismo no Espírito Santo diz respeito, principalmente, aos ‘últimos dias’, e não à era dos apóstolos. Além disso, Pedro, ao citar o profeta Joel, substituiu a expressão ‘derramarei o meu Espírito’ por ‘derramarei do meu Espírito’. Esta mudança aponta para o marco inicial da Dispensação do Espírito Santo, e que a efusão do Espírito seria na sua plenitude nos ‘últimos dias’, estes mesmos da nossa geração! Sendo uma promessa bíblica, o batismo no Espírito Santo está a disposição daquele que o quizer buscar. Não há uma fórmula mágica para a sua obtenção, entretanto, todos os que o buscam precisam ter sede (Is 44.1), ser nascido de novo (Jo 3.3), pois o Espírito só é dado à Sua Igreja (Jo 14.17). É uma promessa contemporânea e que não deve ser ignorada por nenhum cristão, “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a tantos quanto Deus, o nosso Senhor, chamar“(At 2.39).



APLICAÇÃO PESSOAL


Emoção não é a base da vida. O justo vive pela fé, não pela emoção. As Escrituras ensinam que o crente deve examinar e provar tudo o que se apresenta como sendo da parte de Deus (1Ts 5.21; cf. 1Co 14.29). “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (1Jo 4.1). Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia) é a firme convicção de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. O batismo no Espírito é para todos que professam sua fé em Cristo; que nasceram de novo, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar. Note que o autêntico batismo no Espírito Santo levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo mais do que antes (Jo 16.13,14; At 2.11,36; 10.44-46). O batismo no Espírito, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o Espírito, que deve ser renovado (At 4.31) e conservado (Ef 5.18).

1º Trimestre de 2011 - Lição 02

A ASCENSÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA

"TEXTO ÁUREO
[..] Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11).

VERDADE PRÁTICA
Se a ascensão de CRISTO não for aceita como um fato historicamente comprovado, não poderá ser recebida como doutrina confiável. JESUS CRISTO, de fato, foi assunto ao céu. e acha-se à destra de DEUS.

LEITURA DIÁRIA
At 1.12-14 As testemunhas da ascensão
Lc 24.44-49 As últimas instruções de JESUS antes de sua ascensão
At 1.6-8 Instruções de JESUS, antes da ascensão com respeito ao futuro
At 1.9 O ato da partida
At 1.11 A promessa da sua segunda vinda
Hb 10.12 JESUS está assentado para sempre à destra ..de DEUS

LEITURA BÍBLlCA EM CLASSE - Atos 1.4-11

4 - E, estando com eles, determinou-Ihes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. 5 - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias. 6 - Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? 7 - E disse-Ihes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. 8 - Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária e até aos confins da terra. 9 - E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. 10 - E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, 11 - os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.

1.4 A PROMESSA DO PAI.
O prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11) é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver v. 5). O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do ESPÍRITO SANTO (2.4). Assim, batizado no ESPÍRITO e cheio do ESPÍRITO , às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no ESPÍRITO SANTO, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no ESPÍRITO SANTO, não deve ser identificado com o recebimento do ESPÍRITO SANTO na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do ESPÍRITO, muitas vezes separadas por um período de tempo.

1.5 BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO.
A preposição com é a partícula grega en, que pode ser traduzida como em ou com . Por isso, muitos preferem a tradução sereis batizados no ESPÍRITO SANTO . Da mesma forma, batizados com água pode ser traduzido batizados em água . O próprio JESUS é aquele que batiza no ESPÍRITO SANTO os que nEle crêem.

1.8 RECEBEREIS A VIRTUDE.
O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27). (1) Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente. (2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no ESPÍRITO SANTO com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia. (3) A obra principal do ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à promessa do batismo no ESPÍRITO (cf. 2.14-42).

1.8 SER-ME-EIS TESTEMUNHAS.
O batismo no ESPÍRITO SANTO não somente outorga poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido cheios do ESPÍRITO (cf. Jo 14.26; 15.26,27). (1) O ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real para nós a presença pessoal de JESUS (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio JESUS CRISTO resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador. (2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo 16.14),
não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do ESPÍRITO SANTO a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO, manifestará com certeza, à semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder para o crente testemunhar de CRISTO e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40). (4) O batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se àqueles cujos corações pertencem a DEUS por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a CRISTO (ver 5.32). (5) O batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo no ESPÍRITO que é santo (cf. ESPÍRITO de santificação , Rm 1.4). Assim, se o ESPÍRITO SANTO realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de CRISTO. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no ESPÍRITO SANTO, terá um desejo intenso de agradar a CRISTO em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do ESPÍRITO complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do ESPÍRITO SANTO em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma vida contrária ao ESPÍRITO de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, mas não têm uma vida de verdadeira fé, amor e retidão, não estão agindo segundo o ESPÍRITO SANTO, mas segundo um espírito impuro que não é de DEUS (Mt 7.21-23; cf. Mt 24.24; 2 Co 11.13-15). Mais exposição sobre testemunhar de CRISTO, em 13.31.

PALAVRA-CHAVE - ASCENSÃO - Ato de ascendência; subida; elevação.

“A IMPORTÂNCIA DA ASCENSÃO DE JESUS CRISTO” (Pr. Paulo Damião)
A Ascensão de Cristo aos céus depois Pentecoste – o dia do nascimento da Igreja.
A ascensão ou subida de Jesus aos céus, após a ressurreição é de grande importância para a fé cristã:

1.- Ela demonstra que as promessas de Deus são confiáveis.
Foram muitas as promessas de que, após a ressurreição, Jesus voltaria aos céus e, como todas as demais, estas também se cumpriram.
Se tirarmos as promessas do cristianismo, ele não subsistirá. Nossa fé está baseada nas promessas do Senhor, como afirma a letra do cântico: “Firme nas Promessas”.

2.- Ela permitiu que Jesus recuperasse a glória que tinha antes da encarnação.
O grande mistério da fé está explícito no fato de que Deus se fez homem – encarnação. Para que isso fosse possível, Ele abiu mão de atributos para que sua vida entre nós não fosse uma representação teatral. Mas, ao voltar aos céus, Ele readquire a glória anterior.

3.- Ela permitiu que Jesus assumisse a função de nosso advogado.
Ele está intercedendo por nós e nos defendendo das acusações do Diabo, feitas ao Pai.
Mesmo quando o diabo fala a verdade, o que não é fácil para ele, pois, é o pai da mentira, apontando nossos pecados cometidos, Jesus nos defende, pedindo ao Pai que aplique sobre nós a justiça que Ele conquistou na cruz.

4.- Ela demonstra que Jesus vai voltar para levar a Sua Igreja.
A fé cristã está baseada numa esperança escatológica muito forte: quem crer em Jesus Cristo, ainda que morra, viverá! Será ressuscitado na volta gloriosa do Senhor!
A última oração da Bíblia é: “Maranata! Vem, Senhor Jesus!”
Você já havia pensado em como é importante pensar e celebrar a ascensão de Jesus?


REFLEXÃO - "CRISTO provou que tinha ressurgido dentre os mortos pelo seu próprio testemunho. consubstanciando-o mediante suas aparições." Severino Pedro da Silva
REFLEXÃO - "A verdade não é somente correspondência. ela é também absoluta. A teologia evangélica é pregada com base na premissa de que a Bíblia é a verdade. Ela é a Palavra de DEUS, e DEUS não pode mentir.'

A RESSURREIÇÃO DO CORPO (BEP - CPAD)
1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”

A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.
(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária.
(a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que Cristo oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25).
(b) O corpo é o templo do Espírito Santo (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do Espírito.
(c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).
(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de Cristo (ver Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).
(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29;1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será:
(a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31);
(b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1);
(c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42);
(d) um corpo glorificado, como o de Cristo (15.43; Fp 3.20,21);
(e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43);
(f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44);
(g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).
(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:
(a) para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9);
(b) para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);
(c) a fim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).
(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de Cristo, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física.
(7) Jesus fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).


INTERAÇÃO

JESUS CRISTO de Nazaré é apresentado nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas (Sinóticos) e João como muito mais que um rabino judeu, um grande professor ou um ousado profeta do século. Os quatro evangelistas afirmaram que JESUS CRISTO é o tão esperado Messias de Israel, o seu Libertador e o DEUS encarnado! Dessas afirmações, denota-se a seguinte sentença: 'Toda a humanidade será julgada um dia, com base nas suas respostas a este JESUS" (Jo 1.1-14 cf. 8.12-19). Qual JESUS lhe foi apresentado? O que está morto ou o ressurreto? A resposta, positiva ou negativa, a essas questões é fundamental para determinar em que a sua fé está baseada. Nossa oração é que ela esteja no "CRISTO, o Filho do DEUS vivo" (Mt 16.16).

OBJETIVOS:

Conhecer a historicidade da Ascensão de JESUS CRISTO de Nazaré.
Explicar as implicações teológicas da Ascensão de CRISTO.
Saber que o CRISTO ressuscitado intercede por nós, à destra de DEUS, e consola-nos na força do ESPÍRITO SANTO.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, sugerimos o uso do esquema da página seguinte a fim de introduzir o assunto à classe. Reproduza o diagrama no data show, retroprojetor ou tire cópias para os alunos. Utilize o esquema para pontuar os locais e a ordem em que ocorreu a aparição do Senhor aos discípulos e demais pessoas. Explique que a quantidade e a variedade de pessoas que contemplaram JESUS
CRISTO de Nazaré, em circunstâncias distintas, de sua ressurreição até a sua ascensão, oferecem uma prova incontestável de que Ele ressuscitou e continua vivo. Aleluia!

RESUMO DA LIÇÃO 2 - A ASCENSÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA
INTRODUÇÃO

Na teologia autenticamente bíblica, não se pode separar o CRISTO Histórico do CRISTO anunciado na mensagem dos apóstolos.

I. A HISTORICIDADE DA ASCENSÃO DE CRISTO
Lucas deixa bem claro que a sua narrativa é baseada em provas incontestáveis (At 1.3).
1. Data da ascensão.
2. Lugar da ascensão.
3. As testemunhas da ascensão.
II- A TEOLOGIA DA ASCENSÃO DE CRISTO
No âmbito da Teologia Cristã, primeiro temos o fato, depois, o dogma.
1. Ascensão de CRISTO.
2. A perspectiva paracletológica.
3. A perspectiva escatológica.
III- ASCENSÃO DE CRISTO EM NOSSA DEVOÇÃO
1. A posição do CRISTO que ascendeu.
2. A eficácia salvífica do CRISTO que ascendeu aos céus.
3. CRISTO assunto, nosso Advogado.


VOCABULÁRIO

Congruência: Harmonia de alguma coisa, coerência.
Estrugida: Estrondo.
Irrecorrível: De que não se pode recorrer.
Paracletologia: Estudo a respeito do atributo Consolador do ESPÍRITO SANTO (outro igual a mim).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BLOMBERG, Craig L. Questões Cruciais do Novo Testamento. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
Dicionário Bíblico Wycliffe, Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
HORTON, Stanley. I ed. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão - CPAD. nº 45. p. 37.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - "A Teologia da Ressurreição de CRISTO

Soteriologia da ressurreição. Para que o pecado do homem seja expiado, deve haver uma vida perfeita de justiça, vivida em completa obediência à santa lei de DEUS, para ser oferecida 'sem mácula'; CRISTO realizou esta importante obra através de sua vida (Rm 5.19; 10.4; Hb 4.15; 5.8,9). [...] DEUS mostrou sua absoluta satisfação com a obediência ativa e passiva de CRISTO, ressuscitando o seu Filho dos mortos, e assim atestando que sua obra que visava alcançar a nossa justificação foi aprovada e aceita (Rm 4.25).
Escatologia da ressurreição. A ressurreição revela a vitória completa e final sobre a morte e o pecado, e sobre os seus efeitos no homem e na criação. Pelo fato de CRISTO ter ressuscitado. os crentes também ressuscitarão em corpos transformados (l Co 1 5). Por meio deste mesmo fato, a natureza também será libertada da maldição. Esta é a explicação da ressurreição do crente ou a manifestação dos filhos de DEUS através da 'redenção do nosso corpo', e a remoção da 'servidão da corrupção' na segunda vinda de CRISTO serem mencionados como ocorrendo simultaneamente em Romanos 8.18-23" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1 669).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio i\pologético - "A Ressurreição.
Além de 1 Coríntios 1 5, há mais de uma dúzia de outras referências à ressurreição de CRISTO nas incontestáveis epístolas paulinas, escritas antes dos anos 50 (Rm 4.24,25; 6.4,9; 8.11,34; 10.9; 1 Co 6.14; 2 Co 4.14; 5.15; GI1.1; 1 Ts 1.10; etc.). Em segundo lugar, não há alternativa que explique adequadamente por que os primeiros cristãos judeus (isto é, não apenas gentios) alteraram o seu dia de adoração de sábado para domingo, especialmente quando a sua lei fazia da adoração no sábado (Sabbath) um dos Dez Mandamentos invioláveis (Êx 20.8-11). Alguma coisa objetiva, assombrosamente significativa e com data de alguma manhã de domingo em particular deve ter gerado a mudança. Em terceiro lugar, em uma cultura em que o testemunho das mulheres era freqüentemente inadmissível em um tribunal, quem inventaria um "mito" relacionado à fundação, em que todas as primeiras testemunhas de um evento difícil de crer eram mulheres? Em quarto lugar, os relatos contidos do Novo Testamento diferem dramaticamente das bizarras descrições apócrifas da ressurreição, inventadas no século 11 e depois. Em quinto lugar, nos primeiros séculos do cristianismo, nenhum sepulcro jamais foi venerado, separando a resposta cristã à morte do seu fundador de praticamente todas as outras religiões da história da humanidade. Finalmente, o que teria levado os primeiros cristãos judeus a rejeitar a interpretação que lhes foi dada como herança de Deuteronômio 21.23, de que o Messias crucificado, pela própria natureza da sua morte, demonstrou que Ele estava se colocando em uma posição de maldição diante de DEUS? Novamente, é mais fácil crer em um evento aceito como sobrenatural do que tentar explicar todos estes fatos estranhos através de alguma outra lógica" (BLOMBERG, Craig L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: .CPAD, 2010, pp. 66-67).

"TEXTO ÁUREO
1- Complete:
[..] Varões galileus, por que estais olhando para o __céu__? Esse JESUS, que dentre vós foi __recebido__ em __cima__ no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11).

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Se a __ascensão__ de CRISTO não for aceita como um fato historicamente comprovado, não poderá ser recebida como __doutrina__ confiável. JESUS CRISTO, de fato, foi __assunto__ ao céu, e acha-se à destra de DEUS.

INTRODUÇÃO
3- Complete:
O Cristianismo só é possível quando se recebe como verdade absoluta e irrecorrível, todos os fatos da História da __Salvação__.
Os que buscam subtrair o __sobrenatural__ da Bíblia Sagrada, considerando-o um mero recurso literário, atentam-lhe contra a origem divina.
Se não aceitarmos a História Sagrada na __íntegra__, seremos forçados, por uma questão de lógica e congruência, a rejeitá-Ia por inteiro.
No campo da teologia bíblica, não se pode dissociar o __dogma__ da verdade histórica: aquele sem esta não passa de um mito.
Só é possível acreditar no JESUS Histórico se recebermos como verdade inquestionável tanto a sua concepção __virginal__ como a sua ressurreição e ascensão física aos céus, onde está à destra de DEUS.
Na teologia autenticamente bíblica, não se pode separar o CRISTO Histórico do CRISTO anunciado na mensagem dos __apóstolos__.

I. A HISTORICIDADE DA ASCENSÃO DE CRISTO
4- Por que a ascensão de CRISTO não pode ficar circunscrita ao dogma teológico?
( ) Porque não é apenas teologia e dogma, mas é também um fato histórico incontestável.
( ) Lucas deixa bem claro que a sua narrativa é baseada em provas incontestáveis (At 1.3).

5- Qual a data da ascensão de CRISTO?
( ) De maneira geral, aceita-se que o Senhor JESUS foi assunto aos céus no ano 34 de nossa era.
( ) As pequenas divergências cronológicas não desmerecem nem desacreditam o fato histórico (Mc 16.6; At 2.32; 1Ts 4.14).

6- Qual é o lugar da ascensão?
( ) JESUS encontrava-se no Monte das Oliveiras com os seus discípulos quando ascendeu aos céus. Situado a leste de Jerusalém, a 818 metros em relação ao nível do mar, acha-se este monte intimamente ligado à vida e ao ministério CRISTO.

7- Quantas testemunhas viram a ascensão de JESUS e quantas sua ressurreição?
( ) Depreende-se que aproximadamente 120 pessoas hajam presenciado a ascensão de nosso Senhor (At 1.15).
( ) Quanto à sua ressurreição, afirma Paulo, foi testemunhada por mais de quinhentos irmãos, a maioria dos quais ainda vivia quando Paulo escreveu a sua Primeira Epístola aos Coríntios (l Co 15.6,7).

8- Quantas testemunhas, segundo a bíblia eram necessárias para atestar algum fato como verdadeiro?
( ) A declaração de duas ou três testemunhas oculares já era mais do que suficiente para encerrar qualquer polêmica (Dt 17.6; 19.15; Mt 18.16; 1 Tm 5.19). Quem poderia, num tribunal, contestar o depoimento de tantas testemunhas?

II- A TEOLOGIA DA ASCENSÃO DE CRISTO
9- O que temos no âmbito da Teologia Cristã?
( ) Primeiro temos o fato, depois, o dogma.
( ) Doutra forma não teríamos uma doutrina, mas, uma inconsistência histórico-teológica.
( ) Eis que podemos confiar no ensino da ascensão de nosso Senhor.

10- O que é a Ascensão de CRISTO?
( ) É a Subida corpórea e física do CRISTO ressurreto e glorioso aos céus, para junto do Pai, após haver cumprido o seu ministério terreno.
( ) Sua ascensão foi, de fato, corpórea, porque a sua ressurreição foi física e não aparente.
( ) É claro que o seu corpo, à semelhança do que ocorrera no Monte da Transfiguração, foi elevado aos céus já revestido de glória, poder e celestialidade.
( ) Quando do arrebatamento, teremos um corpo semelhante (l Co 15.50-58; 1 Jo 3.2).
( ) Teologicamente, a ascensão de CRISTO acha-se ligada a duas importantes doutrinas: a paracletologia e a escatologia.

11- O que significa a perspectiva paracletológica?
( ) Antes de ascender aos céus, prometeu o Senhor JESUS aos discípulos, ainda preocupados com a restauração do Reino de Israel, que seriam eles revestidos pelo ESPÍRITO SANTO (At 1.8).
( ) Aos que buscavam a libertação política de um país, o Rei dos reis entrega, como herança. todas as nações da terra. Não mais um império na terra, mas o Reino de DEUS no mundo. E isso no poder do ESPÍRITO SANTO.

12- O que significa a perspectiva escatológica?
( ) A narrativa da ascensão de CRISTO traz, em si, o cerne da escatologia cristã.
( ) A sua subida aos céus é uma conseqüência teológica tanto de sua morte quanto de sua ressurreição.
( ) E acreditar nesta implica, para o cristão, esperançar-se no retorno do Senhor que, estrugida a última trombeta, ressuscitará os que nEle morreram e os que nEle vivem (1
Ts 4.14-1 7).
( ) A sua ascensão foi sucedida por uma declaração escatológica. Aos discípulos que, maravilhados, observavam a elevação do Filho de DEUS, prometem os dois seres angelicais: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11).

III- ASCENSÃO DE CRISTO EM NOSSA DEVOÇÃO
13- Complete:
Além de sua __beleza__ e sublimidade teológica, a __ascensão__ de Nosso Senhor JESUS CRISTO enleva-nos a __devoção__, estreitando-nos a comunhão com o Senhor.

14- Quais os principais fatores devocionais que nos proporcionam o CRISTO que ascendeu aos céus?

CRISTO assunto, nosso Advogado.
Consola-nos saber que, à destra de DEUS, temos um advogado sempre pronto a defender-nos as causas junto ao Juiz de toda a terra.
Eis como o discípulo do amor descreve essa função do Senhor: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai,JESUS CRISTO, o Justo.
E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 Jo 2.1,2).
Se você pecou, não se desespere. Arrependa-se e confie no Advogado que temos, junto, ao Pai.

A posição do CRISTO que ascendeu. À destra de DEUS, o Senhor JESUS atua como o mediador da nova aliança firmada em seu sangue, através da qual obtivemos eterna salvação (Hb 5.9).

Sim, somente em seu nome é que o ser humano logra a redenção de sua alma, como reafirmou o apóstolo Pedro: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4.12).

À destra de DEUS, o Senhor JESUS salva e justifica o pecador, proporcionando-lhe a bem-aventurança de ser adotado pelo Pai como filho (Rm 5.1; Ef 1.5).
A eficácia salvífica do CRISTO que ascendeu aos céus. Ascendido às alturas sob os olhares interrogativos e desolados de seus discípulos e apóstolos, o Senhor JESUS assentou-se à destra do Pai.

Ao registrar-lhe a ascensão, o evangelista Marcos garante tratar-se não de um engenho fantasioso, mas de um evento histórico: "Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS" (Mc 16.19).
Vários autores sagrados fazem menção ao acontecimento (At 2.33; 7.56; Hb 10.12; 12.2; 1 Pe 3.22).

CRISTO está à destra de DEUS. Alegremo-nos. Junto ao Todo-Poderoso encontra-se um que nos compreende.
À nossa semelhança, Ele sabe o que é padecer (ls 53.3). Eis porque está sempre a interceder por nós como o Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (SI 110.4).
Não se desespere, CRISTO o compreende.


CONCLUSÃO
15- Complete:
A __ascensão__ de Nosso Senhor JESUS CRISTO é um fato comprovadamente __histórico__. Como é bom saber que, junto ao trono do Todo-Poderoso, temos um intercessor e __advogado__ sempre pronto a interceder por nós. Amém! E um dia, mais rápido do que supomos, virá o Senhor __arrebatar__-nos, para que estejamos sempre com Ele nos céus ao lado do Pai. Amém!

AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.

1º Trimestre de 2011 - Lição 01

A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ATRAVES DA IGREJA

TEXTO ÁUREO
"Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (At 1.8).

VERDADE PRÁTICA
Apesar de suas limitações locais, a Igreja de CRISTO, sob o poder do ESPÍRITO SANTO, universaliza-se em suas conquistas e faz-se irresistível corno Reino de DEUS.

JESUS confirma a promessa do Pai (At 1.4)
A ascensão de JESUS (At 1.9)
A primeira reunião da Igreja (At 1.15-26)
A missão da Igreja (At 1.8)
A expansão da Igreja (At 6.7)
Conservando a unidade da Igreja pelo ESPÍRITO SANTO (Ef 4.3)

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 1.1-5

1 - Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar,

2 - até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo ESPÍRITO SANTO, aos apóstolos que escolhera;

3 - aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando do que respeita ao Reino de DEUS.

4 - E, estando com eles, determinou-Ihes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.

5 - Porque, na verdade. João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.

1.1 O PRIMEIRO TRATADO.

No Evangelho segundo Lucas temos o relato de tudo que JESUS começou a fazer e a ensinar no poder do ESPÍRITO SANTO (Lc 4.1,18). No livro de Atos temos a continuação do relato de como seus seguidores, no mesmo poder do ESPÍRITO SANTO, proclamaram o mesmo evangelho, operaram o mesmo tipo de milagre e viveram o mesmo tipo de vida cristã. O ESPÍRITO SANTO reproduzindo a vida e o ministério de JESUS através da igreja é a principal ênfase teológica do livro de Atos. Este livro poderia muito bem ser chamado Os Atos do ESPÍRITO SANTO . Observe os itens abaixo sobre o registro inspirado do ESPÍRITO SANTO no livro de Atos.

(1) Todo o texto bíblico de Atos, inclusive o das narrativas históricas, tem relevância didática (i.e., ensino) e teológica. Dois fatos confirmam esta verdade. (a) A declaração bíblica de que Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça (2 Tm 3.16). (b) A declaração paulina de que as narrativas do AT têm um propósito didático e instrutivo (1 Co 10.11). Ele afirma que essas narrativas são exemplos de relevância prática e teológica para o crente (Rm 15.4). O que é válido às narrativas históricas do AT também o é a Atos.

(2) Os propósitos primários que Lucas tinha em mente ao escrever o livro de Atos eram, portanto, os seguintes:

(a) apresentar um padrão definitivo da atividade do ESPÍRITO SANTO, a ser seguido durante toda a era da igreja;
(b) fornecer dados para a formulação de uma doutrina do ESPÍRITO SANTO; e
(c) mostrar como essa doutrina deve relacionar-se com a vida dos crentes em CRISTO.
Note especificamente dois elementos neste livro que são normativos na teologia e na prática:
(i) o registro repetido e harmônico de Lucas das muitas ocasiões em que ocorreu o batismo no ESPÍRITO SANTO, ou quando os crentes foram cheios do ESPÍRITO SANTO (ver 2.39; cf. 1.5,8; 2.4; 4.8,31; 8.15-17; 9.17; 10.44-46; 13.9,52; 15.8; 19.1-6);
(ii) as muitas atividades do ESPÍRITO SANTO no livro de Atos, que forneceram à igreja os padrões de justiça, de testemunho e do poder que DEUS deseja para seu povo nos últimos dias (i.e., na era da igreja).

1.3 SE APRESENTOU VIVO. Ver Mt. 28.9.

URGÊNCIA EM ALEGRAR-SE
A saudação de JESUS foi um convite à alegria, Mt 28.9. A palavra grega chairete significa "alegrai-vos". A Bíblia de Jerusalém traduz: "E eis que JESUS veio ao seu encontro e lhes disse: Alegrai-vos!”, Mt 28.9.
O misto de alegria e tristeza causado pelo anúncio da ressurreição feito pelos anjos, Mt 28.8, transformou-se em alegre adoração diante da evidência da ressurreição, Mt 28.9. Além da alegria, a presença do CRISTO ressurreto traz paz, poder (ESPÍRITO SANTO) e missão, Jo 20.19-22.

1.4 A PROMESSA DO PAI.
O prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11) é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver v. 5). O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do ESPÍRITO SANTO (2.4). Assim, batizado no ESPÍRITO e cheio do ESPÍRITO , às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no ESPÍRITO SANTO, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no ESPÍRITO SANTO, não deve ser identificado com o recebimento do ESPÍRITO SANTO na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do ESPÍRITO, muitas vezes separadas por um período de tempo.

1.5 BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO.
A preposição com é a partícula grega en, que pode ser traduzida como "em" ou "com" . Por isso, muitos preferem a tradução sereis batizados no ESPÍRITO SANTO . Da mesma forma, batizados com água pode ser traduzido batizados em água . O próprio JESUS é aquele que batiza no ESPÍRITO SANTO os que nEle crêem.

Observações sobre o livro de Atos dos Apóstolos:

Assim como a Igreja em seu início saiu do cenáculo e atingiu o mundo, assim devemos sair de entre as quatro paredes e alcançarmos todas as almas para CRISTO.
Veremos um resumo dos 30 primeiros anos da Igreja na Terra, através do livro de Atos dos Apóstolos.

Lucas, seu autor, poderia te-lo escrito a fim de defender o cristianismo e principalmente Paulo das acusações que lhe pesavam sobre a cabeça, pelo império romano que via o cristianismo como uma ameaça político-religiosa.
O título mais apropriado para o livro seria a meu ver "Atos de JESUS CRISTO pós-ressurreição, através do ESPÍRITO SANTO, agindo na Igreja iniciada pelos apóstolos em Jerusalém, atingindo todo o mundo habitado, graças ao poder recebido a partir do batismo no ESPÍRITO SANTO".

A data mais provável deve ser entre o ano 60e o ano 63, pois já em 64 houve uma grande perseguição à Igreja, por Nero, e esse fato com certeza seria descrito por Lucas, historiador que era - nunca a data poderia ser depois de 70, pois Lucas registraria o fato da destruição de Jerusalém por Tito, general romano.
Por incrível que pareça, existem denominações que separam para o santo ministério pessoas que nem batizados com o ESPÍRITO SANTO são, contrariando a a palavra de DEUS dita por JESUS CRISTO em Atos 1.4,5,8.

Quando aceitamos a JESUS CRISTO como Salvador e Senhor recebemos o ESPÍRITO SANTO, assim como os discípulos O receberam através do sopro de JESUS. Só depois é que foram batizados Com O ESPÍRITO SANTO, no dia do Pentecostes.
É interessante notar que a doutrina do ESPÍRITO SANTO é introduzida por Lucas em seu evangelho, sempre buscando informações sobre as vezes em que JESUS cita o ESPÍRITO SANTO. Agora em Atos Lucas fala abertamente sobre essa tão insubstituível doutrina para a Igreja que quer ser militante no evangelho do reino de DEUS.

ATOS DOS APÓSTOLOS - BEP - CPAD

Esboço

Introdução (1.1-11)

I. O Derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.12 — 2.41)
A. A Preparação para a Promessa (1.12-26)
B.O Dia do Pentecoste (2.1-41)

II. Os Primeiros Dias da Igreja em Jerusalém (2.42—8.1a)
A. Características da Igreja Apostólica em Seguida ao Derramamento do ESPÍRITO (2.42-47)
B. Um Grande Milagre e Seus Efeitos (3.1—4.31)
C. A Comunidade de Bens dos Primeiros Cristãos (4.32—5.11)
D. Mais Curas e a Resistência da Religião Oficial (5.12-42)
E. A Escolha de Sete Diáconos (6.1-7)
F. Estêvão: O Primeiro Mártir do Cristianismo (6.8—8.1a)

III. A Perseguição Leva à Expansão (8.1b—9.31)
A. Os Crentes Dispersos na Judéia e Samaria (8.1b-4)
B. Filipe: O Ministério de um Evangelista (8.5-40)
C. Saulo de Tarso: A Conversão de um Perseguidor (9.1-31)

IV. O Cristianismo Propaga-se entre os Gentios (9.32—12.25)
A. O Ministério de Pedro em Lida e em Jope (9.32-43)
B. A Missão de Pedro aos Gentios em Cesaréia (10.1-48)
C. O Informe de Pedro à Igreja de Jerusalém e a Aprovação da Sua Decisão (11.1-18)
D. Antioquia: A Primeira Igreja Gentia (11.19-30)
E. Perseguição sob Herodes Agripa I (12.1-23)
F. Resumo do Crescimento da Igreja (12.24,25)

V. Primeira Viagem Missionária de Paulo (13.1—14.28)
A. Paulo e Barnabé Comissionados pela Igreja Local de Antioquia (13.1-3)
B. Início da Evangelização da Província da Ásia (13.4—14.28)

VI. O Concílio de Jerusalém (15.1-35)

VII. Segunda Viagem Missionária de Paulo (15.36—18.22)
A. Divergência entre Paulo e Barnabé (15.36-40)
B. Visita às Igrejas Fundadas (15.41—16.5)
C. Novas Regiões Evangelizadas na Província da Ásia (16.6—18.21)
D. Regresso à Antioquia da Síria (18.22)

VIII. Terceira Viagem Missionária de Paulo (18.23—21.16)
A. A Caminho de Éfeso (18.23)
Parêntese: O Ministério de Apolo (18.24-28)
B. Um Prolongado Ministério em Éfeso (19.1-41)
C. Viagem à Macedônia, Grécia e Volta à Macedônia (20.1-5)
D. Regresso a Jerusalém (20.6—21.16)

IX. A Prisão de Paulo e Seu Ministério Enquanto Preso (21.17—28.31)
A. Em Jerusalém (21.17—23.35)
B. Em Cesaréia (24.1—26.32)
C. A Caminho de Roma (27.1—28.15)
D. Em Roma (28.16-31)

Autor: Lucas
Tema: A Propagação Triunfal do Evangelho pelo Poder do ESPÍRITO SANTO
Data:Cerca de 63 d.C.

Considerações Preliminares

O livro de Atos, e de igual modo o Evangelho segundo Lucas, é endereçado a um homem chamado “Teófilo” (1.1). Embora nenhum dos dois livros identifique nominalmente o autor, o testemunho unânime do cristianismo primitivo e a evidência interna confirmatória dos dois livros denotam que ambos foram escritos por Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14).

O ESPÍRITO SANTO inspirou Lucas a escrever a Teófilo a fim de suprir na igreja a necessidade de um relato completo dos primórdios do cristianismo. (1) “O primeiro tratado” foi seu Evangelho a respeito da vida de JESUS, e (2) o segundo foi seu relato, em Atos, sobre o derramamento do ESPÍRITO em Jerusalém e sobre o crescimento da igreja primitiva. Torna-se claro que Lucas era um escritor habilidoso, um historiador consciente e um teólogo inspirado.
Atos abrange, de modo seletivo, os primeiros trinta anos da história da igreja. Como historiador eclesiástico, Lucas descreve, em Atos, a propagação do evangelho, partindo de Jerusalém até Roma. Ele menciona nada menos que 32 países, 54 cidades, 9 ilhas do Mediterrâneo, 95 diferentes pessoas e uma variedade de membros e funcionários do governo com seus títulos precisos. A arqueologia continua a confirmar a admirável exatidão de Lucas em todos os seus pormenores. Como teólogo, Lucas descreve com habilidade a relevância de várias experiências e eventos dos primeiros anos da igreja.

Na sua fase inicial, as Escrituras do NT consistiam em duas coletâneas: (1) os quatro Evangelhos, e (2) as Epístolas de Paulo. Atos desempenhou um papel substancial como elo de ligação entre as duas coletâneas, e faz jus à posição que ocupa no cânon. Nos caps. 13—28, temos o acervo histórico necessário para bem compreendermos o ministério e as cartas de Paulo. O pronome “nós”, empregado por Lucas através de Atos (16.10-17; 20.5—21.18; 27.1—28.16), aponta-o como estando presente nas viagens de Paulo.

Propósito

Lucas tem pelo menos dois propósitos ao narrar os começos da igreja. (1) Demonstra que o evangelho avançou triunfalmente das fronteiras estreitas do judaísmo para o mundo gentio, apesar da oposição e perseguição. (2) Revela a missão do ESPÍRITO SANTO na vida e no papel da igreja e enfatiza o batismo no ESPÍRITO SANTO como a provisão de DEUS para capacitar a igreja a proclamar o evangelho e a dar continuidade ao ministério de JESUS. Lucas registra três vezes, expressamente, o fato de o batismo no ESPÍRITO SANTO ser acompanhado de enunciação em outras línguas (2.1-4.; 10.44-47; 19.1-6). O contexto destas passagens mostra que isto era normal no princípio da igreja, e que é o padrão permanente de DEUS para ela.

Visão Panorâmica

Enquanto o Evangelho segundo Lucas relata “tudo que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar” (1.1), Atos descreve o que JESUS continuou a fazer e a ensinar depois de sua ascensão, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO, operando em, e através dos seus discípulos e da igreja primitiva. Ao ascender ao céu (1.9-11), a última ordem de JESUS aos discípulos foi para que permanecessem em Jerusalém até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO (1.4,5). O versículo-chave de Atos (1.8) contém um resumo teológico e geográfico do livro: JESUS promete aos discípulos que receberão poder quando o ESPÍRITO SANTO vier sobre eles; poder para serem suas testemunhas (1) em Jerusalém (1—7), (2) em toda a Judéia e Samaria (8—12) e (3) até aos confins da terra (13—28).

Nos caps. 1—12, o centro principal irradiador da igreja é Jerusalém. Aqui, Pedro é o mais destacado instrumento usado por DEUS para pregar o evangelho. Nos caps. 13—28, o centro principal de irradiação passou a ser Antioquia da Síria, onde o instrumento de maior realce nas mãos de DEUS foi Paulo para levar o evangelho aos gentios. O livro de Atos termina de modo repentino com Paulo em Roma aguardando julgamento perante César. Mesmo com o resultado do referido julgamento ainda pendente, o livro termina de modo triunfante, estando Paulo prisioneiro, porém cheio de ânimo e sem impedimento para pregar e ensinar acerca do reino de DEUS e do Senhor JESUS (28.31).

Características Especiais

Nove principais destaques assinalam o livro de Atos. (1) A igreja. Atos revela a origem do poder da igreja e a verdadeira natureza da sua missão, juntamente com os princípios que devem norteá-la em todas as gerações. (2) O ESPÍRITO SANTO. A terceira pessoa da Trindade é mencionada cinqüenta vezes; o batismo no ESPÍRITO SANTO e o seu ministério outorgam poder (1.8), ousadia (4.31), santo temor a DEUS (5.3,5,11), sabedoria (6.3,10), direção (16.6-10), e dons espirituais (19.6). (3) Mensagens da igreja primitiva. Lucas relata com habilidade os ensinos inspirados de Pedro, Estêvão, Paulo, Tiago, e outros, apresentando assim um quadro da igreja primitiva não encontrado noutro lugar do NT. (4) Oração. Os cristãos primitivos dedicavam-se às orações com regularidade e fervor, que, às vezes, duravam a noite inteira, produzindo resultados maravilhosos. (5) Sinais, maravilhas e milagres. Estas manifestações acompanhavam a proclamação do evangelho no poder do ESPÍRITO SANTO. (6) Perseguição. A proclamação do evangelho com poder dava origem à oposição religiosa e/ou secular. (7) A ordem judaica/gentia. Do começo ao fim de Atos, o evangelho alcança primeiro os judeus e, depois, os gentios. (8) As mulheres. Há menção especial às mulheres dedicadas à obra contínua da igreja. (9) Triunfo. Barreira alguma nacional, religiosa, cultural, ou racial, nem oposição ou perseguição puderam impedir o avanço do evangelho.

Princípio Hermenêutico

Há quem considere o conteúdo do livro de Atos como se pertencesse a uma outra era bíblica e não como o padrão divino para a igreja e seu testemunho durante todo o período que o NT chama de “últimos dias” (cf. 2.17). O livro de Atos não é simplesmente um compêndio de história da igreja primitiva; é o padrão perene para a vida cristã e para qualquer congregação cheia do ESPÍRITO SANTO.
Os crentes devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja atual, todos os fatos vistos no ministério e na experiência da igreja primitiva.

REFLEXÃO

"Pela fé em JESUS CRISTO e através do poder do ESPÍRITO SANTO, a igreja cristã pode se um agente de mudanças." Bíblia de Estudos Aplicação Pessoal.

RESUMO DA LIÇÃO 1 - ATOS - A Ação do ESPÍRITO SANTO Através da Igreja
I. AUTORIA, DATA E TEMA
1. Autoria.
2. Data de composição.
3. Tema.
II. O CONTEÚDO DE ATOS DOS APÓSTOLOS
1. Eventos pré-pentecostais.
a) A ascensão de CRISTO.
b) A eleição de Matias.
2. Evento Pentecostal.
3. Eventos missionários.
a) A expansão em Jerusalém.
b) A expansão da Igreja na Judéia e Samaria.
c) A expansão da Igreja entre os gentios.
III. O PROPÓSITO DE ATOS DOS APÓSTOLOS
1. Narrar a expansão da Igreja.
2. A justificar os Atos dos Apóstolos.
3. Estimular aos crentes.

DICIONÁRIO:
Paracleto: "Aquele que é chamado ao lado de..."; Defensor advogado.
Escatologia: Estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas.
Parousia: Presença, vinda ou chegada do Rei.
Vacância: Condição ou estado do que não se acha preenchido ou ocupado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PEARMAN, Myer. Atos: E a Igreja se Fez Missões. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
ZUCK, Roy et aI. Teologia do Novo Testamento. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
VEJA MAIS NA Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 45 e pag. 36

Subsídio Bibliológico

Atos dos Apóstolos

"Os capítulos iniciais do Livro de Atos definem os alicerces do explosivo crescimento da jovem igreja. Por cerca de quarenta dias os discípulos foram ensinados, por JESUS, sobre o Reino de DEUS e sua responsabilidade de difundir a mensagem de JESUS até aos confins da terra" (1.1-8). A ascensão visível de CRISTO ao céu foi seguida por um breve período de espera, durante o qual os discípulos escolheram um fiel seguidor de JESUS para assumir o lugar de Judas Iscariotes (1.9-26). Esta espera terminou no dia de Pentecostes.
Os primeiros capítulos de Atos apresentam os temas que percorrem todas as epístolas do Novo Testamento, e são vitais para nós hoje. O primeiro tema é o ESPÍRITO SANTO. Sua vinda inaugura a igreja. O segundo tema é a evangelização. Os primeiros cristãos são levados a proclamarem o Senhor [...]. O terceiro motivo é a comunhão. Os membros da jovem igreja são unidos por comprometimento compartilhado com JESUS. Eles adoram, estudam, repartem e oram juntos, em unidade que inspira profundo carinho de uns pelos outros. Embora devamos encarar o Livro de Atos como documento descritivo que retrata o que aconteceu no século I, em lugar de encará-Io como um documento prescritivo que nos instrui sobre como devemos viver hoje, estes três temas nos lembram de como dependência do ESPÍRITO, paixão pela evangelização e comprometimento com a comunhão são vitais para qualquer pessoa que procure seguir a JESUS CRISTO em nossa época" (RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Histórico-Cultural, do Novo Testamento. 1. ed. Rio de, Janeiro: CPAD. 2007. pp. 251-2).

A Eclesiologia em Lucas

"No pensamento de Lucas, a Igreja relaciona-se com algumas coisas antigas e novas. Ela está ligada às coisas antigas porque compartilha as promessas feitas e entrega essa mensagem ao mundo. Ela está ligada às coisas novas porque é uma estrutura totalmente nova por meio da qual, agora, DEUS opera. Os apóstolos proclamavam nas sinagogas que JESUS é o cumprimento da Lei do Antigo Testamento, portanto, todo judeu que respondia as promessas devia vir a JESUS. A argumentação dos apóstolos era que o fim natural do judaísmo encontrava-se em JESUS. No início de Atos dos Apóstolos, os apóstolos não parecem considerar que foram chamados a se separar de Israel. Eles iam ao Templo e se reuniam lá (At 3.1-10; 4.1,2; 5.12). A prática deles era sensível em relação às preocupações judaicas (15.1-35; 21.17-26). [u.] Até mesmo quando Paulo deixou os judeus para ir aos gentios, ele ainda ia à sinagoga, ou ao Templo, das cidades que viajava (13.46 - 14.1; 18.6 com 21.26) [.u] Os judeus que ouviam Paulo ficavam informados que eles, para seguir até o fim seu compromisso com DEUS, tinham de abraçar a mensagem da promessa inaugurada e se tornar membros da nova comunidade. Entretanto, os eventos forçaram a Igreja a se separar do Judaísmo, por causa da rejeição judaica. Como resultado disso, a Igreja emergiu como uma comunidade independente da sinagoga.
Lucas via essa comunidade que surgia como algo novo. Por isso, em At 11.15, Pedro, ao se referir aos eventos de 2.1-4, usa a expressão 'ao princípio'. Agora, nos termos lucanos, ela é o início da realização da promessa, conforme as declarações de Pedro relacionadas com a primeira distribuição do ESPÍRITO (At 2.14-36) [.u]. Assim, o surgimento da Igreja teve sua origem na vinda do ESPÍRITO SANTO. Atos 11.15-18 torna a concessão do ESPÍRITO o marco inicial dessa nova era e desse novo grupo de fiéis. Lucas explica como esse grupo torna-se distinto do judaísmo e, mesmo assim, tem o direito de proclamar as promessas que costumam pertencer exclusivamente às sinagogas. DEUS está presente nessa nova comunidade. Em Atos 11, o ponto adicional a respeito desse novo grupo é que DEUS incluiu os gentios nesse círculo de bênçãos com sua intervenção direta (w.II-18). Em Atos 2, os eventos da fundação da igreja fazem paralelo com os eventos da casa de Cornélio, registrados em Atos 10.1-11;18, mostrando, sem deixar a menor sombra de dúvida, que DEUS agiu para incluir os gentios" (ZUCK, Roy. et aI. Teologia do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp. 156-57).

VISÃO PANORÂMICA DE ATOS DOS APÓSTOLOS
(Pr. Geziel Gomes)
1. LOCALIZAÇÃO
1.1 Quadragésimo-quarto livro da Bíblia
1.2 Quinto livro do NT
1.3 Situado entre os 4 Evangelhos e as Epístolas Paulinas
1.4 Nos primeiros anos foi chamado de Quinto Evangelho.
2. DADOS ESTATÍSTICOS
2.1 Contém 28 capítulos e 1,007 versículos
2.2 O nome de João é mencionado 3 vezes
2.3 Cobre um período de aproximadamente 33 anos
2.4 Menciona 30 países, 39 cidades, 21 milagres e 15 pregações.
2.5 São relatadas 9 viagens missionárias.
2.6 57 pessoas estão associadas ao Ministério de Paulo.
2.7Aparecem 28 títulos de CRISTO;11de DEUS Pai;e 4 do ESPÍRITO SANTO.
2.8 Contem 25 referências do Antigo Testamento.
2.9 Tomados com um todo, o Evangelho de Lucas e o livro de Atos representam cerca de vinte e cinco dos escritos da Era Cristã
2.10 Mais de 100 nomes pessoais citados (isto certamente destaca o valor do indivíduo.

3. DESTINATÁRIO: TEÓFILO

3.1 Nome grego: “amigo, amante de DEUS”
3.2 Uma autoridade do Império Romano?
3.3 O advogado pessoal de Paulo durante sua defesa em Roma?
3.3 Um novo convertido, profundamente interessado no Evangelho?
3.4 Uma pessoa influente, interessada no Evangelho?
3.5 Um nome simbólico?
3.6 Muitos estudiosos afirmam que Teófilo deveria ter sido uma autoridade romano simpático à causa do Evangelho. Talvez Lucas escreveu o livro de Atos como uma defesa do Cristianismo, em tempos de perseguição, a fim de demonstrar que não se tratava de um movimento subversivo liderado pelos seguidores de JESUS.

4. ESCRITOR: LUCAS
4.1 Um médico conhecido, amigo e companheiro de Paulo, Cl 4.14; II Tm 4.11; Fl 24.
4.2 Escreveu o terceiro Evangelho. A similaridade de estilo e de vocabulário entre os dois livros não deixa dúvidas quanto à autoria de Lucas.
4.3 Escreveu provavelmente da Acaia ou de Roma
4.4 Lucas não foi uma testemunha ocular do ministério de CRISTO. Ele escreveu Atos como o resultado do recolhimento de informações.
4.5 Ele foi companheiro e amigo de Paulo durante muitos anos. Veja o uso de EU e NÓS por exemplo em At 16:10-17; 20:5-16; 21:1-18; 27:1-28:16, etc.
5.DATA: Escrito entre os anos 60 e 63 a.D.
6.VISÃO GERAL DO CONTEÚDO DO LIVRO
6.1 “Um dos mais enfáticos livros da Bíblia, porque aborda um fator muito importante - a Igreja planejada, destinada, revelada e finalmente inaugurada”.
6.2 “Um livro de ações, de trabalho, de movimento contínuo, o que identifica a natureza da Igreja.”.
6.3 Único livro histórico do NT
6.4 Único livro que retrata a história da Igreja Primitiva
6.5 O mais extenso livro do NT.
6.6 “Ätos assinala a transição da atuação de DEUS do meio dos judeus para uma dimensão universal de Sua Igreja. Em um senso real o leitor de Atos segue desde Jerusalém até os confines da terra” (Walvoord, Zuck, 1983, p.349.)

QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1 - ATOS - A Ação do ESPÍRITO SANTO Através da Igreja
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 1º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.

TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Mas recebereis a _______________________ do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis __________________________ tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária e até aos __________________________ da terra" (At 1.8).

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Apesar de suas ___________________________ locais, a Igreja de CRISTO, sob o _________________________ do ESPÍRITO SANTO, universaliza-se em suas conquistas e faz-se ______________________________ como Reino de DEUS.

INTRODUÇÃO
3- Com a leitura e estudo de Atos dos Apóstolos, que tipo de igreja encontraremos, conforme adverte-nos o pastor inglês John Stott? Complete:
"A leitura de Atos não deve levar-nos a uma ____________________________ da Igreja Primitiva, como se ela não possuísse nenhum ________________________. Como veremos adiante, ela tinha muitos". Sim, não encontraremos uma igreja perfeita, mas uma igreja poderosa e _________________________ que espalha o Evangelho de CRISTO sem impedimento algum.

I. AUTORIA, DATA E TEMA
4- Em seu Evangelho, Lucas fez um relato fidedigno e metódico pondo "em ordem a narração dos fatos" - De quem Lucas ouviu o que escreveu?
( ) Dos sacerdotes do templo.
( ) Dos apóstolos.
( ) Das autoridades romanas.

5- Segundo F. B. Meyer, como devem ser conhecidos também os Atos dos Apóstolos?
( ) "os Atos do ESPÍRITO SANTO que veio do céu".
( ) "os Atos do ESPÍRITO do CRISTO que ascendeu ao céu".
( ) "os Atos dos apóstolos de CRISTO que ascendeu ao céu".

6- De quem é a Autoria de Atos dos apóstolos?
( ) De Lucas.
( ) De Paulo.
( ) De Tiago.

7- Cite algumas características de Lucas:
( ) Um homem excepcional, culto e possuidor de um estilo literário de impressionante grandeza.
( ) Brilhante escritor, tento escrito o prólogo de seu evangelho num grego que se aproxima do clássico.
( ) Lucas também era médico. E mui amado por todos.
( ) Lucas, além de médico, era advogado brilhante.
( ) Pelo que depreendemos de sua obra, veio ele a converter-se depois da ascensão do Senhor JESUS.
( ) A partir da segunda viagem missionária de Paulo, encontramo-Io a participar ativamente da evangelização dos gentios.

8- Em que data foi composto o livro de Atos dos Apóstolos?
( ) Lucas concluiu os Atos dos Apóstolos entre os anos 80-90.
( ) Lucas concluiu os Atos dos Apóstolos entre os anos 61-63.
( ) Antes da execução de Paulo e bem antes da destruição de Jerusalém pelos romanos.
( ) Após a execução de Paulo e depois da destruição de Jerusalém pelos romanos.

9- Acerca da historiografia lucana, como manifesta-se A. N. Sherwin White, emérito professor de história da Universidade de Oxford?
( ) "Para o autor de Atos, a confirmação ou não da historicidade dos fatos deixa de ser fundamental".
( ) "Para o autor de Atos, a confirmação da historicidade dos fatos não é fundamental".
( ) "Para o autor de Atos, a confirmação da historicidade dos fatos é fundamental".

10- Qual o Tema Central de Atos dos Apóstolos?
( ) A cooperação dos judeus na propagação do Evangelho de CRISTO através do ESPÍRITO SANTO.
( ) A expansão triunfal do Evangelho de CRISTO através da Igreja no poder do ESPÍRITO SANTO.
( ) O esforço da Igreja e seu sofrimento para cumprir o IDE de CRISTO no poder do ESPÍRITO SANTO.

II. O CONTEÚDO DE ATOS DOS APÓSTOLOS
11- Como podemos dividir o conteúdo de Atos dos Apóstolos? Complete:
Eventos Pré-_________________________ (At 1); Evento ______________________________ (At 2); A expansão do Evangelho em _____________________________ (At 3-7); A expansão do Evangelho na ___________________________ e Samaria (At 8-12); A expansão do Evangelho entre os ________________________ (At 13-28).

12- De que maneira as divisões de Atos dos Apóstolos acompanham a ordem de JESUS em Atos 1.8? Ligue a primeira coluna de acordo com a segunda:

Evento Pentecostal. a) A ascensão de CRISTO. Fato histórico comprovado e testemunhado por centenas de pessoas (At 1.15; 1 Co 15.6).e b) A eleição de Matias. A Igreja não poderia ser inaugurada com o colégio apostólico incompleto (At 1.15-26)
Eventos pré-pentecostais. a) A expansão em Jerusalém. No Sermão do Pentecostes, quase três mi almas agregaram-se aos fiéis (At 2.41) - O número já sobe para quase cinco mil (At 4.4) - Até mesmo não poucos sacerdotes obedeciam a fé (At 6.7). b) A expansão da Igreja na Judéia e Samaria. Morte de Estevão, perseguição, diáspora, diácono Filipe em Samaria (At 8.1-25) c) A expansão da Igreja entre os gentios. Saulo de Tarso - três viagens missionárias, levou o Evangelho ao extremo ocidental do mundo então conhecido (At 13-28).
Eventos missionários. Efusão do ESPÍRITO SANTO sobre os discípulos. A Igreja seria inaugurada como a agência por excelência do Reino de DEUS.


III. O PROPÓSITO DE ATOS DOS APÓSTOLOS

13- Quais os propósitos de Lucas ao escrever o livro de Atos dos Apóstolos?
( ) Basicamente, foi escrito para defender-se perante o império romano, apelando para seu amigo Teófilo, membro importante da casa de César.
( ) Foi escrito com o propósito de narrar e justificar a expansão universal da Igreja de CRISTO no poder do ESPÍRITO SANTO.
( ) Foi escrito para estimular os crentes de todas as gerações a prosseguir na universalização do Reino de DEUS até a volta de CRISTO.

14- Como a Igreja de CRISTO, inaugurada pelo ESPÍRITO SANTO em Jerusalém, veio a tornar-se na universal e invisível assembléia dos santos?
( ) Metódica e sistematicamente, mostra Lucas como a Igreja transcendeu as fronteiras da Judéia para universalizar-se nos confins da terra
( ) Lucas revela com maestria na pena, como a Igreja ascendeu as fronteiras da política no império romano e universalizou-se até aos confins da terra
( ) A Igreja rompeu barreiras graças a homens sábios e inteligentes que conheciam a cultura e hábitos a sua volta.

15- De maneira sutil, porém bastante evidente, Lucas destaca o mandamento de CRISTO que justifica não apenas a expansão da Igreja como a sua universalização. Qual é esse versículo em Atos dos apóstolos? complete:
"Mas recebereis a ____________________________ do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis __________________________ tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos __________________________ da terra" (At 1.8). Evangelizar e fazer missões é a nossa ______________________________.

16- De que maneira Lucas procurou estimular aos crentes a fazerem missões? Complete:
Ao encerrar os Atos dos Apóstolos, deixa Lucas bem patente a todos nós que aqueles atos não foram encerrados com a ____________________ de Paulo em ____________________, mas acham-se abertos e livres para que evangelizemos e façamos _______________________ até a volta de JESUS sem impedimento algum.

CONCLUSÃO
17- Complete:
Tendo como ensejo o Centenário das Assembléias de DEUS no Brasil, busquemos um poderoso ____________________, a fim de que o Evangelho de CRISTO seja levado aos mais distantes rincões, quer de nosso país, quer do mundo, sem quaisquer impedimentos. Ore. Rogue a DEUS um ________________________ autenticamente ___________________________.