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4º Trimestre 2010 - Lição 04




TEXTO ÁUREO
“Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar” (1 Ts 5.16,17).

VERDADE PRÁTICA
A oração em o Novo Testamento tem como padrão a fé, a intensidade e a perseverança.

Lucas 24
46 - E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
49 - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
52 - E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.
53 - E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém!

Atos 1
4 - E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
5 - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
12 - Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
14 - Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos.

OBJETIVOS
Conhecer a respeito da oração no início da igreja cristã.
Compreender os princípios da oração congregacional.
Conscientizar se de que uma vida de oração resulta em ação onde vivemos.

COMENTÁRIO
introdução

Palavra Chave

Novo Testamento: Nome dado à segunda pane da Bíblia que compreende 27 documentos escritos por testemunhas oculares de Cristo ou pelos seus contemporâneos através de inspiração divina.

Estudar a respeito da oração em o Novo Testamento é conhecer o princípio de uma nova fase no relacionamento de Deus com o homem. Uma fase iniciada na cruz de Cristo e consolidada com a descida do Espírito Santo sobre a igreja. Através da mediação de Jesus, o homem tem acesso direto a Deus, em qualquer lugar. Mais do que acesso; o crente em Jesus torna-se habitação do Santo Espírito.

I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA


1. Jesus volta ao céu.
Antes de ascender aos céus, Jesus reuniu-se com os seus discípulos no monte das Oliveiras. Jesus deu as últimas orientações e ordenou-lhes que “não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.4,12-14; 2.1-3). Deus também tem um trabalho glorioso para realizarmos, porém, não podemos fazer a obra dEle de qualquer maneira; precisamos do poder do Espírito Santo. Necessitamos do revestimento de poder do alto (Lc 24.49).

2. A primeira reunião de oração.
Após a ascensão de Jesus, os discípulos se reuniram no cenáculo m oração (At 1.13,14). Podemos dizer que esta foi a primeira reunião de oração da igreja. Os discípulos aguardaram, em oração, a promessa de Jesus até que do alto todos foram revestidos de poder; ninguém foi excluído. Aprendemos com isso que as bênçãos de Deus, assim como a oração, são para todos. O resultado deste derramamento do Espírito Santo, que era aguardado com oração, foi a conversão de várias pessoas, a multiplicação dos milagres, a unidade da igreja e a comunhão entre os irmãos (At 2.40-43).

3. Oração ante a perseguição.
Os discípulos diariamente se reuniam no Templo, e muitas pessoas criam em Cristo a cada dia. Não demorou para que a perseguição surgisse. Pedro e João foram presos, e as autoridades determinaram que não mais pregassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Porém, os cristãos não se abateram, “unânimes levantaram a voz a Deus” (At 4.24). Por conseguinte, “todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. [...] E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.31,33).


SINOPSE DO TÓPICO (I)


A oração na Igreja Primitiva era diária; nem mesmo a perseguição impediu os crentes de orar.


II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL


1. O crescimento da obra de Deus.
É imprescindível que o crente ore neste sentido. O próprio Jesus incentivou seus discípulos a ver a dimensão do trabalho a ser feito e a orar pela propagação do evangelho (Lc 10.2). Quando Jesus convocou seus discípulos, os chamou para “pescar” (Mt 4.19; Mc 1.17). O trabalho primordial da igreja foi resumido nas seguintes palavras do Mestre: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20).

2. Outras necessidades.
A oração em favor da igreja local e universal não pode permanecer focada exclusivamente no seu crescimento quantitativo, pois existem outras necessidades pelas quais precisamos interceder, por exemplo: orar pelos enfermos, desempregados, pelos que estão presos, etc. Muitas são as necessidades da igreja, e todas elas devem ser apresentadas a Deus por intermédio da oração.

3. A oração dos líderes.
A Igreja do Senhor, por meio de seus dirigentes, sempre se dedicou à oração. Todo crente se sente confortado e confiante, tendo a certeza das orações intercessórias de seus dirigentes, inclusive nas reuniões congregacionais, dedicadas à oração. Paulo recomendou ao pastor Timóteo: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens” (1 Tm 2.1).
No livro de Atos, encontramos vários outros exemplos de líderes que oravam: Pedro e João (At 3.1; 8.14-17); os Doze (At 6.2,4); Pedro (At 9.40; 10.9-11); Paulo e Barnabé (At 14.23); Paulo e Silas (At 16.16,25); Paulo (At 20.36; 21.5; 22.17).


SINOPSE DO TÓPICO (II)


Os princípios da oração congregacional passam pelo crescimento da igreja, apresentação de necessidades específicas e a dedicação integral à vida de oração de seus líderes.


III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO


1. As revelações do Senhor.
Paulo foi o apóstolo que mais recebeu revelações acerca das doutrinas cristãs. Isso com certeza se deve ao fato de que ele orava. Seu amor, dedicação e zelo pela obra de Deus são incontestáveis e admiráveis. O desprendimento desse incansável homem de Deus pela evangelização resultou no acelerado crescimento da Igreja Primitiva. Paulo é um exemplo de como Deus pode transformar o caráter daquele que se entrega a Ele sem reservas (Cl 1.14; Fp 3.4-7).

2. O zelo de Paulo pela ordem na igreja.
Paulo deixara Tito na igreja em Creta para que cuidasse das questões éticas e administrativas da comunidade. A situação era tão grave que o apóstolo precisou escrever uma carta àquele jovem pastor, expondo a urgente necessidade de se manter a ordem na igreja. Se os conselhos de Paulo a Tito fossem observados por todas as igrejas, não haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor.
Paulo nos apresenta uma relação de qualidades indispensáveis aos obreiros da Igreja de Cristo: “Irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes [...], irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina” (Tt 1.5-9).
Tais obreiros são disciplinados e, portanto, procuram estar sempre em constante oração.

3. Paulo e a oração.
Paulo era um líder que estava em contínua e constante oração, dia e noite (1 Ts 3.10). Ele exortou os crentes de Tessalônica a “orar sem cessar” (1 Ts 5.17). Paulo gostava de estar com os irmãos em oração: Ele orou com as irmãs (At 16.13); com os anciãos (At 20.36) e com um grupo de discípulos em Tiro (At 21.5). Não temos dúvidas de que Paulo foi um grande intercessor! Todavia, ele não somente orava, mas também rogava que outros irmãos orassem por ele. Repetidas vezes ele rogava as orações: “Ajudando-nos também vós, com orações, por nós...” (2 Co 1.11); “Orando também juntamente por nós...” (Cl 4.3).


SINOPSE DO TÓPICO (III)


Paulo era um líder que cultivava a prática da oração. Por meio da oração ele obteve revelações do Senhor e desenvolveu um piedoso zelo pela ordem na igreja.


CONCLUSÃO

A igreja nasceu e cresceu mediante a oração. Aos pés do Senhor, encontrou direção e disposição para o trabalho, bem como forças para não sucumbir diante das dificuldades e problemas que surgem no caminho, inclusive oposição e perseguições. As circunstâncias, pelas quais a igreja passa, podem mudar de diferentes maneiras ao longo do tempo, mas a necessidade de buscar a Deus em oração permanecerá até a volta do Senhor Jesus.



BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, R. B. (ed). Teologia do Novo Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2008.
BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4. ed. RJ: CPAD, 2007.
SOUZA, E. Â. Guia Básico de Oração: Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. 1.ed. RJ: CPAD, 2002.
Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009.


EXERCÍCIOS
1. Onde aconteceu a primeira reunião de oração da Igreja Primitiva?
R. No cenáculo.

2. Qual foi o resultado do derramamento do Espírito Santo?
R. A conversão de várias pessoas e a multiplicação dos milagres (At 2.40-43).

3. Cite três exemplos de líderes que oravam a Deus.
R. Paulo e Barnabé (At 14.23); Pedro e João (At 3.1; 8.14-17); Os doze (At 6.2,4).

4. O que Paulo nos assevera, nos versículos 5 a 9 do primeiro capítulo de Tito?
R. A verdadeira igreja de Cristo não subsiste sem obreiros irrepreensíveis em todas as áreas da vida, em particular, a oração.

5. Qual a exortação de Paulo aos crentes de Tessalônica?
R. Orar sem cessar.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

A oração no livro de Atos e no ministério de Paulo
“Atos. Se Lucas é o evangelho da oração, o livro que o acompanha, Atos mostra a Igreja Primitiva como uma comunidade de oração. Os discípulos oram enquanto esperam pelo Espírito Santo (Lc 24.53; At 1.14) e depois de sua vinda as principais práticas da jovem igreja podem ser resumidas entre ‘ensinar’, ‘dividir os bens’, ‘distribuir o pão’ e ‘orar’ (2.42-45). Lucas descreve essa vida inicial de oração como perseverante e dotada de uma concordância (por exemplo, 1.14; 2.42,46). Como no Evangelho de Lucas, a oração acompanha as crises de decisão (At 1.24), de libertação (4.24ss.; 12.5; 16.25) ou de confiança (7.60). Ela também está permanentemente associada à prática da imposição de mãos, e à vinda do Espírito Santo sobre indivíduos ou grupos (6.6; 8.14-17).
Paulo. A contribuição paulina à teologia da oração do NT é a sua grande ênfase na ação de graças. O fato de todas as suas epístolas, exceto Gálatas e Tito, terem uma expressão de ação de graças ou bênção de Deus logo de início, ou pouco depois da saudação, não pode ser explicada apenas como uma mera forma epistolar, pois está enraizada na teologia paulina. Paulo acreditava que toda oração deve incluir ação de graças (Fp 4.6; Cl 4.2), pois as ações de graças (eucharistia) faziam com que a glória ascendesse a Deus pela graça (charis) que havia descido sobre nós em Jesus Cristo (cf. 2 Co 1.11).
O ensino geral de Paulo sobre a oração foi muito bem resumido em 1 Timóteo 2.1-9”.
(Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, p.1421)

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio de História Eclesiástica

“Charles C. Finney foi um dos principais evangelistas da América do Norte. Nasceu em 1792, num lar sem qualquer influência evangélica. A princípio, tornou-se professor de escola primária e, mais tarde, aprendiz num escritório de advocacia no Estado de Nova Iorque. Enquanto estudava para prestar exames na faculdade de Direito, descobriu que a Bíblia era o alicerce das leis norte-americanas. [...] Com idade de vinte e nove anos, Finney rendeu sua vida a Cristo e abandonou seus planos de se tornar advogado para pregar o Evangelho, imediatamente, o reavivamento acompanhou a prédica de Finney. Pessoas eram arrebanhadas para o Reino de Deus em reavivamento após reavivamento.
A oração era o principal ingrediente no sucesso de Finney. Tudo quanto fazia era precedido pela oração.
A clássica obra de autoria de Finney, Lectures on Revivais of Religion [Palestras sobre Reavivamento da Religião], [...]. Do capítulo ‘The Spirit of Prayer’, temos este impressionante trecho:
‘Oh, quem nos dera uma igreja que orasse! Certa feita, conheci um ministro que teve um reavivamento por catorze anos seguidos. Não sabia como explicar a razão disso, até que presenciei um de seus membros se levantar numa reunião de oração e fazer uma confissão, ‘irmãos’, disse ele. ‘Há muito que tenho o hábito de orar todos os sábados à noite até depois da meia-noite, pela descida do Espírito Santo entre nós. E agora, irmãos’ — e ele começou a chorar — ‘confesso que tenho negligenciado isso por duas ou três semanas...’. Aquele ministro tinha uma igreja dedicada a oração” (Finney, Lectures on Revivais, pp.99,100). (BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2007, pp.459-61).
“Contudo, Finney também acreditava na reforma social, em que indivíduos convertidos fariam uma grande diferença na cultura como um todo. Quando as pessoas vêm para Cristo não podem simplesmente aquecer-se em sua salvação recém-encontrada. Elas precisam investir sua energia na transformação da cultura, fazendo cessar as coisas que violam os princípios bíblicos. Foi exatamente neste ponto que a segunda carreira de Finney teve uma influência impressionante. Ele envolveu-se fortemente nos movimentos antiescravagista, de direitos da mulher e de abstinência (de alcoolismo). Donald Dayton escreve:
O próprio Finney fez conversões fundamentais e nunca quis substituir o avivamento pela reforma, mas ele fez as reformas com um ‘complemento’ ao avivamento. Por exemplo, ao discutir a questão do escravagismo, o evangelista desejava fazer da ‘abolição um complemento, exatamente como, em Rochester, fez a abstinência um complemento ao avivamento’. Com esta conexão, Finney preservou a centralidade dos avivamentos, ao mesmo tempo em que promovia as reformas e impelia seus convertidos a assumirem novas posições sobre questões sociais”.
(GARLOW, J. L. Deus e seu Povo. A História da igreja como Reino de Deus. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, pp.212-13).

Copyright © 2009-2010 Estudantes da Bíblia


Resumo


O subsídio desta semana (Lição 04 – 4 Trimestre 2010 de 24/10/2010) da Revista “Lições bíblicas” 1 de Jovens e Adultos, que está abordando o tema O poder e o ministério da oração – O relacionamento do cristão com Deus, traz o assunto da oração em o Novo Testamento. O texto áureo desta lição está registrado no livro de I Ts 5.16,17 “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar”. O Pr Eliezer de Lira e Silva tirou a seguinte verdade prática do texto base da aula (Lc 24.46, 49, 52, 53; At 1.4,5,12,14): “A oração em o Novo Testamento tem como padrão a fé, a intensidade e a perseverança”. Este subsídio tem como objetivo explorar profunda e exaustivamente este assunto; não sendo, de forma alguma, a última palavra em um assunto tão amplo. Espera-se contribuir assim com os objetivos listados na lição bíblica que é: “conhecer a respeito da oração no início da igreja cristã; compreender os princípios da oração congregacional e conscientizar-se de que uma vida de oração resulta em ação onde vivemos”.2 Bons estudos!!!
Palavras-Chaves: Oração; Novo Testamento; Igreja Primitiva; Vida Cristã

Comentário

Paulo no texto de I Ts 5.16, 17, texto áureo da aula desta semana, orienta aos cristãos que se alegrem sempre e orem se cessar. O termo regozijar pode ser entendido aqui como alegria espiritual porque na vida do cristão mesmo em suas necessidades pessoais deve alegrar-se no Senhor, mesmo estando triste por conta de algo terrestre pode viver alegre e se isto não ocorre é por falha humana não divina. A vida cristã é uma vida de constante alegria porque o Senhor é o motivo de o cristão se alegrar, e, isto pode ocorrer para sempre, mesmo na adversidade.


Subsídios para Escola Bíblica Dominical

Para viver em constante alegria a oração é o caminho. Paulo orienta aos cristãos que orem sempre, sem parar. Isto não significa que o cristão deva deixar de fazer tudo e apenas orar, mas dedicar uma parte de seu tempo à oração; definir um tempo específico para orar e estar sempre pronto a orar e não permitir que nada se oponha ou atrapalhe este importante momento da vida cristã. Orar sem cessar é orar sem se cansar, constantemente.

Quando o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos e ascendeu ao céu, Ele orientou seus discípulos para que ficassem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos do Espírito Santo. E conforme se verifica no texto sagrado, cerca de 120 cristãos estavam reunidos no cenáculo quando o Espírito Santo desceu e encheu a todos.

Constantemente estavam adorando com júbilo ao Senhor e orando. Lc 24. 52, 53.
No capítulo 1 do livro de Atos, encontramos o mestre conversando com seus discípulos antes de subir ao céu. Nesta conversa o mestre responde às questões que os discípulos lhe fazem sobre a implantação do reino de Deus que para eles era um reino físico, material, mas o Senhor Jesus veio instaurar um reino espiritual não terreno, um reino de graça aqui e glória futura. Em resposta aos seus alunos Ele lhes abre o entendimento, coisa que só o Senhor pode fazer, pois é Deus e domina sobre tudo e sobre todos. Com o entendimento aberto eles passam a entender o Reino de Deus e recebem ordem expressa para que fiquem em Jerusalém e esperem até serem cheios de poder para fazer o serviço apresentado pelo Senhor: serem testemunhas.

A ordem para esperar em Jerusalém indicava um certo perigo, pois os inimigos de Cristo por certo perseguiriam também aos seus seguidores, no entanto, lá estavam eles esperando a promessa do Consolador se cumprir. E depois de alguns dias viram que vale a pena esperar pelo cumprimento da palavra do Mestre Amado, porque Ele é fiel para cumprir toda sua palavra.

Como se pode verificar nos acontecimentos da morte do Senhor, tudo o que se passou foi dito pelos profetas e cumpriu-se tudo quando o Amado Salvador expirou e disse: “Está consumado”, ou seja, tudo estava cumprido. Tudo o que fora dito a seu respeito nas Escrituras estava cumprido, isto, Jesus, também diz a seus alunos Lc 24.46, esclarecendo-lhes o entendimento.

A espera pelo cumprimento da promessa, em Jerusalém, era por meio da oração: “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas” At. 1.14. O momento pelo qual passava os cristãos era difícil e perigoso, além de terem uma grande tarefa para cumprir, e antes de se dedicarem a esta tarefa dedicavam-se a oração, suplicando a presença do Senhor no meio deles para que pudessem cumprir a ordem que haviam recebido Rm 12.12. Antes de serem enviados na primeira missão, o Senhor Jesus orou um período com eles, agora eram eles que oravam por si mesmos, esperando o derramamento do Espírito.

O Espírito Santo desceu sobre o Senhor Jesus quando estava orando Lc 3.21. Jesus acabara de prometer o envio do Consolador, e esta promessa não era para substituir a oração mas incentivar a busca incessante, perseverante. “Os que estão na melhor postura para receber as bênçãos espirituais são os que estão na postura da oração". (HENRY, 2008, p.9).

Subsídios para Escola Bíblica Dominical

A perseverança unânime em oração e súplicas Lc 18.1, torna evidente que eles estavam unidos em amor santo e que não havia desavenças ou discórdia entre eles. Isto mostra também o acordo que havia entre eles nas súplicas que faziam. Mt 18.19 “se dois concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito”, se a igreja de Cristo se unir, se muitos concordarem quanto poderá ser feito?

O grupo que se reuniu em Jerusalém formou a primeira igreja do Novo Testamento e quando o Espírito Santo foi derramado sobre eles, estava oficialmente formada a Igreja de Cristo, constituído o corpo de Cristo, composto por diversidades mas único.
“As línguas faladas no Pentecostes tinham um significado simbólico e sugerem que esse novo evento na história da redenção, estava designado para todo o mundo e uniria homens de diferentes idiomas numa nova unidade, a da ekklésia.” (LADD, 1997, p. 328)

Quando os cristãos foram cheios do poder do Espírito Santo, foi visto no meio deles línguas repartidas como que de fogo e falavam outras línguas conforme o Espírito lhes concedia. No dia de Pentecoste, a cidade de Jerusalém estava repleta de pessoas que falavam outras línguas, e os discípulos cheios de poder falavam em seus idiomas o que causou grande espanto nas pessoas e começaram a dizer que estavam todos bêbados, mas Pedro em seu discurso fala àquelas pessoas sobre o que realmente aconteceu e muitos entendem se rendem ao poder de Deus.

E então cheios de Deus, os cristãos começam a impactar a sociedade. Eles estavam constantemente no templo adorando a Deus e em oração. Não muito tempo depois de iniciarem a pregação, milhares de pessoas da cidade já adoravam e serviam a Deus pelo testemunho da igreja, pelo trabalho dos discípulos.

4º Trimestre 2010 - Lição 03


A Oração Sábia


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Crônicas 6.12,21,36,38,39

12 E pôs-se em pé, perante o altar do SENHOR, na presença de toda a congregação de Israel, e estendeu as suas mãos.
21Ouve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da tua habitação, desde os céus; ouve pois, e perdoa.
36Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares diante do inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro para alguma terra, remota ou vizinha,
38E se converterem a ti com todo o seu coração e com toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que os levaram presos, e orarem para o lado da sua terra, que deste a seus pais, e para esta cidade que escolheste, e para esta casa que edifiquei ao teu nome,
39Ouve, então, desde os céus, do assento da tua habitação, a sua oração e as suas súplicas, e executa o seu direito; e perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti.

OBJETIVOS

Conhecer o contexto familiar de Salomão antes de ascender ao trono como rei de Israel.
Salomão viveu num lar marcado por sucessivos problemas morais como o incesto entre seus irmãos Tamar e Amnom ,narra que seu irmão abusou da irmã; o assassinato de Amnom , a usurpação do trono de Davi por seu filho Absalão , que, mais tarde, prostituiu-se com as concubinas de seu pai . Embora Davi tenha sido um ótimo rei em Israel, deixou muito a desejar como pai.


Explicar as características da oração de Salomão.
Oração sábia é aquela que fazemos quando tudo está em conformidade com a Palavra de Deus. Salomão orou a Deus apresentando a fraqueza que é própria do ser humano, falou das faltas cometidas pelo povo e que outras certamente cometeriam, pois, disse ele: “não há homem que não peque”, mas pediu a misericórdia sobre Israel; então desceu fogo do céu e consumiu o holocausto.

Conscientizar-se de que precisamos de sabedoria para a eficácia de nossas orações.

COMENTÁRIO

Se orar é falar com Deus, evidentemente, oração sábia é falar com Deus sabiamente, com respeito, com reverência, sabendo que aquele com quem estamos falando é infinitamente superior a nós.
Jamais devemos exigir alguma coisa de Deus, pois o Senhor é ele, nós somos servos e dependemos de sua grande misericórdia. A Bíblia não nos orienta a exigir alguma coisa de Deus, mas pedir. Às vezes erramos até no pedir. Tiago diz o seguinte: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes nos vossos deleites”, Tg 4.3. Pode acontecer que o crente pede algo para Deus e não recebe. Nesse caso é bom verificar se o que está sendo pedido tem coerência, ou se em algum sentido beneficia a obra de Deus. Se pedirmos algo a Deus apenas para nosso deleite, sem nenhuma relação com o progresso da obra de Deus, certamente isso não nos será concedido, e está dentro da expressão de Tiago: “pedis mal”.


I. VIVENDO A DIFERENÇA

1. O lar de Salomão.

Salomão (mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis), filho de David com Bate-Seba, que teria se tornado o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos (segundo algumas cronologias bíblicas, de 1009 a 922 a.C.).
Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão, levado a efeito por Hiram Abiff, segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas. Depois disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição do seu Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia.
Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. É uma personagem bíblica envolta em muitos mitos e lendas extra-bíblicas. Foi após a sua morte, que ocorre o previsto cisma nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá (formado pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional (formado pelas 10 Tribos), ao Norte.

2. Salomão e o altar de Deus.

‘Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela.’ (Pv 3.15). Salomão entendia que a sabedoria seria o bem mais precioso que um rei poderia ter. Não sabemos, exatamente, qual foi o impacto do descuido familiar de Davi sobre a formação moral e espiritual de Salomão, mas sabemos que logo cedo ele seguiu o caminho do seu pai. A sabedoria torna-se efetiva quando colocada em prática, mas quando ele pediu sabedoria para governar seu reino, já havia praticado um hábito que tornaria seu conhecimento ineficaz para a sua vida: fez um pacto com o Faraó mediante o casamento com a filha daquele soberano que veio a ser a primeira de centenas de esposas obtidas por razões políticas e no decorrer de seu reinado, permitiu que elas corrompessem sua lealdade ao Senhor. Por isso Salomão não foi só contra as últimas palavras do seu pai, mas também contra as ordens de Deus. Sua ação nos lembra como é fácil saber o que é certo e, no entanto não fazê-lo.

3. A oração de Salomão na inauguração do Templo.

Salomão sabia que Deus perdoaria o seu povo, se este deixasse os seus pecados e, sinceramente, se arrependesse com pesar e tristeza. Reconhecia, também, que Deus poderia resolver disciplinar os seus a fim de que "te temam todos os dias que viverem na terra" (1Rs 8.40). As palavras de Salomão não visam justificar seus pecados, ou os de Israel; pelo contrário, expressam a verdade que, sendo o pecado universal, existe sempre a possibilidade do povo de Deus desviar-se (Rm 3.23; 1Jo 1.10). A oração de Salomão é um modelo completo concernente ao que devemos ansiar em nosso andar com o Senhor. Ele rogou pela presença protetora e ajuda do Senhor; pela confirmação por Deus da sua palavra, dando cumprimento às suas promessas; por uma operação da graça divina em seus corações para guardarem a palavra de Deus e amarem seus justos caminhos; para que Deus atendesse as orações de todos os dias e suprisse as necessidades diárias; por uma compreensão cada vez maior da excelsa e mirífica natureza de Deus; e por um coração totalmente dedicado a Deus e à vontade dEle (1Rs 8.57-61).


II. AS CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO DE SALOMÃO

1. Salomão confessou que Deus é único (2 Cr 6.14).

Salomão confessou que não há Deus semelhante ao Senhor nos céus; não há ninguém semelhante a Ele na terra, com essa declaração ele relegou as divindades das nações ao nada. Essa declaração é a primeira coisa que um judeu ouve ao nascer e última ao morrer. O ‘Shemá Israel’[1] (Dt 6.4) ‘Ouve Israel, O Senhor, nosso Deus, é o único SENHOR.’ Este versículo juntamente com outros textos veterotestamentários (Dt 6.5-9; 11.13-21; Nm 15.37-41) ensina o monoteísmo. Esta doutrina afirma que Deus é o único Deus verdadeiro, e não uma teogonia[2] ou grupo de diferentes deuses; que é onipotente entre todos os seres e espíritos do mundo (Êx 15.11). Este Deus deve ser o objeto exclusivo do amor e obediência de Israel. Esse aspecto de "unicidade" é a base da proibição da adoração a outros deuses (Êx 20.2). O ensino do ‘Shemá Israel’ não contradiz a revelação no NT, de Deus como ser trino, que sendo uno em essência, é manifesto como Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 3.17; Mc 1.11). Salomão logo esqueceu dessa declaração de fé, amou o Deus de seu pai, mas também amou muitas mulheres estrangeiras (1Rs 11.1-8). Teve 700 esposas, fruto dos muitos acordos políticos com várias nações pagãs, e 300 concubinas. Deus havia dito aos israelitas para não se casarem com essas pessoas, de tal modo que elas se tornaram uma cilada para ele. Desviou-se aos falsos deuses deles. A grandiosidade desse pecado desagradou o Senhor muito mais do que o pecado de Davi. Enquanto a punição de Davi foi de que a espada nunca deveria sair de sua casa, a pena para o pecado de Salomão seria a divisão, o declínio e a queda da nação de Israel.

2. Salomão proclama a fidelidade de Deus (2 Cr 6.14,15).

Saberás, pois, que o SENHOR teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel...’ (Dt 7.9). A fidelidade de Deus é um consolo para aqueles que permanecerem leais (1Ts 5.24; 2 Ts 3.3; Hb 10.23), mas para os infiéis é um aviso solene. Deus permanece sempre fiel à sua Palavra (2Sm 7.28; Jr 10.10; Tt 1.2; Ap 3.7). A fidelidade é um dos atributos de maior conforto e doçura. A fidelidade pertence a Deus; a inconstância caracteriza o homem pecador. A fidelidade de Deus é uma verdade prática ao crente. É travesseiro para a cabeça cansada, estímulo ao coração que desfalece e apoio para os joelhos fracos. Em todas as exigências da vida, podemos contar asseguradamente com Ele. Ele nunca decepcionará a alma que confia. Sua fidelidade nunca falhará. A fidelidade de Deus, juntamente com Seu imenso poder é nossa esperança eterna. Os homens nos decepcionam por falta de fidelidade ou poder. Mas podemos olhar além das ruínas causadas pela infidelidade dos homens, e avistarmos Um que é grande em fidelidade. Podemos ficar certos que ‘Porque fiel é o que prometeu’ (Hb 10.23). Deus é imutável, isto é, Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is 41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12; Tg 1.17). Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores (Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de Deus mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (Nm 14.1-20; 2Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8).

3. Salomão era sensível ao bem-estar de seu povo.

É interessante notarmos que à medida que Salomão dirijia seu povo em oração, rogava a Deus que ouvisse as petições relacionadas a uma série de situações do cotidiano da nação. Deus se preocupa com tudo aquilo que podemos enfrentar, até com as dificuldades que nossas decisões possam acarretar, e deseja que o busquemos em oração.

III. A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

1. No Antigo Testamento.

Oração intercesória é a ação de orar por outras pessoas. O papel de mediador em oração era prevalente no Velho Testamento (Abraão, Moisés, Davi, Samuel, Ezequias, Elias, Jeremias, Ezequiel e Daniel). Preocupado com Ló e sua família, Abraão intercedeu diante de Deus para Ele não destruir as cidades impenitentes. Deus respondeu à oração de Abraão, embora não como este esperava. Embora os ímpios perecessem, Deus não destruiu os justos com os ímpios.

2. No período interbíblico.

Entre o final do Antigo e o início do Novo Testamento há uma lacuna de 400 anos sem a manifestação de um profeta de Deus. Durante esse longo período houveram eventos marcantes, guerras e o surgimento de diversos grupos que estão presentes nas páginas do Novo Testamento. Numa época de condições espirituais deploráveis, o justo Simeão era dedicado a Deus e cheio do Espírito Santo, esperando com fé, paciência e grande anseio a vinda do Messias. Semelhantemente, nos últimos dias da presente era, quando muitos abandonam a fé apostólica do NT e a bendita esperança da vinda de Cristo (Tt 2.13), sempre haverá os Simeões fiéis. Outras pessoas podem depositar suas esperanças nesta vida e neste mundo, mas os fiéis serão como o servo leal que mantém-se em vigília durante a longa e escura noite, esperando a volta do seu Mestre (Mt 24.45-47). Nossa maior bênção será ver face a face o Cristo do Senhor (v. 26; cf. Ap 22.4), estar pronto na sua vinda e habitar para sempre na sua presença (Ap 21,22).

3. Em o Novo Testamento

No NT, Cristo é retratado como o intercessor supremo; e por causa disso toda oração Cristã se torna intercessão, já que é oferecida a Deus através de Jesus Cristo. Jesus acabou com a distância que existia entre nós e Deus quando Ele morreu na cruz. Ele foi o mais importante mediador (intercessor) que já existiu. Por causa disso podemos agora interceder em oração a favor de outros Cristãos, ou pelos perdidos, pedindo a Deus que lhes conceda arrependimento de acordo com Sua vontade. ‘Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem’ (1Tm 2.5). ‘Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós’ (Rm 8.34).


CONCLUSÃO

O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa. Todo cristão é chamado a exercer o sacerdócio. Ocupar a função sacerdotal implica necessariamente em ministrar a Deus a favor dos homens. É verdade que todos têm acesso à Deus, através de Cristo Jesus, porém é também verdade que a Bíblia nos exorta a orar uns pelos outros e fazer súplicas e intercessões por todos os homens. É um imperativo, um chamado, um dever, um privilégio. Por causa de tudo quanto já estudamos, é premente a necessidade de intercessores.


EXERCÍCIOS

1. O que aprendemos mediante as experiências de Salomão com Deus no altar da oração?
R. Que é possível a qualquer crente permanecer firme e inabalável na fé, independente do meio no
qual ele necessite estar

2. O que a oração de Salomão na inauguração do Templo revela acerca de sua pessoa?
R. Revela a sua bondade e a grandeza de seu coração para com o povo (2 Cr 6.12-42).

3. Cite duas características da oração de Salomão.
R. Confissão de que Deus é único; Sensibilidade pelo bem-estar do povo.

4. O que significa período interbíblico?
R. Significa “entre a Bíblia”, ou seja, o período entre o AT e o NT.

5. Qual era o assunto central nas orações de Ana?
R. A redenção em Jerusalém.

4º Trimestre 2010 - Lição 02

A Oração no Antigo Testamento

TEXTO ÁUREO


“Então, os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até à sua santa habitação, aos céus”
(2 Cr 30.27).


VERDADE PRÁTICA

Assim como hoje, a oração no Antigo Testamento era um canal permanente de comunicação entre Deus e o seu povo.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 18.31-39


OBJETIVOS

Descrever a oração no Pentateuco, e nos livros Proféticos e Poéticos.

Explicar o desenvolvimento da oração no Antigo Testamento

Conscientizar-se de que a oração é o elo entre Deus e o homem.



A ORAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

Período Patriarcal

Adão - Comunicação entre Deus e Adão (Gn 1.28); Sete - (Gn 4.26.); Enoque - A comunhão de Enoque com Deus (Gn 5.2); Nóe - (Gn 6.9,13;7.1); Abraão - (Gn 13.4;18.23-33); Isaque - (Gn 25.21; cf. 26.24,25); Jacó - (Gn 28.20-22); Jó - (Jó 40.3-5; 42.1-6); Moisés - (Êx 14.13-15; 32.10-14).

Período Monárquico

Saul - (1 Sm 14.35,37); Davi - Dependência de Deus (1 Sm 23.2, 4,10-12); em tempo de grandes bênçãos (2 Sm 7.18-22); em tempos de fracasso (2 Sm 12.16; 24.17; 1 Cr 21.26); como expressão de louvor (2 Sm 22.1); Salomão - oração humilde por sabedoria (1 Rs 3.5-9); renovação do pacto no Templo do Senhor (1 Rs 8.22-53); Reis posteriores - Asa (2 Cr 14.11); Josafá (2 Cr 20.3-13) Ezequias (2 Rs 19.15-19; Is 36 e 39).

Período Profético

Elias - Oração poderosa e eficaz (1 Rs 17.20-22); Elizeu - Restaurando vida (2 Rs 4.32-35); Isaías - (Is 6.5-11; 25.1-9; 26.3,7-9); Jeremias - (Jr 1.1-8; 3.22,33; 12.1-4; Lm 1.20-22); Ezequiel - (Ez 4.14; 9.8; 20.49); Daniel - (Dn 2.17,18; 9.4-10,13,16,18,19); Profetas posteriores - (Jl 1.19,20; Am 7.5; Jn 2.2-9; Hc 1.2-4; 3.2-6, 10-19).


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Estudar a respeito da oração no Antigo Testamento é ter contato com as origens deste imprescindível meio de relacionamento do homem com Deus. Nada se iguala à segurança de sabermos que o Senhor está no controle: Ele pode tudo, sabe tudo e tudo vê. O povo de Deus do Antigo Testamento tinha esta certeza, embora muitas vezes não vivesse de acordo com ela por se afastarem dEle. Nas principais divisões do cânon judaico, citadas por Jesus Cristo em Lucas 24.44, nota-se que a oração sempre foi uma prática das pessoas que possuíam intimidade com o Eterno Deus. Tendo em vista os seus exemplos, a presente lição mencionará algumas breves narrativas das Escrituras veterotestamentárias, sendo provenientes de cada uma das divisões em que o diálogo com Deus foi decisivo.

I. A ORAÇÃO NO PENTATEUCO

1. A oração durante o Êxodo de Israel.

Todo o relacionamento divino com Israel foi aprofundado pela experiência do Êxodo; antes, durante e após este. No deserto de Midiã, o Senhor ressaltou esta verdade: “Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel” (Êx 3.7b,8a).

2. A gratidão de Israel a Deus.

O povo de Deus era feliz e agradecido ao Eterno Deus por ter sido liberto do jugo do Egito, da escravidão, do cativeiro, da aflição (Êx 14.30,31; Sl 105.37-43; 136.11-26). Após sair do Egito e sofrer a perseguição do exército de Faraó que acabou morto no Mar Vermelho, o povo de Israel, uma vez livre, exultou e agradeceu ao Senhor (Êx 15.1,2; Sl 136.10-16). Que tipo de adoração o crente eleva ao Senhor se estiver sempre em sua mente a grandíssima libertação operada em sua vida com a sua entrega ao Senhor Jesus, conversão e salvação? Tudo recebido pela graça e amor de Deus! Esse crente se prostrará agradecido diante daquEle que o livrou da escravidão do pecado e o tirou do reino das trevas para a sua maravilhosa luz e também testemunhará de Cristo para os outros.

3. O esquecimento e a ingratidão de Israel.

O povo de Deus demonstrou ingratidão ao esquecer-se daquEle que o ajudou e também daquilo que dEle receberam. Em sua obstinada ingratidão, Israel mentiu ao afirmar que a comida que haviam deixado para trás, no Egito, era de “graça”, pois foi paga com o trabalho escravo (Nm 11.5). Israel foi ingrato e descuidado ao deixar o Egito com pessoas não crentes entre eles (Êx 12.38). A “mistura de gente” levou o povo ao declínio espiritual, levando a adoração a Deus a se transformar em murmuração e idolatria (Êx 15.23,24; 16.2-12; 17.2,3; 32.1-11; Nm 11.1-6; 14.1-4). O crente deve descansar nos propósitos de Deus e ser-Lhe grato por tudo (Rm 8.28; 1 Ts 5.18). Nesse aspecto, o texto paulino de 1 Coríntios 10.1-13 é um aviso de Deus para a igreja de hoje.

II. A ORAÇÃO E OS PROFETAS

1. A oração como fator decisivo no ministério profético.

A oração era o elo entre os profetas do Antigo Testamento e Deus. Por transmitir somente a verdade do Senhor, os porta-vozes de Deus não eram muito benquistos pela sociedade da época. Entretanto, as orações dos profetas mostram seu zelo pela Palavra de Deus, seus lamentos e advertências quando não eram ouvidos pelo povo. Muitos profetas exerceram seus ministérios em uma época em que os israelitas viviam uma vida espiritual apenas de aparência. Eles empenhavam-se em fazer com que o povo compreendesse que para Deus o que vale realmente é uma vida de compromisso com Ele, um culto real, uma adoração precedida da consagração, e não uma adoração de palavras vazias jogadas ao ar (Mq 6.6-8; Is 29.13; Am 5.10-15). Deus requer o mesmo dos seus filhos hoje (Tg 1.25-27). O crente em Jesus deve viver de forma compatível com a nova natureza que lhe foi gerada (Cl 3.1-17; Ef 4.17-32; 2 Pe 1.4-9).

2. O profeta Elias.

A necessidade e o anseio de tornar Deus conhecido no meio do seu próprio povo, que estava envolvido com idolatria, motivou o profeta Elias a proferir uma das mais notáveis, destemidas e fervorosas orações do Antigo Testamento. Elias arriscou sua vida e demonstrou submissão, coragem e fé em Deus diante de todo o povo escolhido e dos profetas de Baal e Asera (quantos podem fazer isso abertamente como Elias nos dias atuais?) e orou, depositando toda sua confiança no Deus de Israel, pedindo fogo do céu, no que foi prontamente atendido. O Senhor foi glorificado no meio do povo, e a história de Israel mudou naquele dia (1 Rs 18.36-39).

3. O profeta Eliseu.

Assim como Elias, Eliseu demonstrou ter uma vida de humildade e íntima comunhão com o Senhor. Sua vida de oração permitiu que tivesse uma profunda e ampla visão de mundo, algo que só os íntimos podem usufruir (2 Rs 6.8-23). Este relacionamento com o Senhor lhe dava a certeza de que suas orações seriam prontamente atendidas. Quanto mais o homem conhece a Deus e sua Palavra, mais suas orações estarão de acordo com a vontade divina e, portanto, mais e prontamente serão respondidas (Jo 15.7). Tal homem de Deus orava “no Espírito Santo” (Jd v.20; Ef 6.18).


III. OS LIVROS POÉTICOS E A ORAÇÃO

1. Jó.

Este é um livro que mostra claramente o valor da adoração e da oração (Jó 1.5; 16.16,17; 42.8). Mesmo em meio às adversidades sofridas, Jó manteve-se fiel ao Senhor (1.20-22) e pôde experimentar grande vitória justamente no momento em que orava (42.10).

2. Salmos.

Os Salmos expressam o relacionamento de Israel com Deus. Neles observamos a relação do homem com seu Criador: suas alegrias, tristezas, louvores, lamentações, súplicas e adorações são expressas por meio das mais diversas formas. Os vários tipos de salmos evidenciam que se pode expressar o estado da alma diante de Deus, pois os seus diferentes estados não precisam ser suprimidos na vida de um autêntico servo de Deus.

3. A experiência de Asafe.

É praticamente impossível não se identificar, em algum momento de nossa vida, com os sentimentos expressados por Asafe no Salmo 73. Entretanto, precisamos, através da oração, “entrar no santuário de Deus” para, assim como o salmista, entender os propósitos do Senhor para nossas vidas.



AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII

Subsídio Bibliológico
“No AT, a oração pode ser adequadamente descrita em termos dos grandes homens de Israel que aparecem muitas vezes como grandes intercessores perante Deus em nome do povo. Nessa função, eles manifestaram uma incrível coragem e persistência. Abraão implora a Deus pela pecadora Sodoma, insistindo de forma obstinada no número de justos pelos quais a cidade poderia ser poupada (Gn 18.22-33).
Jacó luta com o anjo (Gn 32.24-32), uma experiência que foi interpretada no próprio AT em termos de oração (Os 12.4).
Moisés pede para o seu nome ser apagado do livro da vida, se Deus não perdoar aqueles que adoraram o bezerro de ouro (Êx 32.31ss.; cf. Nm 14.13-19). As orações relativas à experiência do exílio são feitas com o mesmo espírito de intercessão, mas com uma ênfase maior na humildade, na confissão e no arrependimento; por exemplo, as orações de Daniel (Dn 9.3-19), Esdras (Ed 9.5-15) e Neemias (Ne 1.5-11). A grande oração da aliança expressa em Neemias 9.10 representa toda a história sagrada desde Abraão até Esdras com suas características de pecado, confissão, perdão, renovação, e votos de fidelidade à lei de Deus.
O livro dos Salmos é o livro de orações do AT, abrangendo todo tipo imaginável de oração – louvor, súplica, intercessão e ação de graças. [...] Nas orações penitenciais o justo torna-se mais consciente de seus pecados do que de seus inimigos externos, e suplica o perdão divino, muitas vezes com uma urgência idêntica e quase escatológica (por exemplo, Sl 32, 38, 51)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p. 1420).


VOCABULÁRIO

Veterotestamentária: Relativo ao Antigo Testamento.
Benquisto: Bem-aceito; bem-visto.
Exator: Cobrador ou arrecador de impostos.


EXERCÍCIOS

1. Qual era o elo entre os profetas e Deus no Antigo Testamento?
R. A oração.

2. O que as orações dos profetas revelavam?
R. Zelo pela Palavra de Deus.

3. De acordo com a lição, quais eram as necessidades e os anseios do profeta Elias?
R. Tornar Deus conhecido como o único e verdadeiro no meio do seu próprio povo envolvido com idolatria.

4. O que podemos aprender sobre a oração no livro de Jó?
R. Que Jó pôde experimentar grande vitória no momento em que orava por seus amigos.

5. O que o livro de Salmos expressa?
R. Os Salmos expressam o relacionamento de Israel com Deus.

Revista CPAC 4º Trimestre 2010

4º Trimestre 2010- Lição 01



O que é oração?


Veja no meu Blog: http://www.1estudos-biblicos.blogspot.com/Não andeis ansiosos de coisa alguma. Em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições pela oração e pela súplica com ações de graças.
Filipenses 4:6 feito em Junho/2010(apoio de estudo para este 4º Trimestre)

Oração é, basicamente, o ato de falar com Deus. É expressar o que vai no coração e passar algum tempo com Deus. Não é uma atividade em que não há interação — Deus fala, nós ouvimos; nós falamos e Deus ouve o que o nosso coração tem a dizer. A oração pode ser algo estimulante, poderoso e agradável. O enfoque aqui será maior em intercessão, mas o intuito é dar também uma visão geral de outros tipos de oração.

Tipos de oração

A. Agradecimento
B. Petição
C. Persuasão
D. Intercessão


A. Agradecimento – é a oração na qual se agradece a Deus por todas as coisas na sua vida. Devemos dar graças em todas as circunstâncias, agradecendo pela proteção, a provisão, a bênção de Deus e, sobretudo, pelo Seu Filho.


B. Petição – quando pedimos a Deus aquilo que necessitamos nas nossas vidas: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Dá-nos o que é preciso para sobreviver: um teto sobre as nossas cabeças, um emprego, etc. As petições são, geralmente, em benefício próprio, apresentando ao nosso Pai celeste as nossas necessidades, na certeza de que Ele proverá.


C. Persuasão – oração insistente e cheia de fervor que é feita até que uma reviravolta aconteça, seja na sua vida pessoal, seja na vida de outra pessoa (intercessão). Exemplo: fé para uma cura emocional ou física.

Exemplo bíblico:

Lucas 19:1 a 8 (NVI). Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse consigo mesmo: ‘Embora eu não me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; tomarei providências para que ela receba justiça e não venha me importunar’.” E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não concederá justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele tomará providências para que eles obtenham justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontará fé na terra?”


D. Intercessão
– é o amor de joelhos, em oração pelos outros. É uma súplica em favor de uma outra pessoa, na qual nos colocamos no lugar, isto é, fazendo orações de confissão, etc., identificando-nos com os pecados daquela pessoa por quem oramos.

Exemplo bíblico:
Neemias, um homem bondoso, que se identificou com os pecados do seu povo, confessando estes pecados e pedindo ao Senhor para perdoá-los e ter misericórdia, e para levantar outra vez a nação de Israel.

Neemias 1:3 a 11 (NVI) E eles me responderam: “Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo.” Quando ouvi estas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando-me, jejuando e orando ao Deus dos céus. Então eu disse:
“Senhor, Deus dos céus, Deus grande temível, fiel à aliança e misericordioso com os que te amam e obedecem aos teus mandamentos, que os teus ouvidos estejam abertos para a oração que o teu servo está fazendo diante de ti, dia e noite, em favor de teus servos, o povo de Israel. Confesso os pecados que nós, os israelitas, temos cometido contra ti. Sim, eu e o meu povo temos pecado. Agimos de forma corrupta e vergonhosa contra ti. Não temos obedecido aos mandamentos, aos decretos e às leis que deste ao teu servo Moisés.
Lembra-te agora do que disseste a Moisés, teu servo: ‘Se vocês forem infiéis, eu os espalharei entre as nações, mas, se voltarem para mim, obedecerem aos meus mandamentos e os puserem em prática, mesmo que vocês estejam espalhados pelos lugares mais distantes debaixo do céu, de lá eu os reunirei e os trarei para o lugar que escolhi para estabelecer o meu nome’.
Estes são os teus servos, o teu povo. Tu os resgataste com o teu grande poder e com o teu braço forte. Senhor, que os teus ouvidos estejam atentos à oração deste teu servo e à oração dos teus servos que têm prazer em temer o teu nome. Faze com que hoje este teu servo seja bem-sucedido, concedendo-lhe a benevolência deste homem.”