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4º Trimestre 2010 - Lição 03


A Oração Sábia


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Crônicas 6.12,21,36,38,39

12 E pôs-se em pé, perante o altar do SENHOR, na presença de toda a congregação de Israel, e estendeu as suas mãos.
21Ouve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da tua habitação, desde os céus; ouve pois, e perdoa.
36Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares diante do inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro para alguma terra, remota ou vizinha,
38E se converterem a ti com todo o seu coração e com toda a sua alma, na terra do seu cativeiro, a que os levaram presos, e orarem para o lado da sua terra, que deste a seus pais, e para esta cidade que escolheste, e para esta casa que edifiquei ao teu nome,
39Ouve, então, desde os céus, do assento da tua habitação, a sua oração e as suas súplicas, e executa o seu direito; e perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti.

OBJETIVOS

Conhecer o contexto familiar de Salomão antes de ascender ao trono como rei de Israel.
Salomão viveu num lar marcado por sucessivos problemas morais como o incesto entre seus irmãos Tamar e Amnom ,narra que seu irmão abusou da irmã; o assassinato de Amnom , a usurpação do trono de Davi por seu filho Absalão , que, mais tarde, prostituiu-se com as concubinas de seu pai . Embora Davi tenha sido um ótimo rei em Israel, deixou muito a desejar como pai.


Explicar as características da oração de Salomão.
Oração sábia é aquela que fazemos quando tudo está em conformidade com a Palavra de Deus. Salomão orou a Deus apresentando a fraqueza que é própria do ser humano, falou das faltas cometidas pelo povo e que outras certamente cometeriam, pois, disse ele: “não há homem que não peque”, mas pediu a misericórdia sobre Israel; então desceu fogo do céu e consumiu o holocausto.

Conscientizar-se de que precisamos de sabedoria para a eficácia de nossas orações.

COMENTÁRIO

Se orar é falar com Deus, evidentemente, oração sábia é falar com Deus sabiamente, com respeito, com reverência, sabendo que aquele com quem estamos falando é infinitamente superior a nós.
Jamais devemos exigir alguma coisa de Deus, pois o Senhor é ele, nós somos servos e dependemos de sua grande misericórdia. A Bíblia não nos orienta a exigir alguma coisa de Deus, mas pedir. Às vezes erramos até no pedir. Tiago diz o seguinte: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes nos vossos deleites”, Tg 4.3. Pode acontecer que o crente pede algo para Deus e não recebe. Nesse caso é bom verificar se o que está sendo pedido tem coerência, ou se em algum sentido beneficia a obra de Deus. Se pedirmos algo a Deus apenas para nosso deleite, sem nenhuma relação com o progresso da obra de Deus, certamente isso não nos será concedido, e está dentro da expressão de Tiago: “pedis mal”.


I. VIVENDO A DIFERENÇA

1. O lar de Salomão.

Salomão (mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis), filho de David com Bate-Seba, que teria se tornado o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos (segundo algumas cronologias bíblicas, de 1009 a 922 a.C.).
Foi quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, no seu 4.º ano, também conhecido como o Templo de Salomão, levado a efeito por Hiram Abiff, segundo a Bíblia, em Reis e em Crônicas. Depois disso, mandou construir um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas. A descrição do seu Trono era exemplar único em seus dias. Mandou construir fortes muralhas na cidade de Jerusalém, bem como diversas cidades fortificadas e torres de vigia.
Salomão se notabilizou pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. É uma personagem bíblica envolta em muitos mitos e lendas extra-bíblicas. Foi após a sua morte, que ocorre o previsto cisma nas Tribos de Israel, originando o Reino de Judá (formado pelas 2 Tribos), ao Sul, e o Reino de Israel Setentrional (formado pelas 10 Tribos), ao Norte.

2. Salomão e o altar de Deus.

‘Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela.’ (Pv 3.15). Salomão entendia que a sabedoria seria o bem mais precioso que um rei poderia ter. Não sabemos, exatamente, qual foi o impacto do descuido familiar de Davi sobre a formação moral e espiritual de Salomão, mas sabemos que logo cedo ele seguiu o caminho do seu pai. A sabedoria torna-se efetiva quando colocada em prática, mas quando ele pediu sabedoria para governar seu reino, já havia praticado um hábito que tornaria seu conhecimento ineficaz para a sua vida: fez um pacto com o Faraó mediante o casamento com a filha daquele soberano que veio a ser a primeira de centenas de esposas obtidas por razões políticas e no decorrer de seu reinado, permitiu que elas corrompessem sua lealdade ao Senhor. Por isso Salomão não foi só contra as últimas palavras do seu pai, mas também contra as ordens de Deus. Sua ação nos lembra como é fácil saber o que é certo e, no entanto não fazê-lo.

3. A oração de Salomão na inauguração do Templo.

Salomão sabia que Deus perdoaria o seu povo, se este deixasse os seus pecados e, sinceramente, se arrependesse com pesar e tristeza. Reconhecia, também, que Deus poderia resolver disciplinar os seus a fim de que "te temam todos os dias que viverem na terra" (1Rs 8.40). As palavras de Salomão não visam justificar seus pecados, ou os de Israel; pelo contrário, expressam a verdade que, sendo o pecado universal, existe sempre a possibilidade do povo de Deus desviar-se (Rm 3.23; 1Jo 1.10). A oração de Salomão é um modelo completo concernente ao que devemos ansiar em nosso andar com o Senhor. Ele rogou pela presença protetora e ajuda do Senhor; pela confirmação por Deus da sua palavra, dando cumprimento às suas promessas; por uma operação da graça divina em seus corações para guardarem a palavra de Deus e amarem seus justos caminhos; para que Deus atendesse as orações de todos os dias e suprisse as necessidades diárias; por uma compreensão cada vez maior da excelsa e mirífica natureza de Deus; e por um coração totalmente dedicado a Deus e à vontade dEle (1Rs 8.57-61).


II. AS CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO DE SALOMÃO

1. Salomão confessou que Deus é único (2 Cr 6.14).

Salomão confessou que não há Deus semelhante ao Senhor nos céus; não há ninguém semelhante a Ele na terra, com essa declaração ele relegou as divindades das nações ao nada. Essa declaração é a primeira coisa que um judeu ouve ao nascer e última ao morrer. O ‘Shemá Israel’[1] (Dt 6.4) ‘Ouve Israel, O Senhor, nosso Deus, é o único SENHOR.’ Este versículo juntamente com outros textos veterotestamentários (Dt 6.5-9; 11.13-21; Nm 15.37-41) ensina o monoteísmo. Esta doutrina afirma que Deus é o único Deus verdadeiro, e não uma teogonia[2] ou grupo de diferentes deuses; que é onipotente entre todos os seres e espíritos do mundo (Êx 15.11). Este Deus deve ser o objeto exclusivo do amor e obediência de Israel. Esse aspecto de "unicidade" é a base da proibição da adoração a outros deuses (Êx 20.2). O ensino do ‘Shemá Israel’ não contradiz a revelação no NT, de Deus como ser trino, que sendo uno em essência, é manifesto como Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 3.17; Mc 1.11). Salomão logo esqueceu dessa declaração de fé, amou o Deus de seu pai, mas também amou muitas mulheres estrangeiras (1Rs 11.1-8). Teve 700 esposas, fruto dos muitos acordos políticos com várias nações pagãs, e 300 concubinas. Deus havia dito aos israelitas para não se casarem com essas pessoas, de tal modo que elas se tornaram uma cilada para ele. Desviou-se aos falsos deuses deles. A grandiosidade desse pecado desagradou o Senhor muito mais do que o pecado de Davi. Enquanto a punição de Davi foi de que a espada nunca deveria sair de sua casa, a pena para o pecado de Salomão seria a divisão, o declínio e a queda da nação de Israel.

2. Salomão proclama a fidelidade de Deus (2 Cr 6.14,15).

Saberás, pois, que o SENHOR teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel...’ (Dt 7.9). A fidelidade de Deus é um consolo para aqueles que permanecerem leais (1Ts 5.24; 2 Ts 3.3; Hb 10.23), mas para os infiéis é um aviso solene. Deus permanece sempre fiel à sua Palavra (2Sm 7.28; Jr 10.10; Tt 1.2; Ap 3.7). A fidelidade é um dos atributos de maior conforto e doçura. A fidelidade pertence a Deus; a inconstância caracteriza o homem pecador. A fidelidade de Deus é uma verdade prática ao crente. É travesseiro para a cabeça cansada, estímulo ao coração que desfalece e apoio para os joelhos fracos. Em todas as exigências da vida, podemos contar asseguradamente com Ele. Ele nunca decepcionará a alma que confia. Sua fidelidade nunca falhará. A fidelidade de Deus, juntamente com Seu imenso poder é nossa esperança eterna. Os homens nos decepcionam por falta de fidelidade ou poder. Mas podemos olhar além das ruínas causadas pela infidelidade dos homens, e avistarmos Um que é grande em fidelidade. Podemos ficar certos que ‘Porque fiel é o que prometeu’ (Hb 10.23). Deus é imutável, isto é, Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is 41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12; Tg 1.17). Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores (Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de Deus mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (Nm 14.1-20; 2Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8).

3. Salomão era sensível ao bem-estar de seu povo.

É interessante notarmos que à medida que Salomão dirijia seu povo em oração, rogava a Deus que ouvisse as petições relacionadas a uma série de situações do cotidiano da nação. Deus se preocupa com tudo aquilo que podemos enfrentar, até com as dificuldades que nossas decisões possam acarretar, e deseja que o busquemos em oração.

III. A ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

1. No Antigo Testamento.

Oração intercesória é a ação de orar por outras pessoas. O papel de mediador em oração era prevalente no Velho Testamento (Abraão, Moisés, Davi, Samuel, Ezequias, Elias, Jeremias, Ezequiel e Daniel). Preocupado com Ló e sua família, Abraão intercedeu diante de Deus para Ele não destruir as cidades impenitentes. Deus respondeu à oração de Abraão, embora não como este esperava. Embora os ímpios perecessem, Deus não destruiu os justos com os ímpios.

2. No período interbíblico.

Entre o final do Antigo e o início do Novo Testamento há uma lacuna de 400 anos sem a manifestação de um profeta de Deus. Durante esse longo período houveram eventos marcantes, guerras e o surgimento de diversos grupos que estão presentes nas páginas do Novo Testamento. Numa época de condições espirituais deploráveis, o justo Simeão era dedicado a Deus e cheio do Espírito Santo, esperando com fé, paciência e grande anseio a vinda do Messias. Semelhantemente, nos últimos dias da presente era, quando muitos abandonam a fé apostólica do NT e a bendita esperança da vinda de Cristo (Tt 2.13), sempre haverá os Simeões fiéis. Outras pessoas podem depositar suas esperanças nesta vida e neste mundo, mas os fiéis serão como o servo leal que mantém-se em vigília durante a longa e escura noite, esperando a volta do seu Mestre (Mt 24.45-47). Nossa maior bênção será ver face a face o Cristo do Senhor (v. 26; cf. Ap 22.4), estar pronto na sua vinda e habitar para sempre na sua presença (Ap 21,22).

3. Em o Novo Testamento

No NT, Cristo é retratado como o intercessor supremo; e por causa disso toda oração Cristã se torna intercessão, já que é oferecida a Deus através de Jesus Cristo. Jesus acabou com a distância que existia entre nós e Deus quando Ele morreu na cruz. Ele foi o mais importante mediador (intercessor) que já existiu. Por causa disso podemos agora interceder em oração a favor de outros Cristãos, ou pelos perdidos, pedindo a Deus que lhes conceda arrependimento de acordo com Sua vontade. ‘Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem’ (1Tm 2.5). ‘Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós’ (Rm 8.34).


CONCLUSÃO

O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa. Todo cristão é chamado a exercer o sacerdócio. Ocupar a função sacerdotal implica necessariamente em ministrar a Deus a favor dos homens. É verdade que todos têm acesso à Deus, através de Cristo Jesus, porém é também verdade que a Bíblia nos exorta a orar uns pelos outros e fazer súplicas e intercessões por todos os homens. É um imperativo, um chamado, um dever, um privilégio. Por causa de tudo quanto já estudamos, é premente a necessidade de intercessores.


EXERCÍCIOS

1. O que aprendemos mediante as experiências de Salomão com Deus no altar da oração?
R. Que é possível a qualquer crente permanecer firme e inabalável na fé, independente do meio no
qual ele necessite estar

2. O que a oração de Salomão na inauguração do Templo revela acerca de sua pessoa?
R. Revela a sua bondade e a grandeza de seu coração para com o povo (2 Cr 6.12-42).

3. Cite duas características da oração de Salomão.
R. Confissão de que Deus é único; Sensibilidade pelo bem-estar do povo.

4. O que significa período interbíblico?
R. Significa “entre a Bíblia”, ou seja, o período entre o AT e o NT.

5. Qual era o assunto central nas orações de Ana?
R. A redenção em Jerusalém.

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