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3º trimestre - Lição 01 - Comentários



I – INTRODUÇÃO:

• Não existe escola ou curso teológico onde se ensina a função de profeta; tampouco é transmitida por hereditariedade, como no caso do sacerdote e rei! O ministério profético é uma chamada específica de Deus.

II – A IDÉIA ESCRITURÍSTICA DE PROFETA:

• OS TERMOS EMPREGADOS NAS ESCRITURAS: O V.T. emprega três palavras para designar um profeta. Observemos pela leitura dos versículos bíblicos abaixo:

• “Antigamente em Israel, indo qualquer consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao VIDENTE; porque ao PROFETA de hoje antigamente se chamava VIDENTE” – I Sm 9:9; e

• “Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o VIDENTE, e nas crônicas do PROFETA Natã, e nas crônicas de Gade, o VIDENTE” – I Cr 29:29.

• Desta forma, estudemos de forma separada:

II.1 – O TERMO “VIDENTE”:

• As palavras traduzidas por VIDENTE (RÕ’EH; HÕZEH ou CHOZEH) - enfatizam o meio pelo qual o profeta se comunicava com Deus. Significam:

“ALGUÉM QUE RECEBE REVELAÇÕES DA PARTE DE DEUS, PARTICULARMENTE NA FORMA DE VISÕES”.

II.2 – O TERMO “PROFETA”:

• A palavra traduzida por PROFETA (NÃBÎ’ ou NABHI) – Representa O PROFETA, quer verdadeiro ou falso, ou ainda aos profetas pagãos (Dt 13:1-5; I Rs 18:19).
• À vista disto, devemos estabelecer com cautela o significado desta palavra.

• Inicialmente, leiamos Ex 4:10-16 e 7:1-2 - Moisés colocou sua inabilidade de falar com clareza. Por conseguinte, ele não podia comparecer diante de Faraó como porta-voz do Senhor. Deus prometeu designar Arão para ser locutor de Moisés.

• Daí fica claro que a palavra “PROFETA” pode significar:

• (A) - AQUELE QUE FALA POR OUTRA PESSOA, PORQUE É A SUA BOCA; ou

• (B) - ALGUÉM QUE VEM COM A MENSAGEM DA PARTE DE DEUS.

• Comparemos as seguintes passagens bíblicas: Ex 7:1; Gn 20:7; Dt 18:15, 18.

II.3 – O TERMO “PROFETA” USADO NO PLURAL:

• O termo “PROFETAS” é usado para aludir àqueles que NÃO ATUAM COMO PORTA-VOZES DE DEUS.

• Samuel (que era juiz, profeta e sacerdote de Israel), presidia uma congregação de profetas para instruí-los nas coisas do Senhor e auxiliá-los no exercício do ministério profético. No tempo de Samuel havia homens que o seguiam; eles se ocupavam de louvar ao Senhor e procuravam instigar as pessoas a se voltarem para Deus (I Sm 10:5, 10; 19:18-20).

• Essa congregação de discípulos continuou no tempo de Elias e prosseguiu no tempo de Eliseu (I Rs 18:4, 13; II Rs 2:3; 6:1).

• Os seguidores de Elias e Eliseu se organizaram em grupos para ajudar e/ou aprender destes mestres. Eram chamados “filhos dos profetas” (I Rs 20:35).

• Usada, pois, no plural, a expressão “PROFETAS” significa:

• (1) - “COMPANHEIROS DE PROFETA”;

• (2) - “SEGUIDORES DE PROFETA”;

• (3) - “FILHOS ou DISCÍPULOS ou APRENDIZES DE PROFETAS”.

• Desta forma, não há qualquer evidência bíblica de que grupos de homens foram alguma vez treinados para se tornarem profetas. DEUS CHAMAVA OS PROFETAS COMO INDIVÍDUOS (por ex.: Moisés, Samuel, Isaías, Jeremias, Ezequiel). O trabalho profético era uma atividade individual, em que um homem recebia uma mensagem de Deus e a transmitia ao povo.

II.4 – O TERMO PROFETA USADA NA FORMA FEMININA:

• Existe também a palavra PROFETA na forma feminina: PROFETISA (NeBÎ’ÃH’).

• Em Ex 15:20, Miriã é chamada de “PROFETISA”;

• A esposa de Isaías também é chamada de “PROFETISA” (Is 8:3).

• Da mesma forma que no plural, quando usado na forma feminina, o significado verte-se para

• (1) - “COMPANHEIROS DE PROFETA”;

• (2) - “SEGUIDORES DE PROFETA”;

• (3) - “FILHOS ou DISCÍPULOS ou APRENDIZES DE PROFETAS”.

II.5 - A PALAVRA PROFETA NO N.T.:

• No N.T. usa-se a palavra PROPHETES.

• É um substantivo composto da raiz “PHÊ” = “DIZER”, “PROCLAMAR”, que sempre tem uma conotação religiosa; e

• o prefixo “PRO”, um advérbio de tempo que tem o significado de “ANTES”, “DE ANTEMÃO”.

• Assim, sugere-se o significado de:

• (1) - “AQUELE QUE PREDIZ”;

• (2) - “AQUELE QUE CONTA DE ANTEMÃO”;

• (3) - “PREDIZER”; “PROCLAMAR DE ANTEMÃO”.

• POSTO ISTO, se tomarmos em conjunto todas as formas utilizadas para a palavra PROFETA na Bíblia Sagrada, podemos deduzir que PROFETA É:

• (1) - ALGUÉM QUE VÊ COISAS, ISTO É, RECEBE REVELAÇÕES;

• (2) - AQUELE QUE ESTÁ A SERVIÇO DE DEUS, PARTICULARMENTE COMO MENSAGEIRO; e

• (3) - AQUELE QUE FALA EM NOME DE DEUS, POIS É A BOCA DO SENHOR.

III –COMO OS PROFETAS RECEBIAM AS MENSAGENS DIVINAS:

• A influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os verdadeiros profetas, capacitou-os a receberem, de diferentes maneiras, as mensagens dos céus.

• (1) – “Então DISSE O SENHOR a Moisés…” – Ex 7:1;

• (2) - “E chamou o Senhor a Moisés e FALOU COM ELE…” – Lv 1:1;

• (3) – “O Espírito do Senhor FALOU POR MIM, e a SUA PALAVRA esteve em minha boca… DISSE o Deus de Israel, a Rocha de Israel a MIM ME FALOU…” –II Sm 23:2-3;

• (4) – “Então veio o ESPÍRITO DO SENHOR no meio da congregação… ASSIM O SENHOR VOS DIZ…” – II Cr 20:14;

• (5) – “E o ESPÍRITO DE DEUS revestiu a Zacarias… e lhes disse: ASSIM DIZ DEUS:…” – II Cr 24:20;

• (6) - “VISÃO de Isaías… a qual ele VIU… porque FALA O SENHOR” – Is 1:1-2;

• (7) - “Assim VEIO A MIM A PALAVRA DO SENHOR, dizendo” – Jr 1:4;

• (8) – “… veio, DA PARTE DO SENHOR, ESTA PALAVRA A JEREMIAS, dizendo:…” – Jr 27:1

• (9) – “Palavra que, DA PARTE DO SENHOR, VEIO A JEREMIAS, dizendo: ASSIM FALA O SENHOR, O DEUS DE ISRAEL, dizendo…” – Jr 30:1-2;

• (10) – “… que VEIO ESTA PALAVRA DO SENHOR A JEREMIAS, dizendo: … e escreve nele TODAS AS PALAVRAS QUE TE TENHO FALADO… e escreveu Baruque DA BOCA DE JEREMIAS TODAS AS PALAVRAS DO SENHOR… QUE ESCREVESTE DA MINHA BOCA AS PALAVRAS DO SENHOR…” – Jr 36:1-6;

• (11) – “… se abriram os céus, E EU VI VISÕES DE DEUS… VEIO EXPRESSAMENTE A PALAVRA DO SENHOR A EZEQUIEL… e ali ESTEVE SOBRE ELE A MÃO DO SENHOR” – Ez 1:1-3;

• (12) – “Caiu, pois, sobre mim O ESPÍRITO DO SENHOR E DISSE-ME: FALA: ASSIM DIZ O SENHOR…” – Ez 11:5;

• (13) – “… teve Daniel, na sua cama, UM SONHO E VISÕES…” – Dn 7:1;

• (14) – “… FOI REVELADA UMA PALAVRA A DANIEL, …, e ele ENTENDEU ESTA PALAVRA E TEVE ENTENDIMENTO DA VISÃO” – Dn 10:1;

• (15) – “PALAVRA DO SENHOR FOI DITA A OSÉIAS, … O PRINCÍPIO DA PALAVRA DO SENHOR POR OSÉIS; DISSE, POIS, O SENHOR A OSÉIAS…” – Os 1:1-2;

• (16) – “… PARA VER O QUE FALA COMIGO… Então, O SENHOR ME RESPONDEU E DISSE:…” – Hc 2:1-2

IV - MODOS COMO OS PROFETAS APRESENTAVAM A MENSAGEM DE DEUS:

• (A) – BREVES DECLARAÇÕES ORAIS E RÉPLICAS – Em várias ocasiões um profeta foi dirigido por Deus para confrontar um rei ou outro líder, apresentando-lhe uma mensagem curta de repreensão, encorajamento ou uma ordem específica a ser cumprida – I Sm 2:27-36; II Cr 11:1-4; 15:1-2; 19:1-3; I Rs 17:1; 21:17-24

• Quando Deus orientou o profeta Isaías para entregar uma mensagem de esperança ao rei Acaz e este demonstrou descrença desdenhosa, o Senhor deu ao profeta mais uma mensagem: de julgamento próximo – Is 7:1-25

• (B) – MENSAGENS ORAIS MAIS LONGAS – Nestas, temos as extensas declarações da Lei que Deus deu a Moisés e que este transmitiu ao povo – Ex 20:22 até o capítulo 23:33.

• (C) – BÊNÇÃO PATRIARCAL – Um exemplo de bênção patriarcal profética ocorre quando Jacó achou que seu fim estava próximo e José trouxe seus dois filhos, Manassés e Efraim, para ver seu avô. Jacó declarou que esses filhos de José teriam uma posição entre os próprios filhos de Jacó, como progenitores de tribos. Jacó, porém, cruzou as mãos deles, para colocar a mão direita no filho mais novo em lugar do mais velho. Quando José protestou, Jacó enfatizou que a tribo que descenderia do irmão mais novo seria a maior das duas – Gn 48:5, 13-20.

• Ainda em Gn 49, Jacó relata a bênção sobre seus próprios filhos. Apesar de nomear os seus filhos individualmente, Jacó tinha em mente a sua descendência.

• (D) – DESCRIÇÕES DE VISÕES – Em muitas ocasiões uma parte considerável da mensagem de um profeta consistia em descrever algo que lhe fora revelado numa visão – I Rs 11:7-23; Dn do capítulo 7 ao 12; Ez do capítulo 8 ao 11.

• (E) – AÇÕES SIMBÓLICAS – As descrições de ações proféticas com o propósito de inculcar uma mensagem importante, são mais comuns que os registros de visões. Essas “lições objetivas” deveriam ser claramente distinguidas das visões proféticas acima mencionadas – I Sm 15:27-28; I Rs 11:29-30; II Rs 13:15-19; Jr 13:1-11; 18:1-10; 19:1-13; 24:1-3; Ez 4:1-11; 5:1-4; 12:1-16.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:


• Um livro que é inteiramente inspirado pelo Espírito Santo e que milhares de vezes repete: ASSIM DIZ O SENHOR, impõe autoridade divina e exige respeito e reverência, devendo ser obedecido (Sl 119:4 cf Sl 68:11; Is 30:8).

3º trimestre - Lição 01








2º Trimestre - Lição 13

ESPERANÇA NA LAMENTAÇÃO

Texto Áureo: Lamentações 3.22. "As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim" -

Leitura Bíblica em Classe: Lamentações 1.1-5,12

DEUS, ESPERANÇA DO CHORO NOTURNO VIRAR ALEGRIA NA MANHÃ

1. SUA MISERICÓRDIA É PRESENTE EM SEUS JUÍZOS

* Os juízos divinos vem pelo que semeamos - Lamentações 1.1 Como se acha solitária aquela cidade dantes tão populosa! Tornou-se como viúva a que foi grande entre as nações; e princesa entre as províncias tornou-se tributária! - Gálatas 6.7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

* Os juízos divinos vem pela desobediência - Lamentações 1.2 Continuamente chora de noite, e as suas lágrimas correm pelas suas faces; não tem quem a console entre todos os seus amadores; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela, tornaram-se seus inimigos. Jeremias 29.19 Porquanto não deram ouvidos às minhas palavras, diz o SENHOR, mandando-lhes eu os meus servos, os profetas, madrugando e enviando; mas vós não escutastes, diz o SENHOR..

* Os juízos divinos vem pelas indiferenças - Lamentações 1.3 Judá passou ao cativeiro por causa da aflição e por causa da grandeza da sua servidão; habita entre as nações, não acha descanso; todos os seus perseguidores a surpreenderam nas suas angústias. Jeremias 32.33 E viraram-me as costas, e não o rosto; ainda que eu os ensinava, madrugando e ensinando-os, contudo eles não deram ouvidos, para receberem o ensino.

2. SUA MISERICÓRDIA É AMOROSA QUANDO CORRIGE

* Suas correções mostram quanto é triste viver sem Ele - Lamentações 1.4 Os caminhos de Sião pranteiam, porque não há quem venha à reunião solene; todas as suas portas estão desoladas; os seus sacerdotes suspiram; as suas virgens estão tristes, e ela mesma tem amargura - Salmos 137.1 Junto dos rios de babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião.

* Suas correções mostram os efeitos do jugo inimigo - Lamentações 1.5 Os seus adversários a dominaram, os seus inimigos prosperam; porque o SENHOR a entristeceu, por causa da multidão das suas prevaricações; os seus filhinhos vão em cativeiro na frente do adversário. Êxodo 6.6 Portanto dize aos filhos de Israel: Eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão, e vos resgatarei com grandes juízos.

* Suas correções mostram o resultado da nossa dureza - Lamentações 1.12 Não vos comove isso, a todos vós que passais pelo caminho? Atendei e vede se há dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que me entristeceu o SENHOR, no dia do furor da sua ira. - Apocalipse 3.19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.

3. SUA MISERICÓRDIA É VISTA EM NOVOS COMEÇOS

* A severidade divina movida pelo seu amor leva a recomeços - Jeremias 27.22 Å babilônia serão levados, e ali ficarão até o dia em que eu os visitarei, diz o SENHOR; então os farei subir, e os tornarei a trazer a este lugar. Salmo 126.1 Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.

* Os recomeços devem ser visto como uma nova oportunidade - Esdras 9.13 E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, porquanto tu, ó nosso Deus, impediste que fôssemos destruídos, por causa da nossa iniqüidade, e ainda nos deste um remanescente como este. Lucas 15.22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;

* Uma nova oportunidade não nos garante que haverá outras - Esdras 9.14 Tornaremos, pois, agora a violar os teus mandamentos e a aparentar-nos com os povos destas abominações? Não te indignarias tu assim contra nós até de todo nos consumir, até que não ficasse remanescente nem quem escapasse? João 8.11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.

2º Trimestre - Lição 12


14 de junho de 2010

TEXTO ÁUREO

"Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupÈrio de Cristo"
(Hb 11.25,26).

VERDADE PRÁTICA

Como homens de Deus, esta é a única alternativa: optar em permanecer com o povo de Deus, ainda que isto nos custe sacrifícios, perdas e até a própria vida.



Jeremias 40.1-6
1 A palavra que veio a Jeremias da parte do SENHOR, depois que Nebuzaradã, capitão da guarda, o deixara ir de Ramá, quando o tomou, estando ele atado com cadeias no meio de todos os do cativeiro de Jerusalém e de Judá, que foram levados cativos para babilônia.
2 Tomou o capitão da guarda a Jeremias, e disse-lhe: O SENHOR teu Deus pronunciou este mal, contra este lugar.
3 E o SENHOR o trouxe, e fez como havia falado; porque pecastes contra o SENHOR, e não obedecestes à sua voz, portanto vos sucedeu isto.
4 Agora, pois, eis que te soltei hoje das cadeias que estavam sobre as tuas mãos. Se te apraz vir comigo para babilônia, vem, e eu cuidarei de ti, mas se não te apraz vir comigo para babilônia, deixa de vir. Olha, toda a terra está diante de ti; para onde parecer bom e reto aos teus olhos ir, para ali vai.
5 Mas, como ele ainda não tinha voltado, disse-lhe: Volta a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, a quem o rei de babilônia pôs sobre as cidades de Judá, e habita com ele no meio do povo; ou se para qualquer outra parte te aprouver ir, vai. E deu-lhe o capitão da guarda sustento para o caminho, e um presente, e o deixou ir.
6 Assim veio Jeremias a Gedalias, filho de Aicão, a Mizpá; e habitou com ele no meio do povo que havia ficado na terra.

INTERAÇÃO

Caro professor, a vida de Jeremias evidencia que a retórica do viver é mais convincente que a do falar. Portanto, além do estudo e da preparação da lição, do aprofundamento do assunto e da didática empregada, é imprescindível que a sua vida esteja coerente com suas palavras, ou seja, seu viver deve ser uma pregação autêntica, a fim de que até mesmo os ímpios possam reconhecer o poder de Deus em sua vida (Jr 40.1-5).



OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar na história de Israel o cumprimento das profecias de Jeremias.
Comparar a vida de Jeremias a de outros personagens bíblicos que se sacrificaram pelo povo.
Refletir a respeito de suas escolhas ao longo da jornada cristã aqui na terra.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

No primeiro tópico, abordamos o cumprimento das profecias de Jeremias. Portanto, para introduzi-lo, convide os alunos a pesquisarem no livro tais profecias e seu cumprimento. Para auxiliá-lo, aí vão algumas sugestões:

A invasão dos Babilônios e a destruição de Israel
(Jr 4.5-7)
A destruição dos inimigos
(Jr 12.14)
O estado de calamidade de Israel ao longo da execução do juízo divino
(Jr 19.7-9)
A destruição de Israel por Nabucodonosor
(Jr 21.4-7)
Juízo contra os reis de Judá
(Jr 22.11,12,18,19,24-26, 28-30)
Duração do cativeiro de Israel na Babilônia
(Jr 25.11)
Retorno do cativeiro
(Jr 30.3)

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO
Palavra Chave: OpçãoREFLEXÃOAto ou faculdade
de optar; livre escolha."É hora de despertarmos dessa letargia, e passar a entender o que nos tem reservado o Senhor."
Claudionor de Andrade
O que Jeremias profetizara, cumpriu-se. Jerusalém foi destruída; o povo jaz cativo; os mortos acumulam-se nas ruas e nas praças!
Em meio à tragédia, o comandante babilônio oferece uma opção ao profeta. Se quisesse, poderia ficar em Judá com o remanescente. Ou, então, ser levado a Babilônia onde seria tratado com real deferência. Uma vez mais, demonstrando sua fidelidade a Deus e sacrificando-se pelo povo a quem tanto amava sem ser amado, opta Jeremias por permanecer em Judá.
Neste domingo, o Senhor também nos chama a fazer uma opção. Pela fé, optou Moisés pelo povo de Deus: "Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa" (Hb 11.25,26).

I. AS PROFECIAS DE JEREMIAS SE CUMPREM

1. A destruição de Jerusalém. Aquele ano jamais seria esquecido: 586 a.C. No calendário hebreu, corria o décimo mês do nono ano do rei Zedequias (Jr 39.1). Nesta data, os exércitos de Babilônia derribam os muros de Jerusalém e profanam a mais formosa das cidades. Em seguida, deitam por terra o Santo Templo, matam ao rei Zedequias e levam cativos, à Babilônia, os judeus mais aquinhoados e ricos. Na terra, já tomada pela desolação e pavor, deixam apenas os pobres e desvalidos.
Para se ter uma imagem mais clara desta tragédia, leia as seguintes passagens: Jeremias 39; 2 Reis 25 e 2 Crônicas 36.

2. O fiel cumprimento das palavras de Jeremias. Cumprem-se as palavras de Jeremias; nenhuma delas cai por terra. Ali estava um homem de Deus que falou em nome de Deus, mas o povo de Deus não lhe deu ouvidos. Onde, agora, os profetas que, superficialmente, curavam as feridas do povo? Onde aqueles que prometiam paz e prosperidade? Que esta lição seja devidamente considerada por todos nós.

SINOPSE DO TÓPICO (1)Todas as profecias de Jeremias em relação à destruição de Israel se cumpriram.

II. A OPÇÃO DE JEREMIAS

1. Jeremias sob custódia. Com a captura de Jerusalém, o profeta fica sob a custódia de Nebuzaradã (Jr 40.1,2), que o encontrara nas cercanias de Ramá, localizada a poucos quilômetros ao norte de Jerusalém. Esta cidade, pertencente a tribo de Benjamim, serviu provavelmente de centro de triagem para separar os judeus que seguiriam a Babilônia dos que permaneceriam na terra.

Algemado, o profeta é levado à presença do capitão babilônio que, seguindo a instrução de seus superiores, trata-o com respeito e consideração (Jr 40.1,4). Afinal, Jeremias sempre aconselhara os reis de Judá a não se arvorarem contra Babilônia nem a bandearem para o lado dos egípcios.

2. A teologia em boca de ímpio. Quando o capitão da guarda babilônica encontrou a Jeremias, pôs-se a teologizar: "O SENHOR, teu Deus, pronunciou este mal contra este lugar; e o SENHOR o trouxe e fez como tinha dito, porque pecastes contra o SENHOR e não obedecestes à sua voz; pelo que vos sucedeu tudo isto" (Jr 40.3,4).
Como um gentio idólatra e estranho à comunidade de Israel poderia ter uma ideia tão clara da justiça de Deus? De qualquer forma, havia ele entendido perfeitamente a justiça divina, enquanto que os judeus, iludidos pelos falsos profetas e pregadores, esperavam uma paz que não existia e uma prosperidade que já era miséria.
É hora de despertarmos dessa letargia, e passar a entender o que nos tem reservado o Senhor (Ef 5.14-18). Se perseverarmos na fé, herdaremos as eternas bem-aventuranças. Caso contrário: seremos destruídos (Is 30.21).

3. A opção de Jeremias. O mesmo Nebuzaradã oferece uma opção a Jeremias: "Agora, pois, eis que te soltei, hoje, das cadeias que estavam sobre as tuas mãos. Se te apraz vir comigo para a Babilônia, vem, e eu velarei por ti; mas, se te não apraz vir comigo para Babilônia, deixa de vir. Olha: toda a terra está diante de ti; para onde parecer bom e reto aos teus olhos que vás, para ali vai" (Jr 40.5).
O profeta poderia ter optado por Babilônia onde certamente haveria de ser bem tratado. Mas lá já estavam dois profetas: Daniel e Ezequiel. Ao passo que, em Judá, nenhum pastor havia para aquela gente abandonada. Por isso, opta Jeremias por ficar com os restantes do povo de Deus. Assim, põe-se sob a proteção de Gedalias - um nobre judeu encarregado de governar a terra em nome do governo babilônio.
Você já fez a sua opção pelo povo de Deus? O povo de Deus necessita de quem lhe cuide da alma e lhe unte as feridas.

SINOPSE DO TÓPICO (2)Jeremias escolheu permanecer com o povo de Israel em Judá ao invés de ir para a Babilônia.

III. COMO OS HERÓIS DA FÉ FIZERAM SUAS OPÇÕES

À semelhança de Jeremias, muitos foram os homens e mulheres que optaram pelo povo de Deus. Vejamos alguns deles.

1. A opção de Abraão. Vivia o patriarca confortavelmente em Ur dos Caldeus, quando Deus o chamou a peregrinar até à terra de Canaã, onde dele faria o Senhor uma grande nação. E diz a Bíblia que Abraão saiu, em obediência à Palavra do Senhor, sem saber para onde ia (Gn 12.1-3). Ao fazer a sua opção, Abraão não era nem israelita nem judeu; não passava de um gentio que, pela fé, aceitara plenamente a vontade divina (Dt 26.5).

2. A opção de José. O jovem governante do Egito bem poderia ter ignorado a penúria de seus irmãos, e havê-los castigado como eles o mereciam. Mas o que fez José? Optou por socorrê-los na angústia, pois para isto fora guindado a um cargo tão elevado (Gn 45.3-8).

3. A opção de Moisés. Moisés abriu mão de toda a luxúria do Egito, pois não ignorava a missão que lhe confiara o Senhor (Hb 11.23-26).

4. A opção de Ester. Ester também poderia haver optado por ficar no palácio de Assuero, desfrutando de todas as benesses e cortesanias, enquanto seu povo era trucidado pelo malvado Hamã. Mesmo com o risco de perder a vida, enfrentou ela o perigo. E, assim, com oração e jejum salvou os judeus de morte certa (Et 4.14-16).

5. A opção de Jesus. Que incomparável exemplo nos oferece o Senhor Jesus! Embora igual a Deus, renunciou a glória que sempre desfrutara junto ao Pai, a fim de morrer por nós pecadores. Este é o exemplo que devemos seguir. Esvaziou-se de sua glória para que viéssemos a compartilhar de todos os bens que nos preparou o bondoso Deus (Fp 2.5-11).

SINOPSE DO TÓPICO (3)Muitos personagens bíblicos optaram por sacrificar suas próprias vontades, conforto e até mesmo a vida em prol do povo de Deus.

CONCLUSÃO

Já fez sua opção pelo povo de Deus? Ou ainda está a divertir-se com os privilégios oferecidos por este mundo? Quantos obreiros que, ao invés de levar adiante o ministério que lhes confiou o Senhor Jesus, não estão a trocar a glória de Deus por aquilo que não é de nenhum valor! E quantos jovens que, desprezando o chamamento ministerial de Deus, não estão a optar pelo efêmero e passageiro mundo (1 Jo 2.17).
Jeremias optou por sofrer com o povo de Deus, levando alento àquela gente que já não tinha qualquer esperança. Qual a sua opção?


Subsídio Bibliológico

"O período no qual os profetas bíblicos dizem ter ministrado à nação israelita está apoiado por numerosas evidências de inscrições e de importância histórica. Sem mostrar deferência a pessoas, os profetas chamaram igualmente reis e cidadãos a prestar contas, desviando-os da idolatria quando atendiam as advertências de Deus, mas sofrendo com eles no exílio quando resistiam ao gesto de Deus. A arqueologia pode apresentar as razões práticas que provocaram tais indiciações proféticas, revelar os lugares que eram o assunto das profecias e identificar as pessoas que fizeram ouvido de mercador para com as predições. Deste modo, a arqueologia oferece algumas evidências para a realidade da profecia em si.
No antigo Oriente Próximo, onde todas as culturas circunjacentes a Israel tinham múltiplas deidades, o contexto da fé de Israel era muitas vezes uma competição entre deuses nacionais. Nesta batalha pela crença, o deus cujas colheitas fossem abundantes, ou de cujo exército saísse vitorioso, era considerado o mais poderoso. No aspecto teológico, esta era uma das maiores ameaças ao povo de Deus e, lamentavelmente, era uma guerra espiritual que os israelitas perdiam com frequência (vide Jr 11.13). Os profetas de Israel tiveram de competir com nações que diziam aos israelitas que a inabilidade deles de resistir à imposição de pagamentos de tributo ou mesmo o exílio por potências mais fortes, era prova de que o Deus de Israel era inferior (vide 2 Rs 18.32-35; Ez 36.20)" (PRICE, Randall. Arqueologia Bíblica. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.214-215).


VOCABULÁRIO

Benesses: Lucro gratuito.
Cercanias: Vizinhança, arredores.
Cortesanias: Modos de cortesão.
Desvalidos: Desprotegido, desamparado.
Guindado: Empolado, afetado, enfático.
Insurreição: Rebelião, revolta.
Letargia: Estado de insensibilidade, apatia, sono profundo.


EXERCÍCIOS

RESPONDA

1. Que opção foi oferecida a Jeremias?
R.Ficar na Babilônia onde haveria de ser bem tratado.

2. Que decisão tomou o profeta?
R. Ele optou por ficar com o restante do povo de Deus.

3. Cite alguns exemplos de opções pelo povo de Deus nas Sagradas Escrituras?
R. Moisés, José.

4. Qual o maior exemplo de renúncia?
R. Jesus Cristo.

5. Como você demonstra a sua opção pelo povo de Deus?
R. Resposta pessoal.

2º Trimestre - Lição 11

06 de junho de 2010

Dia da Lição 11 - 13 de junho de 2010
(DIA DO PASTOR)


A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO


TEXTO ÁUREO

"SENHOR, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim"
(Sl 131.1)

VERDADE PRÁTICA

Que a nossa única preocupação seja buscar a glória de Deus para a Sua glória, porque Ele é o Senhor da glória!

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

Copie e salve para ouvir Jeremias 45.1-5: http://vozme.com/text2voice.php

1 A palavra que Jeremias, o profeta, falou a Baruque, filho de Nerias, quando este escrevia, num livro, estas palavras, da boca de Jeremias, no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo:
2 Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque:
3 Disseste: Ai de mim agora, porque me acrescentou o SENHOR tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso.
4 Assim lhe dirás: Isto diz o SENHOR: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra.
5 E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR; porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores.


<OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar as características de Baruque.
Analisar o relacionamento de Baruque com Jeremias.
Priorizar o Reino de Deus e a sua glória em vez de o sucesso pessoal.


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Glória
Honra, magnificência, esplendor,
prestígio

REFLEXÃO
"À semelhança dos recabitas, primemos pela excelência das virtudes cristãs. Caso contrário: seremos tidos como profanos quando da volta
do Senhor Jesus." Claudionor de Andrade

Se Baruque esperava um sucesso imediato no ministério, vê-se agora decepcionado. Pois o monarca, tendo apostatado da fé, queima o rolo com as profecias de Jeremias, induzindo o povo a afastar-se ainda mais de Deus. Em seguida, recebe Baruque ordens de registrar novamente as palavras que se achavam no livro destruído pelo rei, agora com vários aditamentos.
Que perspectiva haveria para Baruque? Para quem sonhava com o sucesso, seria obrigado a conviver com um aparente fracasso.


I. QUEM ERA BARUQUE


Poucos são os dados de que dispomos acerca de Baruque, escriba e fiel amigo do profeta Jeremias.

1. Pertencia à nobreza de Judá Era ele filho de Nerias, irmão de Seraías, camareiro-mor do rei Zedequias (Jr 51.59). Provinha certamente de uma família que o havia educado para ser, em todas as coisas, uma bênção nas mãos de Deus. Aliás, Baruque, em hebraico, significa "abençoado".
Tem você preparado seu filho para ser uma bênção nas mãos de Deus? Invista em sua vida espiritual para que, mais tarde, não venha ele a dar-lhe aborrecimentos e tristeza sobre tristeza.

2. Era um jovem culto e bem educado. Baruque tanto sabia escrever com perfeição como ler perfeitamente em público. Era um arauto perfeito. Portanto, um jovem graduado que colocara toda a sua formação acadêmica a serviço de Deus.
Querido jovem, estão os seus talentos nas mãos de Deus? "Desperta, faz-te pronto; poucos dias são que restam para o segador".

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Baruque era um jovem culto, nobre, inteligente e hábil na arte de escrever, que trabalhava como secretário particular do profeta Jeremias.


II. A CORAGEM E O ZELO DE BARUQUE


O jovem Baruque era conhecido por seu zelo e coragem. Vejamos de que forma exerceu o seu ministério

1. Cuidava dos negócios particulares de Jeremias . Como os pastores necessitam de secretários como Baruque! Em Jeremias 32.10, o profeta confia-lhe a escritura de uma propriedade que acabara de adquirir. Mero trabalho burocrático? Simples tarefa? É na execução das pequenas coisas que somos preparados para as grandes.
Talvez, neste momento, esteja você a realizar algo considerado humilde ou pequeno. O que você não sabe, porém, é que, no âmbito do Reino de Deus, jamais devemos desprezar as pequenas coisas (Zc 4.10; Lc 16.10).

2. Registrava fielmente as palavras de Jeremias. Cabia-lhe também o registro das palavras que o profeta, inspirado pelo Espírito Santo, recebia do Senhor (Jr 36.4).
Teria Baruque ciência da relevantíssima tarefa que realizava? Hoje, passados mais de 2.500 anos, ainda nos comovemos com a história de Jeremias, tudo porque um jovem escriba resolvera colocar todo o seu talento a serviço do Reino de Deus.

3. Lia as palavras de Jeremias. Assim como Moisés tinha Arão, e assim como Eliseu tinha a Geazi, tinha Jeremias também o seu escriba e porta-voz: Baruque. Vemo-lo, agora, a proclamar a todo o Judá as palavras que o profeta lhe mandara registrar (Jr 36.8). Primeiro, leu-as diante do povo; em seguida, perante os conselheiros do rei até que, finalmente, foi a mensagem lida diante do mesmo rei pela boca de um príncipe chamado Jeudi (Jr 36.21).

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Baruque cuidava dos negócios de Jeremias, registrava e lia as palavras dele com coragem e zelo.

III. A EXPECTATIVA DE BARUQUE É FRUSTRADA

À semelhança dos outros jovens, tinha Baruque suas expectativas. Conforme podemos depreender do texto bíblico, esperava ele um sucesso imediato na vida ministerial. Afinal, estava a secretariar um dos mais influentes profetas de Israel. Havia, porém, algumas lições que precisava aprender e com urgência.

1. A frustração de Baruque. Para quem esperava um sucesso imediato, eis que Baruque só vê dificuldades e frustrações. E se pensava que, com a leitura da profecia, o povo curvar-se-ia sem detença ao Senhor, tal não acontece. Haja vista como o rei trata a mensagem profética: corta o rolo com o canivete de escrivão, e joga o pergaminho no braseiro (Jr 36.23).

2. A destruição de Jerusalém. Baruque também esperava viver numa cidade na qual viesse a ter possessões e, onde, tranquilamente, pudesse constituir um lar. É claro que tais coisas não constituem pecado. No entanto, tal demanda, naqueles dias, fazia-se proibitiva, pois o Senhor estava para destruir tudo o que plantara (Jr 45.4). Dessa forma, ter a alma como espólio, ou herança, já era um grande negócio.

3. O tratamento recebido por Jeremias. Se esperava ele descansar sob a fama e o prestígio de Jeremias, achava-se enganado. Pois o seu senhor era tratado em Judá como traidor. Haja vista a prisão que o profeta viu-se constrangido a amargar (Jr 38.6).

4. As acusações contra Baruque. Além do mais, pesava sobre Baruque uma gravíssima acusação. Os nobres de Judá supunham que as palavras de Jeremias eram, na verdade, de Baruque. Sendo ele um jovem nobre e culto, pensavam, encontrava-se a induzir o profeta a pronunciar todas aquelas profecias contra Jerusalém e contra o Santo Templo (Jr 43.3).


SINOPSE DO TÓPICO (3)


Baruque sofreu grande frustração em seu ministério e vida pessoal, porquanto esperava sucesso, reconhecimento e prestígio de Jeremias e do povo..

IV. SUCESSO OU EXCELÊNCIA?

Sabe por que há tantos obreiros frustrados? Porque estão atrás apenas do sucesso ministerial. Isso é uma tragédia para o homem de Deus!

1. A efemeridade do sucesso. O sucesso faz o nome do obreiro, todavia não o torna conhecido diante de Deus. Dá-lhe riquezas, porém, não lhe proporciona prosperidade espiritual. Enche-lhe o templo, mas, não raro, de crentes vazios. Confere-lhe prestígio, entretanto, não lhe aumenta a reputação diante daquEle que tudo vê e tudo conhece. Abre-lhe as portas aos poderosos, não obstante, fecha-lhe as do Todo-Poderoso. O sucesso faz a igreja de Laodicéia, mas somente a excelência pode conferir a beleza de Filaldélfia e a perseverança de Esmirna.

O sucesso ministerial sem a excelência do Cristo de Deus nada é.

2. A glória da excelência. A excelência! É esta que devemos perseguir até que nos venha buscar o Senhor. Se com ela semeamos com lágrimas, com ela ceifaremos com alegria. Se com ela sofremos, com ela jubilaremos na presença do Rei. Além disso, quando fomos chamados ao ministério, o Senhor não nos disse que teríamos sucesso; através de seu apóstolo, assegurou-nos que excelente coisa estávamos nós almejando (1 Tm 3.1-3). Sabe por que Paulo jamais se sentiu frustrado? Ele perseguia a excelência ministerial no serviço do Senhor, e não o sucesso (Rm 11.13). O sucesso quem procurava era Demas que, no momento mais difícil de Paulo, abandona-o por sentir-se atraído pelo presente século (2 Tm 4.10).

REFLEXÃO SINOPSE DO TÓPICO (4)

"Estamos frequentemente dispostos a observar determinados costumes simplesmente por causa da tradição. No entanto, devemos obedecer à Palavra de Deus, porque ela é eterna. "
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal Aqueles que militam na obra de Deus devem buscar a excelência da obra e a glória de Deus, e não, o sucesso ministerial.


CONCLUSÃO


Jeremias, agora, exorta ao seu secretário a deixar os sonhos de grandeza, a fim de se dedicar à excelência da obra de Deus. Já não tinha o jovem à alma como despojo ou patrimônio? O que mais buscava?

O que você tem almejado, homem de Deus? O sucesso ou a excelência ministerial no trabalho do Senhor? É hora de reavaliarmos nossas prioridades. A grandeza pertence única e exclusivamente a Deus. É dEle que nos vêm a excelência!

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

"Carregar a cruz tem o modo maravilhoso de tirar o nosso foco dos interesses temporais para fixá-lo nos assuntos eternos. Como já comentei, a nossa visão é míope e tomamos decisões baseadas nessa imprevidência. Deus quer que nos concentremos em ideais maiores do que os existentes nesta vida. Amamos muito este mundo, e não reconhecemos que somos peregrinos e estrangeiros aqui. A nossa casa verdadeira e eterna está em outro lugar. É por isso que Paulo disse: 'Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens' (1 Co 15.19).
Em muitos aspectos, é o que está englobado na soberba da vida. Ficamos tão arrogantemente presos ao que estamos fazendo, ao que nos empolga e nos interessa que perdemos de vista que é superior e muito maior. Não podemos amar o mundo e Deus ao mesmo tempo (Tg 4.4; 1 Jo 2.15). Os sistemas e poderes corruptos e pecaminosos deste globo giratório estão se acabando. Não obstante, como cristãos que possuem as verdades eternas, nós pateticamente corremos atrás do mundo e seus ideais. Anelamos e ansiamos ter mais riqueza, maior poder e crescentes privilégios, e assim menosprezamos a cruz" (KULIGIN, Victor. Dez coisas que eu gostaria que Jesus nunca tivesse dito. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.99).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico

A glória dos homens - "Outro conceito associado à glória é a ideia de aprovação ou louvor. Paulo lembra aos tessalonicenses que, quando ele ministrou entre eles não buscava a 'glória dos homens' (1 Ts 2.6), ou seja, o louvor ou aprovação das pessoas. A única aprovação e louvor que importa para Paulo é o de Deus (1 Co 4.5). Por sua vez, dar glória a Deus diferencia a pessoa que tem comunhão com Ele das que não a têm. Paulo, ao descrever os que rejeitam a verdade a respeito de Deus, diz: 'Não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças' (Rm 1.21). Em contraste com isso, temos um indivíduo de fé como a de Abraão que dá 'glória a Deus' (4.20). Assim, as pessoas dão glória a Deus por meio do que falam e fazem, isto é, ao expressar louvor e dar graças a Ele e ao representá-lo, refletindo o caráter do Senhor e fazendo a vontade dEle" (ZUCK, Roy B (ed). Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.279).

Subsídio Devocional

• Ambição - "Baruque fazia parte de uma família de gente bem-sucedida. Seu avô fora governador de Jerusalém, na época de Josias (2 Cr 34.8), e seu irmão, funcionário graduado do tribunal de Zedequias (Jr 51.59). Sua expectativa era de vir a ocupar algum cargo elevado, mas, para sua frustração, não passou de secretário do homem mais odiado em Judá! Deus disse a Baraque o que fala ainda hoje a cada um de nós. Seja o melhor que puder, mas não espere mais do que você é. A ambição egoísta foi inadequada quando a nação enfrentou o julgamento divino, e em outras ocasiões" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 475).


VOCABULÁRIO
Arauto: Emissário, mensageiro.



EXERCÍCIOS


RESPONDA

1. Quem foi Baruque?
R.Ele era filho de Nerias e pertencia a nobreza de Judá.

2. Qual era a sua função?
R. Era secretário de Jeremias.

3. Por que se sentiu ele frustrado?
R. Porque o povo não não deu crédito a Palavra do Senhor. O rei cortou o rolo com o canivete e jogou-o no braseiro.

4. Qual a diferença entre a excelência e o sucesso?
R. O sucesso faz o nome do obreiro, todavia não o torna conhecido diante de Deus.

5. Você tem perseguido a excelência no ministério?
R. Resposta pessoal.

2º Trimestre - Lição 10

O VALOR DA TEMPERANÇA

TEXTO ÁUREO“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).

- Enchei-vos deixa claro que o estar cheio do Espírito não se completa com uma única experiência, mas é mantida por ser continuamente cheio, isto é, ser enchido repetidas vezes numa renovação de vida constante conforme ordenado nesta perícope. O início da vida cristã é marcado pelo selo do Espírito (Ef 1.13,14; 4.30), o qual não se repete; o encher-se do Espírito pertence à vida cristã inteira, devendo ser continuamente buscado. Esse entendimento é corroborado pela passagem paralela desse texto em Cl 3.15, 16, onde Paulo exorta aos cristãos para que deixem a Paz de Cristo governar seus corações e permitir que a palavra de Cristo habite ricamente neles. Estar cheio do Espírito é estar cheio de Cristo e da sua Palavra (Jo 14.16,26; 16.12-15; 17.17).

VERDADE PRÁTICA


A Igreja de Cristo sempre primou pela temperança. A vida de seus membros tem de ser um eloqüente protesto contra as inconseqüências e vícios.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jeremias 35.1-5, 8,18,19

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

-Explicar a origem dos recabitas;

-Compreender que os recabitas honravam a tradição de seus antepassados;

-Conscientizar-se de que a Igreja de Cristo deve ter um forte compromisso com a temperança e com a excelência moral tanto de seus membros quanto dos que a cercam.

PALAVRAS-CHAVE


FIDELIDADE

1. Qualidade de fiel.

2. Fé, lealdade.

3. Verdade, veracidade.

4. Exatidão.

5. Nesta Lição: Constância e firmeza em observar os princípios bíblicos.

TEMPERANÇA

1. Hábito de moderar os apetites sensuais, os desejos, as paixões.

2. Sobriedade no comer e no beber.

3. Comedimento, moderação.

4. Economia; parcimônia; modéstia.

- A temperança (em grego: ?????????, sophrosyne, em latim: temperantia) é uma das virtudes ditas universais, uma dais quais propostas pelo cristianismo. Temperança significa equilibrar, colocar sob limites, moderar a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporcionar o equilíbrio no uso dos bens criados.


COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Deus, por vezes, lançava mão de ilustrações históricas vivas para ensinar ao seu povo. Quando quis mostrar ao povo de Israel que requeria dele obediência à Sua palavra, chamou Jeremias para uma tarefa inusitada. Jeremias devia procurar os membros de um clã em Israel, chamado de recabita, e fazer um convite que poderia mudar a vida deste povo. Nesta lição aprenderemos uma interessante forma didática utilizada por Jeremias para apresentar a Palavra de Deus ao povo de Judá. Os recabitas faziam parte de uma tribo nômade aparentada com os queneus e com o sogro de Moisés, Jetro (Jz 1.16; 1Cr 2.55). A maioria dos queneus morava em cidades, adotando um estilo de vida urbano (1Sm 30.29). No entanto, seu ancestral Jonadabe convocou seus descendentes a um novo tipo de vida, renovando-lhes o sentido de sua existência. Ordenou aos seus filhos, mais de duzentos anos antes, que não bebessem nenhum tipo de vinho. Era um tipo de povo ascético, não habitavam em casas permanentes e nem cultivavam a terra. Viviam como nômades, criando gado. Jeremias recebe uma ordem do SENHOR para por em prova a fidelidade dos recabitas à essas ordenanças de seu patriarca para contrastar com a infidelidade de Judá ao seu Deus. Os recabitas foram obedientes e demonstraram respeito às tradições de seus pais. Deus queria que o povo de Judá compreendesse que eles não estavam respeitando suas leis e ordenanças. Esta lição deve nos levar a refletirmos sobre nossa fidelidade ao Senhor. Se quisermos agradar ao Senhor, precisamos obedecer-Lhe. Veremos como agiam os recabitas e nos inspiraremos em seu exemplo de temperança e fidelidade. “À semelhança dos recabitas, primemos pela excelência das virtudes cristãs. Caso contrário: seremos tidos como profanos quando da volta do Senhor Jesus.” Claudionor de Andrade, REFLEXÃO

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. A ORIGEM DOS RECABITAS


1. Sua origem. Os recabitas constituíam o que podemos chamar de uma ordem religiosa ascética fundada por Jonadabe, filho de Recabe, no século IX a.C., não bebiam vinho nem consumiam qualquer produto vindo da videira e por cerca de 250 anos mantiveram este estilo de vida. Aparentaram-se com os queneus e com os descendentes de Jetro, foram adotados pela tribo de Judá (Jz 1.16; 4.11), eram considerados membros legítimos do povo de Deus. Tudo que se sabe sobre este povo acha-se registrado apenas em Jr 35.

2. Seu relacionamento com Israel. Jonadabe foi o auxiliar de Jeú no plano traçado por este para destruir a casa de Acabe e a destruição do culto a Baal em Israel. Jonadabe levava uma vida de austeridade e abstinência com convicções próprias acerca da adoração a Deus.

3. O encontro dos recabitas com Jeremias. Esse encontro aconteceu no final do reinado de Joaquim e no momento em que Jerusalém seria sitiada pela primeira vez pelos babilônios em 598 a.C., o que levou muita gente a abandonar os campos e irem para Jerusalém (35.11). O voto feito por Jonadabe, filho de Recabe, levou seus descendentes à uma vida nômade, sem casas permanentes e abstinência de vinho, numa dedicação voluntária que não era exigida pela Lei. Eram leais a YAHWEH e por isso, os recabitas foram citados por sustentarem leis que estavam sendo esquecidas rapidamente pelos judeus, a nação que os adotou. Deus utiliza o exemplo dos recabitas para ensinar seu povo a respeito da fidelidade aos seus mandamentos. SINOPSE DO TÓPICO (1)

II. O ESTILO DE VIDA DOS RECABITAS
As ordens de Jonadabe visavam que os Recabitas vivessem como peregrinos, forasteiros, não deviam criar raízes em lugar algum, mas sempre prontos para locomover-se por caminhos novos. O Novo Testamento ensina que somos peregrinos nesta terra: “Todos eles viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que era estrangeiros e peregrinos na terra.” (Hb 11.13); “Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir.” (Hb 13.14); “Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma.” (1Pe 2.11). Por conta da fidelidade dos descendentes de Recabe, o Senhor decretou uma bênção para sua linhagem: “Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Vocês têm obedecido àquilo que o seu antepassado, Jonadabe, ordenou; têm cumprido todas as suas instruções e têm feito tudo o que ele ordenou. Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Jamais faltará a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva.” (vs. 18,19). De igual modo há bênção para o discípulo que aprende a honrar e que é fiel em guardar os ensinamentos que recebe.

1. Abstinência de bebidas fortes. Deus tinha um propósito claro nesta dramatização. O exemplo dos recabitas era para ser imitado. Os ouvintes de Jeremias deviam considerar aquela tribo que trabalhava tão bem o ferro, mas era sensível à sua história e aos seus valores. Os recabitas não foram elogiados por Deus por recusarem beber vinho, nem por recusarem o estilo “moderno” de vida dos judeus. Eles foram tomados como exemplo por permanecerem fiéis, ao longo de séculos, às instrução de um dos seus ancestrais-fundadores. A moral desse ensino prático não é o vinho, nem a escolha por um tipo de comunidade à parte. O ensinamento-chave aqui é a fidelidade aos compromissos assumidos.

2. Peregrinações. Os recabitas deveriam continuar sendo nômades, como surgiram, como nos primórdios. Mesmo adaptados à vida urbana, deviam conservar os valores da vida simples do campo. Quando Nabucodonosor invadiu a terra de Judá, eles se refugiaram em Jerusalém.

3.Honravam a tradição de seus antepassados. A mensagem dos recabitas, no seu comportamento elogiado por Deus, é clara: não desistamos de nossos compromissos. Jonadabe é um exemplo de pai. Ele deixou uma instrução. Certamente, não falou apenas uma vez, mas ensinou com palavras e com atos de compromisso - a palavra convence, o exemplo arrasta! Com uma intensidade tal que marcou seus filhos, netos e bisnetos: “Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou Jonadabe, nosso pai”(Jr 35.10). Eles se houveram com denodo e zelo em relação às tradições dos ancestrais. Este é sem dúvida o nosso ‘calcanhar de Aquiles‘, temos nos esquecido das tradições que nos foram transmitidas, tradições práticas e doutrinárias definitivas (Rm 6.17; 1Co 11.2,23; 15.3; 2Tm 1.13). O conjunto doutrinário Assembleiano é constituído de crenças estabelecidas e praticas que formam o esboço da ortodoxia apostólica herdadas das Igrejas Batistas dos Estados Unidos, denominação a qual pertenciam os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren e que recebeu-os e amparou-os no Brasil - ainda que tenham sido desligados em 18 de junho de 1911, juntamente com o grupo de irmãos que creram na doutrina pentecostal. - bem como metodistas e batistas de Estocolmo, a capital sueca. Percebo que, de modo sorrateiro, costumes, tradições avessas às nossas e paradigmas completamente descontextualizados biblicamente, Têm entrado em algumas igrejas, propositalmente ou não. O fato é que isso tem descaracterizado as Igrejas Assembléia de Deus. Isso é fruto de um apego à números, à grandeza e opulência, bem como uma grande parcela de crentes que se apegam de tal forma à certas crendices heréticas e preferem formar convenções paralelas, a voltar ao tradicionalismo que marcou nossa denominação. Temos substituído nossa liturgia e inserido novas crenças extravagantes e desnecessárias. Que tradições são essas? Usos e costumes, liturgia (orações por exigências; cânticos congregacionais por musica gospel; testemunhos e exposição bíblica por discursos de auto-ajuda), pureza doutrinária, tradições que têm como alvo a pureza do corpo de Cristo e a integridade moral dos filhos de Deus: “Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (2 Ts 2.15). Os recabitas honravam a tradição de seus antepassados, ao contrário dos judeus, que já haviam se esquecido da Lei de Moisés SINOPSE DO TÓPICO (2) Tradições ‘folclóricas’ como proibições ao uso da televisão e do rádio, tendem a desaparecer do cenário assembleiano, não é sobre isso que questiono, não é sobre aquelas posições radicais do passado as quais estão sendo substituídas pelo respeito à liberdade de seus membros usufruírem dos benefícios que a tecnologia põe à disposição da sociedade contemporânea.

III. O EXEMPLO DOS RECABITAS

Com Jerusalém prestes a ser sitiada os recabitas ficaram desconfiados pela convocação de Jeremias. Eles vão ao encontro de Jeremias e recebem a ordem: “Bebam vinho!”. Talvez fosse bom aceitar a proposta e assim, agradar o profeta, assim como muitas vezes fazemos hoje: “Fazer uma média com o profeta e ficar de boa com ele“. Porém, não sucumbiram e mantiveram a fidelidade através de uma forte temperança. Foram fiéis a ordem do seu patriarca, mesmo que isso lhes causasse algum problema. Deus usou este exemplo para mostrar que eles eram fiéis ao seu patriarca, a ordem recebida e que Judá não era capaz de ser fiel aos estatutos de Deus. Os recabitas são um exemplo para todos nós. Estavam unificados e firmes nas suas convicções. Tinham coragem de dizer não em respeito ao seu compromisso. Deus procura crentes recabitas! fiéis a aliança firmada com ele, de ser uma nova criatura e não ter as atitudes do velho homem somente para agradar aos outros. Devemos agradar a Deus sempre em primeiro lugar em nossas vidas. Em um momento de apostasia, os recabitas tornaram-se um singular exemplo de moderação, prudência e fidelidade a todo o povo de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (3)

(III. CONCLUSÃO)

A união de temperança e fidelidade é próspera e abençoada. O exemplo dos recabitas, grupo sobre o qual estudamos hoje, merece consideração e é digno de ser seguido. Havia uma ordem a ser cumprida! Os profetas enviados por Deus haviam anunciado ao povo de Israel que cada um deveria converter-se de sua má conduta, corrigir suas ações e deixar de seguir outros deuses (v 15). Mas o povo não obedeceu às palavras dos mensageiros do Senhor. Havia, porém, um grupo que obedecia às leis: os recabitas, uma comunidade religiosa que tinha um modo simples de viver e evitava o luxo e a perversidade. Carecemos aprender a fidelidade e temperança como os recabitas. Em cada momento de nossa vida temos oportunidades diante de nós para obedecer a Deus e proclamar seu nome; ou podemos usá-las para a desobediência e infidelidade.

APLICAÇÃO PESSOAL

No mito de Ícaro, da mitologia grega, Dédalo confecciona dois pares de asas - um para si e outro para Ícaro, seu filho - feitas de penas e cera para que possam fugir do labirinto onde foram aprisionados. Ícaro fora advertido por seu pai para não voar tão rente ao sol, pois o calor derreteria a cera, nem tão rente ao mar, pois a umidade deixaria as asas mais pesadas levando-o a cair no mar. O filho, no entanto, possivelmente inebriado pelas novas potencialidades fornecidas pelo seu novo aparato se aproximou demais do sol ocasionando o derretimento da cera e sua queda no mar. Analogamente, este mito tem muito a nos dizer a respeito de novas situações encontradas hoje, de um modo geral, na igreja, particularmente relacionadas à visões e revelações, experiências do campo das manifestações espirituais que não se constituem em doutrinas, mas são possíveis à vida do crente. Temos sido bombardeados por novas unções, revelações, atos proféticos, batalha espiritual, teologia das $emente$ e tantas outras coisas, que como Ícaro, corremos o risco de voarmos perto demais desses modismos e despencarmos… Estudamos na última lição sobre o valor da Esperança, que juntamente com a fé e o amor, formam as virtudes teologais, e como ela - a esperança - nos torna capazes de conhecer e amar a Deus. A Bíblia relaciona outras virtudes, algumas que não são voltadas diretamente para Deus, mas sim para o nosso comportamento, nossa atitude, nossas ações; virtudes que nos ajudam a bem agir, a fugir do pecado, a vencer as tentações. Hoje, estudaremos sobre o valor da temperança, uma dessas virtudes que nos ajuda a refrear os apetites desordenados da alma humana e nos ajuda a não voarmos inebriados pelas novas visões. Pedro nos dá uma lista de virtudes que, se postas em prática, nos fará frutificar no conhecimento de Deus (2Pe 1.5-7); uma vida cristã produtiva e eficaz só é possível após a transformação do caráter, pela santificação. A história do encontro de Jeremias com os recabitas termina com uma promessa divina de grande inspiração: Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: ‘Jamais faltará a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva (Jr 35.19). A promessa a Jonadabe se serviu da aspiração de maior valor na cultura hebraica: um descendente decente. Na linguagem do Novo Testamento, é receber de Jesus aquele maravilhoso conjunto de palavras: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mt 25.21). Incomoda-me vez ou outra uma pergunta: Se Cristo voltar agora, Ele me levará? Esse questionamento deveria acontecer diariamente em minha vida, não de vez em quando. Penso que esta pergunta nos anda faltando. Às vezes penso estar muito “convencido” de minha salvação, que me esqueço de ‘operá-la com temor e tremor’. Na verdade, a maioria de nós vive como se Jesus não fosse voltar nunca. Talvez pudéssemos mudar um pouco a pergunta: quando Jesus voltar, ou quando eu for ao seu encontro, Ele me encontrará fiel? (1Co 4.2). Eu quero ser salvo com todas as honras, não como que pelo fogo (1Co 3.15). Anseio ardorosamente, que ao final da vida, quando recapitular as ordens que recebi do Senhor e obedeci, eu possa exclamar como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda” (2Tm 4.7,8). Esse pequeno povo adotado pelos judeus, foram exemplo para Jeremias e continuam sendo um exemplo para todos nós. Nesses dias conturbados de fé misturada, precisamos nos espelhar nesse belo exemplo de fidelidade e domínio próprio; eles estavam unificados e firmes nas suas convicções, foram corajosos em dizer não ao profeta Jeremias em respeito ao seu compromisso com as tradições herdadas. Deus ainda hoje procura crentes como esses recabitas; homens e mulheres fiéis, de mente renovada, verdadeiramente novas criaturas, homens e mulheres que se alegram mais em agradar a Deus do que aos homens. Em uma época de apostasia, os recabitas tornaram-se um singular exemplo de temperança e fidelidade a todo o povo de Deus. Que possamos ser, a exemplo dos Recabitas:

- Exemplos de zelo;

- Perseverantes no que fomos ensinados;

- Fiéis até o fim da vida

2º Trimestre - Lição 9

ESPERANDO CONTRA A ESPERANÇA

Texto áureo: Jó 14.7 Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos”

Leitura Bíblica em Classe - Jeremias 30.7-11

SÓ COM DEUS AS ESPERANÇAS SE REALIZAM

1. A ESPERANÇA COM FÉ ENXERGA NOVOS COMEÇOS

No profundo da desolação a profecia se cumpre - Jeremias 30.7 Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela. Mateus 24.21 Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.
Os julgamentos divinos sempre são remediais - Jeremias 30.8 Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei as tuas ataduras; Ezequiel 36.26 E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
Da disciplina corretiva viria tempos de refrigério - Jeremias 30.8b…e nunca mais se servirão dele os estranhos Romanos 11.26 E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.
2. A ESPERANÇA SEMPRE CRÊ EM TEMPOS MELHORES

Os pactos divinos não são provisórios e sim eternos - Jeremias 30.9 mas servirão ao SENHOR, seu DEUS, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei. 2 Samuel 7.12 E prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que habite no seu lugar, e não mais seja removido, e nunca mais os filhos da perversidade o aflijam, como dantes,
A vida soergue das suas raízes que não morreram - Jeremias 30.10a… Não temas, pois, tu, meu servo Jacó, diz o SENHOR, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei das terras de longe, Ezequiel 37.12 Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu abrirei os vossos sepulcros, e vos farei subir das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel.
Os males do passado são anulados pela restauração - Jeremias 30.10b…e a tua descendência, da terra do seu cativeiro; e Jacó tornará, e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize. Zacarias 9.12 Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos restaurarei em dobro.
3. A ESPERANÇA VÊ UM TEMPO DE VIVER EM BENÇÃOS

A presença divina é garantida com o seu povo - Jeremias 30.11a… Porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, Mateus 25.32 E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
A salvação divina envolve processos dolorosos - Jeremia 30.11b…porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e, Lucas 12.47 E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites;
A correção divina adverte distanciar do pecado - Jeremias 30.11c…de todo, não te terei por inocente. Gálata 6.7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.