tag:blogger.com,1999:blog-25962382446173709772024-03-05T09:27:14.458-08:00Escola Bíblica Dominical Ricardo HaagPregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.comBlogger111125tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-43746348526100703542011-12-30T02:59:00.001-08:002011-12-30T03:19:50.614-08:001º Trimestre de 2012 - A Verdade Prosperidade<div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><b><span>1º Trimestre de 2012 - A verdadeira Prosperidade </span></b></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><br /></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">Lição 1 - O Surgimento da Teologia da Prosperidade</div><div align="justify" style="text-align: left;color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><br /></div><div align="justify" style="text-align: left;color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">"Mas, ó homem, que és tu, que a deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao qe a formou: Por que me fizeste assim"? Rm 9.20 </div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><br /><strong>INTRODUÇÃO<br /></strong><br /></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">Nos dias hodiernos, muita ênfase tem se dado à riqueza e à prosperidade, inclusive em muitos púlpitos evangélicos. A mensagem da cruz, da salvação e da santificação tem sido substituída pela pregação da “teologia da prosperidade”, movimento que surgiu nos Estados Unidos, alastrou-se pela América Latina e tem feito muitas igrejas abandonarem o genuíno Evangelho. Este movimento prega que o cristão não pode ser pobre e nem pode sofrer, mas a Palavra de Deus está repleta de exemplos de homens que padeceram dores, enfermidades e escassez. Muitos cristãos vivem em busca de riquezas materiais e se esquecem das riquezas espirituais que Deus nos oferece através de Jesus Cristo (Ef 1:3; 2:6; Tg 2:5). Portanto, faz-se necessário entendermos, à luz das Escrituras, o que é a “Verdadeira Prosperidade”. É o que vamos estudar ao longo deste 1º trimestre de 2012.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>I. RAIZES DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE<br /></strong><br /></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">O pr. Caramuru Afonso Francisco, em sua colaboração para a Escola Bíblica Dominical, sobre o Tema “<em>A promessa da Verdadeira Prosperidade</em>”, informa assim sobre as raízes da Teologia da Prosperidade:<br /><em><strong><br /></strong></em></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><em><strong>1. Sua origem.</strong></em> A história da teologia da prosperidade teve início com o norte-americano Phineas Parkhurst Quimby (1802-1866), que nasceu em New Lebanon, no estado de New Hampshire. Quimby era um relojoeiro e, a partir de 1847, dedicou-se à cura de doenças por intermédio da mente. Este curandeiro e hipnotizador negava a existência da matéria, do sofrimento, do pecado, da enfermidade etc. Fundador do Novo Pensamento, tornou-se conhecido como o guru da Ciência da Mente. Suas ideias influenciaram a Mary Baker Eddy que, em 1879, fundou a Igreja da Ciência Cristã. Os promotores dos ideais de Quimby procuram se passar por cristãos evangélicos, mas a Bíblia nos adverte com relação a eles e seus assemelhados: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”(Mt 7: 15).<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>Quimby</strong> dedicou-se ao estudo da “cura espiritual”, estudo este iniciado com a prática da hipnose, que havia há pouco sido introduzida nos Estados Unidos. Depois de identificar, pela hipnose, de que uma mente poderia influenciar outra, Quimby começa a elaborar o que afirmava ser a “cura das doenças pela mente”. Para Quimby, a “doença era um estado desarranjado da mente” e, portanto, com a realização do “arranjo mental”, ter-se-ia a cura. Para Quimby, saúde é “…<em>sabedoria perfeita e o quanto um homem é sábio, assim é a sua saúde. Como nenhum homem é perfeitamente sábio, nenhum homem pode ter perfeita saúde, pois a ignorância é a doença, embora não necessariamente acompanhada por dor</em>…” (QUIMBY, P. Doença). Percebemos, aqui, portanto, que a ideia de Quimby era de que a saúde era vinculada ao estado espiritual da pessoa.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>Depois da morte de Quimby,</strong> Eddy diz ter descoberto os fatos importantes relacionados com o espírito e com a superioridade deste sobre a matéria, denominando de “ciência cristã” esta sua descoberta, que deu origem à doutrina. Em 1879, fundou a Igreja do Cristo Cientista, da qual foi eleita presidenta, sendo, em 1881, eleita pastora. Eddy apresentou diversas doutrinas contrárias às Escrituras, de modo que sua “ciência cristã” não pode ser reconhecida nem como ciência, vez que é refutada pelos cientistas, que a consideram uma prática ocultista, nem como “cristã”, na medida em que não põe Cristo no Seu legítimo lugar de único e suficiente Senhor e Salvador do mundo.<br /><em><strong><br /></strong></em></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><em><strong>2. Principal idealizador da teologia da prosperidade:Essek W. Kenyon.</strong></em> Essek William Kenyon, que se destacou nas décadas de 30 e 40, foi influenciado pela Ciência da Mente, Ciência Cristã e pela Metafísica do Novo Pensamento. Aproveitando-se dos conceitos de Mary B. Eddy, empenhou-se em pregar a salvação e a cura em Jesus Cristo. Dava ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade, além de aplicar a técnica do poder do pensamento positivo.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>Kenyon,</strong> que pastoreou várias igrejas e fundou outras, não era pentecostal. Ele é reconhecido hoje como o pai da Confissão Positiva que, por sua vez, identifica-se com a Teologia da Prosperidade e com a Palavra da Fé ou Movimento da Fé. Kenyon exerceu nítida influência, durante a sua vida, sobre grandes nomes que se tornariam os pregadores mais conhecidos do chamado “movimento da fé”, entre os quais se destacam Kenneth Hagin, Tommy L. Osborn e F.F. Bosworth.<br /><em><strong><br /></strong></em></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><em><strong>3. Principal divulgador da Teologia da Prosperidade: Kenneth Hagin.</strong></em> Se Essek William Kenyon foi o principal idealizador da “teologia da prosperidade”, coube a Kenneth Hagin a sua divulgação maciça por todo o mundo. Em abril de 1933, teria tido uma dramática experiência, que o levou à conversão, quando, por três vezes, teria morrido, vendo os horrores do inferno e retornando à vida. Em 1934, teria também se levantado do “leito da morte” pela “revelação da fé na Palavra de Deus”. Estudando os escritos de Kenyon, divulgou-os em livros, cassetes e seminários, dando sempre ênfase à confissão positiva. Em 1974, fundou o Centro Rhema de Adestramento Bíblico, em Oklahoma.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>Com Hagin</strong> temos a configuração do falso ensino da “palavra da fé”, conceito tão importante que é o próprio título da principal revista do ministério criado por Hagin, num desenvolvimento das teses apresentadas por Kenyon. Reside aqui a ideia da “confissão positiva”, ou seja, como dizia Kenyon, <em>“o que eu confesso, eu possuo</em>”.<br /><strong>Essa doutrina</strong> se origina em uma “aparição”, em uma “visão” e, o que é mais importante, quando o próprio Hagin afirma que se encontrava aborrecido porque via os ímpios prosperarem, enquanto os membros de sua igreja passavam por dificuldades. Ele diz: “…"<em>Eu costumava me preocupar quando eu via pessoas não salvas obtendo resultados, mas os membros da minha igreja não obtinham resultados. Então clareou em mim o que os pecadores estavam fazendo. Eles estavam cooperados com a lei de Deus – a lei da fé…”</em> (HAGIN, K. Tendo fé em sua fé, p.4,5 apud HOWARD, J).<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>- Refutação:</strong> Não devemos nos perturbar com a prosperidade dos ímpios. Devemos confiar em Deus e saber que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados pelo Seu decreto (Rm 8:28). Se atentarmos para a prosperidade dos ímpios, que é uma prosperidade puramente material e que finda aqui, corremos o risco de nos desviarmos dos caminhos do Senhor, como nos ensina o salmista Asafe (Sl 73). Vemos que, infelizmente, não foi o caminho seguido por Hagin que, excessivamente preocupado com tais circunstâncias, acabou sendo presa fácil de uma “aparição”, que traria um falso ensinamento para o meio do povo de Deus. Aqui no Brasil, um dos segmentos religiosos em evidência, que segue o falso ensino de Kenneth Hagin é a “Igreja Internacional da Graça”.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>II. PRINCIPAIS ENSINAMENTOS DA “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE”<br /></strong><br /></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">Veja a seguir alguns ensinamentos de Kenyon sobre a “teologia da prosperidade” que influenciaram os sucessores do seu ideal, e a refutação bíblica:<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>01) Um dos principais ensinos de Kenyon é o de que “… </strong><em><strong>pecado e doença são um só</strong>. Eles não podem dominar a nova criatura (…). O que Deus diz é se você é uma nova criatura, então não há condenação para você. Se não há condenação, a doença não pode ser senhora sobre você</em>.…”(KENYON, E.W. Jesus, o curador).<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>- Refutação Bíblica:</strong> Quando observamos as Escrituras Sagradas, vemos que, embora o pecado tenha gerado, entre suas consequências, a morte física (cf. Gn 3:19) e, por conseguinte, as doenças sejam resultado desta penalidade, não é exato afirmar que a pessoa que contraia doença, necessariamente esteja em pecado. A Bíblia tem exemplos de pessoas que, embora estivessem doentes, estavam em comunhão com Deus, como é o caso de Jó, Eliseu (2Rs 13:14), do cego de nascença (João 9:3) e de Timóteo (1Tm 5:23).<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>02) Outro ensino de Kenyon é de que a salvação nos livrou da pobreza e da necessidade</strong>. Segundo suas palavras: “… <em>Virá a hora em que você saberá que a necessidade e a pobreza são coisas do passado…”.<br /></em><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>- Refutação Bíblica:</strong> Quando observamos as Escrituras Sagradas, vemos que, embora o pecado tenha gerado, entre suas consequências, a necessidade do trabalho para a sobrevivência do homem e a penosidade deste mesmo trabalho (Gn 3:18,19), não é menos exato de que a pobreza não significa necessariamente que haja pecado. Aliás, pelo contrário, a pobreza foi considerada por Jesus como um obstáculo a menos para a salvação, visto que afirmou que os ricos teriam maior dificuldade para servir ao Senhor (Mc 10:25; Lc 18:25). Na própria igreja primitiva, havia aqueles crentes que viviam da assistência social, ou seja, da caridade pública e nem por isso tinham deixado de ser crentes (At 6:1,2). Os crentes da Judéia estavam passando necessidade a ponto de o apóstolo Paulo fazer uma coleta em seu favor e este fato não o impediu de serem considerados como verdadeiros e genuínos servos do Senhor, chamados, inclusive, de santos (Rm 15:26). Aliás, o mesmo Paulo testifica que Jesus Se fez pobre (2Co 8:9), e nunca pecou (Hb 4:15).<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>03) Kenyon também ensinou que Jesus, para nos remir, não só sofreu no Calvário</strong>, morrendo por nós, como também teve de sofrer no Hades, sede do domínio de Satanás, até que Seus direitos fossem reclamados, quando, então, o diabo não pôde mais detê-lo e Ele ressurgiu - ”… <em>Veja, Jesus foi feito pecado com nosso pecado. Ele Se tornou nosso substituto. Nós morremos com Ele. Fomos sepultados com Ele. Fomos julgados com Ele. Ele foi para o lugar que nós deveriam ter ido e lá Ele sofreu até que os clamores de justiça contra nós fossem encontrados, até que todos os clamores fossem satisfeitos. Então, a sepultura não pôde mais detê-Lo(…). O trabalho foi aceito, terminado por Jesus quando Ele sentou à mão direita do Pai. Ele não foi terminado na cruz. Ele começou na cruz, mas foi consumado quando o sangue foi aceito e Cristo assentado</em>.…” (KENYON, E.W - A realidade da redenção).<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>- Refutação:</strong> A morte de Jesus foi suficiente para alcançar a nossa justificação (Rm 5:10). Não se fez necessário “acerto de contas” algum no Hades com Satanás para que Jesus obtivesse o perdão dos nossos pecados, uma vez que a dívida que o homem tinha era com Deus e não com o diabo. O pecado é desobediência contra o Senhor, é injustiça e é um problema que diz respeito ao relacionamento entre Deus e os homens (Is 59:2). O diabo nada tem, nada representa neste processo, sendo apenas um ser que procura matar, roubar e destruir o homem (João 10:10), mantendo-o iludido com relação às coisas de Deus (2Co 4:4). Jesus completou a Sua obra salvadora no Calvário, como Ele mesmo disse (João 19:30), não havendo sequer um “lugar” onde o diabo reine, como pressupôs Kenyon, até porque o Hades é o lugar dos mortos e, pela história que Jesus nos conta do rico e de Lázaro, o diabo ali não está (Lc 16:19-31), mas, sim, nas regiões celestiais (Ef 6:12), de onde será tirado, junto com os seus anjos, quando chegar a Nova Jerusalém, para receber os santos arrebatados pelo Senhor (Ap 12:7-12).<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>A morte de Jesus foi suficiente para tirar o pecado do mundo</strong>, pois, se não fosse assim, o véu do templo não se teria, naquele momento exato da morte do Senhor, se rasgado de alto a baixo (Mt 26:50,51). A ressurreição de Jesus, além de ser cumprimento da Palavra do Senhor, já vaticinada desde os profetas (Sl 16:8,11; At 2:31; 1Co 15:3), é a garantia de que o Seu sacrifício foi aceito e que o pecado do mundo foi tirado(1Co 15:14). Assim também Sua ascensão aos céus, que é a Sua glorificação, é confirmação da Palavra do Senhor (João 14:1-3) e uma necessidade para que houvesse a dispensação da graça, a demonstração plena do amor de Deus à humanidade (cf. Rm 9).<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>04) Divinização do homem</strong>. Célebre é a frase de Kenyon, que depois foi repetida por Kenneth Hagin: “… <em>Todo homem que ‘nasceu de novo’ é uma encarnação e a Cristandade é um milagre. O crente é tão Encarnação quanto o foi Jesus de Nazaré</em>…”.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>- Refutação:</strong> Percebemos, portanto, que, para Kenyon, a salvação nos equipara ao próprio Deus, visto que passamos a ter o Espírito Santo e, por isso, nada pode mais nos abalar, estamos praticamente divinizados e é a isto que se denominou de “confissão positiva”, ou seja, a salvação nos traz “direitos”, “afirmações”, “poderes” que, praticamente, nos equipara a Deus. Este tipo de pensamento justifica o nome de “evangelho da Nova Era” que alguns estudiosos deram ao “movimento da fé”, visto que, no fundo, utilizando-se de uma “roupagem evangélica”, chega a mesma conclusão que o movimento Nova Era, qual seja, a de que o homem pode se tornar deus. Este pensamento, bem propício para quem foi influenciado por ideias de que podemos “curar pela mente”, como defendiam Quimby e Eddy, não tem qualquer respaldo bíblico. A salvação não nos faz tornar “pequenos deuses”, mas, sim, “filhos de Deus”, que não deixam, porém, de ser homens e, por isso mesmo, submissos ao Senhor. Quando alcançamos a salvação, retomamos a imagem e semelhança de Deus originais, a posição perdida pelo primeiro casal, que, como se vê, claramente, no livro do Gênesis, era uma posição de absoluta subserviência a Deus, como “mordomos” da criação terrena. O próprio Jesus, ao descrever a condição humana no estado eterno, ou seja, após o desaparecimento destes céus e terra, disse que nós seremos “como os anjos que estão nos céus’ (Mc 12:25), descartando, assim, qualquer “igualdade” entre os redimidos e a Divindade.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>05. Negação do Sofrimento.</strong> Kenyon defende a ideia de que “como Deus está em nós”, passamos a fazer parte da “divindade”, não podendo, pois, ter qualquer espécie de sofrimento ou de dor: “<em>Nós temos nossa Redenção. Não há coisa alguma que tenhamos de orar ou pedir</em>…”.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>- Refutação Bíblica.</strong> A negação do sofrimento é outro equivoco da falaciosa teologia da prosperidade. Para essa “teologia”, o sofrimento deve ser rechaçado, pois é uma indicação direta da falta de fé na Palavra de Deus. A realidade, porem, nos mostra fragilidade desse argumento. Muitos dos chamados homens de Deus, cujas histórias encontram-se nas Escrituras, experimentaram o sofrimento e a adversidade, e a Bíblia narra diversos desses sofrimentos (leia Hebreus cap. 11, que fala dos heróis da fé). Em nenhum momento foi atribuído a esses homens faltarem com sua fé quando passaram por agruras, nem que tais agruras eram resultadas direto da falta de fé em Deus. Veja os sofrimentos do apóstolo Paulo exaradas em 2Co 11:22-33; apesar disso nunca demonstrou falta de fé(cf Hb 4:7). Leia também 2Co 4:8-14.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>III. CONSEQUENCIAS DA “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE”<br /><em><br /></em></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong><em>1. Profissionalismo ministerial e espiritualidade mercantil.</em></strong> A primeira consequência danosa que a falaciosa “teologia da prosperidade” causa pode ser vista nos púlpitos das igrejas. Há pastores que transformam o púlpito em uma praça de negócios, e os crentes em consumidores. São obreiros fraudulentos, gananciosos, avarentos e enganadores. São amantes do dinheiro e estão embriagados pela sedução da riqueza. Há pastores que mudam a mensagem para auferir lucros. Pregam prosperidade e enganam o povo com mensagens tendenciosas para abastecer a si mesmos.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>Muitos têm se aproveitado desta falsa teologia</strong> para amealharem riquezas e fazerem do evangelho um negócio rentável e cada vez mais crescente. Esta possibilidade não passou despercebida do Senhor que, em Sua Palavra, já nos primórdios da fé cristã, já advertia os crentes que muitos seriam feitos negócio com palavras fingidas de pessoas inescrupulosas (2Pe 2:3). Antes mesmo da formação da Igreja, o profeta Ezequiel já indicara a existência de pastores infiéis, que têm como objetivo tão somente explorar as ovelhas (Ez 34:4). Eles estão mais interessados no dinheiro das ovelhas do que na salvação delas. Eles negociam o ministério, mercadejam a Palavra e transformam a igreja em um negócio lucrativo.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>Hoje estamos assistindo ao fenômeno do mercadejamento da fé.</strong> Pastores e mais pastores estão se desvinculando da estrutura eclesiástica e rompendo com suas denominações para criar ministérios particulares, em que o líder se torna o dono da igreja. A igreja passa a ser uma propriedade particular do pastor. O ministério da igreja torna-se um governo dinástico, em que a esposa é ordenada, e os filhos são sucessores imediatos. Não duvidamos de que Deus chame alguns para o ministério específico em que toda a família esteja envolvida e engajada no projeto, mas a multiplicação indiscriminada desse modelo é deveras preocupante.<br /><em><strong><br /></strong></em></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><em><strong>2. Narcisismo e hedonismo.</strong></em> A “teologia da prosperidade” tem gerado inúmeros cristãos narcisistas, isto é, pessoas que só pensam em si e nunca nos outros; são pessoas egoístas. Paulo nos instrui a nos resguardar contra qualquer forma de egoísmo, preconceito ou ciúme que podem levar à dissensão – “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”(Fp 2:4). Portanto, mostrar um interesse genuíno pelos outros será sempre um passo positivo para manter a unidade entre os crentes.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>Outra consequência maligna que a “teologia da prosperidade</strong>” tem gerado nos corações daqueles que cristãos dizem ser é o <strong><em>hedonismo,</em></strong> isto é, a busca exacerbada e incessante pelo prazer.<br />O envolvimento com as coisas deste mundo, a busca incessante pelo prazer, que tanto caracteriza o mundo hodierno, é uma das coisas que faz com que se despreze a busca de um tempo dedicado a Deus. Nestes últimos dias, em que há homens “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (2Tm 3:4), é natural que “não se tenha tempo para Deus”.<br />A Igreja, no seu todo, e cada crente, em particular, só poderá ser um referencial para o mundo e para os homens se viver de uma maneira diferente do que vive as pessoas que não receberam Cristo como Salvador; se tiver motivos para justificar o convite para que as pessoas que estão lá fora venham para o nosso meio e vivam como nós vivemos. Mas, se convidarmos, e elas vierem, e aqui descobrirem que em nosso meio existe a mesma luta pelo poder, como existe lá fora, o mesmo apego às coisas materiais, as mesmas mentiras e trapaças, os mesmos sentimentos de vaidade, de orgulho e de egoísmo, então, elas não terão motivos para desejarem ficar conosco.<br /><em><strong><br /></strong></em></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><em><strong>3. Modismos e perdas de ideais.</strong></em> Diversos modismos têm surgido nas igrejas que propagam a teologia da prosperidade. Dentre as inúmeras cito, como exemplo, a “<strong>purificação de ambientes</strong>”, para “proteção do crente e de sua família”. Nestas chamadas “purificações” são utilizados os mais variados elementos tais como “<strong>sal grosso</strong>”, “<strong>rosa ungida</strong>”, “<strong>óleo de Israel</strong>”, “<strong>água do rio Jordão</strong>” e tantas outras coisas que nos fazem lembrar as “relíquias” da Igreja Romana, que tantos absurdos e crendices causaram na cristandade, tendo sido vigorosos instrumentos para a campanha anti-religiosa que tomou conta da Europa a partir do século XIX e que é a principal responsável pelo atual nível de indiferentismo religioso que vive aquele continente.<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>Queridos irmãos em Cristo, isto é pura idolatria,</strong> <strong>misturada com a mais banal feitiçaria</strong>. Como pode um servo de Deus, lavado e remido no sangue do Cordeiro, crer que, para estar livre dos espíritos malignos, deve ter sal grosso em casa, rosa ungida ou ter um frasco com água do rio Jordão? Qual a diferença deste proceder com aqueles que usam patuás, fitas benzidas, pés de coelho, figas ou outros conhecidos amuletos e talismãs? Evidentemente que é nenhuma!<br /><strong><br /></strong></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><strong>As pessoas crentes que se deixam levar por isto são tão cegas quanto os incrédulos</strong>, para não dizer que estão ainda mais longe da salvação do que aqueles, pois, por pura ignorância, não sabem que Jesus liberta de tudo isto e não impõe estas coisas, como é defendido pelos pregadores deste falso e supersticioso evangelho. Tudo isto é resultado da ignorância espiritual.</div><br style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: -webkit-auto; background-color: rgb(255, 255, 255); "><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">- <strong>Outra consequência terrível da falaciosa teologia da prosperidade é a perda dos ideais cristãos</strong>. Muitos cristãos estão preocupados somente com as coisas materiais, com o aqui e o agora, e estão esquecendo que o objetivo precípuo da nossa jornada é morar no Céu(cf João 14:1-3). <em><strong>Infelizmente, boa parte da igreja evangélica tem perdido a dimensão escatológica do Reino de Deus, quando demonstra privilegiar apenas seu aspecto externo, isto é, o “ter” e não seu lado atemporal ou eterno – o “ser”(1Ts 4:17; 1Co 16:22).</strong></em> <strong>Encontramos no Novo Testamento certo homem preocupado mais em “ter” do que “ser”(Lc 12:2-5). </strong>Ele queria, por exemplo, ter muitos bens materiais, mas, por outro lado, não demonstrou nenhuma preocupação em ser alguém zeloso com as coisas espirituais (Lc 12:21). O apóstolo Paulo foi claríssimo ao afirmar que se esperarmos em Cristo só para as coisas desta vida seremos os mais miseráveis de todos os homens (1Co 15:19). É esta a triste situação espiritual dos milhões que têm procurado Jesus única e exclusivamente para terem a “prosperidade” apregoada pelos falsos mestres da atualidade, eles mesmos escravos da ganância (2Pe 2:3). Isso é lamentável!</div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><br /><strong>CONCLUSÃO<br /></strong><br /></div><div align="justify" style="color: rgb(34, 34, 34); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">Diante do que foi exposto, cabe a nós refletir sobre o verdadeiro sentido da prosperidade dentro dos padrões divinos. A doutrina da prosperidade, no Novo Testamento, não está fundamentada na posse de riquezas. Jesus dessacralizou o conceito de prosperidade que, anteriormente, se pautava nos bens materiais. A prosperidade verdadeira resulta de uma vida cristã equilibrada, equilibrada pelo contentamento. É claro que precisamos trabalhar “para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” (1Tm 2.2). Isso, no entanto, não deve nos escravizar, colocando-nos à mercê das teias do consumismo, que nos leva a acreditar que não somos felizes se não tivermos um uma mansão luxuosa, um carro importando ou um celular de última geração. A verdadeira prosperidade é Cristo, nEle repousa toda as riquezas de Deus (Ef 2:7). Com Ele, temos razões para estarmos sempre contentes, trabalhando sempre, com respeito e dignidade (Ef 4:28; 1Ts 2:9; 2Ts 3:8), mas confiando nEle que nos supre do que temos real necessidade (Mt 6:33). Pense nisso!</div>Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-9233748210642569342011-06-03T07:56:00.000-07:002011-06-03T08:05:03.652-07:002º Trimestre de 2011 - Lição 08O Genuíno Culto Pentecostal<br /><br />Texto Áureo<br />“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1Co 14.26).<br /><br />Verdade Prática<br />O genuíno culto pentecostal é marcado pela reverencia,ordem e profundo temor a Deus, propiciando, assim, o contínuo derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja de Cristo.<br /><br />Leitura Bíblica em Classe<br />1Corintios 14.26-33,39,40<br /><br />I. Introdução<br /><br />Hoje, veremos sobre a liturgia do culto a Deus. Este termo não é muito usual no meio pentecostal, significando o conjunto dos elementos que compões o culto cristão conforme relatam os textos de At 2.42-47; 1Co 14.26-40, e Cl 3.16. Embora possamos encontrar liturgia sem culto, não é possível haver culto sem liturgia (Is 1.11-17; 29.13; Mt 15. 7-9, e 1Co 11.17-22). Como sugere o título da lição, veremos qual é o verdadeiro alvo do culto genuinamente pentecostal - a Trindade Divina - Pai, Filho e Espírito Santo. O culto a Deus deve se constituir num estado de espírito permanente na vida daqueles que reconhecem a sua soberania, desde o despertar até o adormecer, buscando a comunhão com ele. O nosso culto pode ter caráter individual ou coletivo, sendo este último caracterizado quando nos reunimos como igreja de Cristo para, em tempo e local pré-determinados, cultuarmos a Deus em conjunto. O pastor Isaltino Gomes Coelho, em seu artigo "A Principal Missão da Igreja", publicado em O Jornal Batista, edição de 27/7/97 e 2/11/97, no suplemento Notas em Pauta, da AMBB (Associação dos Músicos Batistas do Brasil), declara que o culto à Trindade Divina é a principal finalidade da existência da Igreja Cristã. Desse artigo extraí a seguinte declaração do autor: "A principal missão da Igreja, para mim, não é a evangelização, mas a adoração. Se a evangelização fosse a razão de ser da Igreja, fosse sua missão primeira, no céu não haveria Igreja, pois que lá não há perdidos para evangelizar. Mas no céu há e haverá Igreja porque lá há e haverá Deus. Ela existe em função dele e não dos perdidos. (...) Verdade é que Jesus nos deixou um "Ide", mas antes deste houve um "vinde". Os discípulos foram chamados a ele." (Mt 10.1).<br /><br />II. Desenvolvimento<br /><br /><br />I. ADORAÇÃO E CULTO<br /><br />1. O verdadeiro significado do culto.<br />Leitourgia é encontrado em 2Co 9.12 (administração); Fp 2.17; 2.30 (serviço). Latreuõ, ´é o serviço a Deus, significa: ‘adorar’; ‘servir’ [1]. O termo culto tanto no AT (abad) quanto no NT (latreuo), encerra o sentido de ‘servir’, ‘serviço’, referindo-se ao ‘serviço sagrado oferecido a uma divindade’ (Êx 20.5; Mt 3.10). No sentido etimológico, a palavra “liturgia” significa “uma ação do povo”, pois é a junção dos vocábulos leitos e ergon, formando leitourgia. O sentido natural de liturgia é ministério ou serviço do povo. Do ponto de vista do apóstolo Paulo, a tradução correta de leitourgia seria “serviço de adoração” (Gl 5.19-22). Outros termos derivados ajudam a elucidar o vocábulo liturgia: Leitourgós, que significa “servo, servidores”; Leitourgikós, que significa “ministradores” (Hb 1.14). O culto de adoração a Deus é a mais sacra reunião da Igreja, em gratidão ao Senhor por todas as bênçãos salvíficas (Sl 116.12,13). A pessoa principal do culto não é o pregador, o cantor, os conjuntos, os obreiros, mas o Senhor Jesus Cristo. O culto bíblico é a devida resposta das criaturas racionais à auto-revelação do seu Criador. O culto honra e glorifica a Deus, ofertando a Ele agradecidamente todas as suas boas dádivas e todo o seu conhecimento de sua grandeza e graça que Ele tem concedido. Devemos louvá-Lo por aquilo que Ele é, agradece por aquilo que Ele tem feito, desejar que Ele aumente a sua glória por meio de contínuos atos de misericórdia, juízo e poder. Muitos estão participando do culto sem entender o seu significado, esperam ser ‘abençoados’ ou ‘ouvir Deus falar consigo’, esquecendo que o culto é um serviço de adoração à Deus, é para servir e não para ser servido. Søren Asbye Kierkegaard (1813-1855), filósofo e teólogo luterano dinamarquês, em seu livro Purity of Heart is to Will One Thing, traça um paralelo entre o culto cristão e a dramatização teatral. Sua visão é de que, comparativamente, o culto se assemelha a uma dramatização. No culto, o corpo de atores é constituído pela congregação (a igreja), sendo os ministros, o coro, os solistas, os instrumentistas, os declamadores e outros, os "pontos" (de apoio) fora do palco para dar "deixas" para o exercício da adoração coletiva; Deus é o auditório, a platéia, aquele que recebe a performance da adoração [2]. Em seu livro, anteriormente citado, Kierkegaard faz a seguinte declaração: “No sentido mais enfático, Deus é o crítico freqüentador de teatro, que observa para ver como o texto é declamado, e como ele é ouvido... O orador, portanto, é o ponto, e o ouvinte encontra-se abertamente diante de Deus. O ouvinte, se posso assim dize-lo, é o ator, que verdadeiramente atua diante de Deus." [3].<br /><br />2. A essência do culto a Deus é a adoração.<br />A palavra hebraica que mas se usa para “adoração” no velho testamento significa “inclinar-se”, por exemplo, em Gn 18.2. A palavra grega que geralmente se utiliza no Novo Testamento é “proskuneo”, e significa “prestar honra”, tanto a Deus como aos homens. É dever de toda criatura adorar a Deus (Ne 9.6). Os homens são chamados a dar glória a Deus e a adorá-Lo (Ap 14.7), e em breve, toda a terra O adorará (Sf 2.11; Zc 14.16; Sl 86.9). A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por aqueles que nasceram do Espírito de Deus. “Aquele que é nascido da carne, é carne”, disse Jesus, e, portanto, toda assim chamada adoração feita por pecadores não regenerados é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova canção (Sl 40.3). Encontramos nas Sagradas Escrituras a revelação do Deus a Quem devemos adorar e como devemos adorá-Lo: “com reverência e santo temor”. A Bíblia produz a atmosfera e fornece os temas, as orações, os louvores e a pregação. Dessa forma, possuímos um padrão para conhecer o que é certo e o que é errado em tudo o que é falado e cantado. Desfrutamos, também, uma maravilhosa liberdade de todas as tradições e artefatos que são introduzidos pelos modismos na tentativa de ‘avivar’ a adoração. A verdadeira adoração é essencialmente simples.<br />3. Adoração completa e incondicional. A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar com Deus. Um homem que dificilmente pensa em Deus durante os seus dias, não está apto a adorá-lo corretamente. Quando um crente não produz uma vida contínua de adoração, ela não será completa nem incondicional. “Nós não vamos à igreja para adorar, porque a adoração deveria ser a atividade e atitude constantes do cristão dedicado. Nós vamos à igreja para adorar pública e corporativamente”. (John Armstrong). "Adoração é a submissão de todo nosso ser a Deus. É tomar consciência de sua santidade; é o sustento da mente com sua verdade; é a purificação da imaginação por sua beleza; é a abertura do coração a seu amor; é a rendição da vontade a seus propósitos" (William Temple). A adoração deve ser a atividade principal, tanto particular como comunitária, na vida de cada crente (E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. Cl 3.17).<br />Sinópse do Tópico<br />O culto, assim como todas as nossas ações, deve ser um ato de adoração a Deus onde reconhecemos a sua grandeza e magnitude.<br /><br />II. COMPOSIÇÃO DO CULTO PENTECOSTAL<br /><br />1. Liturgia do culto pentecostal.<br />O culto dos crentes primitivos que, nos primeiros dias da Igreja em Jerusalém não diferia muito da liturgia judaica (At 3.1), passou a ser dinâmico, espontaneo e com manifestações periódicas dos dons concedidos pelo Espírito Santo (Rm 12.6-8; 1Co 12.4-11, 28-31). O termo grego leitourgia é também utilizado para designar a forma de oração recitada em sinagogas judaicas. Para os protestantes, o termo descreve uma forma de culto, em contraste com a espontaneidade que ocorria, por exemplo, na Igreja de Corinto. Como povo de Deus, devemos adorá-lo. Isso implica leitourgia – “Obra pública ou dever público”. Em outras palavras, ao tratar de liturgia cristã, devemos fazê-lo sob a perspectiva da doutrina da adoração cristã. Paulo declarou que a verdadeira adoração é aquela que se oferece a Deus pelo Espírito, não confiando na carne, mas gloriando-se em Jesus (Fp 3.3). O culto pentecostal caracteriza-se por manifestações emocionais, sonoras, visíveis, os quais representam a atitude do adorador, sem dogmatizar formas externas de cultuar por entender que elas podem engessar a liberdade de espírito de manifestação; isto implica numa responsabilidade maior ao Ministro: um culto genuinamente pentecostal, o ministro da Igreja deve ter o cuidado de ensinar acerca do equilíbrio entre emoção e espiritualidade, sem bloquear a ação do Espírito Santo. No dizer do Pr Elienai Cabral, “Como vamos averiguar se determinada prática é correta ou incorreta? Pela Palavra de Deus. O que deve prevalecer? É o que diz e ensina a Bíblia, nossa regra de fé e conduta. "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo", 2Pd 1.20-21” [4].<br /><br />2. Elemento do genuíno culto pentecostal.<br />Elementos que compões a liturgia pentecostal:<br />a). Leitura da Palavra:- A leitura, a meditação, o estudo e a pregação da Palavra de Deus devem ser considerados e jamais negligenciados na liturgia. É fundamental que todo culto, todo estudo bíblico e toda pregação tenha apoio escriturístico. A mensagem na igreja tem que ser Cristocêntrica. Se Jesus Cristo não for o centro, alguma coisa está fora de lugar e acaba por não produzir os resultados esperados. Cremos que a Palavra de Deus é a que traz equilíbrio ao homem e o previne para não desequilibrar-se; ela produz pureza segundo a declaração do salmista: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” (Sl 119.11). Igualmente, ela ilumina o caminho do crente: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho”( Sl 119.105). Praticamente todo o Salmo 119 é uma apologia do poder, do valor e da excelência da Palavra de Deus. Precisamos reaprender a dar à Palavra o espaço que lhe é por direito na liturgia. O estudo da mesma é fundamental para o crescimento do novo convertido e dos crentes em geral. Jesus disse aos judeus: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29). Os grandes discursos apologéticos de Pedro, de Estêvão e de Paulo continham em si mesmo uma grande dose de Palavra. A argumentação destes homens não foi de meras interpretações pessoais ou de ideias preconcebidas, mas, sim, foi com base na Palavra do Antigo Testamento. A pregação da Palavra é fundamental. Por ela vem a revelação de Deus à vida do homem, e por ela a fé é aumentada [5].<br /><br />b). Cânticos na adoração:<br />- Adoração: Dicionário Brasileiro Globo - Culto a Deus; (fig.) amor profundo; veneração; Minidicionário Luft - Ato de render culto a (divindade).<br /><br />2. Amar ao extremo.<br /><br />A adoração só é devida a Deus, uma vez que adorar é venerar, render culto, o que implica em uma relação direta entre o adorador e a divindade. Estamos acostumados a ouvir o termo ‘louvor’ ao referir-se sobre música na igreja, em detrimento do termo ‘adoração’. Louvor:- Dicionário Brasileiro Luft - Ato de louvar; elogio; glorificação; apologia; Minidicionário Luft - 1. Elogio; encômio; aplauso.<br /><br />2. Exaltação; glorificação.<br />Disso concluímos: O que é louvor? Exaltar, glorificar, bendizer a nosso Deus. 1 Cr. 29.20 e Cl.3.16;<br />O que é adoração? veneração elevada que se presta a Deus, reconhecendo-lhe a soberania sobre o universo, o governo moral e a força dos seus decretos é a manifestação da gratidão por suas bênçãos e proteção. O louvor e a adoração é uma das partes constitutivas do culto coletivo. Sem verdadeira adoração e louvor a Deus, não há verdadeiro culto. (Sl 98.1; 104.4; 150).Todo culto verdadeiro oferece louvor a Deus. O homem é peça fundamental na realização do culto, no entanto, é Deus o centro das atenções, o alvo do culto, e a maior parte dos louvores entoados em nossos cultos não são cristocêntricos. Onde estão os hinos cristocêntricos? Procure nos hinários antigos! Devemos rejeitar todos os hinos da atualidade? É claro que não. Mas devemos estudar as letras antes de entoá-los para evitar erros teológicos e heresias. Pregadores, cantores famosos, devem procurar algum programa de televisão para se apresentarem, porque o único digno de toda honra, glória e poder é Cristo Jesus nosso Senhor. (Ap 15.12-14).<br /><br />c). As orações e as ofertas:- O ofertório e a coleta de dízimos também é um devocional (Lc 21.1-4; 2Co 9.1-15; 1Co 16.1-4; Rm 15.26 e Hb 7). Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos cuidados. Não temos nenhum domínio sobre as nossas posses. Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt 6.19-24; 2Co 8.5). Adoramos ao Senhor ofertando voluntária e generosamente, pois assim é ensinado tanto no Antigo Testamento (Ex 25.1,2; 2Cr 24.8-11) quanto no Novo Testamento (ver 2Co 8.1-5,11,12). Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial (2Co 8:3), pois foi com tal espírito que o Senhor Jesus entregou-se por nós (ver 2Co 8.9 nota). Para Deus, o sacrifício envolvido é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva (ver Lc 21.1-4).<br /><br />Sinópse do Tópico<br />O culto ao Senhor deve ter ordem e decência. A leitura da Palavra, cânticos de adoração ao Senhor, orações e as ofertas voluntárias são elementos indispensáveis para a realização do culto racional a Deus.<br /><br />III. MODISMOS LITURGICOS<br /><br />1. Adoção de movimentos estranhos ao cristianismo do Novo Testamento. Estamos numa época de muitas inovações na liturgia e inserções de práticas estranhas ao pentecostalismo tradicional – as mais diversas unções (do riso, do leão, da lagartixa, etc), cair no poder, danças espirituais, entre outros. Estes modismos muitas vezes, são trazidos por pessoas que dizem ter uma nova unção do Espírito. Como bem escreve o Pr Ciro Sanches Zibordi em seu artigo ‘Modismos no Culto Pentecostal’: “Esta, porém, não existe, visto que a unção do Espírito de Deus é uma só, como ensina o apóstolo João: “E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo”, 1Jo 2.20. Nesse caso, interessar-se por manifestações estranhas, diferentes das apresentadas no NT, é se opor à legítima operação do Espírito Santo” [6]. Em 1Co 14, Paulo ensina, no versículo 40: “Mas, faça-se tudo decentemente e com ordem”. Sejamos pentecostais, mas não nos esqueçamos da ordem, da decência e do equilíbrio. E jamais deixemos os verdadeiros elementos de um culto pentecostal: “Cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para a edificação”, (1Co 14.26).<br /><br />2. Cultos exóticos. “Muitos de nossos erros nas áreas onde estão envolvidos os dons espirituais surgem quando queremos que o extraordinário e o excepcional sejam transformados no freqüente e no habitual. Que todos que desenvolvem desejo excessivo pelas “mensagens” transmitidas por meio dos dons possam aprender com os enormes desastres das gerações passadas com nossos contemporâneos [...] As Sagradas Escrituras é que são lâmpada que ilumina nossos passos e a luz que clareia nosso caminho.” Donald Gee, pastor assembleiano em 1963.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-37855599356978308372011-05-15T07:32:00.001-07:002011-05-15T07:36:53.655-07:002º Trimestre de 2011 - Lição 07<strong><strong><span style="font-family:georgia;font-size:130%;">Os Dons de Poder</span> </strong></strong><br /><br />Texto Áureo<br /><br />“E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia” (At 8.6).<br /><br /><br />Verdade Prática<br /><br />Através da operação de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo, o Senhor Jesus confirma a ação evangelizadora e missionária da Igreja no mundo.<br /><br /><br />Leitura Bíblica em Classe<br /><br />Atos 8.5-8; 1Corintios 12.4-10<br /><br /><br />I. Introdução<br /><br />Os dons espirituais formam a base do crescimento espiritual e capacita o crente para o serviço. Seu exercício é fundamental, tanto na adoração como na edificação da Igreja. Eles podem ser classificados em três grupos: primeiro, dons de revelação: palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos. Segundo, dons de poder: fé, dons de cura e operação de maravilhas. Terceiro, dons de inspiração: profecia, variedades de línguas e interpretação de línguas. Através dos dons espirituais, o Espírito Santo opera maravilhas no seio da Igreja. Sabemos que a Bíblia não se arroga o título de livro científico mas ela encerra em suas páginas todas as áreas de estudo humano, inclusive a medicina. A diferença entre ambos reside no fato de que a medicina apenas previne e diagnostica, enquanto que as Sagradas Escrituras oferecem a cura eficaz. Hoje, veremos os dons de poder e que através destes dons, a Igreja prossegue na sua missão primordial: evangelizar.<br /><br />II. Desenvolvimento<br /><br />I. O DOM DA FÉ<br /><br />1. Definição.<br /><br />O dicionário VINE assim define o termo fé: “pistis, primariamente, ‘persuasão firme’, convicção fundamentada no ouvir, sempre é usado no NT acerca da ‘fé em Deus ou em Jesus, ou às coisas espirituais’” [1]. Em Mt 17.20 Jesus fala de uma fé que pode remover montanhas, operar milagres e curars, e realizar grandes coisas para Deus. É uma fé genuína que produz resultados: ‘nada vos será impossível’. É distinta da fé que produz salvação e da fé como fruto do Espírito. Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (1Co 13.12) e que frequentemente opera conjuntamente com outras manifestações do Espírito Santo, como os dons de cura e de operação de milagres e maravilhas.<br /><br />2. A distinção entre o dom da fé e a fé natural.<br /><br />Não confundamos este dom com a fé natural ou mesmo aquela manifestada para a conversão. A palavra de Paulo ao carcereiro de Filipos mostra a fé para a salvação: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31) A redenção não se obtém pelos méritos, mas unicamente pela fé no Filho de Deus (Ef 2.18). O segredo do Cristianismo não é o ‘ver para crer’ e, sim, o ‘crer para ver’. A fé “é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). A fé natural se constitui num elemento puramente humano. Essa fé é daquele que crê que Deus existe, mas nele não deposita confiança. Qualquer pessoa pode possuí-la, independente de ser cristão ou não. É a fé que o agricultor tem quando semeia o trigo, o arroz, o feijão, com a esperança de que vai nascer. Satanás também acredita que Deus existe e tem poder, (Tg 2.19). O dom da fé é um equipamento sobrenatural, que concede ao crente poder de confiar em Deus nas ocasiões em que só um milagre pode alterar a situação. É um poder extraordinário de confiança no Senhor, capacitando para se valer dos recursos do poder divino. É um alto grau de fé, no poder e na misericórdia, mediante a qual até milagres podem ser operados (Hb 11.32-34). Este dom capacita o crente a confiar quando tudo está aparentemente perdido, sem a mínima esperança de uma solução, atua visando fazer triunfar a vontade de Deus. Aqui, o impossível se torna possível, o abstrato se torna concreto, o invisível se torna visível, e o absurdo se torna uma possibilidade. Para Deus nada é impossível.<br /><br />3. Nem todos possuem o dom da fé.<br /><br />A fé como dom é distribuída soberanamente pelo Espírito Santo para o proveito da Igreja onde ela for necessária. Recebemos a permissão, na verdade uma ordem, de "procurar os melhores dons", e isto "com zelo" (1Co. 12.31). É possível que este desejo sério esteja relacionado com "a medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Rm 12.3), e a Bíblia nos incentiva a orarmos por um aumento da nossa fé. Mesmo assim, a partilha dos dons não depende da nossa vontade, mas da vontade do próprio Espírito Santo. Portanto, os charismata provêm da vontade graciosa de Deus, e são concedidos por Ele através do Espírito Santo.<br /><br /><br />II. OS DONS DE CURAR<br /><br />1. Por que “dons de curar”?<br /><br />Dos dons de poder, a cura estabelece a continuidade do ministério terreno de Jesus. Ele sarou a muitos e ordenou a seus discípulos: “Curai os enfermos” (Mt 10.8). Em 1Co 12.9 Paulo se refere a ‘dons de curar’. Do grego charismata e iamaton, convergindo para o português ‘dons de curar’. O fato destas palavras estarem no plural não deixa dúvidas de que se trata de ‘dons especiais. A Bíblia de Estudo Plenitude comentando 1Co 12.8-11, afirma: “Os dons de curar são aquelas curas que Deus realiza sobrenaturalmente pelo Espírito. O plural sugere, que como existem muitas doenças e moléstias, o dom está relacionado à cura de muitas desordens” [2]. Já a Bíblia de Estudo Pentecostal traz o seguinte: “O plural indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus [3].<br /><br />2. Os propósitos dos dons de curar.<br /><br />A fim de que a missão da Igreja não pudesse ser limitada à capacidade de simples iniciativa humana, o Espírito Santo fornece dons especialmente designados e distribuidos. A clara intenção é que a cura sobrenatural dos doentes deve ser um ministério permanente, estabelecido na Igreja ao lado e favorecendo a obra de evangelização do mundo. Isso vale para hoje – eterno – ‘porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento’ (Rm 11.29) [4]. A Igreja é a expressão de Cristo, pois ela é o seu corpo dinâmico na terra (1Co 12.12,27). Quando pregamos a Cristo, demônios são expulsos, oramos e impomos as mãos sobre os enfermos, o fazemos em nome do Filho de Deus. Os dons de curar são especiais para a libertação de vários tipos de enfermidade. Eles atuam em prol da saúde do povo de Deus e da conversão dos que não conhecem a Cristo. Como o dom da fé, os dons de curas não são concedidos a todos os crentes (cf 1Co 12.11,30), todavia, todos nós podemos orar pelos enfermos e havendo fé, eles serão curados.<br /><br />3. Os dons de curar e a doutrina da salvação.<br /><br />Aquele que recebe o dom de curar deve ser cônscio de que não pode curar indiscriminadamente quem quer; para que haja a cura é necessário que haja fé por parte do doente e também da permissão de Deus, ou seja, a cura do indivíduo depende do querer de Deus para com ele naquele momento. A Bíblia afira que, por onde os apóstolos passavam, os milagres e as curas aconteciam, e o povo era liberto ao ouvir a mensagem do Evangelho. É necessário saber que as curas divinas convenciam as pessoas do poder salvador de Jesus. Filipe exerceu o poder de cura e libertação (At 8.5-7). Sem dúvida alguma, a pregação do Evangelho, acompanhada por sinais e prodígios, promove a fé e a conversão de muitas almas a Cristo. Negar este fato é negar a própria fé pentecostal. Os dons de curar devem estar presentes na Igreja hoje para promover a fé e a ousadia na pregação do Evangelho e, principalmente, para que ela não caia na rotina e mero formalismo.<br /><br />III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS<br /><br />1. O que é a operação de maravilhas?<br /><br />É algo sobrenatural (2Rs 4.1-7); algo que vai contra todas as leis da natureza (2Rs 4.32-37); algo que vai contra as leis da química e da física (2Rs 6.1-7); algo que está acima da compreensão e raciocínio humano, capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal (Js 10.12-13). Existem três termos gregos identificados com o dom de maravilhas: dunamis, que significa poder, sem o qual não haveria milagres; teras, algo estranho que leva o observador a se maravilhar; maravilha, correspondendo ao que é assombroso e admirável, e semeion, que encerra o sentido de sinais. Portanto, sinais e maravilhas estão na mesma magnitude de milagres. Pedro, em seu sermão no dia de Pentecostes, asseverou: “Varões israelitas, escutai estas palavras: a Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis” (At 2.22). O sinal tem o propósito de apelar para o entendimento, a maravilha apela para a imaginação, o poder (dunamis) indica que a sua fonte é sobrenatural [5]. Dom de operação de Maravilhas, portanto, é a capacitação sobrenatural que o Espírito Santo concede a Igreja de Cristo para que esta realize sinais, maravilhas e obras portentosas, incluindo algumas como a ressurreição de mortos (Lc 7.11-17), e intervenção nas forças da natureza (Ex 14.21); incluindo os atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra satanás e os espíritos malignos (Jo 6.2).<br /><br />2. A atualidade do operação de maravilhas.<br /><br />Os dons são dados à igreja para a sua própria edificação (1Co 14.12), levando-a a manter e a desenvolver sua unidade no corpo de Cristo (Ef 4.4-6). Podemos ver isso através dos ministérios espirituais, e dons espirituais. O objetivo da Igreja como o corpo de Cristo é executar as ordens da cabeça, o próprio Cristo. (Ef 4.16). Sem exceção, maravilhas acompanharam o ministério de pregação dos líderes da Igreja primitiva. Pedro, em seu sermão registrado em At 2, relembrou às pessoas de que a credibilidade de Jesus baseava-se em seu ministério de maravilhas. Essa mesma credibilidade acompanhou aqueles escolhidos para liderança, como Estêvão, Filipe, Barnabé, Silas e Paulo, bem como os apóstolos originais. Este permanece na presente era disponível à Igreja, é um dom para todos os crentes em todas as gerações. Em At 2.39, ‘todos os que estão longe’ incluem os crentes distantes, quer geografica como temporalmente.<br /><br />3. A importância desse dom para a Igreja.<br /><br />O dom, também chamado de operação de milagres, prodígios e sinais, se constitui em manifestações especiais do poder de Deus que fogem às limitações humanas. São superiores e inexplicáveis. Ele demonstra o poder de Deus na realização de coisas miraculosas e extraordinárias. Ex: Jesus: “Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego, e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo.”(Jo 9.6,7), Paulo: “Mas ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum.”(At 28.5). Na operação dos poderosos sinais que envolvem os milagres, o supremo Senhor, apenas usa da forma que ele quer as leis e forças por ele mesmo criadas em socorro dos seus filhos. Isso é milagre (Leia Gl 3.5). A Igreja que ignora a atualidade dos dons, acaba por apagar o Espírito, como afirmou o teólogo holandês Abraham Kuiper: “Se os ministros não derem crédito à obra do Espírito Santo, darão pedra em vez de pão ao seu rebanho”. Precisamos enfatizar não apenas os dons de poder, mas todos os dons do Espírito, não apenas o dom de línguas ou o de profecia, mas como espirituais, desejar os mais excelentes dons; no dizer do Rev Hernandes Dias Lopes, “Hoje, quando se fala no Espírito Santo, quase só se pensa em dons, especialmente os dons de sinais. Não se pode restringir a ação do Espírto Santo aos dons. Não somos apenas carismáticos, somos pneumáticos. [...] Temos apagado o Espírito – quando tiramos o combustível que o alimenta: Palavra, oração.” [6].<br /><br /><br />III. Conclusão<br /><br />Já vimos em lições anteriores que é falacioso, antibíblico e insensato o ensino de que aquele que possui um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Os dons de poder, como os demais dons, são soberanamente distribuídos pelo Espírito, continuam atuais e disponíveis à Igreja para a glória do nome do Senhor.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-50532828035222576042011-05-15T07:20:00.000-07:002011-05-15T07:29:57.292-07:002º Trimestre de 2011 - Lição 06Dons que Manifestam a Sabedoria de Deus <br /><br />TEXTO ÁUREO<br /><br />"Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja" (1Co 14.12). –<br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /><br />Através dos dons da palavra de sabedoria e da ciência, o Espírito Santo capacita-nos a conhecer fatos e circunstancias que somente Deus conhece.<br /><br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Atos 16.16-24<br /><br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br />Dando seqüência ao estudo sistemático acerca dos dons espirituais, veremos hoje os dons espirituais que manifestam a sabedoria divina: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência e o discernimento de espíritos, baseado no texto de 1 Coríntios 12.8-10. É evidente que o objetivo final é que estejamos cônscios da importância desses dons para a igreja hoje, não que os demais dons sejam de menor importância, até mesmo porque, é “por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade" (Hb 2.4) que estes dons são concedidos (cf. 1Co 12.11), “ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (1Co 12.31; 14.1)” [2]. Boa aula!<br /><br /><br />II. DESENVOLVIMENTO<br /><br />I. OS DONS DO ESPIRITO SANTO <br /><br />1. Os dons espirituais. <br /><br />Já vimos que uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes visando à edificação e à santificação da igreja. Encontramos outras listas de dons em Rm 12.6-8 e Ef 4.11, e é mediante o exercício destes dons que o crente serve na igreja de modo mais permanente. A lista exposta em 1Co 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras. O Pr Ciro Sanches Zibordi assim discorre acerca da quantidade dos dons: “Os dons são muitos, e não apenas nove, como muitos pensam. Segundo a Bíblia, há diversidade de dons, ministérios e operações (1 Co 12.6-11,28). O fruto do Espírito também não pode ter as suas virtudes quantificadas. Quem afirma que são apenas nove os elementos formadores do fruto toma como base apenas Gálatas 5.22. Mas há várias outras passagens que tratam dessa doutrina paracletológica, como Efésios 5.9; Colossenses 3; 2 Pedro 1.5-9, etc” [3]. Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). A recomendação bíblica é que o crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, sem antes “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; 1Ts 5.20,21).<br /><br /><br />2. Classificação dos dons. <br /><br />O propósito do Evangelho de Cristo é demonstrar o poder e a sabedoria de Deus aos homens, conforme Paulo escreve aos Coríntios: “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (1Co 1.24). A operosidade dos dons promove a expansão da Igreja e a fortalece, a fim de vencer as dificuldades, perseguições e oposições. Os dons são necessários ao triunfo dos crentes sobre as adversidades do cotidiano (At 5.14; 6.7; 9.31; 16.5; 19.20). Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos. Esta lição trata de maneira sucinta, da operação desses dons, analisando-os genericamente a fim de fornecer-nos uma visão geral deles. O comentarista realiza uma subdivisão dos dons listados em 1Co 12 em:<br /><br />a). Dons que manifestam a sabedoria de Deus:- palavra da sabedoria; palavra da ciência; discernir os espíritos;<br /><br />b). Dons que manifestam o poder de Deus:- fé; dons de curar; operação de maravilhas; e<br /><br />c). Dons que manifestam a mensagem de Deus: profecia; variedade de línguas; e interpretação de línguas.<br /><br /><br />3. A escassez dos dons. <br /><br />Nos capítulos 12 a 14 de 1Coríntios, Paulo elabora sua tese acerca dos dons do Espírito Santo concedidos ao corpo de Cristo, os quais foram indispensáveis à igreja primitiva e que permanecem disponíveis e indispensáveis à igreja até que Jesus volte. Sem eles, a Igreja estará débil e seus membros deixam de fortalecer e de ajudar uns aos outros no padrão estabelecido por Deus. Os crentes que têm amor genuíno pelos que também pertencem ao corpo de Cristo devem buscar os dons espirituais a fim de poderem ajudar, consolar, encorajar e fortalecer os necessitados (1Co 12.17). A distribuição é soberana, mas isso não implica em que devamos esperar passivamente que Deus distribua os dons do Espírito Santo, antes, devemos ansiar e buscar os melhores dons (1Co 12.7-10). Devemos, com zelo, desejar e buscar com oração esses dons, principalmente os que são próprios para encorajar, consolar e edificar (1Co 14. 3,13,19,26). Tenhamos em conta que estamos vivendo dias em que, "por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos tem esfriado", como nos advertiu nosso Mestre (Mt 24.12). Como poderá a Igreja cumprir o “Ide” de Jesus sem essa capacitação do Espírito? Precisamos ser revestidos de poder do alto. Cristo anteriormente informara aos discípulos que, sem ele, nada podiam fazer. Quando os encarregou da conversão do mundo, acrescentou: "Permanecei, porém, na cidade (Jerusalém), até que do alto sejais revestidos de poder. Sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias. Eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai" (At 1.4,5). Esse batismo do Espírito Santo, a promessa do Pai, esse revestimento do poder do alto, Cristo informou-nos expressamente ser a condição indispensável para a realização da obra de que ele nos incumbiu. O texto a seguir é de autoria de Charles G. Finney (1792-1875), onde ele discorre acerca das causas da escassez dos dons espirituais na Igreja já na sua época: <br />1) De modo geral, não estamos dispostos a ter aquilo que desejamos e pedimos; <br />2) Deus nos informa expressamente que, se contemplarmos a iniqüidade no coração, ele não nos ouvirá. Muitas vezes, porém, quem pede é complacente consigo mesmo; isso é iniqüidade, e Deus não o ouve; <br />3) é descaridoso; <br />4) é severo em seus julgamentos; <br />5) é autodependente; <br />6) repele a convicção de pecado; <br />7) recusa-se a fazer confissão a todas partes envolvidas; <br />8) recusa-se a fazer restituição às partes prejudicadas; <br />9) é cheio de preconceitos insinceros; <br />10) é ressentido; <br />11) tem espírito de vingança; <br />12) tem ambição mundana; <br />13) comprometeu-se em algum ponto e não quer dar o braço a torcer, ignora e rejeita maiores esclarecimentos; <br />14) defende indevidamente os interesses de sua denominação; <br />15) defende indevidamente os interesses da sua própria congregação; <br />16) resiste aos ensinos do Espírito Santo; <br />17) entristece o Espírito Santo com dissenção; <br />18) extingue o Espírito pela persistência em justificar o mal; <br />19) entristece-o pela falta de vigilância; <br />20) resiste-lhe dando largas ao mau gênio; <br />21) é incorreto nos negócios; <br />22) é impaciente para esperar no Senhor; <br />23) é egoísta de muitas formas; <br />24) é negligente na vida material, no estudo, na oração; <br />25) envolve-se demasiadamente com a vida material, e os estudos, faltando-lhe por isso tempo para oração; <br />26) não se consagra integralmente, e <br />27) o último e maior motivo, é a incredulidade: pede o revestimento, sem real esperança de recebê-lo. "Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso" (1Jo 5.10). Esse, então, é o maior pecado de todos. Que insulto, que blasfêmia, acusar a Deus de mentir!<br /><br />II. A PALVRA DA SABEDORIA <br /><br />1. A sabedoria satânica.<br /><br /> A serpente de Gn 3.1 é identificada em Ap 12.9 como o próprio Satanás. Strong assim define o termo Satan: “um oponente”, ou “o Oponente”; aquele que odeia; o acusador; adversário, inimigo; alguém que resiste, obstrui e atrapalha tudo o que é bom. Satan provém do verbo que significa ser um oponente, ou opor-se. Ha-Satan é aquele que odeia e, desse modo é o que há de mais oposto a Deus, que é amor. Nele não habita sabedoria alguma, mas apenas engano e astúcia. Paulo escreve aos Coríntios nestes termos: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2Co 11.3). Strong define o termo astúcia como habilidade versátil, fraude astuta, esperteza sofisticada, conduta inescrupulosa, traição maldosa, esquema enganoso, sagacidade arrogante e arrogância matreira. Usada apenas cinco vezes no NT, refere-se a Satanás enganando Eva (2Co 11.3); à tentativa dos fariseus de enganar Jesus (Lc 20.23); ao engano de falsos mestres (Ef 4.14); à cilada dos sábios do mundo (1Co 3.19); e à maneira inadequada de apresentar o evangelho (2Co 4.2) [5]. Satanás pode capacitar seus agentes com uma espécie de sabedoria astuta a fim de cegar e enganar, se possível, os escolhidos. O crente da atualidade precisa estar informado de que pode haver, nas igrejas, obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11,24). “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos” (Mc 13.22); Jesus adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser. Já vimos na lição anterior que, Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual sem antes “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21). É por este motivo que urge a necessidade de buscarmos com maior diligência os dons espirituais. T. Austin Sparks escreve: “Quando contemplamos o estado de coisas no mundo hoje, ficamos profundamente impressionados e oprimidos com a prevalecente doença da cegueira espiritual. Ela é a causa da doença do nosso tempo. Não estaríamos muito errados se disséssemos que a maior parte dos problemas, se não todos, que o mundo está sofrendo tem sua origem naquela raiz: a cegueira. As multidões estão cegas; não há dúvida sobre isso. Num dia em que se imagina ser um dia de inigualável iluminação, as multidões estão cegas. Os líderes estão cegos; guias cegos guiando outros cegos. Mas numa grande escala, o mesmo é verdadeiro com respeito ao povo de Deus. Falando de modo geral, os cristãos hoje são muito cegos” [6].<br /><br /><br />2. A sabedoria de Deus. <br /><br />A sabedoria é a capacidade espiritual de ver e avaliar a nossa vida e conduta do ponto de vista de Deus. Inclui fazer escolhas acertadas e praticar as coisas certas de conformidade com a vontade de Deus revelada na sua Palavra e na direção do Espírito Santo (Rm 8.4-17). Podemos receber sabedoria indo a Deus e pedindo-lhe com fé (Pv 2.6; 1 Co 1.30). Somente entesourando a Palavra de Deus em nossa mente é que aprenderemos a viver de modo sábio e justo em nosso relacionamento com Deus. Podemos vencer o pecado, tendo os mandamentos de Deus em nosso coração (Sl 119.11) e a Palavra de Cristo habitando dentro de nós (Jo 15.7; Tg 1.21). O estudo da Palavra de Deus deve ser acompanhado de perseverante oração, em que o crente contritamente clame por sabedoria e discernimento. É possível que só pelo estudo alguém se torne um erudito bíblico, mas a oração aliada ao estudo da Palavra de Deus leva o Espírito Santo a lançar mão da revelação divina e nos fazer pessoas espirituais. O crente deve orar a respeito do trecho bíblico que está lendo, desejando ardentemente a iluminação e a compreensão divinas. Somente à medida que a sabedoria de Deus entrar em nosso coração, isto é, em nossos motivos, desejos e pensamentos interiores é que produzirá vida e poder. Para isso, é necessário que o Espírito da verdade opere em nossa alma (Jo 16.13,14), fazendo com que os mandamentos e caminhos de Deus tornem-se um deleite para nós (Sl 119.47,48). As bênçãos decorrentes da sabedoria incluem:<br /><br />a). Aprender a temer ao Senhor e daí ser protegido contra o mal ao longo da caminhada da vida (Pv 2.5-8); <br /><br />b). Poder discernir entre o bem e o mal e assim evitar as tragédias do pecado (Pv 2.11); <br /><br />c). Disposição para evitar pessoas más e conviver com pessoas boas e justas (Pv 2.12-15,20); <br /><br />d). Abster-se da imoralidade sexual (Pv 2.16-19) e<br /><br />e). Receber as bênçãos prometidas por Deus (Pv 2.21).<br /><br />Deus se agrada quando os crentes buscam em oração sincera a sabedoria divina e um coração entendido. "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada" (Tg 1.5; cf. Pv 2.2-6; 3.15; Lc 12.31; Ef 5.17; Tg 3.17).<br /><br />3. O dom da palavra de sabedoria. <br /><br />Este dom ocupa lugar importante entre os demais dons. Como os outros, é concessão do Espírito Santo, não se adquire de maneira natural, através da capacidade cognitiva, do acumulo de conhecimento humano. É uma declaração espiritual, num dado momento, pelo Espírito, sobrenaturalmente revelado a mente, o propósito e o caminho de Deus aplicado a uma situação específica. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6). Capacita-nos a perceber, falar e agir em circunstancias tais, que os elementos naturais tornam-se inúteis. É algo especial que o pensamento humano, por si só, não descobre, pois é a revelação da mente de Deus aos que pregam, ensinam e administram a Igreja. Torna o crente apto a conhecer fatos passados, presentes e até futuros.<br /><br /><br />III. A PALAVRA DA CIÊNCIA E O DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS<br /><br />1. O dom da palavra da ciência. <br /><br />É evidente que o exercício ministerial requer um preparo catedrático, mas, neste texto em especial, ao falar deste dom, Paulo não se refere a este tipo de conhecimento humano galgado pelo estudo diligente. Paulo refere-se a um conhecimento sobrenatural, inspirado pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25). Este dom está ligado ao da Palavra da sabedoria, mas, apesar dessa vinculação, os dois relacionam-se com o discernimento e o entendimento espirituais necessários à edificação da Igreja. Sobre isto declara Paulo: “enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus – Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência de Deus” (Cl 2.2,3). Emana de Deus tudo o que Ele deseja que saibamos ou conheçamos. Por sua onisciência, o Espírito revela coisas ocultas, sempre em benefício do seu povo. A relação entre a “sabedoria” e a “ciência” é muito íntima.<br /><br />2. O discernimento de espíritos. <br /><br />Discernir traduz o significado de “ver claramente”, ou “julgar através de”. Se o dom é do Espírito, sua manifestação é sobrenatural. Trata-se de um modo especial para se perceber o que há no íntimo de uma pessoa. É a capacidade de ver ou sentir, pelo Espírito Santo, o que motiva alguém a dizer ou fazer algo; discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (1Jo 4.1). Este dom é útil para que distingamos se algumas manifestações espirituais correspondem plenamente aos princípios divinos. Hoje, quando os falsos mestres e a distorção do cristianismo bíblico estão tomando proporções nunca antes pensadas, esse dom espiritual torna-se extremamente importante para a igreja. A Bíblia de Estudo Pentecostal, em nota textual de 1Tm 4.1, afirma o seguinte: ‘O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo e da verdade bíblica (cf. 2 Ts 2.3; Jd 3,4). Aparecerão na igreja pastores de grande capacidade e poderosamente ungidos por Deus. Alguns realizarão grandes coisas por Deus, e pregarão a verdade do evangelho de modo eficaz, mas se afastarão da fé e paulatinamente se voltarão para espíritos enganadores e falsas doutrinas. Por causa da unção e do zelo por Deus que tinham antes, desviarão a muitas pessoas. Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias (cf. Mt 24.5,10-12; 2Tm 3.2,3). A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa oposição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismo, ocultismo, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja (Ef 6.11,12)” [7].<br /><br /><br />3. A importância do dom de discernimento. <br /><br />Os dons espirituais são dons da soberania de Deus. Em Efésios 4 o Cristo glorificado é apresentado como um general vitorioso, que lidera uma multidão de cativos libertos e distribui os despojos da batalha. Os presentes são de graça e a distribuição é soberana. Isto também é dito em 1Co 12.11: "Um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente". Por isso, recebemos a permissão, na verdade uma ordem, de "procurar os melhores dons", e isto "com zelo" (1Co 12.31). Mesmo assim, a partilha dos dons não depende da nossa vontade, mas da vontade do próprio Espírito Santo soberano. Portanto, os charismata provêm da vontade graciosa de Deus, e são concedidos por ele através do Espírito Santo. Certamente Cristo proverá sua Igreja com crentes capacitados com o dom de discernimento. Em Mt 24.5, Cristo declara que durante os últimos dias desta era, o engano religioso será volumoso na terra. Note-se que as primeiras palavras que Cristo dirigiu aos discípulos a respeito do tempo do fim foram “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” (v. 4). É do maior interesse de Cristo que seus seguidores se acautelem do engano religioso que se alastrará em todo o mundo nos últimos dias. Para salientar esse perigo para os crentes dessa época, Cristo repete a advertência duas vezes, no sermão do Monte das Oliveiras. À medida que os dias vão passando, surgem muitos falsos mestres e pregadores entre o povo. Grande parte do cristianismo está se tornando apóstata. A lealdade total à Palavra de Deus, bem como santidade bíblica, são coisas raras. Crentes professos aceitam novas revelações, mesmo que elas conflitem com a Palavra revelada de Deus e isto está motivando a oposição à verdade bíblica dentro da igreja – nossas EBD são o exemplo mais patente (1Tm 4.1; 2Tm 3.8; 4.3). Homens que pregam um evangelho misto ocupam posições estratégicas de liderança nas denominações e nas escolas teológicas. Os tais enganam e desviam a muitos dentro da igreja (Gl 1.9; 2Tm 4.3; 2Pe 3.3,4). Em todas as partes do mundo, milhões de pessoas praticam ocultismo, astrologia, feitiçarias, espiritismo e satanismo. A influência dos demônios e espíritos malignos multiplica-se sobremaneira. Para não sermos enganados, devemos crescer em fé e amor para com Cristo, e termos como autoridade absoluta em nossa vida a Palavra, conhecendo-a bem na sua totalidade e desejando os melhores dons, sobretudo, o dom de discernir os espíritos, para discernirmos e julgarmos corretamente as profecias, distinguindo se uma mensagem ou doutrina provém do Espírito Santo ou não (1Jo 4.1).<br /><br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br />A proteção do crente contra tais enganos e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com sua mistura de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor de Deus (Sl 25.4,5,12-15). Os crentes fiéis devem perseverar na busca zelosa dos dons espirituais, ainda que, sejam eles distribuídos soberanamente pelo Espírito Santo. Deus prometeu que nos "últimos dias" salvará todos quantos invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo (At 2.16-21,33,38-40; 3.19).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-50288922291681656022011-05-06T16:10:00.000-07:002011-05-06T16:25:54.098-07:002º Trimestre de 2011 - Lição 05<strong><strong>A importância dos Dons Espirituais </strong></strong><br /><br /><br />TEXTO ÁUREO<br /><br />"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (1Co 12.1).<br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /><br />Os dons espirituais são concessões do Espírito Santo, objetivando expandir, edificar, consolar e exortar a Igreja de Cristo, para que ela cumpra, eficaz e plenamente, a missão que Deus lhe confiou.<br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />1º Coríntios 12.1-11<br /><br /><br />I. OS DONS ESPIRITUAIS<br /><br />1. O significado da palavra “dom” e o crescimento da Igreja. <br /><br />Na dimensão do batismo com o Espírito Santo, a experiência inicial é o falar em línguas, conhecido por “dom do Espírito”(At 2.38). Inicialmente, é importante destacar que “o dom” e “os dons” são distintos: após a conversão, pode-se receber o dom do Espírito, porém, os dons do Espírito apenas ocorrem na vida coletiva da Igreja, para sua edificação e para a glória de Deus. Em At 2.38, o termo grego charisma é singular, diferente da ocorrência em 1Co 12.31 onde o termo é charismata, plural de charisma. Em Ef 4.11-13, os termos gregos dorea e doma são também usados para designar “dons”, referindo-se àqueles dons como capacitadores ou equipadores para o culto pessoal no reino de Deus. Também o termo pneumatika empregado em 1Co 12.1, é usado para descrever os dons como “coisas pertencentes ao Espírito”. O ponto é que cada ocorrência dessas palavras dá o sentido contemporâneo à obra sobrenatural do Espírito em nossas vidas. Da nossa palavra chave entendemos que o termo latino que traduz o grego charisma é donum, presente, dádiva, e de maneira nenhuma se trata de algo que recebemos para guardar; os dons do Espírito não são presentes que recebemos para proveito nosso e nem tampouco o Despenseiro leva em consideração os nossos méritos para concedê-los. São concedidos graciosamente, segundo o conhecimento e soberania divinas. A Bíblia de Estudo Pentecostal afirma no Estudo Doutrinário Dons Espirituais para o Crente: “As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (1Co 12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (1Co 12.31; 14.1)” [1]. Assim Deus também testificou da mensagem das testemunhas oculares apostólicas "por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições(*) do Espírito Santo segundo a sua vontade" (Hb 2.4) [(*)A palavra aqui em grego não é charismata, mas merismoi, "distribuições" (melhor que a tradução "dons" da ARC), e pode referir-se à distribuição de poderes, como sugere o contexto, em vez de dons]. O que visa essa distribuição de poder? Para o Pr Hernandes Dias Lopes, “poder para sair do campo da especulação escatológica e ir para o campo da especulação missionária” [2].<br /><br />2. A concessão dos dons espirituais. <br /><br />"Dons" ou "dons da graça" (gr. charismata, derivado de charis, "graça"), indicam que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa, como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom recebido do Espírito Santo. Esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de Cristo e aqueles que necessitam de ajuda espiritual. Significam uma concessão especial e sobrenatural de Deus para a realização de sua obra, através da Igreja. É falaciosa a idéia de que o possuidor do dom espiritual seja mais santo ou espiritual que os outros. A manifestação dos dons não são instrumento de aferição do grau de espiritualidade. O Espírito Santo não depende do mérito da santidade de ninguém. Se este fosse o caso, os crentes de Corinto nunca os teriam recebido. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23). Os dons jamais são concedidos para vaidade particular, eles pertencem ao Espírito Santo, somos para Ele apenas vasos para a manifestação de sua obra.<br /><br />3. A manifestação do dom. <br /><br />Nos capítulos 12 a 14 de 1Coríntios, Paulo trata dos dons do Espírito Santo concedidos ao corpo de Cristo. Dons que foram indispensáveis à igreja primitiva e que permanecem em ação na igreja até a volta de Jesus Cristo, sem eles, os crentes deixam de fortalecer e de ajudar uns aos outros como Deus deseja. Seus propósitos para os dons espirituais são os seguintes:<br />(1) Manifestar a graça, o poder, e o amor do Espírito Santo entre seu povo nas reuniões públicas, nos lares, nas famílias e nas atividades pessoais (vv. 4-7; 14.25; Rm 15.18,19; Ef 4.8); <br />(2) Ajudar a tornar eficaz a pregação do evangelho aos perdidos, confirmando de modo sobrenatural a mensagem do evangelho (Mc 16.15-20; At 14.8-18; 16.16-18; 19.11-20; 28.1-10); <br />(3) Suprir as necessidades humanas, fortalecer e edificar espiritualmente, tanto a congregação, como os crentes individualmente, isto é, aperfeiçoar os crentes no "amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida" (1Tm 1.5; 1Co 13), e (4) Batalhar com eficácia na guerra espiritual contra Satanás e as hostes do mal (Is 61.1; At 8.5-7; 26.18; Ef 6.11,12). Alguns trechos bíblicos que tratam dos dons espirituais são: Rm 12.3-8; 1 Co 1.7; 12-14; Ef 4.4-16; 1 Pe 4.10,11) [3]. <br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (1)<br /><br />Os dons espirituais são concedidos não por merecimento do crente, mas pela soberania de Deus. Eles são entregues à Igreja para o fortalecimento e santificação do Corpo de Cristo.<br /><br />II. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO E A ESPIRITUALIDADE<br /><br />1. A espiritualidade e os dons. <br /><br />A santidade ou espiritualidade de um crente não se mede pela manifestação de um dom. Já vimos que não é por mérito que o Espírito Santo é concedido e tampouco Ele depende de nossa espiritualidade para operar. É verdadeiro que a nova vida em Cristo é cheia do Espírito Santo, por isto o crente torna-se alvo das operações do Espírito. Nós não possuímos meios para vencermos o pecado que nos rodeia. Precisamos, então, de poder para superá-lo, o que só é possível se andarmos no Espírito (Rm 8.4). É o Espírito Santo operando dentro do crente que o capacita a viver uma vida de retidão. O Espírito Santo nos fortalece em nosso estado de fraqueza.<br /><br />2. Os dons espirituais e o fruto do Espírito. <br /><br />A linguagem bíblica apresenta uma das figuras mais belas sobre o caráter cristão, representada pela metáfora do “fruto do Espírito”. Paulo enfatiza nove qualidades distintas do mesmo fruto, o fruto é indivisível e forma uma unidade espiritual. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que o crente subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (Rm 8.5-14; 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). Como é indivisível, é impossível ter-se uma parte dele e não possuir a outra. Difere dos dons espirituais quanto ao recebimento, o fruto surge de dentro para fora, naturalmente, através do crescimento espiritual, enquanto que, os dons manifestam-se de fora para dentro. O primeiro ajuda a desenvolver o segundo. "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." (Gl 5.22, 23a), John Stott afirma: “Uma simples leitura destas graças cristãs deve ser suficiente para encher de água a boca e fazer o coração bater mais forte, porque este é um retrato de Jesus Cristo. Nenhum homem ou mulher até hoje apresentou estas qualidades com tal equilíbrio ou perfeição como o homem Jesus Cristo. Assim, este é o tipo de pessoa que todo cristão gostaria de ser” [4]. E ele prossegue afirmando: “Este, então, é o retrato de Cristo, e, da mesma forma – pelo menos em termos ideais – do cristão equilibrado, parecido com Cristo, cheio do Espírito. Não temos liberdade para escolher algumas destas qualidades, porque é conjunto (como um cacho de uvas ou um feixe de trigo) que elas nos fazem semelhantes a Cristo. Cultivar algumas, e não outras, coloca-nos em desequilíbrio. O Espírito dá diferentes dons a diferentes cristãos, [...]mas ele atua no sentido de produzir o mesmo fruto em todos. Ele não se satisfaz se demonstramos amor aos outros, mas não controlamos a nós mesmos; ou se temos alegria e paz em nós, mas não somos gentis para com os outros; ou se temos paciência negativa, sem bondade positiva; ou se apresentamos humildade e flexibilidade, sem a firmeza da confiabilidade cristã. O cristão desequilibrado é carnal; todavia, existe uma perfeição, uma compleição, uma plenitude de caráter cristão que somente cristãos cheios do Espírito têm” [5].<br /><br />3. Imaturidade espirituais e os dons. <br /><br />Em Efésios 4.13-15, Paulo define as pessoas espiritualmente "perfeitas" ou maduras, que possuem a plenitude de Cristo afirmado que ser espiritualmente maduro é não ser "meninos", os quais são instáveis, facilmente enganados pelas falsas doutrinas dos homens e suscetíveis ao artificialismo enganoso. O crente permanece infantil quando tem uma compreensão inadequada das verdades bíblicas e pouca dedicação a elas. Ser espiritualmente maduro inclui falar "a verdade em amor". A verdade do evangelho, conforme apresentada no NT, deve ser crida com amor, apresentada com amor e defendida em espírito de amor. Esse amor é dirigido primeiramente a "Cristo"; em seguida, à igreja e, finalmente, de uns para com os outros (Ef 4.32; 1Co 16.14). No dizer de Paulo, o homem carnal, regenerado, mas vivendo como não regenerado, é um crente com hábitos imaturos, vive mais pela opinião humana do que por Cristo, como a Igreja de Corinto, os quais haviam recebido o Espírito Santo, eram espirituais no sentido mais fundamental da palavra, mas seu comportamento era tão incoerente com essa verdade que Paulo precisou tratá-los como pessoas que tinham pequeno entendimento espiritual. É imprescíndivel o acurado exame das Escrituras de forma sistemática. A palavra grega traduzida por examinar significa urna investigação minuciosa, diligente e curiosa. Não podemos nos contentar com a leitura superficial de um ou dois capítulos da Bíblia. Com a iluminação do Espírito, temos de descobrir deliberadamente os significados profundos da Palavra de Deus. As Escrituras Sagradas exigem esse tipo de investigação, pois, em sua maior parte, as Escrituras podem ser aprendidas somente mediante estudo cuidadoso. Na Bíblia, existe leite para os bebês e carne para os adultos. O grande teólogo Tertuliano exclamou: "Eu adoro a plenitude das Escrituras". Nenhuma pessoa que apenas lê superficialmente o Livro de Deus pode se beneficiar dele. Temos de cavar, até que encontremos os tesouros escondidos. A porta da Palavra se abre tão-somente por meio da chave da diligência.<br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (2)<br /><br />A espiritualidade do servo de Deus não pode ser avaliada apenas pela manifestação dos dons espirituais em sua vida, e sim pelas obras que o crente realiza como resultado do Fruto do Espírito em sua vida.<br /><br />III. OS PROPÓSITOS DOS DONS ESPIRITUAIS<br /><br />1. Edificar a Igreja. <br /><br />Os dons de Deus são dados para serem usados. Os órgãos do corpo humano são funcionais. De modo semelhante, os membros do Corpo de Cristo foram feitos para exercer seus dons. Nós somos "despenseiros da multiforme graça de Deus", e recebemos a ordem para sermos "bons despenseiros" (1Pe 4.10). Paulo escreveu: "Usemos os nossos diferentes dons" (Rm 12.6). Porém, como devemos usá-los? A Bíblia afirma que eles são "dons de serviço", cujo propósito primordial é "edificar" a Igreja. Os apóstolos Paulo e Pedro sublinham o uso altruísta dos dons a serviço de outras pessoas; na verdade, de toda a Igreja: "Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos" (1Co 12.7);"Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1Pe 4.10). Sabemos que nenhum dom deve ser desprezado. Ao mesmo tempo, porém, devemos desejar ansiosamente "os melhores dons" (1Co 12.31). Como, então, podemos avaliar sua importância relativa? A única resposta possível a esta pergunta é: "De acordo com o grau em que edificam". Já que todos os charismata são dados para a edificação de cristãos individuais e da igreja como um todo, quanto mais eles edificam, mais valiosos eles são. Paulo é claro como cristal a respeito disto. "Visto que desejais dons espirituais", ele escreve, "procurai abundar neles, para edificação da igreja " (1Co 14.12). Ainda John Stott, escrevendo acerca dos dons, afirma: “Por este critério, os dons de ensino têm o valor mais elevado, porque nada edifica melhor os cristãos do que a verdade de Deus. Por isso, não é surpreendente encontrar um ou mais dons de ensino encabeçando as listas do Novo Testamento. A insistência dos apóstolos na prioridade do ensino tem relevância considerável na Igreja do nosso tempo. Em todo o mundo, as igrejas estão espiritualmente subnutridas, por causa da carência de expositores da Bíblia. Em áreas onde há movimentos de massa todos estão suplicando mestres que instruam os convertidos. Por causa da escassez de instrutores, é triste ver tantas pessoas preocupadas e até distraídas por dons de importância secundária” [6].<br /><br />2. Promover a pregação do Evangelho.<br /><br />Charles Finney relata sua experência de uma maneira tão esplêndida, que lança luz sobre o objetivo missionário da autorga dos dons pelo Espírito; disse ele: “Para honra exclusiva de Deus, contarei um pouco da minha própria experiência no assunto. Fui poderosamente convertido na manhã do dia 10 de outubro. À noitinha do mesmo dia, e na manhã do dia seguinte, recebi batismos irresistíveis do Espírito Santo, que me traspassaram, segundo me pareceu, corpo e alma. Imediatamente me achei revestido de tal poder do alto, que umas poucas palavras ditas aqui e ali a indivíduos provocavam a sua conversão imediata. Parecia que minhas palavras se fixavam como flechas farpadas na alma dos homens. Cortavam como espada; partiam como martelo os corações. Multidões podem confirmar isso. Muitas vezes uma palavra proferida, sem que disso eu me lembrasse, trazia convicção, resultando, em muitos casos, na conversão quase imediata. Algumas vezes me achava vazio desse poder: saía a fazer visitas e verificava que não causava nenhuma impressão salvadora. Exortava e orava, com o mesmo resultado. Separava então um dia para jejum e oração, temendo que o poder me houvesse deixado e indagando ansiosamente pela razão desse estado de vazio. Após ter-me humilhado e clamado por auxílio, o poder voltava sobre mim em todo o seu vigor. Tem sido essa a experiência da minha vida” [7].<br /><br />3. O aperfeiçoamento dos santos.<br /><br />“Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”(Ef 4.12). A palavra “aperfeiçoamento”, do grego katartismós, significa algo funcional, algo que se deve colocar em ordem. Por isso, a melhor tradução seria: “com vistas ao reto ordenamento dos santos”. Paulo ensina que para crescer na graça, em maturidade espiritual e em Cristo sob todos os aspectos, o crente deve aceitar somente a fé e a mensagem dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres do NT, ser cheio da plenitude de Cristo e de Deus, não permanecer como criança, aceitando "todo o vento de doutrina", mas, pelo contrário, conhecer a verdade, e assim saber rejeitar falsos mestres; sustentar e falar com amor a verdade revelada nas Escrituras e andar em "verdadeira justiça e santidade" (Ef 4. 11, 12, 15, 17-32).<br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (3)<br /><br />Os dons espirituais foram concedidos à Igreja para promover a pregação do evangelho, a edificação da Igreja e para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos crentes.<br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br />Os dons existem em função do benefício de toda igreja. Por essa razão é que a palavra do apóstolo é inclusiva: “até que todos cheguemos a unidade da fé” (Ef 4.13). Quando o Espírito Santo regenera alguém, renova seu coração, para capacitá-lo à produção do “fruto do Espírito”. Ele, que habita o crente, recria, remodela e renova. Reproduz no caráter do crente as suas próprias qualidades (Rm 5.5). O que deve ficar patente, hoje, é a finalidade dessa distribuição de poder pelo Espírito Santo, a fim de desmistificar o batismo com o Espírito Santo, o recebimento dos dons e sua aplicabilidade.<br /><br />APLICAÇÃO PESSOAL <br /><br />O trabalho de Deus é um trabalho espiritual, que só pode ser feito por meios espirituais, más, é antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Isso não exime o crente de procurar o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que o crente subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23). É importante ter o Espírito Santo dentro de nós, mas é muito mais excelente ter o revestimento do Espírito Santo!<br /><br />N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-1991815033335340992011-04-23T06:22:00.000-07:002011-04-23T09:06:22.169-07:002º Trimestre de 2011 - Lição 04<div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;color:#ff0000;"><strong>Espirito Santo - Agente capacitador da Obra de Deu</strong></span><br /><br /><span style="color:#ff0000;"><em>Subsídios para o Estudo da Revista da CPAD</em><br /></span><br /><br />TEXTO ÁUREO<br />"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, pois, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder" (Lc 24.49).<br />A promessa de meu Pai refere-se ao derramamento do Espírito Santo. Vemos esta promessa no AT, em Is 32.15, 44.3; Jl 2.28; Ez 39.29; e no NT, em Jo 14.16,17,26; 15.26; 16.7; At 1.4-8; 2.17,18,33,38,39. Os discípulos aguardaram o cumprimento desta promessa em oração perseverante. O crente atual que busca o batismo no Espírito Santo deve fazer a mesma coisa .<br /><br />VERDADE PRÁTICA<br />O Espírito Santo ajuda-nos a viver de maneira santa e habilita-nos a realizar com eficácia, a obra do Senhor Jesus Cristo.<br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Lucas 24.46-49; Atos 1.4-8<br />46 E disse-lhes: nAssim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;<br />47 e, em seu nome, se pregasse o arrependimento oe a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.<br />48 E dessas coisas psois vós testemunhas.<br />49 E qeis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.<br /><br />Atos 1.4-8<br />4 E, eestando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim fouvistes.<br />5 Porque, gna verdade, João batizou com água, hmas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.<br />6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: iSenhor, jrestaurarás tu neste tempo o reino a Israel?<br />7 E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.<br />8 Mas mrecebereis a virtude do nEspírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis otestemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins<br />da terra.<br /><br />INTRODUÇÃO<br /><br />PENTECOSTE (at. 2)<br />Pentecoste era a segunda grande festa sagrada do ano judaico. A primeira grande festa era a Páscoa. Cinqüenta dias após esta, vinha a festa de Pentecoste, nome este derivado do gr. penteekostos (=qüinquagésimo). Era também chamada Festas das Colheitas, porque nela as primícias da sega de grãos eram oferecidas a Deus (cf. Lv 23.17). Da mesma forma, o dia de Pentecoste simboliza, para a igreja, o início da colheita de almas para Deus neste mundo.<br />2.2,3 UM VENTO... IMPETUOSO, E... LÍNGUAS REPARTIDAS, COMO QUE DE FOGO. As manifestações externas de um som como de um vento poderoso e das línguas de fogo<br />(vv. 2,3) demonstram que Deus estava ali presente e ativo, de modo poderoso (cf. Êx 3.1-6; 1 Rs 18.38,39). O fogo talvez simbolize a consagração e a separação dos crentes para Deus, visando a obra de glorificar a Cristo (Jo 16.13,14) e de testemunhar dEle (1.8). Estas duas manifestações antecederam o batismo no Espírito Santo, e não foram repetidas noutros relatos similares do livro de Atos.<br />CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO<br />Qual é o significado da plenitude do Espírito Santo recebida no dia de Pentecoste?<br />(1) Significou o início do cumprimento da promessa de Deus em Jl 2.28,29, de derramar seu Espírito sobre todo o seu povo nos tempos do fim (cf. 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; ver Jl 2.28,29 nota).<br />(2) Posto que os últimos dias desta era já começaram (v. 17; cf. Hb 1.2; 1 Pe 1.20), todos agora se vêem ante a decisão de se arrependerem e de crerem em Cristo (3.19; Mt 3.2; Lc 13.3; ver At 2.17 notas).<br />(3) Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em Cristo (cf. 1.8 notas; 4.13,33; 6.8; Rm 15.19; ver Jo 16.8 nota).<br />(4) O Espírito Santo já revelou sua natureza como aquele que anseia e pugna pela salvação de pessoas de todas as nações e aqueles que receberam o batismo no Espírito Santo ficaram cheios do mesmo anseio pela salvação da raça humana (vv. 38-40; 4.12,33; Rm 9.1-3; 10.1). O Pentecoste é o início das missões mundiais (1.8; 2.6-11,39).<br />(5) Os discípulos se tornaram ministros do Espírito. Não somente pregavam Jesus crucificado e ressuscitado, levando outras pessoas ao arrependimento e à fé em Cristo, como também influenciavam essas pessoas a receber o dom do Espírito Santo (vv. 38,39) que eles mesmos tinham recebido no Pentecoste. Mediante este batismo no Espírito, os seguidores de Cristo tornaram-se continuadores do seu ministério terreno. Continuaram a fazer e a ensinar, no poder do Espírito Santo, as mesmas coisas que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar.<br />COMEÇARAM A FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS<br />Para um exame do significado do falar em línguas ocorrido no dia de Pentecoste e noutras ocasiões, na igreja do NT, e da<br />possibilidade de falsas línguas estranhas.<br /><br />I. O Relacionamento do Espírito Santo com a Humanidade<br /><br />1 - O Espírito Santo operando em nosss faculdades.<br /><br />DEFINIÇÃO DA VONTADE DE DEUS. De modo geral, a Bíblia refere-se à vontade de Deus em três sentidos diferentes.<br />(1) A vontade de Deus é outra maneira de se identificar a Lei de Deus. Davi, por exemplo, forma um paralelo entre a frase “tua lei” e “tua vontade” no Sl 40.8. Semelhantemente, o apóstolo Paulo considera que, conhecer a Deus é sinônimo de conhecer a sua vontade (Rm 2.17,18). Noutras palavras: como em sua Lei o Senhor nos instrui no caminho que Ele traçou, ela pode ser apropriadamente chamada “a vontade de Deus”. “Lei” significa essencialmente “instrução”, e inclui a totalidade da Palavra de Deus.<br />(2) Também se emprega a expressão “a vontade de Deus” para designar qualquer coisa que Ele explicitamente quer. Pode ser corretamente designada de “a perfeita vontade” de Deus. E a vontade revelada de Deus é que todos sejam salvos (1Tm 2.4; 2Pe 3.9) e que nenhum crente caia da graça. Isso não quer dizer que todos serão salvos, mas apenas que Deus deseja a salvação de todos.<br />(3) Finalmente, a “vontade de Deus” pode referir-se àquilo que Deus permite, ou deixa acontecer, embora Ele não deseje especificamente que ocorra. Tal coisa pode ser corretamente chamada “a vontade permissiva de Deus”. De fato, muita coisa que acontece no mundo é contrária à perfeita vontade de Deus (e.g., o pecado, a concupiscência, a violência, o ódio, e a dureza de coração), mas Ele permite que o mal continue por enquanto. A chamada de Jonas para ir a Nínive fazia parte da perfeita vontade de Deus, mas sua viagem na direção oposta estava dentro de sua vontade permissiva (ver Jn 1). Além disso, a decisão de muitas pessoas permanecerem sem salvação é permitida por Deus. Ele não impõe a fé aos que recusam a salvação mediante o seu Filho. Semelhantemente, muitas aflições e males que nos acometem são<br />permitidos por Deus (1Pe 3.17; 4.19), mas não é desejo seu que soframos.<br /><br />2. O Espirito Santo operando nos sentimentos e vontades.<br /><br />FAZENDO A VONTADE DE DEUS.<br />Afeta a nossa vida diária como crentes.<br />(1) Primeiro, devemos descobrir qual é a vontade de Deus, conforme revelada nas Escrituras. Como os dias em que vivemos são maus, temos de entender qual a perfeita e agradável vontade de Deus (Ef 5.17).<br />(2) Uma vez que já sabemos como Ele deseja que vivamos como crentes, precisamos dedicar-nos ao cumprimento da sua vontade. O salmista, por exemplo, pede a Deus que lhe ensine a “fazer a tua vontade” (Sl 143.10). Ao pedir, igualmente, que o Espírito o guie “por terra plana”, indica que, em essência, está rogando a Deus a capacidadede viver uma vida de retidão. Semelhantemente, Paulo espera que os cristãos tessalonicenses sigam a vontade divina, evitando a imoralidade sexual, e vivendo de maneira santa e honrosa (1Ts 4.3,4). Noutro lugar, Paulo ora para que os cristãos recebam a plenitude do conhecimento da vontade divina, a fim de viverem “dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo” (Cl 1.9,10).<br />(3) Os crentes são exortados a orarem para que a vontade de Deus seja feita (cf. Mt 6.10; 26.42; Lc 11.2; Rm 15.30-32; Tg 4.13-15). Devemos desejar, com sinceridade, a perfeita vontade de Deus, e ter o propósito de cumprí-la em nossa vida e na vida de nossa família (ver Mt 6.10 nota). Se essa for a nossa oração e compromisso, teremos total confiança de que o nosso presente e futuro estarão sob os cuidados do Pai (cf. At 18.21; 1Co 4.19; 16.7). Se, porém, há pecado deliberado em nossa vida, e rebelião contra a sua Palavra, Deus não atenderá as nossas orações. Não poderemos esperar que a vontade divina seja feita na terra como no céu, a não ser que nós mesmos procuremos cumprir a sua vontade em nossa própria vida.<br />(4) Finalmente, não podemos usar a vontade de Deus como desculpa pela passividade, ou irresponsabilidade, no tocante à sua chamada para lutarmos contra o pecado e a mornidão espiritual. É Satanás, e não Deus, o culpado por essa era maligna, com a sua crueldade, maldade e injustiça (ver 1Jo 5.19 nota). É também Satanás quem causa grande parte da dor e sofrimento no mundo (cf. Jó 1.6-12; 2.1-6; Lc 13.16; 2Co 12.7). Assim como Jesus veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8), assim também é da vontade explícita de Deus que batalhemos contra as hostes espirituais da maldade por meio do Espírito Santo (Ef 6.10-20; 1Ts 5.8.)<br /><br />3. O Espirito Santo e a adoração.<br /><br />8.14 GUIADOS PELO ESPÍRITO DE DEUS. O Espírito Santo habita no crente como filho de Deus, a fim de levá-lo a pensar, falar e agir de conformidade com a Palavra de Deus. (1) Ele orienta o crente, principalmente, por impulsos que:<br />(a) são exortações interiores para o crente cumprir a vontade de Deus e mortificar as obras pecaminosas do corpo (v. 13; Fp 2.13; Tt 2.11,12);<br />(b) estão sempre em harmonia com as Escrituras (1 Co 2.12,13; cf. 2 Pe 1.20,21); (c) visam a dar orientação na vida (Lc 4.1; At 10.19,20; 16.6,7);<br />(d) opõem-se aos desejos pecaminosos oriundos das tendências naturais do crente (Gl 5.17,18; 1 Pe 2.11);<br />(e) têm a ver com a culpa do pecado, o padrão da justiça de Cristo e o juízo divino contra o mal (Jo 16.8-11);<br />(f) exortam o crente a perseverar na fé e o advertem contra a apostasia da sua fé em Cristo (v.13; Hb 3.7-14);<br />(g) enfraquecem à medida que o crente deixa de obedecer aos apelos do Espírito (1.28; Ef 4.17-19,30,31; 1 Ts 5.19);<br />(h) resultam em morte espiritual quando rejeitados (vv. 6,13); e (i) resultam em vida espiritual e em paz quando obedecidos (vv. 6,10,11,13; Gl 5.22,23).<br />(2) Os avisos ou a voz interior do Espírito vêm através de:<br />(a) ler a Palavra de Deus (Jo 14.26; 15.7,26; 16.13; 2 Tm 3.16,17);<br />(b) orar fervorosamente (8.26; At 13.2,3);<br />(c) ouvir a pregação e ensino sadios e santos (2 Tm 4.1,2; Hb 13.7,17);<br />(d) exercitar as manifestações do Espírito (ver 1 Co 12.7-10; 14.6); e<br />(e) acatar os conselhos de pais cristãos e de líderes espirituais fidedignos (Ef 6.1; Cl 3.20).<br />O Espírito Santo nos transmite a confiança de que, por Cristo e em Cristo, agora somos filhos de Deus (v. 15). Ele torna real a verdade de que Cristo nos amou, ainda nos ama e vive por nós no céu, como nosso Mediador (cf. Hb 7.25).<br />O Espírito também nos revela que o Pai nos ama como seus filhos por adoção, não<br />menos do que Ele ama seu Filho Unigênito (Jo 14.21,23; 17.23). Finalmente, o Espírito cria em nós o amor e a confiança que nos capacitam a lhe clamar: "Aba, Pai" (v. 15).<br />At 8.17 SE... COM ELE PADECEMOS. Paulo nos faz lembrar que a vida vitoriosa no Espírito Santo não é nenhum caminho fácil. Jesus sofreu, e nós que o seguimos sofreremos<br />também. Esse sofrimento é considerado um sofrimento em conjunto com Ele (cf. 2 Co 1.5; Fp 3.10; Cl 1.24; 2 Tm 2.11,12) e advém do nosso relacionamento com Deus como seus<br />filhos, da nossa identificação com Cristo, do nosso testemunho dEle e da nossa recusa de nos conformar com o mundo (cf. 12.1,2).<br /><br />II O E. S. na Vida do Crente.<br /><br />1 - A presença constante do Epirito Santo.<br /><br />Jo 14.16 O CONSOLADOR. Jesus chama o Espírito Santo de "Consolador". Trata-se da tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente "alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar". É um termo rico de sentido, significando Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro, Advogado, Aliado e Amigo. O termo grego para "outro" é, aqui, allon, significando "outro da mesma espécie", e não heteros, que significa outro, mas de espécie diferente. Noutras palavras, o Espírito Santo dá prosseguimento ao que Cristo fez quando na terra. <br />(1) Jesus promete enviar outro Consolador. O Espírito Santo, pois, faria pelos discípulos, tudo quanto Cristo tinha feito por eles, enquanto estava com eles. O Espírito estaria ao lado deles para os ajudar (cf. Mt 14. 30,31), prover a direção certa para suas vidas (v. 26), consolar nos momentos difíceis (v. 18), interceder por eles em oração (Rm 8.26,27; cf. 8.34) e permanecer com eles para sempre. <br />(2) A palavra parakletos é aplicada ao Senhor Jesus em 1 Jo 2.1. Jesus, portanto, é nosso Ajudador e Intercessor no céu (cf. Hb 7.25) enquanto que o Espírito Santo é nosso Ajudador e Intercessor, habitando em nós, aqui na terra (Rm 8.9,26; 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; 2 Tm 1.14).<br />Jo 14.17 HABITA CONVOSCO E ESTARÁ EM VÓS. Cristo declara que o Espírito Santo habitava agora com os discípulos, e lhes promete que futuramente Ele estaria "em vós". A promessa do Espírito Santo para habitar nos fiéis cumpriu-se depois da ressurreição de Cristo, quando Ele assoprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo". A seguir, Cristo lhes ordenou a aguardarem uma outra experiência no Espírito Santo, que lhes daria grande poder para testemunhar. "Mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias... recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós" (At 1.5,8; 2.4, para a operação do Espírito Santo na regeneração do pecador.<br />Jo 14.17 O ESPÍRITO DA VERDADE. O Espírito Santo é chamado "O Espírito da verdade" (15.26; 16.13; cf. 1 Jo 4.6; 5.6), porque Ele é o Espírito de Jesus, que é a verdade (18.37), instrui quanto à verdade, expõe a mentira (At 5.1-9) e guia o crente em toda a verdade (16.13). Aqueles que querem sacrificar a verdade em favor da unidade, do amor, ou outra qualquer razão, negam o Espírito da verdade, que os tais alegam ter. A igreja que abandona a verdade, abandona a seu Senhor. O Espírito Santo não será conselheiro dos que são indiferentes à fé ou a seu compromisso com a verdade. Ele vive somente nos que adoram ao Senhor "em espírito e em verdade" (4.24).<br />Jo 14.18 VOLTAREI PARA VÓS. Jesus se revela ao crente obediente mediante o Espírito Santo, que torna conhecida a presença pessoal de Jesus na, e com a pessoa que o ama (v. 21). O Espírito nos torna conscientes da presença de Jesus e da realidade do seu amor, bênção e socorro. Essa é uma das suas missões principais. É mediante o Espírito Santo que Cristo vive no crente, que por esta razão deve expressar amor, adoração e dedicação a Deus.<br />Jo 14.21 AQUELE QUE TEM OS MEUS MANDAMENTOS. Guardar os mandamentos de Cristo não é uma questão de opção para quem quer ter a vida eterna (3.36; 14.21,23; 15.8-10,14; Lc 6.46-49, Tg 1.22; 2 Pe 1.5-11; 1 Jo 2.3-5). (1) A nossa obediência a Cristo, embora nunca perfeita, deve porém ser real. Ela é um aspecto essencial da fé salvífica que brota do nosso amor a Ele. O amor a Cristo é o alicerce da verdadeira obe-diência (vv. 15,21,23,24). Sem amor a Cristo, o esforço humano de guardar seus mandamentos torna-se legalismo. (2) À pessoa que ama a Cristo e se esforça por guardar de modo correto os seus mandamentos, Ele promete amor, graça, bênçãos especiais e sua real presença no seu interior (cf. v. 23).<br /><br />2 - O desenvolvimento constante do Espírito Santo<br /><br />Jo 1.10 O MUNDO NÃO O CONHECEU. O "mundo" se refere à totalidade da sociedade organizada e que age independente de Deus, da sua Palavra e do seu governo. O mundo nunca concordará com Cristo; permanecerá indiferente ou hostil a Cristo e ao seu evangelho, até o final dos tempos (ver Tg 4.4). O mundo é o grande oponente do Salvador na história da salvação (cf. Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 4.5).<br />Jo 1.12 FILHOS DE DEUS. O homem tem o poder -(o direito) de se tornar filho de Deus somente se crer no nome de Cristo. Quando ele o recebe, nasce de novo e é feito filho de Deus (3.1-21). Portanto, nem todas as pessoas são "filhos de Deus" no sentido bíblico.<br />Jo 1.12 CRÊEM. É importante notar que João nunca emprega o substantivo "fé" (gr. pistis). Entretanto, emprega o verbo "crer" (gr. pisteuo) 98 vezes. Para João, a fé salvífica é, pois, uma atividade; algo que as pessoas realizam. A verdadeira fé não é crer e confiar de modo estático em Jesus e na sua obra redentora, mas uma dedicação amorosa e abnegada que continuamente nos aproxima dEle como Senhor e Salvador (cf. Hb 7.25).<br />Jo 1.12 RECEBERAM... CRÊEM. Este versículo retrata claramente como a fé salvífica é tanto um ato instantâneo como uma atitude da vida inteira. (1) Para alguém se tornar filho de Deus, deve "receber" (gr. elabon, de lambano) a Cristo. O tempo pretérito do aoristo aqui denota um ato definido de fé. (2) Após este ato de fé, de receber a Cristo como Salvador, deve haver da parte do pecador uma ação contínua de crer. O verbo "crer" (gr. pisteuosin, de pisteuo) é um particípio presente ativo, indicando a necessidade da perseverança no crer. A fé genuína precisa continuar após o ato inicial da pessoa aceitar a Cristo para que ela seja salva. "Aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mt 10.22; 24.12,13; Cl 1.21-23; Hb 3.6, 12-15).<br />Jo 1.13 NASCERAM... NEM DA VONTADE DA CARNE. Esta passagem mostra que Deus não tinha obrigação de prover salvação para o homem mediante a morte de Cristo. Na <br />provisão da salvação, Deus não teve outra compulsão senão o seu próprio amor e compaixão. A iniciativa em prover a salvação do perdido pecador, parte de Deus.<br /><br />3 - Ser "Cheio do Espirito Santo".<br /><br />Ef 5.18 ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO. "Enchei-vos" (imperativo passivo presente) tem o significado, em grego, de "ser enchido repetidas vezes". A vida espiritual do filho de Deus deve experimentar a renovação constante (3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2), mediante enchimentos repetidos do Espírito Santo. <br />(1) O cristão deve ser batizado no Espírito Santo após a conversão (ver At 1.5; 2.4), mas também deve renovar-se no Espírito repetidas vezes, para adoração a Deus, serviço e testemunho (ver At 4.31-33 nota). <br />(2) Experimentamos enchimentos repetidos do Espírito Santo quando mantemos uma fé viva em Jesus Cristo (Gl 3.5), estamos repletos da Palavra de Deus (Cl 3.16), oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (1 Co 14.15; Ef 5.19,20), servimos ao próximo (Ef 5.21 ) e fazemos aquilo que o Espírito Santo quer (Rm 8.1-14; Gl 5.16ss.; Ef 4.30; 1 Ts 5.19). <br />(3) Alguns resultados de ser cheio do Espírito Santo são: (a) falar com alegria a Deus, em salmos, hinos e cânticos espirituais (v. 19), (b) dar graças (v. 20) e (c) sujeitar-nos uns aos outros (v. 21).<br /><br />III O Batismo com E.S. Capacita-nos a Fazer a Obra de Deus<br /><br />1 - Intrepidez para testemunhar.<br /><br />O batismo no Espírito Santo não somente outorga poder para pregar Jesus como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o Espírito Santo por termos sido cheios do Espírito (cf. Jo 14.26; 15.26,27).<br />(1) O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador.<br />(2) O Espírito Santo dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a Cristo (Jo 16.14), não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do Espírito Santo a respeito da obra redentora de Jesus Cristo, manifestará com certeza, à semelhança de Cristo, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13).<br />(3) O batismo no Espírito Santo outorga poder para o crente testemunhar de Cristo e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo. Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40).<br />(4) O batismo no Espírito Santo destina-se àqueles cujos corações pertencem a Deus por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a Cristo.<br />(5) O batismo no Espírito Santo é um batismo no Espírito que é santo (cf. Espírito de santificação , Rm 1.4). Assim, se o Espírito Santo realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de Cristo. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no Espírito Santo, terá um desejo intenso de agradar a Cristo em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do Espírito complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do Espírito Santo em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do Espírito, mas vivem uma vida contrária ao Espírito de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, mas não têm uma vida de verdadeira fé, amor e retidão, não estão agindo segundo o Espírito Santo, mas segundo um espírito impuro que não é de Deus (Mt 7.21-23; cf. Mt 24.24; 2 Co 11.13-15.<br /><br />2 - Formação de discípulos<br /><br />A experiência do Pentecoste sempre envolve a responsabilidade humana. Aqueles que desejam o derramamento do Espírito em sua vida, para terem poder para realizar a obra de Deus, devem colocar-se à disposição do Espírito Santo mediante sua submissão à vontade de Deus e à oração (v. 4; 2.38; 9.11-17; cf. Lc 11.5-13; 24.49; Is 40.29-31). Note os paralelos entre a vinda do Espírito sobre Jesus e os discípulos.<br />(1) O Espírito desceu sobre eles depois que oraram (Lc 3.21,22; At 1.14; 2.2-4).<br />(2) Houve manifestações visíveis do Espírito (Lc 3.22; At 2.2-4).<br />(3) Os ministérios, tanto de Jesus como dos discípulos, começaram depois do Espírito Santo vir sobre eles (cf. Mt 3.16 com 4.17; Lc 3.21,22 com 4.14-19; At 2.14-47).<br /><br />3 - Chamados para servir.<br /><br />At 4.18 ME UNGIU. Aqui, Jesus explica o propósito do seu ministério ungido pelo Espírito Santo.<br />(1) É para pregar o evangelho aos pobres, aos necessitados, aos aflitos, aos humildes, aos abatidos de espírito, aos quebrantados de coração e aos que temem a sua Palavra (cf. Is 61.1-3 nota; 66.2 nota).<br />(2) É para curar os aflitos e oprimidos. Essa cura envolve a pessoa inteira, tanto física quanto espiritual.<br />(3) É abrir os olhos espirituais dos que foram cegados pelo mundo e por Satanás, para agora verem a verdade das boas-novas de Deus (cf. Jo 9.39).<br />(4) É para proclamar o tempo da verdadeira liberdade e salvação do domínio de Satanás, do pecado, do medo e da culpa (cf. Jo 8.36; At 26.18).<br />Todos os que são cheios do Espírito Santo devem participar do ministério de Jesus, da maneira descrita acima. Para fazermos assim, precisamos estar profundamente conscientes da extrema necessidade e miséria da raça humana, resultante do pecado e do poder de Satanás uma condição de escravidão do mal, desolação, cegueira espiritual e males físicos.<br /><br />CONCLUSÃO<br /><br />Mt 28.19 IDE... ENSINAI... BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a<br />responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja.<br />(1) A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos, de conformidade com a revelação no NT, da parte de Cristo e dos apóstoloS. Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4).<br />(2) O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão (perdão) dos pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de o dom do Espírito Santo (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de Jesus, do céu (At 3.19,20; 1 Ts 1.10).<br />(3) O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que observarão os<br />mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo direto no texto original deste versículo. A intenção de Cristo não é que o evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que observam os mandamentos de Cristo e que o seguem de todo o coração, mente e vontade (cf. Jo 8.31).<br />(4) Note-se, ainda, que Cristo nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo. Aqueles que crêem em Cristo devem abandonar o presente sistema mundano maligno e separar-se da sua imoralidade (Rm 13.12; 2 Co 6.14, e ao mesmo tempo expor a sua malignidade (Ef 5.11).<br />(5) Os que crêem em Cristo e no evangelho devem ser batizados em água. Este ato representa o compromisso que assumiram, de renúncia à imoralidade, ao mundo e à sua própria natureza pecaminosa e de se consagrar sem reservas a Cristo e aos propósitos do seu reino.<br />(6) Cristo estará com seus seguidores obedientes, através da presença e do poder do Espírito Santo (cf. v. 20; 1.23; 18.20). Devem ir a todas as nações e testemunhar somente depois que do alto sejam revestidos de poder.<br /><br />Mt 28.20 ESTOU CONVOSCO. Esta promessa é a garantia de Cristo para os que estão empenhados em ganhar os perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos seus padrões de retidão. Jesus ressurgiu, está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu. Ele está contigo na pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16,26), e através da sua Palavra (Jo 14.23). Não importa a tua condição - fraco, pobre, humilde, sem importância , Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e provações da vida e concede a graça suficiente (2 Co 12.9), bem como a sua presença para te dar vitória até o fim (28;20, At 18.10). Esta é a resposta do crente, ante cada temor, dúvida, problema, angústia e desânimo.<br /><br />BIBLIOGRAFIA<br /><br />Bíblia NVI<br />Bíblia Petencostal CPAD<br />Revista Visão Missoinário<br />http://estudos-biblicos1.blogspot.com/<br />Revista Jovens e Adultos CPAD<br />Bom dia Espirito Santo - Benny Hinn</div>Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-14863533983784743302011-04-12T15:08:00.000-07:002011-04-13T05:41:40.818-07:002º Trimestre de 2011 - Lição 03<div align="justify"><strong>O Que é Batismo com o Espirito Santo</strong> <br /><br /><strong>Texto Áureo</strong> - Mt 3.11<br /><br /> E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. <em><br /><br />** Nota 1** João Batista ensina que a obra do Messias vindouro inclui batizar seus seguidores com o Espírito Santo e com fogo,batismo este que outorga grande poder para vivermos por Ele e testemunhar dEle. <br /><br />** Nota 2**O batismo com [ou em] o Espírito Santo (cf. Mt 3.11), que Cristo outorga aos seus seguidores, é o novo sinal de identificação do povo de Deus. <br /><br />(1) Foi prometido em Jl 2.28 e reafirmado por Cristo depois da sua ressurreição em 24.49; At 1.4-8. Essa predição teve seu cumprimento inicial no dia do Pentecoste (ver At 2.4,). <br /><br />(2) O ministério de Cristo, de batizar no Espírito Santo, é um ministério contínuo durante toda a era atual. Assim, deixa claro o texto grego de Jo 1.33 ( o que batiza com o Espírito Santo ); essa expressão emprega o particípio presente (ho baptizon), que significa aquele que continuará a batizar . Logo, as referências em Lc e Jo não somente dizem respeito ao primeiro derramamento do Espírito Santo no Pentecoste, mas também à missão principal e ao ministério de Jesus, como aquele que batiza no Espírito Santo durante toda a era atual: porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe (At 2.39).</em> <br /><br /><em>**Nota 3**O batismo com o Espírito Santo é identificado em outras passagens. Em Atos 1:4-5, Jesus o prometeu aos apóstolos. Ele cumpriu essa promessa em Atos 2:1-4. Outra vez, ele concedeu o batismo com o Espírito Santo à família de Cornélio (Atos 10:44-48; 11:15-17). <br /><br />Mas, o que é o batismo com fogo? Alguns sugerem que o fogo se refere às "línguas, como de fogo" que pousaram sobre os apóstolos em Atos 2:3. Mas, tal interpretação não explica adequadamente o comentário de João Batista. No contexto imediato (Lucas 3:17; Mateus 3:12), João explica que o fogo representa castigo em fogo inextinguível. Alguns de seus ouvintes seriam batizados com o Espírito Santo, e outros deles seriam imersos no fogo do castigo eterno. João mencionou esses batismos principalmente para ensinar a superioridade de Jesus (veja João 3:30). João, sendo mero homem, tinha autoridade para controlar as águas que ele usava nos batismos de milhares de judeus. Mas Jesus, sendo o Filho de Deus, mostraria seu poder ilimitado. Ele enviaria o Espírito Santo e, também, rejeitaria algumas pessoas eternamente. João e outros pregadores na Bíblia não falaram do inferno sem propósito. Não falaram desse assunto para assustar os ouvintes, nem para sugerir que Jesus fosse somente severo (veja Romanos 11:22). Quando pregaram sobre o castigo eterno, eles estavam nos ajudando a entender a importância de obediência a Cristo. Se não aceitarmos a salvação que ele oferece, teremos o destino infeliz "em chama de fogo" (2 Tessalonicenses 1:7-8).</em> <br /><br />O batismo com o Espírito Santo é identificado em outras passagens. Em Atos 1:4-5, Jesus o prometeu aos apóstolos. Ele cumpriu essa promessa em Atos 2:1-4. Outra vez, ele concedeu o batismo com o Espírito Santo à família de Cornélio (Atos 10:44-48; 11:15-17). <br /><br />* Você tem lembraça do dia e em que circustância fui batisado com o Espirito Santo"? * Tente memorisar e voltar aquele seu primeiro amor...Deus e contigo. <br />* Se caso ainda não recebeu, procure o batismo, e revestimento nescessário para obra à que Jesus lhe chamou. <br /><br /><strong>Verdade Prática</strong><br /><br />O batismo com o Espírito Santo é uma experiência subseqüente à salvação, concedida por Deus a seus servos, tornando-os aptos a cumprir a missão de pregar o Evangelho.<br /> <br /><strong>Leitura Bíblica em Classe</strong> At2.1-4,7,8 <br /><br />1 - E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; <br /><br />2 - E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. <br /><br />3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. <br /><br />4 - E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 7 -E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? 8 - Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? <br /><br />Desenvolvimento <br /><br />I O que não é o Batismo com o Espirito Santo<br /><br /> 1 - O batismo com o Espirito Santo não é a regeneração espriritual do pecador. Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” A outorga do Espírito Santo por Jesus aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no Espírito Santo como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do Espírito Santo e a nova vida do Cristo ressurreto saturavam e permeavam os discípulos. <br />(1) Durante a última reunião de Jesus com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o Espírito Santo, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17 veja nota). Jesus agora cumpre aquela promessa. <br />(2) Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde Deus “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que Jesus estava lhes outorgando o Espírito a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como Deus soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, Jesus soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas. Mediante sua ressurreição, Jesus tornou-se em “espírito vivificante” (1Co 15.45). <br />(3) O imperativo “Recebei o Espírito Santo” estabelece o fato que o Espírito, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da vida pelo Espírito Santo antecede a outorga da autoridade de Jesus para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no Espírito Santo, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4). (4) Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em Cristo, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de Jesus (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17. Foi, também, nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim como no princípio Deus soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7). <br />(5) Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do Espírito Santo entre o povo de Deus: <br />(a) os discípulos receberam o Espírito Santo (i.e., o Espírito Santo passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e <br />(b) o derramamento do Espírito Santo em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no Espírito no dia do Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do Espírito neles. <br />(6) Estas duas obras distintas do Espírito Santo na vida dos discípulos de Jesus são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o Espírito Santo ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no Espírito Santo para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4;). <br />(7) Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por Jesus do Espírito Santo em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do Espírito Santo no Pentecoste. Muitos confundem o batismo com Espirito Santo com a salvação e a santificação. Eles desconhecem que, na obra regeneradora, o Espirito Santo transmit nova vida ao pecador conforme a palavra que esta em 2 Co 5.17.Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. <br /><br />2 - O batismo no corpo de Cristo não é o batismo com Espirito Santo. <br /><br />Veja e exegese do 1 Co 12.13(TODOS NÓS FOMOS BATIZADOS EM UM ESPÍRITO. O batismo "em um Espírito" não se refere, nem ao batismo em água, nem ao batismo no Espírito Santo que Cristo outorga ao crente como no dia de Pentecoste (ver Mc 1.8; At 2.4 nota). Refere-se, pelo contrário, ao ato do Espírito Santo batizar o crente no corpo de Cristo - a igreja, unindo-o a esse corpo; fazendo com que ele seja um só com os demais crentes. É a transformação espiritual (i.e., a regeneração) que ocorre na conversão e que coloca o crente "em Cristo" biblicamente.<br /><br /> 3 - O batsimo com o Espirito Santo não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos. <br /><br />Repare que me At 2.39 A VÓS, A VOSSOS FILHOS E A TODOS. A promessa do batismo no Espírito Santo não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste (v.4), mas também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era: a vós os ouvintes de Pedro; a vossos filhos à geração seguinte; à todos os que estão longe à terceira geração e às subseqüentes. <br />(1) O batismo no Espírito Santo com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (cf. v. 38; 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica. <br />(2) É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no Espírito que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49). <br /><br />II O que é o Batismo com o Epirito Santo <br /><br />1 - O falar em línguas com sinal de batismo. At 2.4 <br /><br />“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje. <br />O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS. <br />(1) As línguas como manifestação do Espírito. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito. <br />(2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no Espírito Santo. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas. <br />(3) As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais: <br />(a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17). <br />(b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14.2,14,15,28), dar graças (14.16,17) ou cantar(14.15) <br /><br />OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS. O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus (ver 1Jo 4.1 nota). <br /><br />(1) Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo. <br /><br />(2) O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2Ts 2.9) e obreirosfraudulentos que fingem ser servos de Deus (2Pe 2.1,2). <br /><br />(3) Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9 nota; Mt 24.11-24, Jo8.31). <br /><br />2 - O dom de variedade de línguas Dom de Variedades de Línguas (12.10). <br /><br />No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: (<br /><br />a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1;)A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). <br /><br />(b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20). <br /><br />(c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). <br /><br />(d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle”. <br /><br />3 - A finalidade do dons de línguas <br /><br />1Co 14.2(comentário do versiculo) O QUE FALA LÍNGUA. <br /><br />Os coríntios exageravam a importância do dom de línguas no culto público e isso em detrimento dos outros dons. Além disso, usavam esse dom na igreja sem interpretação. Paulo procura corrigir esse abuso ao ressaltar que as línguas sem interpretação no culto público, de nada aproveitam. Segue-se um esboço desse capítulo: <br /><br />(1) A profecia edifica a igreja, mais do que as línguas sem interpretação (vv. 1-4). (2) A profecia, e as línguas com interpretação, têm igual importância na igreja (v. 5). <br />(3) Falar em línguas no culto público, sem interpretação, não beneficia os outros (vv. 6-12). <br />(4) Os que falam ou oram em línguas na igreja, devem orar pedindo o dom da interpretação, para assim edificarem a igreja (v. 13). <br />(5) Na vida pessoal de Paulo, falar com Deus em línguas é um meio importante de adoração e de crescimento espiritual (vv. 14-19). <br />(6) A profecia é mais útil do que as línguas sem interpretação, visto que a profecia leva à convicção do pecado e a consciência da presença de Deus (vv. 20-25). <br />(7) O falar em línguas e o profetizar devem ser regulados a fim de que prevaleça a ordem na igreja (vv. 26-40). <br /><br />1Co 14.2(comentário do versiculo) NÃO FALA AOS HOMENS, SENÃO A DEUS. Há, basicamente, duas maneiras de entender este versículo. <br /><br />(1) Alguns entendem que ele mostra que a finalidade principal das línguas, quer na igreja, quer em particular, é falar primeiramente com Deus, e não aos homens (v. 2). Quando as línguas são dirigidas a Deus, envolvem a comunicação com Ele mediante o Espírito Santo, e podem tomar a forma de oração, de louvor, de cânticos, de invocação de bênçãos e de ação de graças. O que se fala em línguas são "mistérios", i.e., coisas incompreensíveis a quem fala e aos ouvintes (cf. vv. 2.13-17). A interpretação da expressão vocal (vv. 5,13) em línguas, permite a congregação participar dessa manifestação de adoração dirigida pelo Espírito e, assim, ela poderá dizer "amém" (v.16) à oração ou ao louvor inspirados pelo Espírito (v. 16; ver também v.6 nota). <br /><br />(2) Por outro lado, é possível que a declaração de Paulo queira dizer que somente Deus compreende uma expressão em línguas, a não ser que seja interpretada (v. 5). O sentido seria que as línguas, quando interpretadas, são dirigidas aos homens. Esse ponto de vista é apoiado pela declaração de Paulo de que a razão pela qual as línguas não são dirigidas aos homens é porque "ninguém o entende" . <br /><br />1Co 14.3(comentário do versiculo) PROFETIZA... PARA EDIFICAÇÃO. O dom de profecia na igreja é originado pelo Espírito Santo, não primeiramente para predizer o futuro, mas para fortalecer a fé do crente, sua vida espiritual e sua resolução sincera de permanecer fiel a Cristo e aos seus ensinos. Profetizar não é, porém, pregar um sermão preparado, mas transmitir palavras espontâneas sob o impulso do Espírito Santo, para a edificação do indivíduo ou da congregação.<br /><br />1Co 14.4(cometário do versiculo) EDIFICA-SE A SI MESMO. Falar em línguas sem interpretação edifica (i.e., faz crescer a fé e a vida espiritual, ver v. 26 nota) a quem fala, porque coloca a pessoa em comunhão direta com Deus por meio do Espírito (cf. Ef 3.16; Jd 20), ultrapassando a capacidade da mente. Paulo declara que ele ora e tem comunhão com Deus desta maneira, e ao mesmo tempo ora com o seu entendimento (vv. 14,15). <br /><br />1Co 14.5(cometário do versiculo) EU QUERO QUE TODOS VÓS FALEIS LÍNGUAS. O desejo de Paulo refere-se aqui ao falar em línguas a Deus nos momentos de devoção particular. Fica claro que línguas assim, têm valor para a adoração e oração pessoais do cristão individualmente (vv. 2,4). Paulo acrescenta que as línguas autênticas, acompanhadas de interpretação na assembléia, edificam a igreja, da mesma maneira que a profecia. Falar em línguas no culto, sem a interpretação, não contribui, em nada para a edificação da igreja (vv. 7-9). <br /><br />1Co 14.6(comentário do versiculo) FALANDO LÍNGUAS ESTRANHAS, QUE VOS APROVEITARIA? Às vezes, as línguas faladas podem ser dirigidas à congregação. Paulo descreve a situação hipotética dele chegar a Corinto e falar em línguas no culto de adoração ali. Tal fala não lhes aproveitaria nada, a não ser que ele também lhes levasse alguma revelação ou conhecimento. O conteúdo deste versículo sugere que essas línguas, ao serem interpretadas, deveriam consistir de mensagem contendo revelação, conhecimento, profecia, ou ensino à congregação. Esse modo de entender tem apoio no versículo 8, onde Paulo apresenta a analogia da trombeta que transmite uma mensagem de preparo para a batalha. Noutras palavras, falar em línguas com interpretação pode resultar numa mensagem ao povo de Deus, de preparo para a guerra espiritual contra Satanás, contra o pecado e as coisas ímpias do mundo, ou pode nos conclamar ao preparo para a volta iminente de Cristo. <br /><br />III A Experiência de Atos 2 <br /><br />1 - Glossolalia (do grego γλώσσα, "glóssa" [língua]; λαλώ, "laló" [falar]) é um fenômeno de psiquiatria e de estudos da linguagem. Por sua vez, glossolalia religiosa é um fenômeno geralmente ligado a situações de fervor religioso, em que o indivíduo crê expressar-se em uma língua por ele desconhecida e tida por ele como de origem divina. Essas falas são geralmente caracterizadas pela repetição da cadeia sonora, sem um significado sistemático e, ainda, com raras unidades linguísticas previsíveis. O falante costuma ser incapaz de repetir os enunciados já pronunciados. Algumas denominações pentecostais e correntes religiosas como a Renovação Carismática Católica se referem à glossolalia religiosa como dom de línguas, conectando-o ao evento descrito no segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos, embora no referido livro o fenômeno seja explicado não como a fala de uma língua estrangeira, pura e simplesmente, mas sim o fato de os estrangeiros presentes em Jerusalém entenderem em seu próprio idioma o que os apóstolos diziam: "porque cada um os ouvia falar na sua própria língua". <br /><br />2 - Xenolalia <br /><br />O falar em línguas num idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala. <br /><br />[...] O interesse generalizado pelo batismo e dons do Espírito Santo convenceu alguns<br />[os evangélicos do século XIX] de que Deus concederia o dom de línguas a fim de equipá-los com idiomas humanos identificáveis (xenolalia) para que pudessem anunciar o Evangelho noutro países, agilizando assim a obra missionária. <br /><br />[...] Em 1895, o autor e líder do Movimento da Santidade, W. B. Codbey, disse que o ‘dom de línguas’ era ‘destinado a desempenhar um papel de destaque na evangelização do mundo pagão e no cumprimento profético glorioso dos últimos dias. Todos os missionários nos países pagãos deviam buscar e esperar esse dom que os capacitaria a pregar fluentemente no vernáculo’. <br /><br />[...] Entre os que esperavam o recebimento do poder do Espírito para evangelizar rapidamente o mundo, achava-se o pregador da Santidade, em Kansas, Charles Fox Parham e seus seguidores. Convencido pelos seus próprios estudos de Atos dos Apóstolos, e influenciado por Irwin e Sandford, testemunhou Parham um reavivamento notável na Escola Bíblica Bethel, em Topeka, Kansas, em Janeiro de 1901<br />. A maioria dos alunos, bem como o próprio Parham, regozijaram-se por terem sido batizados no Espírito e de haverem falado noutras línguas (xenolalia). Assim como Deus concedera a plenitude do Espírito Santo aos 120 no Dia do Pentecoste, eles também haviam recebido a promessa (At 2.39). <br /><br />[...] Depois de 1906, os pentecostais passaram a reconhecer, cada vez mais, que, na maioria das ocorrências do falar em línguas, os cristãos realmente estavam orando em línguas não identificáveis e não em idiomas identificáveis (glossolalia ao invés de xenolalia). Embora Parham mantivesse sua opinião a respeito da finalidade das línguas na pregação transcultural, os pentecostais chegaram finalmente à conclusão: as línguas representavam a oração no Espírito, a intercessão e o louvor” (HORTON, S. M. et all. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.15-17,19,20). <br /><br />3 - Atualidade das manifestações espirituais. <br /><br />O falar em línguas é importante para a Igreja hoje? O batismo com o Espírito Santo só é válido com a evidência do falar em línguas? Afirmar que as manifestações espirituais foi exclusiva e necessária, tão somente para fortalecer a Igreja emergente, significa confinar o fato à história e desconhecer as dimensões da promessa apresentada por Pedro no seu discurso no dia de pentecostes. Citando Joel 2.23, 28, 29, declarou que seu cumprimento dava-se naquele momento. A promessa do batismo no Espírito Santo não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste, mas também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era: a vós - os ouvintes de Pedro; a vossos filhos - à geração seguinte; à todos os que estão longe - à terceira geração e às subseqüentes. <br />O batismo no Espírito Santo com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (At 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica. É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no Espírito que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (At 1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49). Por isso não podemos limitar, nem reter a ação do Espírito Santo na história. Ele foi enviado para acompanhar a Igreja até a volta de Jesus. <br /><br />Conclusão <br /><br />Pode-se indagar se o falar em línguas serve apenas como evidência do batismo no Espírito Santo. A resposta certamente é não, pois o fenômeno das línguas tem outras importantes funções. Em línguas, o crente adora a Deus em mistérios e edifica-se a si mesmo; orando em línguas, o crente expressa a Deus palavras que o Espírito concede que ele fale. <br />É o Espírito Santo que nos ajuda em nossas fraquezas porque não sabemos o que havemos de pedir como convém (Rm 8.26). Que riqueza gloriosa Deus coloca à disposição de seus filhos! O Espírito Santo atua na vida do crente produzindo alegria, mesmo diante de tribulação e angustia. Ele nos ajuda em nossas fraquezas intercedendo por nós. A necessidade hoje é a mesma! <br /><br />VOCABULÁRIO <br /><br />Cessacionista: Aquele que crê na cessação dos dons do Espírito Santo, ou seja, estes não estão disponíveis para a igreja hoje. <br />Linguístico: Relativo à linguística ou à língua, ou que tem por base a língua. <br /><br />BIBLIOGRAFIA SUGERIDA <br /><br />HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. RJ: CPAD, 2001. <br />MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.<br />BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL - CPAD</div>Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-25115293707045469282011-04-12T11:33:00.000-07:002011-04-12T11:59:59.690-07:002º Trimestre de 2011 - Lição 02Nomes e Símbolos do Espírito Santo <br /><br />TEXTO ÁUREO <br /><br />"E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele" (Mt 3.16). <a name="Verdade_Prática"></a><br /><br />VERDADE PRÁTICA <br /><br />A pluralidade dos nomes e símbolos do Espírito Santo revela sua divindade, obra e ministério na vida da Igreja de Cristo. <a name="Leitura_Diária"></a><a name="Leitura_Bíblica_em_Classe"></a><a name="Interação"></a><br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE João 1.29-33; Rm 8.9-11, 14,15 <a name="Coment%C3%A1rio"></a><br /><br />I. INTRODUÇÃO <br /><br />Através da Bíblia, o Espírito Santo é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18; Hb 9.14; 1Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O Espírito Santo não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com Jesus (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo Deus vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação. Além das numerosas referências nominais ao Espírito, tanto no Antigo como no Novo Testamento, o Espírito é mencionado freqüentemente pelo uso de uma variedade de símbolos. Unicamente pelo conhecimento dos símbolos, emblemas ou ilustrações utilizados para o Espírito podem Sua obra e ministério na vida do crente ser entendidos adequadamente. Os símbolos oferecem quadros concretos de coisas abstratas, tais como a terceira Pessoa da Trindade. Os símbolos do Espírito Santo também são arquétipos. Em literatura, arquétipo é uma personagem, tema ou símbolo comum a várias culturas e épocas. Em todos os lugares, o vento representa forças poderosas, porém invisíveis; a água límpida que flui representa o poder e refrigério sustentador da vida a todos que têm sede, física ou espiritual; o fogo representa uma força purificadora (como na purificação de minérios) ou destruidora (freqüentemente citada no juízo). <br /><br />II. DESENVOLVIMENTO <br /><br />I. A PLURALIDADE DOS NOMES DO ESPÍRITO SANTO <br /><br />Para muitas pessoas de nossa sociedade, os nomes pessoais não têm a mesma relevância que os da literatura bíblica. Os pais dão nome às crianças sem pensar no significado, simplesmente copiando dos parentes, amigos ou personagens públicas. Um casal pode dar o nome de Betânia a um filho, sem o mínimo conhecimento do significado original do nome (Casa do pobre). Os pais que têm um tio muito querido, chamado Samuel (“Seu nome é Deus”), talvez dêem o mesmo nome a um filho. Para um israelita, o nome Samuel proclamava que o portador do nome era um adorador de Deus. Os nomes e títulos do Espírito Santo nos revelam muita coisa a respeito de quem é o Deus Espírito Santo. Embora o nome “Espírito Santo” ocorra apenas três vezes no Antigo Testamento (Sl 51.11; Is 63.10, 11), vários títulos equivalentes são usados.<br /><br /> 1. Nomes do Espírito Santo relacionados à Trindade.<br /><br /> O título mais freqüente no Antigo Testamento é “o Espírito de Yaweh” (heb. Ruach YHWH [Yahweh]), ou, conforme consta nas Bíblias em português, “o Espírito do Senhor”. Considerando o ataque que os críticos modernos fazem à presença do Espírito Santo no Antigo Testamento, talvez devamos usar o nome pessoal de Deus, “Yahweh”, ao invés do título “Senhor” (que os judeus dos tempos posteriores ao Antigo Testamento substituíram pelo nome). O que nos interessa aqui é um dos significados de Yahweh: “aquele que cria, ou faz existir”. Cada emprego do nome Yahweh é uma declaração a respeito da criação. O “Senhor dos Exércitos” é melhor traduzido como “aquele que cria as hostes” — tanto as hostes celestiais (as estrelas e os anjos, de acordo com o contexto) quanto às hostes do povo de Deus. O Espírito de Yahweh estava ativo na criação, conforme revela Gênesis 1.2, com referência ao “Espírito de Deus” (heb. ruach ’elohim). Vários títulos do Espírito Santo podem ser encontrados nas Epístolas: “o Espírito de santificação” (Rm 8.2); “o Espírito de adoção de filhos” (Rm 8.15); o “Espírito Santo da promessa” (Ef 1.13); “o Espírito eterno” (Hb 9.14); “o Espírito da graça” (Hb 10.29); e “o Espírito da glória” (1 Pe 4.14). <br /><br />2. O Consolador. <br /><br />Uma preciosa série de títulos do Espírito Santo encontra-se em João 14 – 16. Jesus promete enviar outro Consolador (“Ajudador” ou “Conselheiro”). Uma preciosa série de títulos do Espírito Santo encontra-se em João 14 – 16. Jesus promete enviar outro Consolador (“Ajudador” ou “Conselheiro”). Outro: [Do Gr. Allos; Strong 243]: Alguém além de; outro da mesma espécie. A palavra mostra semelhanças, porém diversidade de operação e ministérios. O uso que Jesus faz de allos para enviar outro Consolador equipara-se a ‘alguém além de mim e em adição a mim, mas alguém como eu. Na minha ausência, ele fará o que eu faria se estivesse fisicamente presente com vocês’. A Vinda do Espírito garante a continuidade do que Jesus fez e ensinou [3]. A obra do Espírito Santo como Conselheiro inclui o papel do Espírito da Verdade, que habita dentro de nós (Jo 14.16; 15.26), como aquEle que ensina todas as coisas, como aquEle que faz lembrar tudo quanto Cristo tem dito (14.26) e como aquEle que convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8). O Dicionário VINE assim expressa o sentido do termo grego: “parakletos, literalmente, “chamado para o lado de alguém”, ou seja, para ajuda [...]. Então, em geral, aquele que pleiteia a causa de outrem, intercessor, advogado, como ocorre em 1Jo 2.1, que diz respeito ao Senhor Jesus” [3]. <br /><br />3. O Espírito da Verdade. <br /><br />A obra do Espírito Santo, segundo se infere de Jo 16.7,8, é convencer do pecado da justiça e do juízo, e isso não concerne somente ao incrédulo, mas também àquele que serve ao Senhor, ensinando, corrigindo e guiando na verdade (Mt 18.15; 1 Tm 5.20; Ap 3.19). O Espírito Santo ensinará ao crente concernente ao pecado, a justiça de Cristo e ao julgamento da maldade com vistas a moldar o caráter à Cristo e aos seus padrões de justiça (2Co 3.18); guiar os crentes em toda verdade, e levá-los a viver para a glória de Deus. Deste modo, o Espírito Santo opera no crente para reproduzir no seu viver a vida santa de Cristo. Somente os que recebem a verdade e são "guiados pelo Espírito de Deus" são filhos de Deus (Rm 8.14), e assim podem continuar na plenitude do Espírito Santo. <br /><br />4. O Espírito de Graça. <br /><br />O Apóstolo João disse: “E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça.” (Jo 1.6). Graça é um conceito teológico fortemente enraizado no Protestantismo, definido como um dom gratuito e sobrenatural dado por Deus para conceder à humanidade todos os bens necessários à sua existência e à sua salvação. A graça capacita o que ela manda fazer. Esta dádiva é motivada unicamente pela misericórdia e amor de Deus à humanidade, logo, movida por Sua iniciativa própria, ainda que seja em resposta a algum pedido a Ele dirigido. E também por esta razão, a Graça é um favor imerecido pelo Homem, mas sim fruto da misericórdia e amor divinos. O fato de João afirmar que a graça vem da plenitude de Cristo, ensina que essa graça é mais do que a disposição de Deus ou favor impessoal. Trata-se de Deus atendendo nossas necessidades na Pessoa de Jesus Cristo, incluindo todo o seu poder e provisão. A outorga do Espírito Santo por Jesus aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no Espírito Santo como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do Espírito Santo e a nova vida do Cristo ressurreto saturavam e permeavam os discípulos[4]. A Bíblia ensina claramente que a obra do Espírito Santo de dar vida espiritual acontece antes que tenhamos fé em Cristo: é Ele quem convence do pecado da Justiça e do juízo (Jo 16.7,8)! <br /><br />5. O Espírito de Vida. <br /><br />O Espírito Santo é o agente da salvação. Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8), revela-nos a verdade a respeito de Jesus (Jo 14.16,26), realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de Cristo (1Co 12.13). No momento em que nascem de novo, os crentes em Jesus recebem o Espírito Santo, segundo a totalidade do Novo Testamento (At 2.28; Rm 8.9; 1Co 12.13). Regeneração é um ato soberano do Espírito Santo sobre o coração da pessoa, no qual o espírito é vivificado e permanentemente orientado numa direção centrada em Deus. “O grande trabalho do Espírito Santo é a obra de regeneração (Jo 3.3-6). Certa noite Nicodemus, um mestre de Israel, veio até Jesus, que lhe disse: “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (...) O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”. O nosso Senhor tendo o conhecimento de que a fé e a obediência a Deus, e a nossa aceitação da parte de Deus, dependem de um novo nascimento, fala a Nicodemus do quão necessário é nascer de novo. Nicodemus fica surpreso com isso, e assim Jesus segue adiante a ensinar-lhe que obra de regeneração é esta. Ele diz: “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (v.5). A regeneração, portanto, ocorre por meio “da água e do Espírito”. O Espírito Santo faz a obra de regeneração na alma do homem, da qual a água é o sinal exterior. Este símbolo externo é um solene compromisso e selo do pacto que até então lhes vinha sendo anunciado por João Batista. A água pode também significar o próprio Espírito Santo” [5]. <a name="II__ISA%C3%8DAS___O_PROFETA_MAIOR_"></a><br /><br />II. OS SÍMBOLOS BÍBLICOS <br /><br />1. A Bíblia e os símbolos. <br /><br />Símbolos e tipos fazem parte do mesmo contexto dos hebraísmos. O símbolo é uma figura, objeto, número ou emblema, cuja imagem representa, de modo sensível, uma verdade moral ou religiosa. Através do símbolo, uma certa coisa, objeto ou verdade é substituído por um sinal. No símbolo, um conceito abstrato recebe uma correspondência material e concreta pela relação existente entre o conceito e o objeto ou símbolo por ele representado[6]. Pelo exposto, os símbolos oferecem quadros concretos de coisas abstratas, tais como a terceira Pessoa da Trindade. Os símbolos do Espírito Santo também são arquétipos. Em literatura, arquétipo é uma personagem, tema ou símbolo comum a várias culturas e épocas. Em todos os lugares, o vento representa forças poderosas, porém invisíveis; a água límpida que flui representa o poder e refrigério sustentador da vida a todos que têm sede, física ou espiritual; o fogo representa uma força purificadora (como na purificação de minérios) ou destruidora (freqüentemente citada no juízo). Tais símbolos representam realidades intangíveis, porém genuínas. <br /><br />2. Jesus utilizou alguns símbolos. <br /><br />Para ensinar as doutrinas do Senhor, os antigos hebreus utilizavam os símbolos. Através destes, de forma poética, diziam, com simplicidade e exatidão, tudo o que precisava ser dito. Jesus também lança mão desse expediente para ensinar por parábolas as verdades espirituais. O Senhor Jesus Cristo, nas Escrituras, também tem os seus símbolos: Ele é o Cordeiro de deus, o Leão de Judá, a Raiz de Davi, o Pão da vida, a Estrela da Manhã, o Esposo amado, o Sol, da Justiça, a Luz do Mundo... São imagens riquíssimas que nos apresentam o Salvador e que nos permitem saber que ele é e o que faz. <a name="Sin%C3%B3pse"></a><a name="III__CLASSIFICA%C3%87%C3%83O_DOS_LIVROS_"></a><br /><br />III. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO <br /><br />1. Fogo (Lc 3.16). <br /><br />O aspecto purificador do fogo é refletido claramente em Atos 2. Ao passo que uma brasa tirada do altar purifica os lábios de Isaías (Is 6.6, 7), no dia de Pentecostes são “línguas de fogo” que marcam a vinda do Espírito (At 2.3). Esse símbolo é empregado uma só vez para retratar o batismo no Espírito Santo. O aspecto mais amplo do fogo como elemento purificador encontra-se no pronunciamento — ou profecia — de João Batista: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará” (Mt 3.11, 12; ver também Lc 3.16, 17). As palavras de João Batista aplicam-se mais diretamente à separação entre o povo de Deus e os que têm rejeitado a Ele e ao Messias. Os o rejeitaram serão condenados ao fogo do juízo. Por outro lado, o fogo ardente e purificador do Espírito da Santidade também operam no crente (1Ts 5.19) [7]. <br /><br />2. Água, rio e chuva (Jo 7.37,38). <br /><br />A água, assim como o fôlego, é necessária ao sustento da vida. Jesus prometeu rios de água viva, “e isso disse ele do Espírito” (Jo 7.39). O fôlego e a água, tão vitais na hierarquia das necessidades físicas humanas, são igualmente vitais no âmbito do Espírito. Sem o fôlego vivificante e as águas vivas do Espírito Santo, nossa vida espiritual não demoraria a murchar e a ficar sufocada. A pessoa que se deleita na Lei (heb. torah _ “instrução”) de Yahweh e nela medita de dia e de noite é “como a árvore plantada junta a ribeiros de águas… cujas folhas não caem” (Sl 1.3). O Espírito da Verdade flui da Palavra como águas vivas, que sustentam e refrigeram o crente e revestem de poder[7]. Quando o crente recebe o dom do Espírito Santo, passa a ter uma vida transbordante no Espírito. A seguir, essas "águas vivas correrão" para os outros com a mensagem sanadora de Cristo (10.10; 14.12; 15.5; Sl 46.4; Is 32.15; 44.3; 58.11; Jr 31.12; Ez 47.1-12; Jl 3.18; Zc 14.8). 3. Selo (2Co 1.21, 22; Ef 1.13). A palavra selo ou penhor vem do grego Arrabon e significa depósito antecipado ou garantia. – Theological Dictionary of The New Testament, pág. 80. Esse depósito antecipado torna-se uma garantia de que o comprador virá buscar o objeto comprado. Como símbolo da obra do Espírito Santo, este penhor significa o seguinte: <br />a) Assim como alguém paga um depósito antecipado pelo bem que virá buscar, Deus nos deu o Espírito Santo como garantia de que um dia virá para nos buscar. II Cor. 1:22 e Efés. 1:14. <br />b) A certeza de que a presença do Espírito Santo em nossa vida é uma garantia de que Deus virá nos dar a herança eterna é confirmada pala morte de Cristo na Cruz. <br />c) O selo é também sinal de propriedade. Jer. 32:9 e 10. O Espírito Santo na vida do crente é sinal de que ele pertence a Deus. – Arnold Wallenkampf, Renovados por El Espiritu, pág. 27. <br />d) O Espírito Santo é também uma garantia de que o crente está seguro nas mãos de Deus e ninguém poderá arrebatá-lo das mãos do Senhor. Ibidem [8]. <br />Espírito Santo é o selo oficial da possessão de Deus, que marca o crente como sua propriedade e que produz um caráter santo na sua personalidade (cf. 3.18; Gl 5.22; Ef 1.13). <br />Como "selo", o Espírito Santo é dado ao crente como a marca ou evidência de propriedade de Deus. Ao outorgar-nos o Espírito, Deus nos marca como propriedade exclusiva sua (2 Co 1.22). Assim, temos a evidência de que somos filhos adotados por Deus, e que a nossa redenção é real, pois o Espírito Santo está presente em nossa vida (Gl 4.6). Podemos saber que realmente pertencemos a Deus, pois o Espírito Santo nos regenera e renova (Jo 1.12,13; 3.3-6), nos liberta do poder do pecado (Rm 8.1-17; Gl 6.16-25), nos faz conscientes de que Deus é nosso Pai (v. 5; Rm 8.15; Gl 4.6) e nos enche de poder para testemunhar (At 1.8; 2.4). <br /><br />III. CONCLUSÃO <br /><br />Paulo ao escrever sua epístola aos Efésios, centrou o assunto “O Espírito Santo e seu lugar na redenção do crente”. Segundo seu ensino, o Espírito Santo no crente é a marca ou sinal de propriedade de Deus; é a primeira "porção" ou "quinhão" da herança do crente; é o Espírito de sabedoria e de revelação; ajuda o crente a aproximar-se de Deus; edifica os crentes como templo santo; revela o mistério de Cristo. No dizer de Paulo, são quatro os aspectos da obra de Deus no crente, mediante o Espírito: <br />(1) O Espírito Santo firma o crente e o ajuda a perseverar na vida de fé (1 Pe 1.5); <br />(2) O Espírito Santo unge o crente para revesti-lo de poder para testemunhar (At 1.8), para realizar as obras de Cristo (Is 61.1; Mt 10.19,20; Jo 14.12; At 10.38) e para conhecer a verdade (1 Jo 2.20,27); <br />(3) O Espírito Santo é o selo oficial da possessão de Deus, que marca o crente como sua propriedade e que produz um caráter santo na sua personalidade (cf. 3.18; Gl 5.22; Ef 1.13); e <br />(4) O Espírito Santo que em nós habita é um "penhor", i.e., uma garantia para o crente e, ao mesmo tempo, as primícias da vida melhor com Cristo, no futuro (5.5; Rm 8.23; ver Ef 1.13,14).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-15806526215793511692011-04-02T10:00:00.000-07:002011-04-02T11:20:30.958-07:002º Trimestre de 2011 - Lição 01<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF8SQtJ2Ai1n1c8zJwAkmneYceHHEqnRti2VaDMpIsG5OVG5PgRHAy0v74aO8XitFF124pT0RQQN3u1QU2vvUesBTjB3yaKCKLZGcTJwfEXlQ7XrLuBRSS0Y_lGE5i8W-qlL_DKgssFeIb/s1600/JESUS+ESPIRITO+SANTO.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5591044770386307010" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF8SQtJ2Ai1n1c8zJwAkmneYceHHEqnRti2VaDMpIsG5OVG5PgRHAy0v74aO8XitFF124pT0RQQN3u1QU2vvUesBTjB3yaKCKLZGcTJwfEXlQ7XrLuBRSS0Y_lGE5i8W-qlL_DKgssFeIb/s400/JESUS+ESPIRITO+SANTO.jpg" /></a> <br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;color:#ff0000;">Quem é o Espírito Santo?</span></strong> </div><br /><p align="justify">TEXTO ÁUREO</p><br /><div align="justify">"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16). </div><br /><div align="justify"><a name="Verdade_Prática"></a>VERDADE PRÁTICA </div><br /><div align="justify">O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade Santíssima e, à semelhança do Pai e do Filho, é Deus. <a name="Leitura_Diária"></a><a name="Leitura_Bíblica_em_Classe"></a><a name="Interação"></a></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">LEITURA BÍBLICA EM CLASSE </div><br /><div align="justify">João 14.16, E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 17.O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. </div><br /><div align="justify">26; Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.</div><br /><div align="justify">João16.13,Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. 14,Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. 15,Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><a name="Coment%C3%A1rio"></a>I. INTRODUÇÃO </div><br /><div align="justify">Após concluirmos o estudo do livro de Atos dos Apóstolos, onde aprendemos que o Espírito Santo dado à Igreja no dia de Pentecostes, orientou a expansão do evangelho por todo o mundo conhecido àquela época, iniciamos um segundo trimestre estudando acerca desse Espírito que foi derramado sobre os discípulos naquele dia, o fundamento da fé pentecostal que professamos.</div><br /><div align="justify">(Também nos lembrando dos 100anos da Igreja AD no Brasil). O espírito Santo que opera como Consolador para a Igreja, não é impessoal. Todas as características de uma personalidade lhes são intrínsecas. Seu ministério é predominantemente orientado a Cristo, parte do qual é ensinar e lembrar aos discípulos o que Jesus ensinou em pessoa. A importância do estudo do Espírito Santo deve-se a quem ele é, o que ele fez, faz e ainda fará na história da humanidade. Entendemos que o Espírito Santo é Deus, e aquilo que se conhece verdadeiramente do Senhor, só é possível por sua pessoa. Mark D. McLean afirma: ‘A tarefa dada à Igreja do século XX é pregar a totalidade do Evangelho. O que necessitamos não é um Evangelho diferente, mas a plenitude do Evangelho conforme registrado no Novo Testamento. Destacamos esse fato, porque o Espírito Santo tem sido negligenciado no decurso dos séculos. Temos a tarefa de entender de novo a Pessoa e a obra do Espírito Santo, conforme reveladas na Bíblia e experimentadas na vida da Igreja hoje’. </div><br /><p align="justify">PS!!! Fui me enviado um livro sobre "A História do Avivamento Azusa", um presente do meu colega de faculdade Teologica (Prof. Raul). Amandos caso queiram O livro só Seguir este Blog e lhe envio. </p><br /><div align="justify">II. DESENVOLVIMENTO</div><br /><p align="justify">I. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO</p><br /><p align="justify">1. A doutrina do Espírito Santo. </p><br /><p align="justify">Em Teologia Cristã, pneumatologia se refere ao estudo do Espírito Santo. Pneumatologia, do gr. Pneumatos, Espírito, e Lógos, revelação; palavra; discurso; doutrina; raciocínio. O termo significa, então, ‘doutrina do Espírito’. Nesta doutrina Cristã, o Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade. Algumas formas de Cristianismo negam que o Espírito Santo seja pessoal, embora assegurando que pode, em algumas ocasiões, influenciar as pessoas. Apesar de nos dizer em Jo 4.24 que Deus é Espírito, o nome se aplica mais particularmente à terceira pessoa da trindade. O termo hebraico com o qual ele é designado é ruach, e o grego é pneuma, ambos como o vocábulo latino spiritus, derivam de raízes que significam ‘soprar’, ‘respirar’. Daí também podem ser traduzidos por ‘sopro’ ou ‘fôlego’ (Gn 2.7; 6.17; Ez 37.5,6), ou ‘vento’ (Gn 8.1; 1Rs 19.11; Jo 3.8). </p><br /><p align="justify">2. O Espírito Santo no Antigo e no Novo Testamento.</p><br /><p align="justify">O Espírito Santo existia antes do Pentecostes como a terceira pessoa da Trindade, e nessa qualidade esteve sempre ativo, mas o período que antecedeu a este dia, não foi os de sua atividade especial. O período do Antigo Testamento foi de preparação e espera. As verdades conhecidas então, eram verdades simples e dadas por meio de lições objetivas. Só havia e só podia haver bem pouco contato pessoal entre o homem e Deus. Ocasionalmente, um patriarca ou profeta falava face a face com Ele, naturalmente que o Espírito esteve ativo durante aquele período; Ele descia sobre os homens apenas temporariamente, a fim de inspirá-los para algum serviço especial, e deixava-os quando essa tarefa ficava terminada, não permanecia com os homens nem neles habitava. Existem várias referências ao Espírito Santo de Deus distribuídas pelo Velho Testamento. Mesmo que a doutrina da Trindade não esteja muito clara no Velho Testamento, a personalidade e a divindade do Espírito Santo ali são reveladas. No primeiro versículo da Bíblia (Gen. 1:1), a palavra hebraica para Deus, é usada no plural. Em Gen. 1:2, o Espírito é expressamente mencionado. Deus também refere-se a si mesmo no plural (Gen. 1:26; 11:7) e em Is 48:16, as três pessoas da Trindade são mencionadas juntas. Muitos dos títulos atribuídos ao Espírito Santo podem ser encontrados no Velho Testamento (Salms 51:11; Zac 12:10, Jó 33:4). O Antigo Testamento geralmente emprega o termo ‘espírito’ sem qualitativos, ou fala do ‘Espírito de Deus’ ou ‘Espírito do Senhor’ e utiliza a expressão ‘Espírito Santo’ somente em Sl 51.11; Is 63.10,11, enquanto no Novo testamento esta veio a ser uma designação da terceira pessoa da Trindade. Louis Berkhof afirma que “é um fato notável que, enquanto o Antigo Testamento repetidamente chama a Deus ‘o Santo de Israel’, o Novo testamento raramente aplica o adjetivo ‘santo’ a Deus em geral, mas o utiliza freqüentemente para caracterizar o Espírito. Com toda a probabilidade isso se deve ao fato de que foi especialmente no Espírito e sua obra santificadora que Deus se revelou como o Santo. É o Espírito Santo que faz sua habitação nos corações dos crentes, que os separa para Deus e que os purifica do pecado”[3].</p><br /><p align="justify">2. O Espírito Santo na atualidade.</p><br /><p align="justify">O estágio atual, período que se estende do dia de Pentecostes até os nossos dias, pode legitimamente ser chamado de ‘dispensação do Espírito’. A partir dali marcou o raiar de um novo dia nas relações com a humanidade. Desde então habitou nos homens, e na Igreja; Todo o trabalho eficaz que a Igreja tem feito tem sido realizado no poder do Espírito. Ela é o verdadeiro corpo de Cristo, habitado pelo Espírito Santo, e como tal é indestrutível, idêntica ao reino e trono de Deus. A obra do Espírito Santo na atualidade caracteriza-se por Ele habitar no crente (1Co 6.15-19; 3.36; Ro 8.9). O Espírito Santo vem habitar ou fixar residência na vida do crente, por ocasião da regeneração, e ali permanece, seja qual for o grau de imperfeição ou imaturidade desse crente. Assim Ele possibilita o crescimento da nova vida iniciada. Ele gera a certeza de salvação (Ro 8.16; 2Co 1.22; Ef 1.14). O Espírito não só testemunha aos crentes da filiação atual, mas dá garantia de salvação final. A presença do Espírito em nossos corações proporciona um antegozo do céu e é uma garantia de que receberemos a herança incorruptível e impoluta, que não fenece, reservada no céu (1Pe 1.4,5). Ele sela os seus (Ef 1.1-14; 4.30). Ele sela divinamente o pecador, no momento em que crê, tornando-o então propriedade sua, e dando a garantia da herança eterna. Ele liberta (Jo 8.32,36; Ro 7.9-24, 8.2). Ele liberta o homem, da lei do pecado e da morte. É obra dele livrar-nos do domínio desta lei, e capacitar-nos a andar em harmonia com Deus. Ele fortalece (Ef 3.16-19). Os resultados desse fortalecimento são claramente vistos. O seu poder se torna operante em nossas vidas corporificando e entronizando realmente Cristo, o que é descrito como sua habitação em nossos corações. Ele enche o crente (Ef 5.18-20). Ser cheio do Espírito, não é limitado a uma única experiência, mas pode ser repetida incontáveis vezes. </p><br /><p align="justify">II. A ASEIDADE DO ESPÍRITO SANTO </p><br /><p align="justify">1. A aseidade do Espírito Santo.</p><br /><p align="justify">Uma das razões porque se atribui personalidade ao Espírito Santo é o fato de que a Bíblia lhe concede certos nomes. Um dos Seus grandes títulos é o CONSOLADOR (Jo 14.16,26; 16.7-13). Consolador significa “alguém chamado para estar ao lado”, indicando o ministério confortador do Espírito Santo. A palavra grega “Paracleto” significa: para = ao lado, e kaleo = chamar ou pedir. O espírito Santo hoje é o nosso Paracleto e Consolador. As Escrituras ensinam enfaticamente a Divindade do Espírito Santo. Isto se entende que Ele é Um com Deus, fazendo parte da Divindade, sendo co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Filho. As Escrituras não apenas revelam o Espírito Santo como uma Pessoa, mas também atesta a sua divindade, quando afirma que Ele é Deus. O incidente da tentativa do logro praticada por Ananias e Safira em Atos 5 serve para ilustrar a divindade do Espírito Santo. Pedro acusou Ananias de ter mentido ao Espírito Santo (v. 3). No versículo seguinte Pedro disse: “mentiste a Deus”. </p><br /><p align="justify">2. Atributos incomunicáveis do Espírito Santo. Outra prova da divindade do Espírito encontra-se nas qualidades divinas atribuídas a Ele:</p><br /><p align="justify">Eternidade—Hb 9:14; </p><br /><p align="justify">Onipresença — Sl.139:7-10; </p><br /><p align="justify">Onipotência - Lc 1:35; Rm 15:18-19:</p><br /><p align="justify">Onisciência — I Co 2:10; Jo 14:26, 16:13;</p><br /><p align="justify">Amor—Rm 15:30; </p><br /><p align="justify">Verdade—Jo 16:13;</p><br /><p align="justify">Soberania—I Co 2:11.</p><br /><p align="justify">No Seu próprio nome “Espírito Santo”, vemos a santidade. Somente Deus possui estas qualidades. Notemos também o poder criativo do Espírito Santo: na criação do mundo o Espírito trouxe a vida — Gn 1:2; Jó 26:13; 33:4; Sl 104:30.4. </p><br /><p align="justify">a. Onipresença. Isto é, Ele está presente em todos os lugares a um só tempo.</p><br /><p align="justify">b. Onisciência. Ele sabe todas as coisas. Ele conhece, não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos. </p><br /><p align="justify">c. Onipotência. Isto é, Ele é Todo-Poderoso e detém autoridade sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas. </p><a name="III__CLASSIFICA%C3%87%C3%83O_DOS_LIVROS_"></a><br /><p align="justify">III. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO </p><br /><p align="justify">1. O Espírito Santo tem personalidade.</p><br /><p align="justify">Muitas pessoas pensam que o Espírito Santo é uma mera força intocável, ou apenas uma misteriosa influência que ninguém define. Essa opinião está bem longe da verdade, pois o Espírito Santo é uma pessoa, a Terceira Pessoa da Trindade (Jo 14.1,9,17; Mt 3.13-17). Ter personalidade implica na qualidade ou fato de ser uma pessoa. Quanto ao Espírito Santo, isto é um fato descrito na Bíblia, tanto quanto a personalidade do Pai e do Filho. As igrejas primitivas o conheciam como uma pessoa Divina, que poderia ser seguida (At 13.2), e com quem poderiam ter comunhão (2Co 13.13; 1Jo 5.7). Pode se dizer que a personalidade existe quando se encontram em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda, auto-consciência e auto-determinação. Quando um ser possui atributos, propriedades e qualidades de personalidade, então esta se pode atribuir a esse ser inquestionavelmente. Características pessoais são atribuídas ao Espírito Santo. Por características não nos referimos a mãos, pés ou olhos, pois essas coisas denotam corporeidade, mas, antes, qualidades como: conhecimento, sentimento e vontade, que indicam personalidade. Uma forma corpórea não se faz necessário para que haja personalidade. Entretanto, encontramos os três seguintes atributos numa personalidade: a.Intelecto — habilidade para pensar (Rm 8 27; I Co 2:10,11 13; 12:8). b.Sensibilidade — habilidade para sentir (Is 63.10, Rm 15.30; Ef. 4.30). c.Volição — habilidade para escolher (At 16.6-11; 1Co 12.11). </p><br /><p align="justify">2. O Espírito Santo tem emoções. </p><br /><p align="justify">Sensibilidade — habilidade para sentir (Is 63.10, Rm 15.30; Ef. 4.30). Habitando no ‘homem interior’ (Ef 3.16), se Ele está triste, o crente será o primeiro a saber. Ele pode sentir intensa mágoa ou tristeza, assim como o próprio Jesus sentia quando chorou por causa de Jerusalém, e em outras ocasiões (Mt 23.37; Mc 3.5; Lc 19.41; Jo 11.35).</p><br /><p align="justify">3. O Espírito Santo tem vontade. </p><br /><p align="justify">Volição — habilidade para escolher (At 16.6-11; 1Co 12.11). Vontade é a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões. O Espírito Santo tem vontade própria. Isto está evidenciado em suas atitudes, tanto no Antigo como no Novo Testamento: </p><br /><p align="justify">a) No repartir os dons liberalmente (1Co 12.11): “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.”; </p><br /><p align="justify">b) No permitir ou impedir (At 16.7): O Espírito tem a direção da vida do crente. Todo aquele que é guiado por Ele deve estar pronto para fazer a sua vontade. Ele pode permitir, assim como impedir, aquilo que desejamos fazer; </p><br /><p align="justify">c) No convidar (Ap 22.17) Quando alguém realiza uma festa, convida a quem quer para participar. O Espírito convida o homem para aceitar Jesus, que disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, Mt 11: 28, e </p><br /><p align="justify">d) No orientar (At 13.2) Quando há oração e consagração em busca da vontade de Deus, o Espírito Santo orienta.</p><br /><p align="justify">III. CONCLUSÃO </p><br /><p align="justify">A doutrina do Espírito Santo ocupa lugar central no movimento pentecostal. Muito se tem ensinado sobre o Deus Pai e o Deus Filho, mas pouco se ensina sobre o Espírito Santo. Alguns grupos heréticos afirmam que o Espírito é meramente uma força ou influência impessoal, o que não é verdade. As Testemunhas de Jeová, por exemplo, negam tanto a deidade do Espírito Santo, como sua pessoalidade, afirmando ser ele uma "força ativa" impessoal. Um dos primeiros argumentos usados para defender esta idéia é: Como pode o Espírito Santo ser uma pessoa, e alguém estar cheio dele, e ele habitar em alguém? Esta é a importância do estudo do Espírito Santo, pelo o que Ele é, o que ele fez, faz e ainda fará na história da Igreja. Ele é o alicerce da vida do crente; Enquanto o mundo associa-o ao fanatismo, ele no entanto se mantém ativo em todas as áreas da vida, sendo dela o criador. Também trabalha na providência, na política, nos talentos humanos, na salvação e no crescimento espiritual. Inspirou a Bíblia e agora ilumina as nossas mentes para que possamos entendê-la. Sua vinda ao mundo era tão necessária à nossa salvação quanto a vinda de Cristo. Sem o Espírito Santo nossa religião é vã e não temos provas de nossa salvação (Rm. 8.9,16). É ele quem nos dá a vida física (Jó 33.4), espiritual e ressurreta (Jo 3.5; Rm 8.11), sendo Ele o autor de tudo que é bom e agradável em nossa existência (Gl 5.19-22). <a name="Aux%C3%ADlio_Bibliogr%C3%A1fico"></a></p><br /><p align="justify">APLICAÇÃO PESSOAL </p><br /><p align="justify">Em épocas passadas, a impressão de um selo indicava a resolução do proprietário do selo como sinal de que alguma coisa lhe pertencia. Os crentes são propriedade de Deus, e a habitação do Espírito Santo neles é a prova desta possessão divina (Rm 8.9). Quando Jesus foi sepultado, os principais sacerdotes pretenderam manter a Sua sepultura em segurança, selando-a e conservando-a sob guarda (Mt 27.66). Violar aquele selo implicava afrontar o governo romano. Assim, aquele que fere um filho de Deus, selado com o Espírito Santo, fere a autoridade do Governo Celestial que nos tem autenticado como verdadeiros Filhos de Deus. O Espírito Santo investido em nós é o título de Deus para nos possuir inteira e eternamente (Ef 1.14). N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),</p><br /><p align="justify"></p><br /><p align="justify"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ff0000;">Para Guardar...</span></em></strong></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Espírito Santo é o termo usado para traduzir o termo </span><a title="Língua hebraica" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraica"><span style="color:#000000;">hebraico</span></a><span style="color:#000000;"> Ruach HaKodesh, utilizado na </span><a title="Tanakh" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tanakh"><span style="color:#000000;">Bíblia hebraica</span></a><span style="color:#000000;"> (</span><a class="mw-redirect" title="Velho Testamento" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Velho_Testamento"><span style="color:#000000;">Velho Testamento</span></a><span style="color:#000000;">) para se referir à presença de </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus"><span style="color:#000000;">Deus</span></a><span style="color:#000000;"> na forma experimentada por um ser humano. A maioria dos </span><a title="Cristianismo" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo"><span style="color:#000000;">cristãos</span></a><span style="color:#000000;"> considera o Espírito Santo como o próprio Deus, parte da </span><a class="mw-redirect" title="Santíssima Trindade" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sant%C3%ADssima_Trindade"><span style="color:#000000;">Santíssima Trindade</span></a><span style="color:#000000;">.</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">A visão judaica do Espírito Santo</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">A literatura </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Midrash"><span style="color:#000000;">midrash</span></a><span style="color:#000000;"> contém muitas afirmações acerca do Espírito Santo. É escrito que o Espírito Santo, sendo de origem celeste, é composto, como tudo aquilo que vem do céu, de luz e de fogo. Quando descansou sobre Finéias, a sua face ardeu como um archote (</span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Midrash"><span style="color:#000000;">Midrash</span></a><span style="color:#000000;"> Lev. Rabbah 21). Quando o Templo foi destruído e o povo de Israel foi para o exílio, o Espírito Santo regressou ao céu, o que é indicado em Eccl. 12:7: "o espírito voltará para Deus" (Midrash Eccl. Rabbah 12:7). O espírito por vezes fala com voz masculina, e outras com voz feminina (Eccl. 7:29). Isto é, como a palavra "ruah" é tanto masculina como feminina, o Espírito Santo foi concebido como sendo por vezes como um homem e outras como uma mulher. De acordo com a tradição Judaica, o Espírito Santo se apresenta apenas a uma geração digna, e a frequência das suas manifestações é proporcional à retidão. Não se registraram manifestações deste no tempo do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Segundo_Templo"><span style="color:#000000;">Segundo Templo</span></a><span style="color:#000000;"> (</span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Talmude"><span style="color:#000000;">Talmude</span></a><span style="color:#000000;">, Yoma 21b), embora se dessem muitas no tempo de </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Elias"><span style="color:#000000;">Elias</span></a><span style="color:#000000;"> (Tosefta ao Talmude Sotah, 12:5). De acordo com </span><a title="Livro de Jó" href="http://www.blogger.com/wiki/Livro_de_J%C3%B3"><span style="color:#000000;">Jó</span></a><span style="color:#000000;"> 28:25, o Espírito Santo repousa sobre os Profetas em vários graus, alguns profetizando o conteúdo de apenas um livro, outros preenchendo dois livros (Midrash Lev. Rabbah 15:2). Ainda assim não repousava sobre eles continuamente, mas apenas por períodos de tempo. Os estágios de desenvolvimento, dos quais o mais elevado é o Espírito Santo, são os seguintes: </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Zelo"><span style="color:#000000;">zelo</span></a><span style="color:#000000;">, </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Integridade"><span style="color:#000000;">integridade</span></a><span style="color:#000000;">, </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Pureza"><span style="color:#000000;">pureza</span></a><span style="color:#000000;">, </span><a class="mw-redirect" title="Santidade" href="http://www.blogger.com/wiki/Santidade"><span style="color:#000000;">santidade</span></a><span style="color:#000000;">, </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Humildade"><span style="color:#000000;">humildade</span></a><span style="color:#000000;">, temor do pecado, o Espírito Santo. O Espírito Santo conduziu Elias, o qual traz os mortos à vida (Yer. Shab. 3c, acima, e passagem paralela). O pacto sagrado através do Espírito Santo (Midrash Tanhuma, Vayeki, 14); qualquer um que ensine a Torah em público partilha do Espírito Santo (Midrash Canticles Rabbah 1:9, end; comp. Midrash Lev. Rabbah 35:7). Quando </span><a class="new" title="Finéias (página não existe)" href="http://www.blogger.com/w/index.php?title=Fin%C3%A9ias&action=edit&redlink=1"><span style="color:#000000;">Finéias</span></a><span style="color:#000000;"> pecou, o Espírito Santo apartou-se dele (Midrash Lev. Rabbah 37:4). A tradição Judaica divide os livros da Bíblia Hebraica em três categorias, de acordo com o nível de </span><a class="mw-redirect" title="Profecias" href="http://www.blogger.com/wiki/Profecias"><span style="color:#000000;">profecia</span></a><span style="color:#000000;"> que os seus autores terão alcançado. Os resultados visíveis da actividade do Espírito Santo, de acordo com a concepção Judaica, são os livros da Bíblia, os quais terão sido, na sua totalidade, compostos sob a sua inspiração. Todos os Profetas falaram "no Espírito Santo"; e o sinal mais característico da presença do Espírito Santo é o dom de profecia, no sentido em que a pessoa sobre a qual ele repousa vê o passado e o futuro. De acordo com o Talmude, com a morte dos três últimos profetas, </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Ageu"><span style="color:#000000;">Ageu</span></a><span style="color:#000000;">, </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Zacarias"><span style="color:#000000;">Zacarias</span></a><span style="color:#000000;">, e </span><a class="mw-redirect" title="Malaquias" href="http://www.blogger.com/wiki/Malaquias"><span style="color:#000000;">Malaquias</span></a><span style="color:#000000;">, o Espírito Santo cessou de se manifestar em Israel; mas o Bat Kol (voz celestial) ainda estava disponível. A </span><a class="mw-redirect" title="Torah" href="http://www.blogger.com/wiki/Torah"><span style="color:#000000;">Torah</span></a><span style="color:#000000;"> (cinco livros de Moisés) diz-se ter sido escrita por Moisés através de uma revelação verbal directa de Deus. Os </span><a class="mw-redirect" title="Nevi'im" href="http://www.blogger.com/wiki/Nevi%27im"><span style="color:#000000;">Nevi'im</span></a><span style="color:#000000;"> (profetas) são livros escritos por pessoas que receberam um elevado nível de profecia. Os </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Ketuvim"><span style="color:#000000;">Ketuvim</span></a><span style="color:#000000;"> (escritos, agiógrafa) são escritos por pessoas que possuem um menor nível de profecia conhecido como inspiração divina, Ruach HaKodesh. De acordo com uma das perspectivas do Talmude, o Espírito Santo estava entre as dez coisas que foram criadas por Deus no primeiro dia (Talmude Bavli, Hag. 12a, b). Embora a natureza do Espírito Santo, na realidade, não esteja descrita em lugar algum, o seu nome indicia que era concebido como uma espécie de vento que se manifestava através de som e luz. De especial interesse é a distinção feita pelas antigas autoridades Judaicas entre o "Espírito do Senhor" (o qual é o termo mais comum para referir o Espírito Santo no </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Tanakh"><span style="color:#000000;">Tanakh</span></a><span style="color:#000000;">) e a </span><a class="mw-redirect" title="Shekinah" href="http://www.blogger.com/wiki/Shekinah"><span style="color:#000000;">Shekinah</span></a><span style="color:#000000;">, a presença de Deus. Esta distinção é feita no </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Talmude"><span style="color:#000000;">Talmude</span></a><span style="color:#000000;">, o qual nos dá uma lista das coisas que se encontravam no primeiro </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Templo_de_Jerusal%C3%A9m"><span style="color:#000000;">Templo de Jerusalém</span></a><span style="color:#000000;">, mas ausentes do segundo Templo. Esta lista inclui o Espírito Santo e a Shekinah. A diferença não é facilmente compreendida, mas parece que a glória da Shekinah era, de alguma forma, mais tangível do que o Espírito. Isto poderia referir-se à presença literal de Deus no </span><a class="mw-redirect" title="Santo dos Santos" href="http://www.blogger.com/wiki/Santo_dos_Santos"><span style="color:#000000;">Santo dos Santos</span></a><span style="color:#000000;">, e à presença de Deus que dele emanava em alguma forma especial, em oposição à presença do Espírito Santo, o qual estaria em muitos locais mundo fora, e especialmente em indivíduos. No </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Tanakh"><span style="color:#000000;">Tanakh</span></a><span style="color:#000000;">, entretanto, esta presença do Espírito é reservada para os reis, profetas, sumo sacerdotes, etc. e não é concedida ao crente comum. O Espírito Santo é referido com menor frequência nos Apócrifos e pelos escritores Judeus Helénicos; isto pode significar que a concepção do Espírito Santo não era proeminente entre o povo Judeu da época, especialmente na Diáspora. Na profecia de </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/I_Macabeus"><span style="color:#000000;">I Macabeus</span></a><span style="color:#000000;"> 4,45. 14,41 é referido como algo há muito perdido. </span><a title="Livro da Sabedoria" href="http://www.blogger.com/wiki/Livro_da_Sabedoria"><span style="color:#000000;">Sabedoria</span></a><span style="color:#000000;"> 9,17 refere-se ao Espírito Santo enviado por Deus dos céus, através do qual os decretos de Deus são reconhecidos. A disciplina do Espírito Santo protege do logro (ib. i. 5). Diz o </span><a class="new" title="Salmo de Salomão (página não existe)" href="http://www.blogger.com/w/index.php?title=Salmo_de_Salom%C3%A3o&action=edit&redlink=1"><span style="color:#000000;">Salmo de Salomão</span></a><span style="color:#000000;">, 17,42, em referência ao Messias, o filho de David: "ele é poderoso no Espírito Santo"; e em Susana, 45, que "Deus elevou o Espírito Santo num jovem, cujo nome era Daniel." [</span><a title="Editar seção: Dons do Espírito Santo" href="http://www.blogger.com/w/index.php?title=Esp%C3%ADrito_Santo&action=edit&section=2"><span style="color:#000000;">editar</span></a><span style="color:#000000;">] Dons do Espírito Santo </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Dons_do_Esp%C3%ADrito_Santo"><span style="color:#000000;">Dons do Espírito Santo</span></a><span style="color:#000000;">, segundo a </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/B%C3%ADblia"><span style="color:#000000;">Bíblia</span></a><span style="color:#000000;">, são atributos proporcionados sobrenaturalmente aos cristãos pelo </span><a title="Espírito" href="http://www.blogger.com/wiki/Esp%C3%ADrito"><span style="color:#000000;">Espírito Santo</span></a><span style="color:#000000;">. Segundo o texto </span><a title="Bíblia" href="http://www.blogger.com/wiki/B%C3%ADblia"><span style="color:#000000;">bíblico</span></a><span style="color:#000000;"> da 1ª carta de Paulo aos Coríntios,</span><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=2596238244617370977&postID=1580652621579351169#cite_note-0"><span style="color:#000000;">[1]</span></a><span style="color:#000000;"> existem nove diferentes dons possíveis de serem alcançados pelo cristão. Estes dons são postos em prática em </span><a title="Comunidade" href="http://www.blogger.com/wiki/Comunidade"><span style="color:#000000;">comunidades</span></a><span style="color:#000000;"> </span><a class="mw-redirect" title="Cristãs" href="http://www.blogger.com/wiki/Crist%C3%A3s"><span style="color:#000000;">cristãs</span></a><span style="color:#000000;">, independentemente de sua razão confessional, por pessoas reconhecidamente cristãs em sua </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/F%C3%A9"><span style="color:#000000;">fé</span></a><span style="color:#000000;"> e prática. Foram bastante importantes na </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Igreja"><span style="color:#000000;">igreja</span></a><span style="color:#000000;"> cristã </span><a title="Primitivo" href="http://www.blogger.com/wiki/Primitivo"><span style="color:#000000;">primitiva</span></a><span style="color:#000000;"> para a </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Evangeliza%C3%A7%C3%A3o"><span style="color:#000000;">evangelização</span></a><span style="color:#000000;"> do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Mundo"><span style="color:#000000;">mundo</span></a><span style="color:#000000;"> então conhecido. Atualmente, verifica-se a utilização de tais dons na </span><a class="mw-redirect" title="Renovação carismática" href="http://www.blogger.com/wiki/Renova%C3%A7%C3%A3o_carism%C3%A1tica"><span style="color:#000000;">renovação carismática</span></a><span style="color:#000000;">, </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Movimento"><span style="color:#000000;">movimento</span></a><span style="color:#000000;"> que tem seu esteio na </span><a class="mw-redirect" title="Igreja Católica Apostólica Romana" href="http://www.blogger.com/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica_Apost%C3%B3lica_Romana"><span style="color:#000000;">Igreja Católica Apostólica Romana</span></a><span style="color:#000000;">, nas igrejas </span><a class="mw-redirect" title="Protestante" href="http://www.blogger.com/wiki/Protestante"><span style="color:#000000;">protestantes</span></a><span style="color:#000000;"> </span><a class="mw-redirect" title="Pentecostal" href="http://www.blogger.com/wiki/Pentecostal"><span style="color:#000000;">pentecostais</span></a><span style="color:#000000;"> e </span><a class="mw-redirect" title="Neopentecostal" href="http://www.blogger.com/wiki/Neopentecostal"><span style="color:#000000;">neopentecostais</span></a><span style="color:#000000;">. É uma expressão estudada na </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Teologia"><span style="color:#000000;">teologia</span></a><span style="color:#000000;"> cristã. Segundo o autor da Primeira Epístola aos Coríntios, seria doado para o que fosse útil (12:7), e repartido a cada um segundo a vontade do Espírito Santo (12:11); existindo diferentes tipos de dons: A enumeração dos dons é proferida, ainda que incompletamente, na Primeira Epístola aos Coríntios, no capítulo 12, sendo eles: Palavra da sabedoria; Palavra do conhecimento; Fé; Dons de curar; Operação de maravilhas; Profecia; Discernimento de espíritos; Variedade de línguas; Interpretação de línguas. </span></p><br /><p align="justify"><a href="http://www.blogger.com/wiki/Pentecostes"><span style="color:#000000;"><strong>Pentecostes</strong></span></a></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Neste dia o dom do Espírito Santo permitiu a todos os apóstolos falarem em outras línguas (idiomas), sendo entendidos por pessoas de diferentes países. A primeira referência do derramamento do Espírito sobre a igreja está em </span><a class="mw-redirect" title="Atos" href="http://www.blogger.com/wiki/Atos"><span style="color:#000000;">Atos</span></a><span style="color:#000000;">: “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados. Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.” (Atos 2.1-4) </span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Perspectivas cristãs do Espírito Santo </span><a class="image" href="http://www.blogger.com/wiki/Ficheiro:Folio_79r_-_Pentecostes.jpg"></a><a class="internal" title="Ampliar" href="http://www.blogger.com/wiki/Ficheiro:Folio_79r_-_Pentecostes.jpg"></a><span style="color:#000000;">Representação do dia de </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Pentecostes"><span style="color:#000000;">Pentecostes</span></a><span style="color:#000000;">, (At 2,1-13). Nas principais correntes do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Cristianismo"><span style="color:#000000;">Cristianismo</span></a><span style="color:#000000;">, o Espírito Santo é uma pessoa da </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Trindade"><span style="color:#000000;">Trindade</span></a><span style="color:#000000;">, co-igual com o Pai e o Filho (i.e. </span><a class="mw-redirect" title="Jesus Cristo" href="http://www.blogger.com/wiki/Jesus_Cristo"><span style="color:#000000;">Jesus Cristo</span></a><span style="color:#000000;">), parte da Deidade. Nas igrejas </span><a class="mw-redirect" title="Unitarianismo" href="http://www.blogger.com/wiki/Unitarianismo"><span style="color:#000000;">Unitárias</span></a><span style="color:#000000;">, nas </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Testemunhas_de_Jeov%C3%A1"><span style="color:#000000;">Testemunhas de Jeová</span></a><span style="color:#000000;">, e em outras </span><a class="mw-redirect" title="Denominações cristãs" href="http://www.blogger.com/wiki/Denomina%C3%A7%C3%B5es_crist%C3%A3s"><span style="color:#000000;">denominações cristãs</span></a><span style="color:#000000;"> que não aceitam a doutrina da Santissíma Trindade, o Espírito Santo é a força activa que procede de Deus e não uma pessoa Divina. Para a </span><a class="mw-redirect" title="Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias" href="http://www.blogger.com/wiki/Igreja_de_Jesus_Cristo_dos_Santos_dos_%C3%9Altimos_Dias"><span style="color:#000000;">Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias</span></a><span style="color:#000000;"> o Espírito Santo é um personagem de espírito, terceira pessoa da Deidade, no entanto separado e distinto do Pai e do Filho. O estudo do trabalho do Espírito Santo é chamado de </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Pneumatologia"><span style="color:#000000;">Pneumatologia</span></a><span style="color:#000000;">. </span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Novo Testamento</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">O Espírito Santoé frequentemente simbolizado pelo sinal de uma pomba branca, baseado no relato do Espírito Santo a descer sobre </span><a class="mw-redirect" title="Jesus Cristo" href="http://www.blogger.com/wiki/Jesus_Cristo"><span style="color:#000000;">Jesus Cristo</span></a><span style="color:#000000;">, após este ter sido batizado no </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Rio_Jord%C3%A3o"><span style="color:#000000;">rio Jordão</span></a><span style="color:#000000;">, embora o texto bíblico não diga que foi em forma de pomba, e sim como uma pomba, numa comparação. O livro de </span><a title="Atos dos Apóstolos" href="http://www.blogger.com/wiki/Atos_dos_Ap%C3%B3stolos"><span style="color:#000000;">Atos</span></a><span style="color:#000000;"> descreve o Espírito Santo a descer sobre os </span><a class="mw-redirect" title="Apóstolos" href="http://www.blogger.com/wiki/Ap%C3%B3stolos"><span style="color:#000000;">Apóstolos</span></a><span style="color:#000000;"> durante o </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Pentecostes"><span style="color:#000000;">Pentecostes</span></a><span style="color:#000000;"> na forma de um vento e línguas de fogo, que repousavam sobre a cabeça dos </span><a class="mw-redirect" title="Apóstolos" href="http://www.blogger.com/wiki/Ap%C3%B3stolos"><span style="color:#000000;">Apóstolos</span></a><span style="color:#000000;">. Baseado nesta imagem, o Espírito Santo é frequentemente simbolizado por uma chama. No </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Evangelho"><span style="color:#000000;">Evangelho</span></a><span style="color:#000000;"> de João, no </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Novo_Testamento"><span style="color:#000000;">Novo Testamento</span></a><span style="color:#000000;">, a ênfase é colocada, não no que o Espírito Santo fez por </span><a class="mw-redirect" title="Jesus Cristo" href="http://www.blogger.com/wiki/Jesus_Cristo"><span style="color:#000000;">Jesus</span></a><span style="color:#000000;">, mas no facto de Jesus ter dado o Espírito aos seus discípulos. No </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Cristianismo"><span style="color:#000000;">Cristianismo</span></a><span style="color:#000000;"> tradicional, o qual foi o mais influente para o desenvolvimento posterior da doutrina da Trindade, Jesus é visto como o cordeiro sacrificial, e como vindo aos homens para conceder o Espírito de Deus à humanidade. Embora a linguagem utilizada ao descrever Jesus a receber o Espírito Santo no </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Evangelho"><span style="color:#000000;">Evangelho</span></a><span style="color:#000000;"> de João seja um paralelo dos relatos nos outros Evangelhos, João relata este episódio com o objectivo de mostrar que Jesus tinha uma especial posse do Espírito para que o podesse conceder aos seus seguidores, unindo-os a Si mesmo, e em Si mesmo unindo-os também com o Pai. (Ver Raymond Brown, The Gospel According to John, capítulo sobre Pneumatologia). </span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Perspectivas de diferentes denominações</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Os Cristãos crêem que é o Espírito Santo que conduz as pessoas à fé em </span><a class="mw-redirect" title="Jesus Cristo" href="http://www.blogger.com/wiki/Jesus_Cristo"><span style="color:#000000;">Jesus Cristo</span></a><span style="color:#000000;"> e aquele que lhes dá a capacidade para viverem um vida Cristã e dá credito. O Espírito Santo figurativamente habita dentro de cada cristão verdadeiro, e se manifesta em ações de graça. Ele é descrito como um "ajudador" (em gr. paraclite), guiando-os no caminho da verdade. O 'Fruto do Espírito' (isto é, o resultado da sua influência) é "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (</span><a href="http://www.blogger.com/wiki/G%C3%A1latas"><span style="color:#000000;">Gálatas</span></a><span style="color:#000000;"> 5:22). Ele também concede dons (isto é, habilidades) aos Cristãos tais como os dons de </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Profecia"><span style="color:#000000;">profecia</span></a><span style="color:#000000;">, línguas e conhecimento, embora alguns Cristãos acreditem que isto apenas aconteceu nos tempos do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Novo_Testamento"><span style="color:#000000;">Novo Testamento</span></a><span style="color:#000000;">. O movimento </span><a class="mw-redirect" title="Pentecostal" href="http://www.blogger.com/wiki/Pentecostal"><span style="color:#000000;">Pentecostal</span></a><span style="color:#000000;"> e </span><a title="Neopentecostalismo" href="http://www.blogger.com/wiki/Neopentecostalismo"><span style="color:#000000;">Neo-pentecostal</span></a><span style="color:#000000;"> coloca uma ênfase especial nas obras do Espírito Santo, em especial nos dons acima mencionados, acreditando que estes são ainda hoje concedidos. Os Pentecostais acreditam que o </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Batismo_no_Esp%C3%ADrito_Santo"><span style="color:#000000;">batismo no Espírito Santo</span></a><span style="color:#000000;"> é uma obra distinta do novo nascimento. Os Pentecostais crêem que é Jesus quem batiza com o Espírito Santo, e que este batismo é evidenciado pelo falar em </span><a title="Glossolalia" href="http://www.blogger.com/wiki/Glossolalia"><span style="color:#000000;">línguas estranhas</span></a><span style="color:#000000;">. Uma parte minoritária dessas Igrejas afirmam que esse batismo do Espírito Santo é o verdadeiro sinal de Cristianismo numa pessoa, ou seja, que até uma pessoa ter experimentado o baptismo do Espírito Santo, ela não pode estar certa da sua </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Salva%C3%A7%C3%A3o"><span style="color:#000000;">salvação</span></a><span style="color:#000000;">. De acordo com os </span><a title="Dispensacionalismo" href="http://www.blogger.com/wiki/Dispensacionalismo"><span style="color:#000000;">dispensacionalistas</span></a><span style="color:#000000;">, estamos agora a viver a Era do Espírito. O período do </span><a class="mw-redirect" title="Velho Testamento" href="http://www.blogger.com/wiki/Velho_Testamento"><span style="color:#000000;">Velho Testamento</span></a><span style="color:#000000;">, nesta corrente, pode ser chamado a Era do Pai; o período coberto pelos </span><a class="mw-redirect" title="Evangelhos" href="http://www.blogger.com/wiki/Evangelhos"><span style="color:#000000;">Evangelhos</span></a><span style="color:#000000;">, a Era do Filho; do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Pentecostes"><span style="color:#000000;">Pentecostes</span></a><span style="color:#000000;"> até ao segundo advento de Cristo, a Era do Espírito. Há ainda os cristãos que creem que o Espírito Santo é apenas um meio de manifestação de Jesus Cristo. Ou seja, Espírito Santo é mais um Título Santo dado à Jesus, o Deus encarnado.</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">A perfeição do Espírito</span></p><span style="color:#000000;"><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Para uma possível perfeição de uma personalidade, esta tem que ser submetida a uma trinitarização. O conceito trinitário é a forma ideal como três funções são ligadas embora agindo de forma independente. O Espírito Santo, ou Espírito Infinito como também é conhecido, é o reflexo da ordem e comando de Deus-Filho. O empenho do Espírito é a ação fruto do comando do Filho. Esse é o seu contributo em toda a acção criadora constante do universo. O comando do Filho é fruto da vontade de Deus-Pai. O empenho do Filho é o comando e ordenanças da Vontade de Deus-Pai. A vontade de DEUS-PAI reflete-se no comando de DEUS-FILHO que por sua vez complementa-se na ação do DEUS-ESPÍRITO SANTO. É a união destas três forças fundamentais que se traduz o segredo da perfeição absoluta e última. O Espírito Santo é o relacionamento entre Pai e Filho que é derramado no coração do homem através do batismo.</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">O género do Espírito Santo </span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">A palavra hebraica presente na Bíblia para espírito é ruwach, que significa vento fôlego, inspiração; o substantivo é, gramaticalmente, feminino. No </span><a class="mw-redirect" title="Cânticos dos Cânticos" href="http://www.blogger.com/wiki/C%C3%A2nticos_dos_C%C3%A2nticos"><span style="color:#000000;">Cânticos dos Cânticos</span></a><span style="color:#000000;">, o mais antigo hinário cristão, o Espírito Santo é, gramaticalmente, feminino. A palavra </span><a title="Língua grega" href="http://www.blogger.com/wiki/L%C3%ADngua_grega"><span style="color:#000000;">grega</span></a><span style="color:#000000;"> para espírito, pneuma, não tem género gramatical. O Espírito Santo é traduzido para o masculino apenas em línguas como o </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Latim"><span style="color:#000000;">Latim</span></a><span style="color:#000000;"> e o </span><a title="Língua inglesa" href="http://www.blogger.com/wiki/L%C3%ADngua_inglesa"><span style="color:#000000;">Inglês</span></a><span style="color:#000000;">.</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Na cultura popular </span><a class="image" href="http://www.blogger.com/wiki/Ficheiro:Igr_s_barbara_15.JPG"></a><a class="internal" title="Ampliar" href="http://www.blogger.com/wiki/Ficheiro:Igr_s_barbara_15.JPG"></a><span style="color:#000000;">Coroa do Espírito Santo, Ilha de Santa Maria (Açores, 2008). O culto ao Divino Espírito Santo, em suas diversas manifestações, é uma das mais antigas e difundidas práticas do catolicismo popular brasileiro. Sua origem remonta às celebrações realizadas em </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Portugal"><span style="color:#000000;">Portugal</span></a><span style="color:#000000;"> a partir do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/S%C3%A9culo_XIV"><span style="color:#000000;">século XIV</span></a><span style="color:#000000;">, nas quais a terceira pessoa da </span><a class="mw-redirect" title="Santíssima Trindade" href="http://www.blogger.com/wiki/Sant%C3%ADssima_Trindade"><span style="color:#000000;">Santíssima Trindade</span></a><span style="color:#000000;"> era festejada com banquetes e distribuição de </span><a title="Esmola" href="http://www.blogger.com/wiki/Esmola"><span style="color:#000000;">esmolas</span></a><span style="color:#000000;"> aos pobres. Essas celebrações aconteciam cinquenta dias após a </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/P%C3%A1scoa"><span style="color:#000000;">Páscoa</span></a><span style="color:#000000;">, comemorando o dia de </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Pentecostes"><span style="color:#000000;">Pentecostes</span></a><span style="color:#000000;">, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre os </span><a title="Apóstolo" href="http://www.blogger.com/wiki/Ap%C3%B3stolo"><span style="color:#000000;">apóstolos</span></a><span style="color:#000000;"> de </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Cristo"><span style="color:#000000;">Cristo</span></a><span style="color:#000000;"> sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Novo_Testamento"><span style="color:#000000;">Novo Testamento</span></a><span style="color:#000000;">. Desde seus primórdios, os festejos do Divino, realizados na época das primeiras colheitas no calendário agrícola do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Hemisf%C3%A9rio_norte"><span style="color:#000000;">hemisfério norte</span></a><span style="color:#000000;">, são marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos. A devoção ao Divino encontrou um solo fértil para florescer nas colônias portuguesas, especialmente no arquipélago dos </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/A%C3%A7ores"><span style="color:#000000;">Açores</span></a><span style="color:#000000;">. De lá, espalhou-se para outras áreas colonizadas por açorianos, como a </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Nova_Inglaterra"><span style="color:#000000;">Nova Inglaterra</span></a><span style="color:#000000;">, nos </span><a class="mw-redirect" title="Estados Unidos da América" href="http://www.blogger.com/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9rica"><span style="color:#000000;">Estados Unidos da América</span></a><span style="color:#000000;">, e diversas partes do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Brasil"><span style="color:#000000;">Brasil</span></a><span style="color:#000000;">. É provável que o costume de festejar o Espírito Santo tenha chegado ao Brasil já nas primeiras décadas de colonização. Hoje, a festa do Divino pode ser encontrada em praticamente todas as regiões do país, do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Rio_Grande_do_Sul"><span style="color:#000000;">Rio Grande do Sul</span></a><span style="color:#000000;"> ao </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Amap%C3%A1"><span style="color:#000000;">Amapá</span></a><span style="color:#000000;">, apresentando características distintas em cada local, mas mantendo em comum elementos como a pomba branca e a santa coroa, a coroação de imperadores e a distribuição de esmolas.</span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Interpretação de Espírito Santo segundo o Espiritismo </span></p><br /><p align="justify"><span style="color:#000000;">Segundo a </span><a class="mw-redirect" title="Doutrina Espírita" href="http://www.blogger.com/wiki/Doutrina_Esp%C3%ADrita"><span style="color:#000000;">Doutrina Espírita</span></a><span style="color:#000000;">, o termo “Espírito Santo” apresenta uma conotação bastante diferente da apresentada por outras religiões. Para compreender a interpretação Espírita, é necessária uma análise dos textos evangélicos originais (Novo Testamento), os quais foram escritos em um tipo de grego denominado Koiné, ou seja, popular, diferentemente do grego clássico. Esta língua não possuía artigos indefinidos (UM, UMA, UNS, UMAS). Logo, quando a palavra era determinada, sempre se usava artigos definidos (O, A, OS, AS), e sendo indeterminada, não era precedida de artigos. Segundo o Espírita </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Carlos_Torres_Pastorino"><span style="color:#000000;">Carlos Torres Pastorino</span></a><span style="color:#000000;">, estudioso do Novo Testamento que traduziu o texto evangélico do original em grego, pois teve acesso aos mesmos quando foi seminarista em Roma, antes de se converter ao Espiritismo, não há a expressão “O Espírito Santo”, mas em todas as ocasiões lê-se “UM Espírito Santo”(Pneuma Hagion, em Grego) -, sem o artigo definido ho, “o”, e sem o indefinido “um”, porque este não existe em Grego, o que, entretanto, não dispensa de colocá-lo nas traduções para as línguas que o têm. O termo definido "O Espírito Santo" surgiu primeiramente na tradução do original grego para o latim, na versão da Bíblia conhecida como </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Vulgata"><span style="color:#000000;">Vulgata</span></a><span style="color:#000000;">, a qual foi elaborada pela Igreja Católica muito tempo depois que os originais em grego estavam escritos. Nas versões originais em grego, portanto, o termo aparece indefinido, como nos trechos abaixo: No caso do filho de Zacarias e Isabel (João Batista). “Luc.1:15 …porque ele será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem bebida forte; já desde o ventre de sua mãe será cheio do espírito santo,…” No caso de Jesus, filho de Maria. “Luc.1:35 Respondeu-lhe o anjo: ‘o espírito santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá com sua sombra; e por isso o nascituro será chamado santo, Filho de Deus.” Em ambos os casos, segundo o Espiritismo, Isabel e Maria receberam por via mediúnica a revelação de que dariam à luz filhos que eram Espíritos já santificados, ou seja, com um grau evolutivo moral acima da média (João) ou pleno (Jesus, por isto chamado de Filho de Deus). Logo, o ato de receber um Espírito Santo, significaria dar condições para a reencarnação de um Espírito bom, missionário, nestes casos de gravidez/nascimento. Nas ocasiões em que homens ou outras pessoas “recebessem” ou “ficassem cheios” do Espírito Santo, o Espiritismo interpreta como a “incorporação” mediúnica de um espírito mensageiro cuja elevação moral e boas intenções emprestariam a ele o título de Santo. A descrição do </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Pentecostes"><span style="color:#000000;">Pentecostes</span></a><span style="color:#000000;">, quando alguns discípulos de Jesus receberam o Espírito Santo, apresenta todos os elementos clássicos de uma reunião mediúnica, conforme descrita pelo senhor </span><a href="http://www.blogger.com/wiki/Allan_Kardec"><span style="color:#000000;">Allan Kardec</span></a><span style="color:#000000;"> em suas obras de estudos Epíritas, tais como fenômenos luminosos, incorporação e fala em outras línguas. (baseado em: A</span> Sabedoria do Evangelho, vol 1 - 1964, de Carlos Torres Pastorino).</span></p>Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-26936108779746891242011-03-24T07:43:00.000-07:002011-03-24T08:02:26.125-07:001º Trimestre de 2011 - Lição 13<strong><span style="color:#ff0000;">Paulo Testifica de Cristo em Roma</span><br /></strong><br />TEXTO ÁUREO<br /><br />Na noite seguinte o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: "Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma". (At 23.11).<br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /><br />A principal e a mais urgente missão da Igreja é a evangelização de todos os povos e nações.<br /><br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Atos 27.18-25<br /><br />18 - E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio.<br />19 - E ao terceiro dia nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.<br />20 - E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.<br />21 - E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda.<br />22 - Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.<br />23 - Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo,<br />24 - Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.<br />25 - Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito.<br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br /><br />Paulo, em Roma, permaneceu em prisão domiciliar por dois anos. Tinha licença de receber visitas, às quais pregava o evangelho. Paulo discutiu com os judeus em Jerusalém os quais o acusaram de profanar o Templo (At 21.26-34). Ele foi posto sob custódia romana em Cesaréia durante dois anos, mas após apelar para César, foi enviado por navio a Roma. Após deixar a ilha de Creta, os companheiros de Paulo naufragaram em Malta devido a uma forte tempestade. Três meses depois, ele finalmente chegou à capital do império. O que aconteceu a Paulo depois, segundo geralmente se crê, é o que se segue: durante esses dois anos, Paulo escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, e a Filemom. Em 63 d.C., aproximadamente, Paulo foi absolvido e solto. Durante uns poucos anos continuou seus trabalhos missionários, e talvez tenha ido até à Espanha, conforme planejara (Rm 15.28). Durante esse período, escreveu 1 Timóteo e Tito. Foi preso de novo cerca de 67 d.C., e levado de volta a Roma. 2 Timóteo foi escrita durante esse segundo encarceramento em Roma. A prisão de Paulo só terminou ao ser ele decapitado, sofrendo o martírio sob o imperador romano Nero. Boa aula!<br /><br /><br />II. DESENVOLVIMENTO<br /><br /><br />I. VIAGEM DE PAULO A ROMA (At 27.1-28-10)<br /><br /><br />Paulo não reconhece nenhuma das acusações feitas a ele pelos judeus. Paulo na verdade, podia-se considerar um fariseu, zeloso da lei moral do AT (21.24). Mesmo assim, Paulo não guardava a Lei como um conjunto de códigos ou padrões mediante o qual se tornaria justo. Como ensinou em suas epístolas, uma vida justa requer a obra do Espírito Santo no coração e na alma do crente. Paulo, cônscio de sua missão, como havia recebido ordens do Senhor para testemunhar do Evangelho em Roma, Clama pelo tribunal de César. Cidadão romano, tinha ele o direito de apelar para César, e tomada a resolução ninguém poderia revogar. Como era dos desígnios de Jesus que Paulo seguisse para Roma, onde teria que dar testemunho da sua Palavra, após a visita do rei Agripa a Cesaréia, o Governador Festo fê-lo seguir para a Itália. Pode-se avaliar como as viagens por mar eram perigosas pelo exemplo desta viagem – a quarta viagem missionária de Paulo. Os passageiros eram na realidade adições à carga transportada, proviam sua alimentação e não havia acomodações a bordo para dormirem (At 21.3,7,8). Navegar, só em determinadas épocas do ano, havia uma lei romana que proibia viagens no período entre 10 de novembro e 10 de março. At 28.11 se refere a um barco que foi apanhado no mar em um período perigoso. Ele passou o inverno em Malta. Paulo viajou num navio graneleiro alexandrino, carregado e que estava a caminho de Roma (At 27.6)<br /><br />1. De Cesareia a Roma (27.1-44).<br /><br />Esse é o início da quarta viagem missionária de Paulo, ainda que preso, contudo cônscio de sua missão: levar o evangelho a Roma. Diz Lucas, o qual também fez parte do comitê de viagem, que Paulo e alguns outros presos foram entregues a um centurião da coorte Augusta, chamados Júlio, o qual tratou muito bem o Apóstolo, permitindo-lhe em Sidon ir ver os seus amigos e receber deles bom acolhimento. “Eles embarcaram em Cesaréia, num navio de Adramitio, que seguia a costear as terras da Ásia. Aristarco, macedônio de Tessalônica os acompanhou. Aportaram em Sidon, dali seguiram a sotavento de Chipre, por serem contrários os ventos, e tendo atravessado o mar que banha a Cilícia e a Panfília, chegaram a Mirra, cidade da Lícia. Aí o centurião, encontrando um navio de Alexandria que estava de viagem para a Itália, fez com que embarcassem. Navegaram vagarosamente por vários dias e tendo chegado com dificuldade à altura de Cnido, não permitindo o vento seguirem viagem, navegaram a sotavento de Greta, na altura de Salmone; e costeando com dificuldade, chegaram a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséa”. Essa viagem, como se vê, foi muito demorada, os ventos não eram favoráveis e tudo parecia difícil.<br /><br />2. Paulo na Ilha de Malta (At 28.1-10).<br /><br />Malta (grego Melita; significa Refúgio em língua fenícia), é formada por um pequeno arquipélago situado no mar Mediterrâneo: Malta (a maior das ilhas), Gozo, Comino, e as desabitadas Cominotto e Filfla. Situa-se a 93km ao sul da Sicília, a 290km ao norte da Líbia e a cerca de 290km a leste de Túnis. As ilhas têm uma superfície total de 316km2. Esse naufrágio na ilha de Malta não foi a primeira vez que Paulo correu risco de vida no mar. Poucos anos antes, ele escreveu: “Três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no profundo.” Disse também que havia corrido “perigos no mar”. (2Co 11.25-27). As viagens marítimas o ajudaram a cumprir a função que Deus lhe deu como “apóstolo para as nações” (Rm 11.13). A passagem de Atos 28.2,4 chama os habitantes da ilha de bárbaros; mas isso significa, meramente, que eles não falavam o grego, ou, pelo menos, que o grego não era a língua nativa deles, embora talvez compreendessem bem o grego, segundo também se verificava na maior parte do mundo antigo, dentro e mesmo fora do império romano, naquela época. Os habitantes de Malta falavam um dialeto fenício, também chamado púnico. Públio um dos chefes da ilha, chamado no sétimo versículo deste vigésimo oitavo capítulo de «homem principal», provavelmente, derivava a sua autoridade do propraetor da Sicília. O título que é conferido aqui a ele (no grego, protos), é confirmado por muitas inscrições.<br /><br />3. Paulo chega a Roma (Mt 28.11-15).<br /><br />Paulo tinha o desejo de pregar o evangelho em Roma (Rm 15.22-29), e era da vontade de Deus que ele assim o fizesse (23.11). Quando, porém, chegou ali, estava algemado e ainda assim depois dos reveses, tempestades, naufrágio e muitas outras provações. Eles tinham que esperar três meses em Malta até que a temporada de navegação começasse, a partir de fevereiro. Note que o emblema do navio no qual embarcaram era Castor e Pólux, (em grego Dióscuros: “os gêmeos”, filhos de Zeus), as divindades patronas da navegação. Este era outro navio cargueiro que transportava grãos da África para a Itália. Embora Paulo fosse fiel, Deus não lhe proveu um caminho fácil e livre de problemas. Nós, da mesma forma, podemos estar na vontade de Deus, ser inteiramente fiéis a Ele, e mesmo assim sermos dirigidos por Ele através de caminhos desagradáveis, com aflições. No meio de tudo isso, sabemos, porém, que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28). Navegaram os 120 quilômetros até Siracusa, capital da Sicília, sem incidentes de nota e ali permaneceram por três dias. Continuando viagem, pararam por um dia em Régio, e, aproveitando o vento favorável seguiram até Potéoli, principal porto de Roma, no litoral norte da baía de Nápoles, a cerca de trezentos quilômetros de distância. Ali encontraram irmãos cristãos. A seu convite tiveram oportunidade de passar uma semana com eles, antes de continuar a sua viagem de duzentos e cinquenta quilômetros por terra até Roma, numa das grandes estradas construídas pelos romanos através da Europa.<br /><br /><br />II. O EVANGELHO É PROCLAMADO NA CAPITAL DO IMPÉRIO (AT 28.16-31)<br /><br /><br />De 60 a 62 a.C., Paulo esteve sob prisão domiciliar pregando e ensinando a qualquer um que quisesse ouvir, enquanto aguardava o julgamento perante Nero. Talvez Paulo houvesse esperado ser inocentado e solto (Fp 1.25; 2.24; Fm 22). Paulo tinha a firme convicção de que a mensagem do Evangelho deveria seguir no seu livre curso, sem impedimento algum, em triunfo. Mesmo em cadeias, o missionário não deixou de “ensinar, exortar e consolar a tempo e fora de tempo”.<br /><br />1. Prisão domiciliar (28.16).<br /><br />Quando chegaram a Roma, o Centurião o entregou ao prefeito do pretório. Paulo recebeu a permissão de se alojar fora do campo pretoriano, é o regime especial da custodia militaris: o prisioneiro arranja um alojamento por conta própria, mas deveria ter o braço direito sempre ligado, por uma corrente, ao braço esquerdo do soldado que o vigiava [1]. Como cidadão romano que não havia cometido nenhuma ofensa flagrante e que não tinha aspirações políticas contrárias ao império, Paulo cumpre essa prisão domiciliar. Paulo morava em sua própria casa alugada, onde podia receber seus amigos e ministrar para grupos tais como os judeus romanos.<br /><br />2. Apologia entre os judeus (28.17-22).<br /><br />A comunidade judaica de Roma nada tinha ouvido a respeito de Paulo de Tarso, mas já haviam ouvido relatos negativos sobre a seita do Caminho. David H Stern afirma que esses líderes judeus tinham a mente muito aberta, mais do que os de hoje normalmente têm [2]. Paulo objetivou regularizar sua situação o mais depressa possível diante da comunidade judaica de Roma. Faz um resumo do seu processo e protesta pela última vez sua fidelidade ao judaísmo. O procedimento de Paulo com esses líderes foi o mesmo adotado com o povo judeu de todos os lugares: ele apelou à Tanakh, usando tanto á torah quanto os profetas a fim de persuadi-los acerca de Jesus e o reino de Deus. Alguns converteram-se mas outros recusaram-se a crer.<br /><br />3. Progresso do evangelho em Roma (28.23-31).<br /><br />A partir do capítulo 1.8 vemos que a intenção de Atos foi a de mostrar que o evangelho se espalharia até os confins da terra, alcançando os goiym. A nova crença disseminou-se de Jerusalém a Roma, a capital do império. Os romanos eram politeístas, grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, possuindo qualidades e defeitos humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família. Os principais deuses romanos eram Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco. Em Roma, Paulo dirige a mensagem primeiro aos de sua raça, depois aos gentios, e assim, a chegada de Paulo a Roma consuma um programa de evangelização (Lc 24.47; At 1.8), originando uma nova expansão do cristianismo a partir da capital do mundo.<br /><br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br /><br />Não se sabe ao certo e o NT não indica de modo claro o que aconteceu depois deste período. Geralmente os estudiosos aceitam que Paulo fora liberto, talvez através de um ato de clemência aos quais Nero não era estranho. Se assim foi, Paulo pode então concretizar seu desejo de ir até a Espanha (Rm 15.24). Uma fonte segura afirma que Paulo fora martirizado em Roma sob Nero, em 64 ou 65 d.C. Assim, a proclamação do evangelho até aos confins da terra, chegou a uma etapa que, sem ser derradeira (Rm 15.23-24) é contudo, definitiva (28.31).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-26897775589343050822011-03-13T12:52:00.000-07:002011-03-13T13:11:56.435-07:001º Trimestre de 2011 - Lição 12<strong><strong>As Viagens Missionárias de Paulo</strong></strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU4h2-OhUdsAk9Lqi8Z2RK1E0qcGTl-EtJUGrvgGk1LNX6nzJAeIoVPR3kFjXmX52StXzPocq3deI3iht695ygY_LZrJUiRKtbovSOfavNCA02ssWmbIccHbBvQcEczwnmccEJKiZThcvs/s1600/V.+1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 256px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU4h2-OhUdsAk9Lqi8Z2RK1E0qcGTl-EtJUGrvgGk1LNX6nzJAeIoVPR3kFjXmX52StXzPocq3deI3iht695ygY_LZrJUiRKtbovSOfavNCA02ssWmbIccHbBvQcEczwnmccEJKiZThcvs/s400/V.+1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583659450320866098" /></a><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiv5Vy4zo6UmiUc-fGn-pgH9FoTKUu9J2k7LKmO-D5hC0CT1KTWlckryvCoxGlBCALMEkLV8NeIky6M81NIaRpbH3bK4FOln_2YWQex61u4wZtkflRFCLQD430J7wKy5jPSIYwEFVPJ14s/s1600/V.+2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 258px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiv5Vy4zo6UmiUc-fGn-pgH9FoTKUu9J2k7LKmO-D5hC0CT1KTWlckryvCoxGlBCALMEkLV8NeIky6M81NIaRpbH3bK4FOln_2YWQex61u4wZtkflRFCLQD430J7wKy5jPSIYwEFVPJ14s/s400/V.+2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583659319577650786" /></a><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRlHxAt8ufqE2ZHG7AuaiQ0s5cGIkex0NlJQIvjOQqja0EPWIY3E97_1VPFlSNszMbDRnt0-OUv5CqUnFLt7PUYgqUqFHTiQSR2x6pT37PkRKIFh4WPGtNB1EsyI4YEzzggWNm4Q5xkjbA/s1600/V.+3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 261px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRlHxAt8ufqE2ZHG7AuaiQ0s5cGIkex0NlJQIvjOQqja0EPWIY3E97_1VPFlSNszMbDRnt0-OUv5CqUnFLt7PUYgqUqFHTiQSR2x6pT37PkRKIFh4WPGtNB1EsyI4YEzzggWNm4Q5xkjbA/s400/V.+3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583659180590358258" /></a><br /><br />TEXTO ÁUREO<br /> <br />"E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado." (At 13.2).<br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /> <br />A expansão da igreja é um processo que envolve a ação do Espírito Santo e a obediência irrestrita do crente ao mandato evangelístico de Jesus.<br /> <br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Atos 13.1-5; 46-49<br /><br />At 13. 1 - Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.<br /><br />2 - Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: "Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado".<br /><br />3 - Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram.<br /><br />4 - Enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.<br /><br />5 - Chegando em Salamina, proclamaram a palavra de Deus nas sinagogas judaicas. João estava com eles como auxiliar.<br /><br />At 13. 46 Então Paulo e Barnabé lhes responderam corajosamente: "Era necessário anunciar primeiro a vocês a palavra de Deus; uma vez que a rejeitam e não se julgam dignos da vida eterna, agora nos voltamos para os gentios.<br /><br />47 - Pois assim o Senhor nos ordenou: ‘Eu fiz de você luz para os gentios, para que você leve a salvação até aos confins da terra’ ".<br /><br />48 - Ouvindo isso, os gentios alegraram-se e bendisseram a palavra do Senhor; e creram todos os que haviam sido designados para a vida eterna.<br /><br />49 - A palavra do Senhor se espalhava por toda a região.<br /><br /><br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br />Paulo é considerado o maior missionário do Cristianismo, pelo muito que realizou em pouco tempo. Dominando as principais línguas do Império, possuidor de uma vasta e invejável cultura tanto secular quanto religiosa, cidadão romano com ‘passe livre’ por todo o império. Expôs a nova doutrina no Areópago aos filósofos estóicos, em Atenas, na ilha de Malta, onde ganhou todos os habitantes para Jesus, aos habitantes da Ásia Menor e até Roma. Realizou quatro viagens missionárias, levando-se em conta que, ao ser enviado preso para Roma, em todos os portos em que o navio aportava, aproveitava para disseminar o Evangelho. A maior parte do mundo conhecido foi alcançada. Uma excelente e abençoada aula!<br /><br />1. A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA (At 13-14)<br /><br />1. De Antioquia a Chipre (At 13.1-12). <br /><br />O ponto de partida da primeira viagem de Paulo foi Antioquia da Síria (é a moderna Antakya, na Turquia. Atualmente é um sítio arqueológico). Antioquia ocupa um importante lugar na história do cristianismo. Foi onde Paulo pregou o seu primeiro sermão (numa sinagoga), e foi também onde os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez de Cristãos (At 11.26). Barnabé e Marcos o acompanharam, tendo embarcado na cidade portuária de Selêucida. Chegando na ilha de Chipre, terra natal de Barnabé, anunciam a Palavra de Deus nas Sinagogas de Salamina, cruzam toda a ilha até Pafos, onde Paulo pregou para o procônsul Sérgio Paulo e onde Elimas, o mágico, se opôs a pregação do Evangelho.<br /><br />2. De Chipre a Antioquia da Pisídia (At 13.13-52). <br /><br />Saindo da Ilha de Chipre, partiram em direção à Galácia do Sul (Psídia e Licaônia), no continente, passando por Perge, na Panfília, lugar de separação da equipe, quando João Marcos, assustado com a hostilidade daquele povo, retornou para Jerusalém. De Perge, rumaram para Antioquia da Psídia, que na verdade, não se encontrava na Pisídia, e, sim na Frigia e por ficar próxima da fronteira com a Pisídia, recebeu este nome a fim de distinguí-la da outra Antioquia, da Síria. Era uma colônia e um posto militar avançado dos romanos, sendo a cidade mais importante da Galácia do Sul. <br /><br />3. De Icônio ao regresso a Antioquia (At 14.1-28). <br /><br />Expulso de Antioquia da Psídia, Paulo segue para Icônio, onde enfrenta rígida oposição tanto de judeus quanto de gentios. Partiram rumo à Licaonia e fundaram as igrejas de Listra e Derbe. Foi em Listra, onde através de Paulo, um coxo fora curado (14.8-10). Isso chamou a atenção das multidões e Paulo aproveitou o momento para anunciar o Evangelho. Aqui, os missionários são confundidos com Zeus (na mitologia grega, é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão) e Hermes (um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia, e possuidor de vários atributos). Os judeus de Antioquia da Psídia e de Icônio o atacaram e ele foi arrastado da cidade, quase morto (At 14.19). Depois disto, Paulo e Barnabé partiram para Derbe e de lá para a Igreja que os enviara, Antioquia da Síria, confirmando antes as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Psídia (14.22), estabelecendo pastores nativos em cada uma delas. Finda assim, a primeira viagem missionária, que durou cerca de dois anos e cujo relato de Lucas, ocupa os capítulos 13 e 14 de Atos.<br /><br />2. A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA (At 15.36-18.28)<br /><br /><br />1. Em direção à Ásia (15.36-16.8). <br /><br />Depois do Concílio de Jerusalém, Paulo resolve executar outra viagem com os objetivos de visitar as igrejas fundadas na primeira missão e abrir outros campos de trabalho. Houve entre os missionários uma pendenga acerca de João Marcos, sobrinho de Barnabé, cuja participação nessa viagem foi não foi aceita por Paulo causando a separação apesar de terem continuado amigos. Paulo forma nova equipe, dessa vez com Silas e já em Listra, Timóteo junta-se a eles. Nessa segunda missão, Paulo viaja por terra, saindo de Antioquia da Síria em direção à Ásia Menor (atual Turquia). Atravessou a Cilícia, região onde se situava Tarso, sua terra natal [não existe registro de que Paulo tenha desempenhado algum papel missionário em sua terra natal], seguindo para Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Psídia, confortando os novos crentes na fé e comunicando a decisão do Concílio de Jerusalém. O trio de missionários atravessam a região frígio-gálata [onde o Espírito Santo os impede de anunciar o evangelho – At 16.6]. Seguiram para Mísia e tentaram rumar à Bitínia, mas também o Espírito Santo não os permitiu (At 16.7). Toda a iniciativa no evangelismo e na atividade missionária, especialmente no caso das viagens missionárias registradas em Atos, deve ser orientada pelo Espírito Santo, como vemos em 1.8; 2.14-41; 4.8-12,31; 8.26-29,39,40; 10.19,20; 13.2; 16.6-10; 20.22<br /><br />. A orientação aqui, pode ter ocorrido em forma de uma revelação profética, de um impulso interior, de circunstâncias externas, ou visões (vv. 6-9). Pelo impulso do Espírito, avançavam para levar o evangelho aos não salvos. Quando o Espírito os impedia de ir numa direção, iam noutra, confiando nEle para aprovar ou desaprovar seus planos de viagem[1].<br /><br />2. Em direção à Europa (16.12-18.18). <br /><br />Em Trôade [antiga Tróia da Ilíada de Homero], Paulo tem uma visão em que alguém lhe dizia: ‘Passa à Macedônia e ajuda-nos!’ (16.9). Em Trôade, a equipe ganha o reforço de Lucas. Da Ásia Menor, navegaram por dois dias em direção à Macedônia, a primeira região da Europa a ser visitada pelo apóstolo Paulo nesta sua segunda viagem missionária. Depois de chegar a Neápolis, o porto de Filipos, no nordeste da Macedônia, colônia romana e uma das principais cidades da Macedônia. Com essa visita, Paulo fundou a primeira igreja européia. A igreja fora organizada na casa de Lídia, rica comerciante vendedora de púrpura. Aqui, a cidadania romana de Paulo foi desrespeitada quando preso por libertar uma cativa de Satanás. Parece que Lucas permaneceu em Filipos quando Paulo, Silas e Timóteo percorreram as cidades macedônias de Anfípolis (uns 50 km de Filipos) e Apolônia (uns 50 km de Anfípolis). A seguir, Paulo visitou respectivamente as cidades macedônias de Tessalônica (uns 60 km de Apolônia), a principal cidade da Macedônia, com uma população constituída de gregos, romanos e judeus. Por três semanas pregou na sua sinagoga e por causa da perseguição, rumou para Beréia (uns 80 km de Tessalônica). Os bereanos foram mais receptivos e Paulo, na sinagoga, anuncia o Evangelho e não demorou muitos para os judeus de Tessalônica os perseguir também em Beréia e de lá tiveram que fugir às pressas e sozinho, indo para Atenas, deixou Silas e Timóteo naquela localidade (At 17.1-12). O bom relatório que Timóteo trouxe, ao retornar, induziu Paulo a escrever a sua primeira carta aos tessalonicenses (1Ts 3.6; At 18.5). A sua segunda carta aos tessalonicenses seguiu-se pouco depois.<br /><br />3. Regresso. <br /><br />Paulo agora navega para Atenas, o centro cultural do mundo grego, onde se encontra com os filósofos estóicos e epicureus e defende o Evangelho no areópago, resultando numa pequena igreja. De lá, rumou para Corinto, na Acaia e por um ano e meio ensinou a Palavra de Deus. Morou na casa de Áquila [judeu do Ponto, expulso de Roma por determinação de Cláudio] e sua mulher Priscila. De Corinto, parte para Cencréia, a cidade portuária, de onde rumou para sua base, com breve parada em Éfeso, navegando em seguida rumo à Cesaréia, de onde seguiu para Jerusalém e depois Antioquia da Síria (18.22). É o fim de sua segunda viagem missionária.<br /><br /><br />3. TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA (At 18.23-28.31)<br /><br /><br />1. De Antioquia a Macedônia (18.23-20.3). <br /><br />Paulo inicia a terceira viagem partindo de sua base em Antioquia da Síria, como fez das outras vezes. Lucas omite detalhes dessa trajetória até chegar em Éfeso, capital da Ásia Menor e mais importante cidade da região devido seu posicionamento geográfico onde cruzavam-se importantes rotas comerciais. Era o centro da adoração à Diana (Na Grécia, Ártemis ou Artemisa) e seu templo, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Poe Éfeso havia passado Apolo, discípulo de Áquila. Paulo encontrou lá uma comunidade de doze crentes que conheciam apenas o batismo de João (At 19.1-7). Novamente Paulo ruma em direção à Corinto onde passou três meses e de onde escreveu a Epístola aos Romanos em 58 d.C. De volta à Antioquia da Síria, passa por Filipos, na Macedônia até chegar a Mileto.<br /><br />2. De Filipos a Jerusalém (20.6-21.17).<br /><br /> De Mileto, manda chamar os anciãos da Igreja em Éfeso e na praia local procedeu ao célebre discurso de despedida (20.17-38). Rumando à Cidade Santa, passa por Cesaréia e pela Fenícia.<br /><br />3. Paulo em Jerusalém. <br /><br />Pelo Espírito, Paulo é avisado dos perigos que o esperavam na Cidade Santa. O Espírito Santo não estava proibindo Paulo de ir a Jerusalém, pois era da vontade de Deus que ele fosse. Deus, porém, estava dando a Paulo um aviso: que muito sofrimento o aguardava na sua ida para lá. Provavelmente o Espírito disse aqui, em Tiro, o mesmo que dissera em Cesaréia (vv. 8-14). Paulo, porém, estava decidido e disposto até mesmo a morrer por amor do evangelho (vv. 10-14). Em Jerusalém, os crentes aceitaram Paulo, e ele falou com Tiago e os presbíteros sobre o trabalho entre os gentios (21.17-19). Os irmãos de Jerusalém comentaram com Paulo a respeito de algumas pessoas que tinham recebido informações de outras que ele estava tentando destruir os costumes da lei de Moisés, e sugeriram que ele fosse purificado no Templo com alguns outros homens, para mostrar que ele não era oposto às práticas judaicas (21.20-24); Paulo aceitou o conselho, e entrou no Templo com os outros homens para ser purificado (21.26; veja 1Co 9.20) e acaba preso no Templo. Defende-se diante do povo e do Sinédrio e é enviado para Cesaréia, onde se apresenta diante de Félix, Festo e Agripa II. Aqui temos o início de uma quarta viagem missionária, dessa vez, para Roma, por ter apelado para César na condição de prisioneiro romano.<br /><br />4. CONCLUSÃO<br /><br />Paulo não dispunha dos recursos que estão à disposição da Igreja hoje, mas realizou muito mais do que todos nós juntos. A pé ou em velhas e sujas embarcações, em perigos de salteadores, em naufrágios e em perseguições, mas em tudo isso, soube aproveitar as situações para a glória de Deus e alcançar os que haviam de ser salvos. Por tudo o que sofreu durante o seu ministério, tornou-se o modelo a ser seguido para todos nós.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-68202095134856086652011-03-12T06:51:00.000-08:002011-03-12T12:17:29.145-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 11<strong><strong>O Primeiro Cocilio da Igreja de Cristo</strong></strong><br /><br />TEXTO ÁUREO<br /><br />"Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá." (At 15.28,29 ARC Fiel).<br /><br /><br /><a name="Verdade_Prática"></a>VERDADE PRÁTICA<br /><br />O objetivo de um concílio eclesiástico, convocado sob orientação divina, é preservar a unidade da Igreja no Espírito Santo e conservar a sã doutrina.<br /><a name="Leitura_Diária"></a><br /><a name="Leitura_Bíblica_em_Classe"></a><a name="Interação"></a>LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br />Atos 15.6-12<br /><br />6-Os apóstolos e os presbíteros se reuniram para considerar essa questão.<br />7-Depois de muita discussão, Pedro levantou-se e dirigiu-se a eles: "Irmãos, vocês sabem que há muito tempo Deus me escolheu dentre vocês para que os gentios ouvissem de meus lábios a mensagem do evangelho e cressem.<br />8-Deus, que conhece os corações, demonstrou que os aceitou, dando-lhes o Espírito Santo, como antes nos tinha concedido.<br />9-Ele não fez distinção alguma entre nós e eles, visto que purificou os seus corações pela fé.<br />10-Então, por que agora vocês estão querendo tentar a Deus, impondo sobre os discípulos um jugo que nem nós nem nossos antepassados conseguimos suportar?<br />11-De modo nenhum! Cremos que somos salvos pela graça de nosso Senhor Jesus, assim como eles também".<br />12-Toda a assembléia ficou em silêncio, enquanto ouvia Barnabé e Paulo falando de todos os sinais e maravilhas que, por meio deles, Deus fizera entre os gentios<br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br />O capítulo 15 de Atos registra a reunião do primeiro concílio convocado para resolver um problema muito importante, a saber, a relação entre gentios e judeus e as condições em que os primeiros seriam salvos: devia os gentios guardar a lei mosaica para serem salvos? Devia os gentios ter igualdade religiosa com os judeus? Paulo evangelizou os gentios sem os judaizar. Os radicais que permeavam a Igreja queriam que esses novos convertidos adotassem o costume judaico. Como vencer essas dificuldades que pareciam impedir a formação de uma igreja única? Como unir os gentios religiosamente sem a obrigação de guardar a lei mosaica? Como uni-los socialmente como irmãos iguais na família de um pai comum? A solução deve ter parecido impossível naquele dia e sem a intervenção da graça divina teria sido impossível. Uma excelente e abençoada aula!<br /><br />II. DESENVOLVIMENTO<br /><br />I. O QUE É UM CONCÍLIO<br /><br />1. Definição.<br /><br />Concílio (latim concilium, reunião, assembleia, concílio, entrevista) Assembleia do alto clero para tomar decisões disciplinares ou de fé; Cânones ou decisões conciliares; Congresso; assembleia [1]. O vocábulo concílio foi substituído, na atualidade, pelo termo convenção. O importante é que estas reuniões, tanto ordinárias como extraordinárias, sejam assistidas pelo Espírito Santo.<br /><br />2. Os concílios no Antigo testamento.<br /><br />‘Vai, e ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: O SENHOR Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, me apareceu, dizendo: Certamente vos tenho visitado e visto o que vos é feito no Egito’ (Gn 3.16), essa é a primeira ocasião em que surge a necessidade do povo de Deus reunir-se em assembléia para a tomada de uma importante decisão. YAHWEH ordena a Moisés que reúna os anciãos (literalmente ‘os barbados’), aqueles em idade avançada que, pela grande experiência e autoridade, eram os líderes do povo hebreu. Esses são os cabeças de famílias que representariam Israel. Moisés cumpre esta ordem no capítulo 4.29, como citado pelo comentarista.<br /><br />3. Os concílios no Novo testamento.<br /><br />Além deste concílio em Jerusalém, a Igreja havia se reunido outras duas ocasiões, para solucionar os muitos problemas que surgiram. Temos o registro do primeiro concílio em At 1.15 para a escolha do substituto de Judas. Depois, At 6.2 mostra outra solene convocação da multidão dos discípulos para a escolha dos Diáconos, esta assembléia seguiu o modelo determinado por Jesus (Mt 18.15-17). O Concílio de Jerusalém é citado como o primeiro e mais importante concílio da Igreja em sua história, talvez em virtude da importância de suas decisões para a expansão do Evangelho. Earle E. Cairns em seu livro ‘O Cristianismo Através dos Século’ afirma que este encontro reservado parece ter sido seguido por outro encontro da Igreja toda no qual a decisão tomada foi referendada por todos os presentes (At 15.7-29) [2].<br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (1)<br /><br />O Concílio é uma reunião de representantes da Igreja, com o objetivo de deliberar acerca da fé, doutrinas e costumes eclesiásticos.<br /><br /><a name="II__ISA%C3%8DAS___O_PROFETA_MAIOR_"></a>II. A IMPORTÂNCIA DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM<br /><br />Os historiadores da Igreja chamaram este simples, mas decisivo encontro como o Concílio de Jerusalém, ocorrido no ano de 49 d.C. Ele seria o marco definitivo da ruptura do judaísmo com o cristianismo. A admissão de gentios (não-judeus) era um fato de difícil compreensão para os crentes-judeus, que ainda se encontravam em parte presos às velhas tradições e práticas antigas. Entre eles estabeleceu-se uma dúvida e uma polêmica: saber se os gentios, ao se converterem ao cristianismo, teriam que adotar algumas das práticas antigas da Lei Mosaica para poderem ser salvos, inclusive o fazer-se circuncidar.<br /><br />1. Convocação.<br /><br />A visita dos judaizantes a Antioquia, ostensivamente com autoridade de Tiago para pregar à moda antiga (At 15.24), provocou o encontro de Jerusalém, em 49 ou 50, a fim de discutir o problema [3]. Para tratar da aplicabilidade ou da convivência da Lei Antiga com a Lei Nova reuniram-se todos os apóstolos em "concílio". Paulo e Barnabé se fizeram portadores do ponto de vista das comunidades não-judaicas e Pedro manifestou-se a favor da liberdade dos cristãos com relação à Lei Antiga. Após um período curto, mas intenso, de discussões a liderança da Igreja em Antioquia entende ser melhor levar a discussão para Jerusalém. Não enxergo aqui uma subordinação hierárquica à Igreja de Jerusalém. A razão de subirem a Jerusalém não esta vinculada a falta de autonomia ou uma subordinação eclesiástica, mas unicamente pelo fato de que ainda por aqueles dias vários apóstolos permaneciam naquela comunidade e poderiam dar maior embasamento à resolução deste debate – o que realmente veio acontecer.<br /><br />2. Presidência.<br /><br />Neste ponto discordo do nobre comentarista ao afirmar que Pedro presidiu este concílio. “Quando terminaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: ‘Irmãos, ouçam-me!’”(At 15.13). Em seguida, Tiago passa a expor tudo aquilo que deveria ser escrito na carta aos gentios que levara a essa contenda entre eles: “Portanto, julgo que não devemos pôr dificuldades aos gentios que estão se convertendo a Deus. Pelo contrário, devemos escrever a eles, dizendo-lhes que se abstenham de comida contaminada pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue. “Pois, desde os tempos antigos, Moisés é pregado em todas as cidades, sendo lido nas sinagogas todos os sábados” (At 15.19-21). E foi exatamente essa a carta enviada aos gentios, baseada inteiramente nas palavras de Tiago, e não de Pedro ou de qualquer outro. Quem deu a palavra final foi Tiago, e não Pedro, o que nos mostra que era Tiago quem exercia um cargo proeminente dentro da Igreja primitiva. Pedro teve apenas um dos papéis de fala tanto quanto Paulo e Barnabé (At 15.12), mas quem falou em nome do corpo de apóstolos foi Tiago.<br /><br />3. Debates.<br /><br />Os ‘da circuncisão’ (cristãos judeus), principalmente da igreja de Jerusalém, que criam que o sinal da circuncisão do AT era necessário a todos os crentes da Nova Aliança, ensinavam que os crentes judaicos não deviam comer com crentes gentios não circuncidados e que não observassem os costumes e as restrições sobre os alimentos dos judeus. Pedro, embora soubesse que Deus aceitava os crentes gentios sem parcialidade (At 10.34,35), opôs-se a suas próprias convicções, talvez por receio das críticas e da possível perda de autoridade na igreja em Jerusalém. Seu afastamento da comunhão com os crentes gentios, nas refeições, favoreceu a doutrina errônea de que o corpo de Cristo estava dividido: o judaico e o gentio. Figuras principais deste Concílio foram Pedro, Paulo, Barnabé e Tiago, que tiveram oportunidade de expor suas idéias perante o Concílio, vejamos suas exposições:<br /><br />a) Pedro<br /><br />Atos 15, 7-11: Depois de uma longa discussão, Pedro se levantou e lhes disse: “Irmãos! Sabeis que desde muito tempo Deus fez uma escolha entre vós: que os pagãos ouvissem de minha boca o Evangelho e abraçassem a fé. E Deus, que conhece os corações, manifestou-se em favor deles, dando-lhes o Espírito Santo do mesmo modo que a nós, sem fazer nenhuma distinção entre nós e eles, depois de purificar seus corações pela fé. Por que agora tentais a Deus, impondo aos discípulos um peso que nem nossos pais nem nós mesmos pudemos suportar? Mais uma vez: pela graça do Senhor Jesus é que nós cremos ter alcançado a salvação, exatamente como eles”.<br />Ao questionar sobre os que queriam impor aos outros os preceitos da Lei Mosaica, diz que quem agia desta maneira estava tentando a Deus. E, para ser coerente com o que já vinha fazendo na prática, não poderia agir de outro modo.<br />Na pratica Pedro também não concordava com a imposição de se fazer a circuncisão aos convertidos, isso fica mais claro quando recorremos à Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, numa de suas notas explicativas, ao rodapé da página:<br />“O discurso de Pedro é fundamental e contém a orientação conciliar. Pedro parte de fatos concretos: ele foi o primeiro evangelizador dos pagãos e compreendeu que Deus não faz distinção entre pagão e judeu (cf. At. 10, 34, 44-47), mas concede a ambos o mesmo Espírito Santo que leva o homem a seguir Jesus. Depois, Pedro salienta que os costumes judaicos são um jugo, isto é, um elemento cultural que não deve ser imposto aos pagãos, pois o que salva a todos é a graça que leva à fé em Jesus Cristo. Barnabé e Paulo reforçam o testemunho de Pedro”.<br />Aqui fica mais evidente ainda que Pedro e Paulo não eram divergentes quanto à essa questão. E, que, no princípio, Pedro pregou também aos pagãos.<br /><br />b) Paulo<br /><br />Atos 15, 12: Toda a assembléia ficou em silêncio e escutou a Barnabé e Paulo relatarem todos os sinais e prodígios que Deus tinha feito entre os pagãos por meio deles.<br />Paulo, nesse momento, relata tudo o que aconteceu a ele e Barnabé quando estavam a divulgar o Evangelho do Cristo. Aí coloca, com certeza, o que faziam sobre o assunto do concílio, explicando que eram totalmente contra essa prática.<br /><br />c) Tiago<br /><br />Atos 15, 13-20: Quando acabaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: “Irmãos, escutai-me! Simão acabou de explicar como Deus, logo de início, se dignou separar dentre os pagãos um povo consagrado a Ele. Isto concorda com a palavra dos profetas, porque está escrito: Depois disso, voltarei e reconstruirei a tenda arruinada de Davi. Reedificarei as suas ruínas e as reerguerei. Os outros homens irão procurar o Senhor, como também as nações que foram consagradas pela invocação de meu Nome. Assim fala o Senhor, que faz essas coisas conhecidas desde os tempos mais antigos. Julgo, por isso, que deixeis de molestar os que se convertem do paganismo para Deus. Basta lhes escrever que não se contaminem com a idolatria ou uniões ilegais, nem tampouco comendo sangue ou carne de animais estrangulados. Porque desde muito tempo a Lei de Moisés está sendo lida e proclamada todos os sábados nas sinagogas de cada cidade”.<br />Tiago, depois de ouvir Pedro e a Paulo, toma posição favorável a não haver necessidade de circuncidar os convertidos. Mas, algumas exigências da Lei Mosaica ficaram ainda em vigor, entretanto não estavam relacionadas ao problema da circuncisão. Foram elas: abster da carne imolada dos ídolos, do uso do sangue e da carne de animais estrangulados e das uniões ilegais.<br /><br />d) Decisão do concílio<br /><br />Atos 15, 22-29: Os apóstolos, presbíteros e toda a assembléia resolveram então escolher entre eles alguns homens e enviá-los a Antioquia junto com Paulo e Barnabé. Eram eles: Judas, Barsabás e Silas, homens de muito prestígio entre os irmãos. Por seu intermédio lhes foi enviada a seguinte carta: “Os apóstolos e presbíteros, vossos irmãos, aos irmãos que moram em Antioquia, na Síria e na Cilícia, provenientes do paganismo. Saudações. Fomos informados de que alguns dos nossos, sem nossa autorização, vos foram inquietar com certas afirmações, criando confusão em vossas mentes. Resolvemos por unanimidade escolher alguns representantes e enviá-los a vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo. Estes dois têm dedicado suas vidas à causa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos, pois, Judas e Silas, para vos transmitir de viva voz as mesmas diretivas. Porque o Espírito Santo e nós mesmos decidimos não vos impor nenhum outro peso além do indispensável: abster-vos da carne imolada dos ídolos, do uso do sangue e da carne de animais estrangulados e das uniões ilegais. Fareis bem evitando isto tudo. Passai bem!”.<br />A opinião de Tiago acaba por ser a decisão final do Concílio, que para ficar bem registrada e para que todos pudessem cumprir a decisão tomada deu origem a uma carta que foi enviada aos convertidos do paganismo que moravam em Antioquia, na Síria e na Cilícia.<br /><br /><a name="Sin%C3%B3pse"></a>SINÓPSE DO TÓPICO (2)<br /><br />A importância do concílio de Jerusalém, instrumentalizado pelo Espírito Santo, foi universalizar o Reino de Deus, levando-o até aos confins da terra.<br /><br /><a name="III__CLASSIFICA%C3%87%C3%83O_DOS_LIVROS_"></a>III. A CARTA DE JERUSALÉM<br /><br />O desejo comum e verdadeiro de conhecer a mente de Deus leva à unanimidade. A Igreja que possui o Espírito Santo tem a garantia de não estar desamparada. O Espírito Santo trouxe concordância harmoniosa aos líderes diante de uma ‘não pequena discussão’ e ‘grande contenda’ (At 15.22). Foram estabelecidos certos limites que possibilitariam a convivência harmoniosa entre os cristãos judaicos e os gentios. Os gentios deviam abster-se de certas práticas consideradas ofensivas aos judeus, o que foi resumido na primeira encíclica da Igreja da seguinte forma:<br /><br />1. Da salvação pela graça.<br /><br />O cerne da conferência de Jerusalém era se a circuncisão e a obediência à lei Mosaica eram necessárias à salvação em Cristo. Os representantes que se reuniram ali chegaram à conclusão de que os gentios eram salvos pela graça do Senhor Jesus, que lhes perdoara os pecados e deles fizera novas criaturas. A graça é concedida à pessoa que se arrepende do pecado e crê em Cristo como Senhor e Salvador (At 2.38,39). Essa receptividade à graça de Deus capacita a pessoa a receber o poder de tornar-se filho de Deus (Jo 1.12). "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8); em suas cartas, Paulo se refere à salvação ou como um acontecimento futuro (Rm 5.9,10) ou como um processo presente (1Co 1.18); 2Co 2.15). Em Rm 8.24, Paulo refere-se à salvação como fato consumado no passado, mas ainda por ser completada no retorno de Cristo: ‘Porque, na esperança, fomos salvos’.<br /><br />2. Da comida sacrificada aos ídolos.<br /><br />Esse preceito diz respeito às restrições que se referem aos alimentos sacrificados aos ídolos. Esse assunto foi aprofundado por Paulo em Rm14.13-16; 1Co 8.7-15 e 10.23-33. Paulo afirma que aqueles que, pelo seu exemplo, levam outros ao pecado e à ruína espiritual incorrem em pecado, não somente contra aquela pessoa, mas também contra o próprio Cristo.<br /><br />3. Da ingestão de sangue e de carne sufocada.<br /><br />A proibição de ingerir sangue está prevista em Lv 3.17, porém, os gentios desconheciam esse padrão divino e costumavam utilizar o sangue como alimento e bebida. Neste ponto, aliás, as testemunhas de Jeová interpretam esta passagem de Levítico como proibição para a transfusão de sangue, o que não resiste a uma análise do texto, pois o sangue ali não é humano, mas de animais, fato explícito pelos termos ‘carne sufocada’ em referencia à carne animal. Do contrário, teriam que admitir que a ‘carne sufocada’ seja uma referência à carne humana. (Para uma refutação a essa crença, veja Mt 12.3-7). Era muito comum entre os gentios o abate de animais sem derramar o sangue, o que era proibido a Israel (Gn 9.5; 17.10-16; Dt 12.16, 23-25). Os judeus sempre matavam os animais que iriam comer, degolando-os e deixando o sangue todo escorrer. Os outros povos muitas vezes matavam por sufocamento ou destroncando o pescoço do animal ou da ave que seria consumida. Assim, o sangue permanecia na carne e nós hoje sabemos que o sangue transmite doenças e, por isso, deve ser evitado. Em outras palavras, é bom não comer carne com sangue, ou alimentos feitos de sangue animal, como o chouriço, por exemplo.<br /><br />4. Das relações sexuais ilícitas.<br /><br />O padrão moral dos gentios não se assemelhava ao judaico-cristão. Para quem nasceu numa cultura licenciosa, era fácil ter uma recaída e naufragarem nessas práticas licenciosas. O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2). A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de Deus. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados [4].<br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (3)<br /><br />As resoluções do Concílio de Jerusalém consistiram dos seguintes temas: Salvação pela graça; Comida sacrificada aos ídolos; Ingestão de sangue, e de carne sufocada; Relações sexuais ilícitas.<br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br />Ao retornar de sua primeira viagem missionária, Paulo defronta-se com um sério problema na Igreja judaica – gentios convertidos sem a obrigação de guardar os costumes judaicos. A conversão de gentios ao Evangelho não era questionado, o problema era judaizar. Até Pedro se deixou levar por essa dissimulação fazendo vista grossa (Gl 2.11-13). A experiência do apóstolo dos gentios em sua viagem falava alto como Deus agiu poderosamente entre os novos convertidos sem o ritualismo judaico. Esse concílio trouxe as bases para a nova Igreja e se a decisão fosse outra, teríamos uma ‘medíocre’ seita judaica. A decisão influenciada pelo Espírito Santo trouxe o marco definitivo da ruptura do judaísmo com o cristianismo.<br /><br />- As decisões da igreja não devem ser tomadas apenas pelo homem; a liderança reunida deve buscar a direção do Espírito Santo até que a vontade divina seja claramente discernida (At 13.2-4). Este concílio foi dirigido pelo Espírito Santo, com Jesus havia prometido: ‘Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade’ (Jo 16.13). Uma marca da igreja verdadeira, é ouvir o que o Espírito diz às igrejas ( Ap 2.7).Ficou estabelecido certos limites que possibilitaram a convivência harmoniosa entre a Igreja judaica e a Igreja gentia: Os gentios deviam se abster de certas práticas consideradas ofensivas aos judeus. Paulo faz uso dessa norma em 1Co 8.1-11 ao afirmar que aqueles que, pelo seu exemplo, levam outros ao pecado e à ruína espiritual pecam, não somente contra aquela pessoa, mas também contra o próprio Cristo. A aferição do grau de maturidade do crente é ver a sua disposição de refrear-se das práticas que outros crentes consideram certas e outros consideram erradas.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-72757453821509211512011-03-04T16:50:00.000-08:002011-03-04T16:52:41.068-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 10<strong><strong>O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS</strong></strong><br /><br />No Antigo Testamento o termo "gentio" origina-se do hebraico goyim, que significa "nações" ou "estrangeiros". Encontramos esse termo em passagens como: Gn 10:5; Jz 4:3; Is 11:10; Jr 4:7; Lm 2:9; Ez 4:13; Os 8:8, etc.<br /><br /><br />No Novo Testamento, os substantivos gregos ethnos e hellen são traduzidos por "gentios":<br /><br />- ethnos: esse termo transmite a ideia de "multidão de pessoas da mesma natureza ou gênero; nação, povo". Conforme Vine (2003, p. 673), é utilizado no singular, acerca dos judeus, quando então é traduzido por "nação" (Lc 7:5; 23:2; Jo 11:48, 50-52); no plural, acerca de nações não judaicas (Mt 4:15; Rm 3:29; 11:11; 15:10; Gl 2:8); circunstanciamente, é empregado também para ser referir aos convertidos gentios em distinção dos judeus (Rm 11:13; 16:4; Gl 2:12, 14; Ef 3:1);<br /><br />- hellen: originalmente foi utilizado acerca dos primeiros descendentes da Heliéia Tessália; mais tarde passou a indicar os gregos em oposição aos bárbaros (Rm 1:14). É usado também em relação aos gentios que falavam o idioma grego (Gl 2:3; 3:28).<br /><br />ASPECTOS DO PLANO DE DEUS PARA OS GENTIOS REVELADO NO ANTIGO TESTAMENTO<br /><br />A palavra "gentios" ou "nações", foi primeiramente aplicada sem distinção para as divisões entre os descendentes de Sem, Cam e Jafé (Gn 10:5, 20, 31).<br /><br />Com a contínua corrupção e arrogância das nações (Gn 11:1-9), mesmo após a disciplina através do dilúvio, fez com que o Senhor escolhesse Abraão, para através de um grandioso e maravilhoso plano dar às nações uma nova oportunidade de serem alcançadas com o seu amor, sua graça e perdão:<br /><br />Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gn 12.1-3)<br /><br />Como bem escreveu Pate (1987, p. 8), a promessa de Deus a Abraão deu início a um novo capítulo na história da humanidade. Deus manteve o seu plano para a redenção dos indivíduos e das nações, apenas mudando de método. Ele se identificaria de maneira especial com o povo de uma nação específica (Israel), promovendo o crescimento desse povo e nação, determinando o seus sistema social e político, fazendo-os prosperar e livrando-os dos seus inimigos:<br /><br />A promessa feita a Abraão: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra", é uma referência direta à vinda de Cristo, o Messias. Jesus Cristo, Filho de Davi, filho de Abraão, é o único por meio de quem todas as nações da terra podem ser abençoadas. De modo que, mesmo ao escolher a nação de Israel, Deus estava decidido a alcançar, levantar, elevar e redimir todos os povos da terra. (ibidem)<br /><br />Bosch (2002, p. 37), interpreta os fatos acima citados, afirmando que:<br /><br />[...] à medida que a compaixão de Javé se estende a Israel e além dele, torna-se gradativamente claro que, em última análise, Deus está tão preocupado com as nações quanto Israel. Com base em sua fé, Israel pode tirar duas conclusões fundamentais: visto que o Deus verdadeiro se deu a conhecer a Israel, ele só pode ser encontrado em Israel; e visto que o Deus de Israel é o único Deus verdadeiro, ele é também o Deus do mundo inteiro. A primeira conclusão enfatiza o isolamento e a exclusão do resto da humanidade; a segunda sugere uma abertura básica e a possibilidade de dirigir-se às nações (cf. Labuschagne, 1975, p. 9).<br /><br />Ainda segundo Bosch (ibidem), no Antigo Testamento alguns aspectos positivos e escatológicos do plano de Deus para as nações podem ser vislumbrados. São eles:<br /><br />- A espera e confiança das nações no Senhor (Is 51:5);<br />- A glória do Senhor será revelada a todas as nações (Is 40:5);<br />- Todas as extremidades da terra são conclamadas a olha para o Senhor e ser salvas (Is 45:22);<br />- Seu Servo será luz para os gentios (Is 42:6; 49:6);<br />- Uma estrada é construída do Egito e da Assíria até Jerusalém (Is 19:23);<br />- As nações encorajam umas e outras a subir a montanha do Senhor (Is 2:5) e levam presentes valiosos consigo (Is 8:7);<br />- O Egito será abençoado como povo de Deus, a Assíria como obra de suas mãos e Israel como a sua herança (Is 19:25);<br />- A expressão visível dessa reconciliação global será a celebração do banquete messiânico no monte de Deus, onde as nações contemplarão Deus com a face descoberta e a morte será tragada para sempre (Is 25:6-8).<br /><br />Na medida que passamos do Antigo para o Novo Testamento, o plano de Deus para a salvação dos gentios fica mais claro e evidente.<br /><br />ASPECTOS DO PLANO DE DEUS PARA OS GENTIOS REVELADO NO NOVO TESTAMENTO<br /><br />No Evangelho de Mateus, mas do que em qualquer outro, as atividades de Jesus entre os gentios é enfatizada (HAHN, 1965, p. 103-11 apud BOSCH, 2002, p. 85). Num primeiro momento, os relatos parecem enfatizar o ministério de Jesus para com "as ovelhas perdidas da casa de Israel":<br /><br /><br />A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel; (Mt 10:5-6)<br /><br />Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. (Mt 15.21-26)<br /><br />Nesse contexto, não há indícios de uma iniciativa missionária intencional de Jesus em relação aos gentios (BOSCH, ibdem, p. 87).<br /><br /><br /><br />Acontece, que à medida que Mateus avança em sua narrativa, passa a relatar a participação dos gentios na vida e ministério de Jesus, e isso de forma significativa, ao citar as quatro mulheres não-israelitas em sua genealogia (cap. 1); a visita dos magos (2:1-12); no episódio que envolve o centurião de Cafarnaum declara a participação dos gentios à mesa no reino (8:5-13); no caso da mulher cananéia não omite o elogio que o Senhor lhe faz e a resposta ao seu pedido (15: 21-28) e a reação do centurião romano diante da crucificação (M7 27.54).<br /><br />Mateus também trata de forma aberta sobre a pregação do Evangelho a todas as nações e povos (gr. panta ta ethne):<br /><br />E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. (Mt 24:14)<br /><br />Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; (Mt 28:19)<br /><br />É após a sua morte e ressurreição, que a comissão de pregar Evangelho com ousadia e sem reservas é dada claramente. No Evangelho de Marcos isso também é factual:<br /><br />E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16:15)<br /><br />Marcos também destaca a sua visita à província dos gadarenos, e a maneira como libertou um homem possuído por espírito imundo, que se tornou uma testemunha do seu poder em Decápolis (Mc 5:1-20).<br /><br />No Evangelho de Lucas a missão ao gentios está implícita no episódio de Nazaré (ibdem, p. 118):<br /><br />E prosseguiu: De fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Na verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra; e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom. Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro. Todos na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. E, levantando-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cimo do monte sobre o qual estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo. Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se. (Lc 4.24-30)<br /><br />Jesus, comunicou entre outras coisas, que Deus não era apenas o Deus de Israel, mas também, e de igual modo, o Deus dos gentios (ibdem). Na "Grande Comissão" de Lucas, que na realidade é apresentada em forma de um fato e promessa, e não de mandamento, a pregação a todas as nações é também citada:<br /><br />[...] e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. (Lc 24:46-47)<br /><br />Em Atos dos Apóstolos a missão aos gentios é novamente citada por Lucas, seguida dos episódios que desencadeiam de uma vez por todas a inclusão da mesma na "agenda" missionária:<br /><br />[...] mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. (At 1:8)<br /><br />Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo; pois os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Deus. Então, perguntou Pedro: Porventura, pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? (At 10:44-47)<br /><br /><br /><br />Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene e que foram até Antioquia, falavam também aos gregos, anunciando-lhes o evangelho do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram ao Senhor. (Atos 11:20-21)<br /><br />Mas os judeus, vendo as multidões, tomaram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava. Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios. (At 13:45-46)<br /><br />À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho. (At 16:9-10)<br /><br />Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que ouvissem a palavra do Senhor,todos os habitantes da Ásia tanto judeus como gregos. (At 19:10)<br /><br />[...] jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo]. (At 20:20-21)<br /><br />Nas epístolas, a mesma ênfase é dada, como por exemplo nos textos abaixo:<br /><br />Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me propus ir ter convosco (no que tenho sido, até agora, impedido), para conseguir igualmente entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios. (Rm 1:13)<br /><br />Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. [...] Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (Gl 3:8, 28)<br /><br />No livro de Apocalipse (5:8-10), os gentios são contemplados no cântico dos quatro seres viventes e dos vinte e quatro anciãos:<br /><br />e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.<br /><br />Estão presentes entre aqueles que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do cordeiro:<br /><br />Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; [...] Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima. (Ap 7:9, 14-17)<br /><br />Diante de tudo isso, como bem escreveu Pate (ibdem, p. 7), o amor de Deus não se limita a uma raça, nação ou grupo cultural. Ele ama todos os povos. O amor de Deus ultrapassa todas as fronteiras, quer sejam geopolíticas, culturais, raciais ou linguísticas.<br /><br />É fundamentada neste amor de Deus, manifesto a todos os povos, que a igreja inteira deve levar o evangelho inteiro para o mundo inteiro (BOSCH, ibdem, p. 28).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-70843363814410652662011-03-04T16:33:00.000-08:002011-03-04T16:37:11.100-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 09<strong><strong><strong>A Conversão de Paulo</strong></strong></strong><br /><br />Comentário sobre Atos 9:1-25 <br /><br />1 – Saulo em Jerusalém, antes da conversão (9:1-2). <br /><br />Saulo, porém, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, caso encontrasse alguns do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. (Atos 9:1-2) <br /><br />Se perguntarmos o que causou a conversão de Saulo, só existe uma resposta possível. O que sobressai na narrativa é a graça soberana de Deus através de Jesus Cristo. Saulo não se “decide por Cristo”, como poderíamos dizer. Pelo contrário, ele estava perseguindo Cristo. É melhor dizer que Cristo se decidiu por ele e interveio em sua vida. A evidência disso é inquestionável. <br /><br />Consideremos primeiro o estado mental de Saulo na época. Lucas já o mencionou três vezes, sempre como feroz adversário de Cristo e sua igreja. Ele nos conta que, no martírio de Estevão, “as testemunhas deixaram suas vestes ao pés de um jovem chamado Saulo” (7:58), que “Saulo consentia na sua morte” (8:1), e que, em seguida, “Saulo assolava a igreja” (8:3), procurando cristãos casa por casa, arrastando homens e mulheres para a prisão. Agora, Lucas resume a história dizendo que ele estava respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor (9:1). Ele não tinha mudado desde a morte de Estevão; ele ainda estava na mesma condição mental de ódio e hostilidade. <br /><br />E pior do que isso. É evidente que Saulo esperava segurar os seguidores de Jesus em Jerusalém, a fim de destruí-los ali (8:3). Mas alguns tinham escapado da sua rede, fugindo para Damasco, onde várias sinagogas serviam uma grande colônia judaica. Determinado a perseguir esses discípulos fugitivos em cidades estranhas, Saulo elaborou uma trama para liquidá-los e persuadiu o sumo sacerdote a sancioná-la (9:1b-2). Então, esse inquisidor auto-nomeado deixou Jerusalém armado com a autorização escrita às sinagogas de Damasco para que, caso achasse alguns que eram do Caminho (uma descrição muito interessante dos seguidores de Jesus, que vamos considerar mais parte), assim homens como mulheres os levassem presos para Jerusalém (v. 2). Em linguagem moderna, o sumo-sacerdote lhe concedeu uma ordem de extradição. <br /><br />Alguns dos termos que Lucas usa para descrever Saulo antes da sua conversão parecem ser deliberadamente escolhido para retratá-lo como “um animal selvagem e feroz”. O verbo lymainomai, cuja única ocorrência no Novo Testamento se encontra em 8:3, em referência à “destruição” que Saulo causou a Igreja, é empregada no Salmo 8:13 (LXX), em relação a animais selvagens destruindo uma vinha; o seu sentido específico é “destruição de um corpo por um animal selvagem”. Um pouco mais tarde, os cristãos de Damasco o descreveram como aquele que tinha causado um “extermínio” em Jerusalém (v. 21), onde o verbo empregado é portheo (como em Gálatas 1:13.23), que C.S.C. Williams, traduz “espancar”. Continuando a mesma imagem, J.A. Alexander sugere que a menção de Saulo “respirando ameaças e morte” (v. 1) era uma “alusão ao arfar e ao bufar dos animais selvagens”, enquanto que mais tarde, de acordo com Calvino a graça de Deus é vista “não apenas em um lobo tão cruel sendo transformado numa ovelha, mas também em ele assumir o caráter de um pastor”. <br /><br />Esse, portanto, era o homem (mais animal selvagem do que ser humano) que em poucos dias seria um cristão convertido e batizado. Mas ele não estava propenso a considerar as reivindicações de Cristo. Seu coração estava cheio de ódio e sua mente estava envenenada por preconceitos. Em suas próprias palavras, estava “demasiadamente enfurecido” (26:11). Se o tivéssemos encontrado quando saia de Jerusalém e (podendo prever o futuro) lhe disséssemos que antes de chegar a Damasco ele se tornaria cristão, ele teria considerado ridícula a idéia. Mas foi o que aconteceu. Ele tinha deixado a graça soberana de Deus fora de seus cálculos. <br /><br /><br />2 – Saulo e Jesus: sua conversão na estrada de Damasco (9:3-9). <br /><br />Mas, seguindo ele viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu; e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer. Os homens que viajavam com ele quedaram-se emudecidos, ouvindo, na verdade, a voz, mas não vendo ninguém. Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via coisa alguma; e, guiando-o pela mão, conduziram-no a Damasco. E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu. (Atos 9:3-9) <br /><br />A segunda evidência de que a conversão se devia apenas a graça de Deus é a narrativa de Lucas sobre o que aconteceu. Vamos coletar dados de todos os três relatos em Atos, num capítulo posterior vamos compará-los e contrastá-los. Saulo e sua escolta (não sabemos quem eram) tinham quase completado sua viagem de cerca de 240 quilômetros, que deve ter levado por volta de uma semana. Quando se aproximaram de Damasco, um lindo oásis cercado pelo deserto, perto do meio-dia, de repente, uma luz do céu brilhou ao seu redor (v. 3), mais clara do que o sol (26:13). Foi uma experiência tão gloriosa que ele ficou cegado (v. 8,9) e caiu por terra (v. 4), “prostrado aos pés de seu conquistador”. Então uma voz dirigiu-se a ele (em aramaico, 26:14), de forma pessoal e direta: Saulo, Saulo [Lucas mantêm o original aramaico, Saoul ], porque me persegues? E, respondendo a pergunta de Saulo sobre a identidade daquele que falava, a voz continuou: Eu sou Jesus, a quem tu persegues (v. 5). Imediatamente, Saulo deve ter entendido, pela forma extraordinário como Jesus se identificou com os seus seguidores, que persegui-los era perseguir a Ele, que Jesus estava vivo e que suas afirmações eram verdadeiras. Assim obedeceu prontamente a ordem de levantar-se e entrar na cidade (v. 6), onde lhe seriam dadas outras instruções. Enquanto isso, os seus companheiros de viagem, pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém (v. 7). Eles também não entenderam as palavras do orador invisível (22:9). Mesmo assim, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco (v. 8). Ele, que esperava entrar em Damasco na plenitude do seu orgulho e bravura, como um auto-confiante adversário de Cristo, estava sendo guiado por outros, humilhado e cego, capturado pelo Cristo a quem se opunha. Não podia haver dúvidas sobre o que acontecera. O Senhor ressurreto aparecera a Saulo. Não era um sonho ou uma visão subjetiva; era uma aparição objetiva de Jesus Cristo ressurreto exaltado. A luz que viu era a glória de Cristo, e a voz que ouviu era a voz de Cristo. Cristo interrompeu a sua impetuosa carreira de perseguidor e fez com que se voltasse em direção contrária. <br /><br />A terceira evidência que atribui a conversão à graça de Deus são as próprias referências de Paulo. Ele nunca mencionou sua conversão sem deixar isso bem claro. “Aprouve” a Deus, escreveu, “revelar Seu Filho a mim”. Deus tomou a iniciativa de acordo com a Sua própria vontade. E Paulo ilustrou essa verdade com pelo menos três imagens dramáticas. Em primeiro lugar, Cristo o conquistou, o verbo katalambano talvez até seja uma sugestão de que Cristo o “capturou” antes que tivesse a oportunidade de capturar algum cristão em Damasco. Em segundo lugar, ele comparou sua iluminação interior com a ordem criadora “Haja luz” ou “De trevas resplandecerá a luz”. E em terceiro lugar, ele escreveu que a misericórdia de Deus “transbordou” sobre ele, como um rio em época de cheia, inundando seu coração com fé e amor. Assim, a graça de Deus o capturou, iluminou seu coração e o inundou como uma enchente. Essa variedade de imagens lembra-se outra série de metáforas usada por C.S. Lewis nos últimos capítulos de sua autobiografia. Sentindo que Deus o buscava implacavelmente, ele O compara com o “grande Pescador” fisgando seu peixe, a um gato caçando um rato, a um bando de cães de caça encurralando uma raposa e, finalmente, a um enxadrista divino colocando-o na posição mais desvantajosa até que, enfim, reconhece o “xeque-mate”. <br /><br />Entretanto, creditar a conversão de Saulo a iniciativa de Deus pode, facilmente, causar mal entendidos, e precisa receber dois esclarecimentos: a graça soberana que conquistou Saulo não foi repentina (no sentido de que não teria havido preparação anterior) nem compulsiva (no sentido de que ele não tinha opção). <br /><br />Em primeiro lugar, a conversão de Saulo não foi, de maneira alguma, uma “conversão repentina”, como se diz muitas vezes. É certo que a intervenção final de Deus foi repentina: “Subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor “ (v. 3), e uma voz se dirigiu a ele. Mas essa não foi a primeira vez que Jesus Cristo falou com ele. De acordo com a própria narrativa de Paulo, Jesus lhe disse: “Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões” (26:14). Com esse provérbio (que parece ter sido bastante popular na literatura grega e latina) Jesus comparou Saulo a um touro jovem, forte e obstinado, e ele mesmo a um fazendeiro que usa aguilhões para domá-lo. A implicação disso é que Jesus estava perseguindo Saulo, usando esporas e chicotes, e era “duro” (doloroso, até mesmo fútil) resistir. Quais eram esses aguilhões, contra os quais Saulo estava lutando? Não sabemos exatamente, mas o Novo Testamento dá uma série de indicações. <br /><br />Com certeza, um aguilhão eram as suas dúvidas. Seu consciente rejeitou Jesus como impostor, aquele que fora rejeitado por seu próprio povo e que tinha morrido sob a maldição de Deus. Mas, no inconsciente, ele não conseguia deixar de pensar em Jesus. Será que já o tinha visto ou se havia encontrado com ele? “Existem aqueles que categoricamente....negam essa possibilidade”, escreve Donald Coggan, “mas eu não posso pertencer a este grupo”. Por que não? Porque é “mais provável que eles fossem contemporâneos, com idades muitos próximas um do outro”. Portanto, é provável que ambos tenham visitado Jerusalém e o templo ao mesmo tempo, nesse caso sendo “não só possível, como bem provável, que o jovem professor da Galiléia e o jovem fariseu de Tarso tenham olhado nos olhos um do outro, e que Saulo tenha ouvido os ensinos de Jesus. <br /><br />Outro aguilhão deve ter sido Estevão. Não era de ouvir falar, pois Saulo estava presente no seu julgamento e execução. Ele havia visto com os seus próprios olhos o rosto resplandecente de Estevão, como o de um anjo (6:15), e sua corajosa não-resistência enquanto era apedrejado até a morte (7:58-60). Ele havia ouvido, com seus próprios ouvidos, a defesa eloqüente de Estevão diante do Sinédrio, talvez a sua sabedoria na sinagoga (6:9-10), sua oração pedindo o perdão para os seus executores, e sua afirmação extraordinária de Jesus como Filho do Homem, em pé a destra de Deus (7:56). É desse modo “Estrevão e não Gamaliel foi o verdadeiro mestre de S. Paulo”. Pois Saulo não podia esquecer o testemunho de Estevão. Havia algo inexplicável naqueles cristãos – algo sobrenatural, algo que falava do poder divino de Jesus. O próprio fanatismo da perseguição de Saulo traía a sua crescente perturbação interior, “pois o fanatismo só é encontrado”, escreve Jung, “em indivíduos que estão compensando dúvidas secretas”. <br /><br />Mas os aguilhões de Jesus eram morais e intelectuais. A má consciência de Saulo provavelmente lhe causou mais confusão interna do que as suas dúvidas, pois apesar de poder afirmar ter sido “impecável” em retidão interior, ele sabia que seus pensamentos, suas motivações e seus desejos não eram puros aos olhos de Deus. O décimo mandamento, contra a cobiça, condenava-o especialmente. Aos outros mandamentos, ele podia obedecer em palavra ou ação, mas a cobiça não era não era palavra nem ação, mas uma atitude de coração que não podia controlar. Assim, ele não tinha poder nem paz. Mas ele não admitiria isso. Ele estava brigando violentamente contra os aguilhões de Jesus e isso o machucava. Sua conversão na estrada de Damasco era, portanto, o clímax repentino de um longo processo em que o “Caçador dos céus” tinha estado em seu encalço. Curvou-se a dura cerviz auto-suficiente. O touro estava domado. <br /><br />Se a graça de Deus não era repentina, ela também não era compulsiva. Ou seja, o Cristo que lhe apareceu e falou com ele não o esmagou. Ele o humilhou, fazendo-o cair ao chão, mas Ele não violentou sua personalidade. Ele não o reduziu a um robô nem o forçou a realizar algumas coisas por meio de um tipo de transe hipnótico. Pelo contrário, Jesus lhe fez uma pergunta penetrante: “Por que me persegues?”, apelando, assim, à sua razão e consciência, a fim de conscientizá-lo da tolice do mal que estava fazendo. Jesus então lhe ordenou que levantasse e que fosse à cidade, onde receberia instruções. E Saulo não estava dominado pela visão e pela voz a ponto de perder a fala, ficando incapaz de responder. Não, ele respondeu a pergunta de Cristo com duas perguntas: primeira, “Quem és tu, Senhor?” (v. 5) e segunda, “Que devo fazer, Senhor?” (22:10). Sua resposta foi racional, consciente e livre. A palavra Kyrios (“Senhor”) pode ter significado não mais do que “senhor”. Mas, uma vez que estava consciente de que estava falando com Jesus, e que Ele tinha ressurgido dentre os mortos, a palavra já deveria ter começado a adquirir o sentido teológico que teria mais tarde nas cartas de Paulo. <br /><br />Resumindo, a causa da conversão de Saulo foi graça, a graça soberana de Deus. Mas a graça soberana é uma graça gradual e suave. Gradualmente, e sem violência. Jesus picou a mente e a consciência de Saulo com os Seus aguilhões. Então Ele se revelou através da luz e da voz, não para esmagá-lo, mas de um modo que Saulo pudesse responder livremente. A graça divina não atropela a personalidade humana. Pelo contrário, faz com que os seres humanos sejam verdadeiramente humanos. É o pecado que encarcera; a graça liberta. Portanto, a graça de Deus nos liberta da escravidão do nosso orgulho, preconceito e egocentrismo, fazendo-nos capaz de nos arrepender e crer. Não podemos fazer outra coisa, senão engrandecer a graça de Deus que teve misericórdia de um fanático enfurecido como Saulo de Tarso, e de criaturas tão orgulhosas, rebeldes e obstinadas como nós. <br /><br />C.S. Lewis, cuja consciência de ser perseguidor por Deus já foi mencionada, também expressou seu sentimento de liberdade em sua resposta a Deus. Conscientizei-me de que estava em apuros, segurando ou barrando alguma coisa. Ou, se você quiser, que eu estava vestindo alguma roupa rígida, como um espartilho, ou talvez uma armadura, como se fosse uma lagosta. Eu senti, naquele exato momento, que eu tinha ganhado uma liberdade de escolha. Eu poderia abrir a porta ou mantê-la fechada; poderia tirar aquela armadura ou permanecer com ela. Nenhuma escolha era obrigatória; nenhuma ameaça ou promessa estava ligada a ela; apesar disso, sabia que abrir a porta ou sair da armadura significaria o incalculável. A escolha parecia solene mas ela também parecia estranhamente não-emocional. Eu não era movido por desejos nem medos. Em certo sentido, não era movido por coisa alguma. Decidi abrir, tirar, soltar as rédeas. Disse “eu escolho”, mas ao mesmo tempo que não parecia ser, mesmo, possível fazer o contrário. Por outro lado, eu não via nenhum estímulo. Você poderia argumentar que não era um agente livre, mas estou mais inclinado a pensar que foi um dos atos mais livres que realizei. Necessidade não precisa ser o contrário de liberdade, e talvez o homem seja mais livre quando, em vez de procurar motivos, ele pode dizer, “eu sou o que faço”. <br /><br /><br /><br />3 – Paulo e Ananias: Sua recepção na igreja de Damasco (9:10-25). <br /><br />Ora, havia em Damasco certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! Respondeu ele: Eis-me aqui, Senhor. Ordenou-lhe o Senhor: Levanta-te, vai à rua chamada Direita e procura em casa de Judas um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando; e viu um homem chamado Ananias entrar e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista. Respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem poder dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os reis, e os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu nome. Partiu Ananias e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. Logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista: então, levantando-se, foi batizado. E, tendo tomado alimento, ficou fortalecido. Depois demorou- se alguns dias com os disc!pulos que estavam em Damasco; e logo nas sinagogas pregava a Jesus, que este era o filho de Deus. Todos os seus ouvintes pasmavam e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam esse nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais sacerdotes? Saulo, porém, se fortalecia cada vez mais e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo. Decorridos muitos dias, os judeus deliberaram entre si matá- lo. Mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo. E como eles guardavam as portas de dia e de noite para tirar-lhe a vida, os discípulos, tomando-o de noite, desceram-no pelo muro, dentro de um cesto. (Atos 9:10-25) <br /><br />Segundo a história com Lucas a conta, passamos às conseqüências da conversão de Saulo. É maravilho ver a transformação que começou a aparecer imediatamente em suas atitudes, em seu caráter e, de modo especial, em seu relacionamento com Deus, com a igreja cristã e com o mundo incrédulo. <br /><br />Em primeiro lugar, Saulo tinha uma nova referência para com Deus. Ananias, instruído a ir e ministrar ao novo convertido, foi informado de que ele estava orando (v. 11). Três dias haviam passado desde o seu encontro com o Senhor ressurreto, durante os quais nada comeu nem bebeu (v. 9). Supõe-se, então, que passou aqueles dias em jejum e oração, ou seja, abstendo-se de alimentos a fim de dedicar-se à oração. Não que ele não tivesse jejuado ou orado antes. Como o fariseu da parábola de Jesus, ele deve ter subido ao tempo para orar e, como ele, pode ter clamado “jejuo duas vezes por semana”. Mas agora, através de Jesus e de Sua cruz, Saulo fôra reconciliado com Deus e, conseqüentemente, gozava de um novo acesso direto ao Pai, desde que o Espírito havia testificado com o seu espírito de que ele era filho de Deus. Qual era o conteúdo de suas orações? Podemos supor que ele orou pelo perdão de todos os seus pecados, especialmente o de ser auto-suficiente e o de perseguir cruelmente Jesus e seus seguidores; pediu sabedoria para discernir o que Deus queria que ele fizesse agora; e poder para exercer o ministério que recebesse, qualquer que fosse. Sem dúvida alguma, suas orações também incluíam adoração, ao derramar sua alma em louvor, por Deus ter sido misericordioso com ele. A mesma boca, que havia respirado ameaças de morte contra os discípulos do Senhor (v. 1), agora respirava louvores e preces a Deus. “O rugido do leão foi transformado no balido de um cordeiro”. <br /><br />Ainda hoje, o primeiro fruto da conversão é sempre uma nova consciência da paternidade de Deus. Quando o Espírito nos capacita a clamar “Aba, Pai”, juntamente com a gratidão pela sua misericórdia e o desejo de conhecê-lo, agradá-lo e servi-lo melhor. Isso é piedade, e nenhuma conversão é genuína se não resultar em uma vida que agrade a Deus. <br />Em segundo lugar Saulo passou a ter um novo relacionamento com a igreja, a qual foi apresentado por Ananias. Não nos surpreende que William Barclay chame Ananias de “um dos heróis esquecidos da igreja cristã”. À princípio, porém, quando ordenado ir até Saulo, Ananias vacilou. Ele estava muito relutante em fazer o trabalho de “follow-up” (para usar um jargão atual), e sua hesitação era compreensível. Ir até Saulo seria o mesmo que se entrega à polícia. Seria suicídio. Pois já tinha ouvido falar a respeito dele e dos males que havia feito ao povo de Jesus em Jerusalém (v. 13). Ananias também sabia que Saulo viera a Damasco com autorização dos principais sacerdotes para prender todos os crentes (v. 14). Mas Jesus repetiu Sua ordem, dizendo “Vai!”; e acrescentou que Saulo era um instrumento escolhido para levar o Seu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel (v.15) – um ministério que lhe traria muito sofrimento por amor a esse mesmo nome (v. 16). <br /><br />Assim, Ananias foi até a rua Direita (v. 11), que ainda é a principal rua que vai de leste a oeste de Damasco, e entrou na casa de Judas, no quarto em que estava Saulo. Lá ele lhe impôs as mãos (v. 17), talvez para identificar-se com Saulo enquanto orava pela cura de sua vista e pela plenitude do Espírito Santo para dar-lhe poder para exercer seu ministério. E mais, desconfio que essa imposição de mãos foi um gesto de amor por um homem cego, que não podia ver o sorriso do rosto de Ananias, mas podia sentir a pressão de suas mãos. Ao mesmo tempo, Ananias chamou-o de “Saulo, irmão”, ou “Saulo, meu irmão”. Sempre sou tocado por essas palavras. Podem muito bem ter sido as primeiras palavras que Saulo ouviu de lábios cristãos após a sua conversão, e eram palavras de boas-vindas fraternais. Devem ter sido música para os seus ouvidos. O quê? Será que o arquiinimigo estava sendo recebido como irmão? Será que o terrível fanático estava sendo recebido como membro da família? É isso mesmo. Ananias explicou como o mesmo Jesus que lhe apareceu na estrada, o tinha enviado a ele para que pudesse recuperar sua vista e ficar cheio do Espírito Santo (v. 17). Imediatamente lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver (aqui o Doutor Lucas emprega uma terminologia médica). Depois disso, ele foi batizado (v. 18), provavelmente por Ananias, que assim o recebeu de forma visível e pública na comunidade de Jesus. Só depois, Saulo se alimentou, então, após três dias de jejum, sentiu-se fortalecido (v. 19a). Será que Ananias lhe preparou e serviu uma refeição, da mesma forma como batizou? Nesse caso, ele reconheceu que o recém-convertido tinha necessidades físicas, além das espirituais. <br /><br />A próxima coisa que ficamos sabendo é que Saulo permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos (v. 19b). Ele sabia que agora pertencia àquele grupo que havia tentado destruir anteriormente, e mostrou isso claramente, ao pregar nas sinagogas a Jesus, afirmando que era o Filho de Deus (v. 20). É incrível o fato de ele ter sido aceito. Tanto que o povo o ouviu e ficou atônito, perguntando se ele não era o que exterminava em Jerusalém aos que invocavam o nome de Jesus e que viera a Damasco com o fim de os levar amarrados aos principais sacerdotes (v. 21). Lucas não nos conta como essas perguntas cheias de preocupação foram respondidas, mas talvez Ananias tenha ajudado a tranquilizá-los. Enquanto isso, Saulo mais e mais se fortalecia como testemunha e apologista, a ponto de confundir os judeus...em Damasco demonstrando que Jesus era o Cristo (v. 22). <br /><br />Entretanto, Saulo não ficou entre os cristãos de Damasco. Lucas descreve como ele deixou a cidade decorridos muitos dias (v. 23a). Essa referência ao tempo é intencionalmente vaga, mas sabemos por Gálatas 1:17-18 que “esses últimos dias” somaram três anos e que durante esse período Paulo esteve na Arábia. Ele não precisou viajar muito, pois, naquela época, o extremo noroeste da Arábia ficava perto de Damasco. Mas porque ele foi para a Arábia? Alguns acham que ele foi pregar, mas outros são convincentes que ele precisava de um tempo para meditar, e que Jesus teria revelado a ele aquelas verdades características da solidariedade judíaco-gentia no corpo de Cristo que ele depois chamaria de “o mistério” dado a conhecer através de “revelação”, “meu evangelho” e “o evangelho...(que) recebi...mediante revelação de Jesus Cristo”. Alguns chegam a conjecturar que aqueles três anos na Arábia foram uma compensação pelos três anos que os outros apóstolos haviam passado com Jesus, mas ele não. Em todo o caso, depois desse período, ele voltou para Damasco; porém, não por muito tempo: pois os judeus deliberaram entre si a tirar-lhe a vida (v. 23b) e dia e noite guardavam...as portas, para o matarem (v. 24). De alguma forma o plano deles chegou ao conhecimento de Saulo, e então seus seguidores “uma interessante indicação que sua liderança já era reconhecida e que tinha atraído seguidores”, colocando-o num cesto, desceram-no pela muralha (v. 25), e ele fugiu para Jerusalém.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-6693152944389368422011-02-18T12:37:00.000-08:002011-02-18T13:06:27.921-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 08<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5E1ou95s6DQ-qkBbav_HF027hyvu6sXENRmH9CAmMPA1Z72E_1zGCq1t-GWjhh97fn1JaDHwxO6nMZYjp503tuqgde4nilqIusLd2RtEWARUqMbF-3YloNf014-4PZ2A2fFvE_eYcEmfI/s1600/estudo+sobre+estevao.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 315px; DISPLAY: block; HEIGHT: 314px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5575135627705488402" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5E1ou95s6DQ-qkBbav_HF027hyvu6sXENRmH9CAmMPA1Z72E_1zGCq1t-GWjhh97fn1JaDHwxO6nMZYjp503tuqgde4nilqIusLd2RtEWARUqMbF-3YloNf014-4PZ2A2fFvE_eYcEmfI/s400/estudo+sobre+estevao.jpg" /></a><br /><br />Santo Estêvão é o primeiro mártir do Cristianismo, sendo considerado santo por algumas das denominações cristãs (católica, ortodoxa e a anglicana). É celebrado em 26 de Dezembro no Ocidente e em 27 de Dezembro no Oriente por tais denominações.<br /><br />Segundo os Actos dos Apóstolos, Estêvão foi um dos sete primeiros diáconos da igreja nascente, logo após a morte e ressureição de Jesus, pregando os ensinamentos de Cristo e convertendo tanto judeus como gentios. Segundo Étienne Trocmé, Estevão pertencia a um grupo de cristãos que pregavam uma mensagem mais radical, um grupo que ficou conhecido como os helenistas, já que os seus membros tinham nomes gregos e eram educados na cultura grega e que separou do grupo dos doze apóstolos. Também eram conhecidos como o grupo dos 7. Foi detido pelas autoridades judaicas, levado diante do Sinédrio (a suprema assembleia de Jerusalém), onde foi condenado por blasfémia, sendo sentenciado a ser apedrejado (Act, 8). Entre os presentes na execução, estaria Paulo de Tarso, o futuro São Paulo, ainda durante os seus dias de perseguidor de cristãos.<br /><br />O seu nome vem do grego Στέφανος (Stephanós), o qual se traduz para aramaico como Kelil, significando coroa - e Santo Estêvão é, de resto, representado com a coroa de martírio da cristandade, recordando assim o facto de se tratar do primeiro cristão a morrer pela sua fé - o protomártir.<br /><br />Durante os primeiros século do cristianismo, o túmulo de Estêvão achou-se perdido, até que em 415 (talvez pela crescente pressão dos peregrinos que se deslocavam à Terra Santa), um certo padre, de nome Luciano, terá dito ter tido uma revelação onírica de onde se encontrava a tumba do mártir, algures na povoação de Caphar Gamala, a alguns quilómetros a Norte de Jerusalém.<br /><br />Gregório de Tours afirmou mais tarde que foi por intercessão de Santo Estêvão, que um oratório a ele dedicado, na cidade de Metz, onde se guardavam relíquias do santo, foi o único local da cidade que escapou ao incêndio que os Hunos lhe deitaram, no dia de Páscoa de 451.<br /><br />O culto de Santo Estêvão encontra-se associado à festa dos rapazes nas aldeias de Trás-os-Montes, integradas no ciclo de festividades do Solstício do Inverno, no período que decorre do dia 24 de Dezembro ao dia 6 de Janeiro, e que no passado pagão terão sido dedicadas ao culto do Sol, num ritual em que intervêm os caretos, as máscaras tradicionais do extremo nordeste de Portugal .<br /><br /><br /><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:verdana;color:#cc0000;">Quando a Igreja de Cristo é Perseguida</span> </span><br /></strong><br />TEXTO ÁUREO<br /><br />"Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós, por minha causa" (Mt 5.11).<br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /><br />Apesar das perseguições contra a Igreja de Cristo, o evangelho torna-se, a cada dia, mais universal e influente. Nenhuma perseguição haverá de deter o avanço da Igreja<br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br />Atos 8.1-8<br />1 - E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos.<br /><br />2 - E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto.<br /><br />3 - E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.<br /><br />4 - Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra.<br /><br />5 - E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo.<br /><br />6 - E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia;<br /><br />7 - Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.<br /><br />8 - E havia grande alegria naquela cidade.<br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br />Como uma luz brilhante é dolorosa aos olhos, assim a luz da santidade de Deus é dolorosa ao pecador, e ele procura esconder-se dela. O crente, posto no mundo como luz, traz dor ao mundo. Não pode haver outra reação contra ele senão a de rejeição, perseguição, amargura e ódio. Por isso nosso Senhor disse: "Se o mundo vos odeia [e o texto original implica que certamente odiará], sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim" (Jo 15.18). J. Dwight Pentecost, em seu livro ‘O Sermão da Montanha’, afirma: “O ódio é compreensível e, à luz da situação do mundo, é perfeitamente natural, lógico, e deve acontecer. O amor do crente ao mundo é tão anormal quanto o amor do mundo ao crente. O primeiro motivo que Cristo apresenta é: "Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia" (Jo 15.19). Quando disse "Se vós fosseis do mundo", estava dizendo: "Se extraísseis do mundo vossos padrões de vida; se modelásseis vossa conduta segundo os padrões do mundo; se recebêsseis inspiração do mundo", o mundo vos aprovaria, porque haveria unidade entre vós e o mundo. Se vossa vida girasse em torno do mundo, serieis aprovados. Visto como a vossa vida tem um novo padrão, um novo alvo, um novo centro, o mundo não entende”. Aquilo que não se pode compreender é de pronto rejeitado e o mundo interpreta esta atitude do crente em seguir padrões avessos ao comum como complexo de superioridade por parte do crente, daí o ódio que nos tem. Não aceita que haja algo de maior valor em conhecer a Jesus Cristo e que Cristo seja superior ao deus deste mundo. Entende mal e interpreta mal. O fato de a pessoa deixá-los é um testemunho do alto valor daquilo que a leva a abandoná-los. O indivíduo saiu do seio do mundo. Não podendo entender porque ele fez isso, o mundo o odeia. Boa aula!<br /><br />II. DESENVOLVIMENTO<br /><br />I. OS EFEITOS DA MORTE DE ESTÊVÃO<br /><br />“Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra”. (At 8.4). Na perseguição iniciada com a morte de Estevão, a igreja em Jerusalém dispersou-se por toda a terra. Alguns chegaram até Damasco e outros até a Antioquia. Por qual motivo sobreveio então as perseguições? “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. (Mc 16.15). A partir desta perseguição, os cristãos fugiam, porém pregavam o evangelho e testemunhavam das maravilhas que Jesus operava. Os primeiros agentes da expansão missionária provavelmente foram os convertidos do dia de Pentecostes (At 2.9-11) que levaram o evangelho consigo quando voltaram para casa. As regiões alistadas no texto já indicam a larga gama de países do mundo de então. Uma segunda leva de "missionários" foram aqueles que foram espalhados por toda parte na perseguição que seguiu o martírio de Estevão (At 8.4). Estes foram pregando na Fenícia, em Chipre e em Antioquia, mas sempre aos helenistas. Um dos convertidos de Chipre e de Cirene (atual Líbia) pregaram aos helenos (gregos) em Antioquia. Como resultado da evangelização do eunuco por Filipe surgiu a Igreja na Etiópia (At 8.26-39).<br /><br />1. Sobre Paulo.<br /><br />Como jovem judeu, ele recebera educação ministrada aos jovens judeus de futuro e foi educado aos pés de Gamaliel<em>.(Gamaliel é citado no discurso do apóstolo Paulo, em Atos dos Apóstolos 22:3, como sendo o seu mestre.Lucas, autor do Atos dos Apóstolos, em 5:34-39, refere-se a Gamaliel como um estudioso da Lei de Moisés. No episódio quando defende os apóstolos, a sua autoridade no Sinédrio foi tão grande que eles aceitaram o seu conselho. Nesta ocasião, quando Pedro e os outros apóstolos foram trazidos perante o Sinédrio, Gamaliel ilustrou a sabedoria de não se interferir na obra dos apóstolos, e então acrescentou: “Se este desígnio ou esta obra for de homens, será derrubada; mas, se for de Deus, não podereis derrubá-los... podereis talvez ser realmente achados como lutadores contra Deus.” — Atos 5:34-39.)</em>Poucos podiam se orgulhar de ter mais instrução do que Paulo no que dizia respeito à educação religiosa judaica e poucos se aproveitaram tanto quanto ele da educação que recebeu (Fp 3.4-6). Se perguntarmos o que causou a conversão de Paulo, só existe uma resposta possível. O que sobressai na narrativa é a graça soberana de Deus através de Jesus Cristo. Paulo não se “decide por Cristo”, como poderíamos dizer. Pelo contrário, ele estava perseguindo Cristo. É melhor dizer que Cristo se decidiu por ele e interveio em sua vida. A evidência disso é inquestionável. Lucas o mencionou três vezes, sempre como feroz adversário de Cristo e sua igreja. Ele nos conta que, no martírio de Estevão, “as testemunhas deixaram suas vestes ao pés de um jovem chamado Saulo” (7.58), que “Saulo consentia na sua morte” (8.1), e que, em seguida, “Saulo assolava a igreja” (8.3), procurando cristãos casa por casa, arrastando homens e mulheres para a prisão. Agora, Lucas resume a história dizendo que ele estava respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor (9.1). Ele não tinha mudado desde a morte de Estevão; ele ainda estava na mesma condição mental de ódio e hostilidade. John Stott afirma que “Alguns dos termos que Lucas usa para descrever Paulo antes da sua conversão parecem ser deliberadamente escolhido para retratá-lo como “um animal selvagem e feroz”. O verbo lymainomai, cuja única ocorrência no Novo Testamento se encontra em 8.3, em referência à “destruição” que Saulo causou a Igreja, é empregada no Salmo 8.13 (LXX), em relação a animais selvagens destruindo uma vinha; o seu sentido específico é “destruição de um corpo por um animal selvagem”. Um pouco mais tarde, os cristãos de Damasco o descreveram como aquele que tinha causado um “extermínio” em Jerusalém (v. 21), onde o verbo empregado é portheo (como em Gálatas 1.13,23), que C.S.C. Williams, traduz “espancar”. Continuando a mesma imagem, J.A. Alexander sugere que a menção de Saulo “respirando ameaças e morte” (v. 1) era uma “alusão ao arfar e ao bufar dos animais selvagens”, enquanto que mais tarde, de acordo com Calvino a graça de Deus é vista “não apenas em um lobo tão cruel sendo transformado numa ovelha, mas também em ele assumir o caráter de um pastor”. Esse era o homem (mais animal selvagem do que ser humano) que em poucos dias seria alcançado pela graça. Não estava propenso a considerar as reivindicações de Cristo. Seu coração estava cheio de ódio e sua mente estava envenenada por preconceitos, estava “demasiadamente enfurecido” (At 26.11). “Aprouve” a Deus, escreveu Paulo, “revelar Seu Filho a mim”. John Stott continua: “Em primeiro lugar, a conversão de Saulo não foi, de maneira alguma, uma “conversão repentina”, como se diz muitas vezes. É certo que a intervenção final de Deus foi repentina: “Subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor” (v. 3), e uma voz se dirigiu a ele. Mas essa não foi a primeira vez que Jesus Cristo falou com ele. De acordo com a própria narrativa de Paulo, Jesus lhe disse: “Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões” (26.14). Com esse provérbio (que parece ter sido bastante popular na literatura grega e latina) Jesus comparou Saulo a um touro jovem, forte e obstinado, e ele mesmo a um fazendeiro que usa aguilhões para domá-lo. A implicação disso é que Jesus estava perseguindo Saulo, usando esporas e chicotes, e era “duro” (doloroso, até mesmo fútil) resistir [1].<br /><br />2. Sobre a Igreja.<br /><br />A missão da Igreja é proclamar de modo persistente e incessante a obra redentora do Calvário a todos os povos. Jesus disse: “[...] e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” (At 1.8). Entretanto, apesar dessa ordem e de já haver recebido o Espírito Santo no Pentecostes, a Igreja permaneceu limitada a Jerusalém, pelo menos até ao martírio de Estevão. A igreja estava muito concentrada no seu mundo cristão, que não justificava o poder através do derramamento do Espírito Santo, que eles tinham recebido. Para que houvesse a multiplicação da palavra de Deus, era necessário que alguma coisa de especial acontecesse. Foi aí que Deus permitiu aquela perseguição, para que o povo se espalhasse. Após a morte de Estevão (primeiro mártir da Igreja), houve “uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém” (8.1), de tal modo que os crentes tiveram que se dispersar. Os que “andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (v.4). A expressão “por toda parte” incluía regiões como a Fenícia, Chipre e Antioquia, muito além dos termos de Israel (At 11.19). Isso indica que a determinação do Mestre começou a ser cumprida segundo os termos da Grande Comissão. Certamente Deus permitiu tal perseguição com o intuito de retirar os discípulos do seu comodismo e inércia. A primeira reação contraria a expansão da igreja veio do judaísmo, que considerava a pregação cristã como um perigo ao ritualismo e a sua própria existência. Certo dia um grupo de judeus apoderou-se de Estevão e, o levou a presença do conselho do sumo sacerdote, acusando de blasfêmia por ter feito uma eloqüente defesa da fé cristã, explicando como Jesus Cristo havia cumprido as antigas profecias referentes ao Messias que libertava seu povo do pecado e da escravidão. Assim tomaram a iniciativa do apedrejamento de Estevão, transformando-o no primeiro Mártir da fé cristã. Logo após a morte de Estevão tiveram lugar ao martírio de Tiago e a prisão do apóstolo Pedro, por determinação do governador Herodes. Esse fato deu início a uma onda de perseguição que levou muitos cristãos a abandonarem Jerusalém (At 8.1), iniciando-se assim a dispersão de muitos cristãos propiciando um crescimento maior e mais rápido da igreja: "Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus." (Rm 8.28).<br /><br />II. QUANDO A IGREJA É PERSEGUIDA<br /><br />Paulo alista "tribulações" como uma das bênçãos da salvação em Cristo. A palavra "tribulação" refere-se a todos os tipos de provações que podem nos afligir. Isto inclui a perseguição, maus tratos ou desprezo. Em meio a estas aflições, a graça de Deus nos capacita a buscar mais diligentemente a sua face e produz em nós um espírito e caráter perseverantes, que vencem as provações e as aflições da vida. É notável que a tribulação, ao invés de nos levar ao desespero e à desesperança, produz em nós a paciência, a paciência produz a experiência, e a experiência resulta numa esperança madura que não decepciona (Rm 5. 5).<br /><br />1. Perseguição física.<br /><br />O sofrimento não é novo na história do povo de Deus. Em Atos capítulo 8, a Igreja que amava a Jesus e se ajuntava em Jerusalém passou por uma de suas mais fortes provações. No primeiro verso deste capítulo Lucas nos diz que a Igreja era “perseguida”, utilizando aqui um vocábulo grego – diogmos - que significa um forte e visível ataque. Indicava que o sofrimento da Igreja nesta época de dispersão era perceptível por todos. Homens e mulheres eram mortos, outros encarcerados, famílias partidas ao meio e aqueles que conseguiam fugir deixavam para trás suas vidas e história. Esta “perseguição” era, portanto, um terrível sofrimento físico, visível e violento. No segundo verso Lucas nos diz que a Igreja “pranteava” a morte de Estêvão. O autor, inspirado, escolhe a expressão grega kopeton que significa a dor da alma, ou bater no peito para expressar este pranto. Mostra que esta Igreja se melancolizava pelo caos ao seu redor e, assim, não havia apenas dor no corpo, mas também na alma. Esta Igreja chorava de forma visceral a morte de Estevão, e tantos outros, sofrendo tanto física quanto emocionalmente. No terceiro verso somos levados a ler que Saulo “assolava” o povo de Deus, utilizando-se aqui a expressão elumaineto que possui a mesma raiz da usada em Jo 10.10 ligada à destruição da fé e das convicções quando se refere àquele que veio roubar, matar e destruir. Trata-se de um sofrimento espiritual quando os alicerces das convicções mais profundas são atacados. Estes três níveis de sofrimento descritos em contexto de perseguição em Atos oito (físico, emocional e espiritual) podem muito bem ilustrar as vias de dor da Igreja ao longo de sua história, bem como nos dias de hoje. Deve nos ensinar que:<br /><br />-(1) seguir a Cristo – e mesmo fazê-lo com devoção e fidelidade – não isenta o crente do sofrimento;<br /><br />-(2) em meio a estes sofrimentos não estamos sós, pois maior é Aquele que está em nós;<br /><br />-(3) o sofrimento é uma oportunidade de se alicerçar a fé - daquele que é provado no dia mau – e de expressar amor e sincera solidariedade - por parte daquele que pode estender a mão [2].<br /><br />2. Perseguição cultural.<br /><br />Cultura traduz-se por totalidade daquilo que foi elaborado pela atividade humana na construção de um mundo próprio, exteriorizado na forma de instrumentos materiais (como as ferramentas), ou espirituais (como a linguagem e a religião). A cultura torna-se o próprio mundo do indivíduo, pois, ele a recebe, assimila, elabora e age nela desde o nascimento. A cultura adotada como padrão aceito pela maioria dos membros de uma sociedade, e que está inserida em suas leis e principais costumes é o que se chama ‘Cultura Oficial’ e tem a principal função de manter a regularidade do sistema, ou establishment, que são as instituições e culturas já estabelecidas. A Bíblia traça um perfil claro do que a igreja está destinada a ser, e narra a história primitiva da igreja em dois contextos culturais: a sociedade judaica da Palestina e a sociedade greco-romana do primeiro século. Na base deste testemunho bíblico a igreja em cada época enfrenta a tarefa de formar as estruturas que forem mais compatíveis com sua natureza e missão dentro da sua cultura específica. A cultura oficial, não importando sua origem, é uma cultura que exclui a Deus, que glorifica a auto-suficiência humana, que faz do homem a autoridade suprema e que se recusa a reconhecer a revelação de Deus em Jesus Cristo. O crente deve manifestar desprezo segundo Deus, ante a sabedoria humana e a cosmovisão secular (1Co 1. 18-31; 2.1-16; At 17.18; Rm 1.20-32; Cl 2.8; 2 Ts 2.10-12; 2 Tm 3.1-9; 2 Pe 2.1-3,7; Jd 4-19). O evangelho e a mensagem da cruz nunca devem ser acomodados à cultura, à filosofia, à ciência ou a qualquer outra forma de sabedoria humana (2.4,5; Gl 6.14). O cristianismo não se identifica por uma prática religiosa, mas sim pela observação dos mandamentos de Jesus, logo, o crente deve se preocupar com a construção de uma sociedade justa, igualitária e praticante dos bons valores. O papel da igreja é o de transformar a sociedade oprimida por sistemas injustos, através da pregação do Evangelho da salvação e da libertação. Não existe uma cultura cristã, pois o cristianismo não é uma sociedade secular, mas sim uma ekklesia, a reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo), o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadãos do reino de Deus (Ef 2.19), com o propósito de adorar a Deus. Paulo assevera que devemos reconhecer que o presente sistema mundano é mau (Gl 1.4), e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; 1Jo 5.19). Devemos resistir às formas prevalecentes e populares do proceder deste mundo e em lugar disso proclamar as verdades eternas e os padrões justos da Palavra de Deus, por amor a Cristo (1Co 1.17-24).<br /><br />3. Perseguição institucional.<br /><br />Amparada pela ‘lei’, a perseguição institucional velada está a pleno vapor. Leis aprovadas pelos Congressistas visam reprimir o avanço do evangelho e menosprezam os valores morais bíblicos. Não que a dita ‘bancada evangélica’ não esteja atenta, mas sabemos que vence a maioria e, infelizmente, esta maioria está subordinada à cultura oficial. Os interesses do Reino de Deus não coadunam com os interesses deste mundo, mesmo perseguidos, ainda que veladamente, devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau e permanecermos amando aquilo que é justo (1Jo 2.15-17; Hb 1.9). A Bíblia diz que no fim dos tempos os filhos de Deus serão perseguidos e odiados. Veja abaixo alguns PROJETOS DE LEIS brasileiras, que, SE APROVADOS, impedirão a nossa ação a favor do Evangelho no Brasil:<br /><br />* Será proibido fazer cultos ou evangelismo na rua (Reforma Constitucional).<br /><br />* Cultos somente com portas fechadas (Reforma Constitucional).<br /><br />* As igrejas serão obrigadas a pagarem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.<br /><br />* Programas evangélicos na televisão apenas uma hora por dia.<br /><br />* Pastor só poderá fazer programa de televisão, se tiver faculdade de 'jornalismo'.<br /><br />* Será considerado crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de Deus.<br /><br />* Pastores que pregarem sobre dízimos e ofertas, dependendo do número de reclamações, serão presos.<br /><br />* Pastores que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito a se defender por meio de ação judicial.<br /><br />* Igrejas que não realizarem casamento de homem com homem e mulher com mulher, estarão fazendo 'discriminação', poderão ser multadas e os pastores processados.<br /><br />* Querem que o dia do 'Orgulho Gay' seja oficializado em todas as cidades brasileiras.<br /><br /><br />III. COMO ENFRENTAR A PERSEGUIÇÃO<br /><br />Depois de instruir seus apóstolos nos métodos de efetuar a pregação, Jesus advertiu-os a respeito de opositores. Ele disse: “Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos... Guardai-vos dos homens; pois eles vos entregarão aos tribunais locais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Ora, sereis arrastados perante governadores e reis, por minha causa.” Paulo escreveu: “Porque a vós vos foi concedida, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele” (Fp 1.29). Além do mais temos que nos lembrar que “não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Por trás de toda a perseguição está o diabo o qual, não podendo mais atacar a Deus diretamente, procura atacá-lo perseguindo a Igreja. A graça de Deus nos capacita a olhar além dos nossos problemas presentes, nossa ardente esperança em Deus e a certeza garantida da volta do nosso Senhor para estabelecer a justiça e a piedade no novo céu e nova terra (1Ts 4.13; Ap 19-22). Entrementes, enquanto estivermos na terra, temos o amor de Deus derramado em nosso coração pelo Espírito Santo a fim de nos consolar em nossas provações e trazer até nós a presença de Cristo (Jo 14.16-23).<br /><br />1. Evangelizando e fazendo missões.<br /><br />No início da narrativa de Atos, antes de pentecostes, Lucas esclarece que havia apenas cento e vinte pessoas que pertenciam à assembléia dos santos. Depois da descida do Espírito são convertidos quase três mil pessoas após a pregação de Pedro. Não é mais um pequeno grupo, mas uma grande multidão que cresce a cada dia. A igreja começa a crescer rapidamente de um modo que as pessoas ficam pasmas. Eles podem ver a obra grandiosa do poder de Deus na vida daquelas pessoas. A obra do Senhor começa a se espalhar em toda Jerusalém e que depois chegaria até aos confins da terra. É o evangelho sendo pregado pelo mundo inteiro. Porque o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.17). “o sangue dos mártires é a semente da igreja” - Isso foi dito por Tertuliano, que veio da igreja do Norte da África, igreja que foi dissipada. Se procurássemos a igreja mais saudável nos anos 400 e 500, olharíamos para o que chamamos de Tunísia e Algéria; o norte da África. Foi a terra de Agostinho. Depois, os árabes, os muçulmanos, chegaram. Eles conquistaram Cartago em 698 d.C. e aos poucos, o evangelho foi sendo sufocado e o número de crentes reduzido a quase nada. A nota principal da Igreja Copta (a igreja cristã do Egito, Etiópia e Eritréia), hoje, é a da perseguição por amor da justiça: uma igreja sacrificada pelos imperadores romanos pagãos, pelos imperadores cristãos e pelos árabes, quando o Islamismo conquistou o Egito. O martírio continuou até nossos dias. Em fins do século 20, os coptas têm sofrido forte opressão, tidos como estrangeiros em seu país, quando, na verdade, são os verdadeiros egípcios. O século XIX ficou conhecido como o "grande século do esforço missionário": Robert Morrison - estudou o mandarin e deixou um dicionário e uma Bíblia para os missionários, o que aconteceu em 1858; Charles Handon Spurgeon - Foi o mais proeminente pregador da Inglaterra em meados do século XIX. É conhecido como o príncipe dos pregadores; Dwight L. Moody - considerado um dos grandes evangelistas ele ajudou a fundar a sociedade de evangelização de Chicago em 1886 e no outono de 1889 surgiu o Instituto Bíblico Moody que teve como alunos em 1949 Billy Grahan e Samuel Doctorian; Hudson Taylor -- A china teve um progresso missionário com a sua presença. Rompeu com as tradições missionárias da época iniciando um trabalho pioneiro em missões transculturais, levou muitos camponeses a Cristo; Robert Reid Kalley e sua esposa Sara Poulton Kalley -- O protestantismo começou a arraigar-se e crescer no Brasil com a chegada de Kalley no Rio de Janeiro em 10/05/1855. Neste ano é inaugurada a Escola Dominical em Petrópolis pelo casal. No dia 11/07/1858 Pedro Nolasco de Andrade tornou-se o primeiro brasileiro batizado no Brasil na Igreja Evangélica Fluminense, onde Kalley era pastor, na época a igreja contava com 13 membros, 8 portugueses, 4 anglo-saxões e 1 brasileiro. Em 1868 a igreja alcançou 360 membros, uma segunda Igreja congregacional foi organizada em Recife no ano de 1873; Simonton -- chegou ao Brasil no dia 12/08/1859 e em 1862 fundou a primeira Igreja Presbiteriano no Rio de Janeiro; Willian Buck -- chegou ao Brasil em 1881 e no seguinte fundou a primeira igreja batista no Brasil em Salvador; Daniel Berg e Gunnar Vingren chegam a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais.<br /><br />2. Apresentando uma apologia de nossa fé.<br /><br />Se perguntarmos à maioria das pessoas a razão por que crêem, muitas delas teriam dificuldade de oferecer uma base sólida para sua opinião. De modo geral, as convicções pessoais referem-se à lealdade a uma herança ou a uma tradição específica. É surpreendente notar o quanto a fé fundamenta-se na submissão a uma instituição, a um partido político, a uma igreja, ou a um sistema religioso, mas não em fatos. Muitas vezes a fé religiosa é mais uma demonstração de lealdade aos pais, ao sacerdote, ou ao pastor, do que uma convicção real fundamentada em evidência sólida[3]. Prontidão para confessar Cristo é um importante aspecto em colocar Cristo como Senhor. Essa prontidão é inclusive para a resposta a questionamentos abusivos e zombeteiros de pessoas hostis à mensagem do evangelho. Nessa defesa apologética inclui uma explanação dos pontos principais da fé cristã. No dizer de Pedro, devemos sempre estar dispostos a defender a causa de Cristo e a explicar o evangelho aos outros (Is 8.13). Assim sendo, devemos conhecer a Palavra de Deus e a sua vontade, a fim de testemunhar corretamente de Cristo e levar outras pessoas a Ele (Jo 4.4-26).<br /><br />3. Conservando nossa identidade como povo de Deus.<br /><br />O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem o sistema iníquo do mundo (Mt 9.11; 2Co 6.14) deve reprovar abertamente o pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11), deve ser sal e luz do mundo para eles (Mt 5.13,14), deve amá-los (Jo 3.16), e deve procurar ganhá-los para Cristo (Mc 16.15; Jd 22,23). Nós os cristãos estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e redescobrir a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. Ricardo Cotta em seu livro ‘Defendendo a Igreja Evangélica’, faz o seguinte questionamento: QUE TIPO DE PESSOAS SÃO OS EVANGÉLICOS? São pessoas como qualquer outra, com qualidades e defeitos, com alegrias e tristezas, sujeitas a doenças e à morte. São chamados também de crentes ou protestantes. Em geral não têm vício de jogos, não fumam, não traficam nem usam drogas. Não bebem bebidas alcoólicas ou quando fazem uso, o fazem com moderação: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Normalmente não roubam, não matam nem se suicidam. Não são homossexuais, não se prostituem e procuram não adulterar, apesar de ocorrerem alguns casos. Procuram ser honestos e corretos em todos os seus negócios: “Dois pesos e duas medidas uns e outras são abomináveis ao Senhor” (Pv 20.10). O evangélico procura agir da maneira citada, apesar de falhar muitas vezes. Quando falha, o Espírito Santo o incomoda a reconhecer o erro, arrepender-se e mudar de atitude. Não pode haver outra reação contra o crente senão a de rejeição, perseguição, amargura e ódio. Por isso nosso Senhor disse: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim" (Jo 15.18).<br /><br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br />Como uma luz brilhante é dolorosa aos olhos, assim a luz da santidade de Deus é dolorosa ao pecador, e ele procura esconder-se dela. O crente, posto no mundo como luz, traz dor ao mundo. Não pode haver outra reação contra ele senão a de rejeição, perseguição, amargura e ódio. Deixando o sistema do mundo e aceitando o padrão da Palavra de Deus, dizemos ao mundo: "encontrei em Cristo algo superior a tudo quanto tens." Não há necessidade de empregar palavras, pois a própria rejeição das coisas da velha vida e aceitação da nova com seus alvos e padrões, é testemunho silencioso de que encontramos algo superior. O mundo interpreta esta atitude como complexo de superioridade de nossa parte, daí o ódio que nos tem. Não aceita que haja algo de maior valor em conhecer a Jesus Cristo e que Cristo seja superior ao deus deste mundo. Entende mal e interpreta mal. O fato de a pessoa deixá-los é um testemunho do alto valor daquilo que a leva a abandoná-los. O indivíduo saiu do seio<br />do mundo. Não podendo entender porque ele fez isso, o mundo o odeia.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-66200341391013818622011-02-10T14:31:00.000-08:002011-02-10T14:38:42.231-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 07<strong><strong>Assistência Social, Um Importante Negocio</strong></strong><br /><br />TEXTO ÁUREO<br /> <br />"E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha." (At 4.35).<br /><br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /> <br />Embora a oração e a proclamação da Palavra de Deus sejam as prioridades máximas do ministério cristão, não podemos esquecer-nos das obras de misericórdia<br /> <br /><br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Atos 6.1-7<br />1 - Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.<br /><br />2 - E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.<br /><br />3 - Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.<br /><br />4 - Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.<br /><br />5 - E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;<br /><br />6 - E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.<br /><br />7 - E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.<br /><br /> <br /><br /><br />COMENTÁRIO<br /><br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br /><br />Neste domingo, como no anterior, trataremos de um assunto pouco difundido em nossas igrejas e do qual temos poucas referências explicativas nas Escrituras, porém não é necessário explanar acerca da sua importância, já que sua origem está intrinsecamente relacionada com o crescimento vertiginoso da Igreja Primitiva e devido ao desenvolvimento da Igreja aparece como função de apoio aos Presbíteros de cada cidade. Devido às várias interpretações que se deu ao tema, é necessário traçar uma linha direta para o bom funcionamento desta função (responsabilidade). Quanto à sua origem, João Calvino assevera: “Ainda que o nome de diácono tenha um sentido mais amplo, não obstante a Escritura chama especialmente diáconos aqueles que são constituídos pela igreja para distribuir as esmolas e cuidar dos pobres, como seus procuradores. A origem, a instituição e o cargo dos diáconos lhes refere são Lucas nos Atos dos Apóstolos (At 6,3). A causa foi as queixas dos gregos contra os hebreus, porque não eram levadas em conta as viúvas no serviço dos pobres. Os apóstolos, alegando não poderem cumprir por vez com dois ofícios, pedem ao povo que eleja sete homens de boa vida, para que se encarreguem disto. Eis aqui a missão dos diáconos no tempo dos apóstolos, e como devemos ter-lhes conforme o exemplo da Igreja primitiva” [1]. Pela natureza da palavra e o contexto da função, se vê que os diáconos cumpriam uma função de serviços secundários, ajudando aos Presbíteros numa localidade. Se bem que a palavra diácono também é aplicada a outros homens. Nesse caso refere-se mais ao espírito de serviço, porque a Cristo também se chama desta maneira. Naturalmente, temos dificuldade em exercer uma Ação Social eficiente, e esta dificuldade vai além de nossa Igreja, alcança outras denominações, pois hoje menos de5% das igrejas estão alinhadas ao novo conceito de Missões chamado Missão Integral, que é o cuidado com o indivíduo total, corpo, alma e espírito. Esta dificuldade transcende a nossa história, pois até o final do século 14, o movimento cristão protestante não tinha uma visão fragmentada da responsabilidade geral da igreja com a sociedade. Evangelismo e trabalho de transformação do mundo não eram vistos como frentes de trabalho incompatíveis uma com a outra. Não podemos abdicar de nossas responsabilidades, e esta lição veio no momento certo para nos acordar para este ministério da Igreja, tão esquecido, mas que foi posto à nossa responsabilidade pelo Senhor: “dá-lhes vós de comer”. Boa aula!<br /><br /><br />II. DESENVOLVIMENTO<br /><br /><br />I. AS DORES DO CRESCIMENTO<br /><br /><br />O vertiginoso crescimento da igreja desde a descida do Espírito Santo, nos primeiros séculos, é instigante e motivador. Podemos contemplar na narrativa de Lucas o Poder do Espírito Santo operando em cada um dos seus 28 capítulos. Este crescimento nos inspira a buscar e descobrir as estratégias para se alcançar este objetivo. Temos observado até esta lição que aquela igreja não possuía nenhum tipo de inovação ou algo semelhante, mas, simplesmente, os crentes se colocaram à disposição de Deus para trabalhar dentro do contexto de sua época. Se quisermos também alcançar êxito como eles, é exatamente isso que precisamos fazer hoje; “E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto de homens como mulheres, agregados ao Senhor” (At 5.14). “O crescimento da Igreja compreende aspectos internos no desenvolvimento de suas atividades, relacionados à sua forma de governo, sua estrutura financeira, sua liderança, o tipo de atividades em que investe seu tempo e recursos, e sua celebração cultual. Todos estes fatores formam um conjunto orgânico que dá sustentação ao crescimento. Esta verdade podia ser vista nessa igreja, que aprendeu bem cedo, logo em seus primeiros passos, a adquirir uma identidade própria”. [Pr. Advanir Alves Ferreira]<br /><br />1. A urgência da assistência social. <br />O crescimento diaconal também pode ser chamado de encarnacional. Esta dimensão abrange aspectos internos-externos, gerando um crescimento saudável da igreja. Este crescimento é visto como "a intensidade do serviço que a igreja presta ao mundo, como prova concreta do amor de Deus. Esta dimensão envolve o impacto que o ministério reconciliador da igreja exerce sobre o mundo, o seu grau de participação na vida, conflitos, temores e esperanças da sociedade e à medida que seu serviço ajuda e alivia a dor humana a transformar as condições sociais que têm condenado milhões de homens, mulheres e crianças à pobreza". Sem esta característica (serviço) a igreja perde sua autenticidade e credibilidade como agência do Reino de Deus neste mundo, pois "somente na medida em que consiga tornar visível e concreta a sua vocação de amor e serviço, ela pode esperar ser escutada e respeitada". O crescimento da igreja tem de estar vinculado ao serviço ou amor ao próximo. O apóstolo Tiago, falando sobre o papel social da igreja, afirma que a fé sem obras é morta (2.17). A Igreja está no mundo para ser social, ou seja, evangelização e responsabilidade social caminham de mãos dadas. Isto é fundamental no Crescimento Integral do Corpo de Cristo. É hora de uma conscientização social em nossas igrejas. O aspecto interno da igreja tem de gerar atitudes práticas para com o próximo. A Igreja Primitiva cantava, orava, pregava a Palavra, mas vivia a dimensão diaconal - repartia o pão. Desta forma, os pastores e lideranças em geral das Igrejas Locais poderão lançar projetos sociais junto às suas comunidades. Neste sentido, a igreja tem de ser liberal. [Pr. Advanir Alves Ferreira]<br /><br />2. A murmuração dos gregos.<br /> Desde o cativeiro babilônico (605 a. C.), quando Nabucodonosor levou cativa a primeira leva de judeus para a Caldéia, muitos deles nunca mais retornaram à sua terra, exceto um pequeno grupo com Zorobabel, para a reconstrução do Templo e depois outras levas com Esdras e Neemias (Ed 2.1; 7.1-7; Ne 2.9). A maior parte permaneceu espalhada pelas nações, onde eles já estavam. Os hebreus eram nativos da Palestina e falavam hebraico (ou aramaico) em vez de grego. Os helenistas (do grego helenistikoi) eram judeus do mundo greco-romano, oriundos da diáspora e falavam grego. Muitos preferem chamá-los de ‘judeus gregos’, diferentes dos hebraioi, ‘judeus palestinenses’ ou ‘aramaicos’. Havia uma tensão constante entre estes dois grupos – os aramaicos olhavam com reservas para os helenistas, por estes habitarem fora da Eretz Israel. A presença e o poder do Espírito Santo não garantem automaticamente que as dificuldades da vida desaparecerão [como é amplamente alardeado em muitas pregações, inclusive em nossos púlpitos]. É necessário que os crentes discutam suas diferenças e peçam a Deus soluções sábias para extinguir as querelas que inevitavelmente surgem no seio da igreja. O AT requeria cuidado pelos pobres e necessitados. Os necessitados e aflitos do povo de Deus são objetos do seu cuidado especial. Eles têm de Deus a promessa de que não os abandonará que Ele se lembrará das suas orações, e que as suas esperanças serão um dia realidades (Sl 9.18). Esta solicitude é vista na ação social que acontece em At 2.44-45; 4.34-37. Aqui o velho problema da discriminação tinha emergido: as viúvas dos judeus-gregos (ou de fala grega) eram consideradas estrangeiras pelos judeus nativos e assim não estavam recebendo sua porção na distribuição de alimentos, provavelmente derivada em parte da generosa doação de At 4.34-37.<br /><br /><br /><br />II. A INSTITUIÇÃO DO DIACONATO<br /><br /><br />Havia uma antiga rivalidade entre os helenistikoi e os hebraioi e embora pertencessem a uma nova comunidade, onde Jesus havia abolido qualquer barreira de preconceito (Ef 2.14-17), ainda havia uma tensão cultural entre eles, fato materializado no ‘desprezo’ com o qual as viúvas helenistas eram tratadas. Para solucionar essa questão, ‘os Doze’ (At 6.2) [essa é a primeira vez que os termos ‘os doze’ para designar os apóstolos e ‘discípulos’ para designar os crentes aparece em Atos], convocam a multidão em assembléia para tomar uma decisão que poria fim à pendenga entre os irmãos. A liderança seguiu o modelo determinado por Jesus (Mt 18.15-17).<br /><br />1. A participação da Igreja nas decisões. <br />Esta solene convocação da multidão dos discípulos revela-nos que há decisões na congregação que demandam assembléias e tomadas de decisão em conjunto com todos os crentes, nos moldes dos congregacionais. O regime de governo eclesiástico conhecido como Congregacional é um sistema onde cada congregação local é autônoma e independente. A igreja local possui autonomia para sua própria reflexão teológica, expansão missionária, relação com outras congregações e seleção de seu ministério. O Congregacionalismo está baseado nos seguintes princípios: Cada congregação de fiéis, unida pela adoração, observação dos sacramentos e disciplina cristã, é uma Igreja completa, não subordinada em sua administração a qualquer outra autoridade eclesiástica senão a de sua própria assembléia, que é a autoridade decisória final do governo de cada igreja local. Não existe nenhuma outra organização ou entidade maior ou mais extensa do que uma Igreja local a quem pode ser dada prerrogativas eclesiásticas ou ser chamada de Igreja. As igrejas locais estão em comunhão umas com as outras, são interdependentes e estão intercomprometidas no cumprimento de todos os deveres resultantes dessa comunhão. Por isso, se organizam em Concílios, Sínodos ou Associações. Entretanto, essas organizações não são Igrejas, mas são formadas por elas e estão a serviço delas. O Congregacionalismo é o regime de governo mais comum em denominações como Anabatistas, Igreja Batista, Discípulos de Cristo, Igreja de Cristo no Brasil e obviamente a própria denominação que deu nome ao termo: a Igreja Congregacional. Quanto ao sistema adotado pelas igrejas AD, é difícil fazer uma análise da forma de governo adotado por não se moldar aos paradigmas observados ao longo da história e destacados na literatura. Em sua tese de Doutorado em Sociologia "Protestantes e Política no Brasil", Paul Freston apresenta uma visão histórico-sociológica do pentecostalismo brasileiro e, particularmente, da Assembléia de Deus. Nesse trabalho (publicado no livro "Nem Anjos nem Demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo"), o pesquisador agrega informações e publica suas conclusões sobre o "modelo de governo assembleiano". Afirma esse Autor: "O sistema de governo da AD pode ser caracterizado como oligárquico e caudilhesco. Surgiu para facilitar o controle pelos missionários e depois foi reforçado pelo coronelismo nordestino. A AD, na realidade, é uma complexa teia de redes compostas de igrejas-mães e igrejas e congregações dependentes. Cada rede não habita necessariamente uma área geográfica contígua, o que dá margem a controvérsias constantes sobre 'invasão de campo'. O pastor-presidente da rede é, efetivamente, um bispo, com talvez mais de cem igrejas e uma enorme concentração de poder." (FRESTON, p. 86). Na defesa de sua tese, Freston recorre ao pensamento de Judith Hoffnagel (autora de uma tese de doutoramento na Indiana University/EUA, intitulada: "The Believers: Pentecostalism in a Brazilian City") segundo a qual "embora aconselhado pelo ministério, o pastor-presidente permanece a fonte última de autoridade em tudo... assim como o patrão da sociedade tradicional que, mesmo cercado de conselheiros, maneja sozinho o poder." Em síntese, para Freston, na visão estratégica do governo 'oligárquico e caudilhesco' assembleiano, "esse sistema de feudos é uma forma de manter o crescimento da igreja como um todo sem tocar na estrutura do poder. Como todo modelo, ele possui vantagens e desvantagens, pontos fortes e fracos." ‘Os Doze’ seguiram um modelo determinado por Jesus, convocando a multidão dos discípulos para a tomada de decisão que influenciaria a vida da Igreja. Acredito que este modelo deveria ser perseguido bem de perto a fim de se evitar o ‘sistema de governo hereditário’ e oligárquico apresentado na maioria das nossas convenções.<br /><br />2. O ministério diaconal.<br /> Embora o nobre comentarista afirma que a palavra ‘diácono’ não aparece no capítulo 6 de Atos, acredito ser importante mencionar que a diakonia, ‘ministério’ ou ‘serviço’, é o termo usado no verso 1 (ministério cotidiano) e no 4 (ministério da palavra), não restando dúvida da instituição da função nesta perícope e aponta para um único valor de ambos os serviços. O normal de cada igreja é que seja composta de “bispos e diáconos” (Fp 1.1). Como é instrutivo ver estes irmãos servindo a todo tempo! Eles servem quando a igreja está reunida ou no dia a dia; seja em serviços matérias ou em serviços espirituais; eles servem entre os crentes e entre os descrentes, ou seja, a Diaconia é exercida por alguém que usa seus dons espirituais para fazer os serviços que Deus designou para que ele faça, na vida diária da igreja ou nas reuniões; no ministério da Palavra ou na pregação do Evangelho; em serviços materiais ou em serviços espirituais. No pensamento de Paulo, que tinha opinião formada a respeito desses oficiais da igreja extraída da tradição religiosa judaica, uma vez que as sinagogas mantinham diversos desses obreiros, portanto, suas referencias a esse ofício passam obrigatoriamente pela ótica judaica. Nas cartas de Paulo são estabelecidas duas listas de qualificações – um para presbíteros, outra para diáconos – tecendo comentários minuciosos sobre cada ofício. Sobre isso, Berkhof comenta que além dos presbyteroi, citados por Paulo em suas cartas, são mencionados os diakonoi no NT (Fp 1.1; 1Tm 3.8,10,12). Cito aqui que há também quem discorde da instituição da diaconia em At 6, afirmando que os termos utilizados ali referem-se a um oficio geral, em que as funções dos presbíteros e dos diáconos foram combinadas. Quando Timóteo esteve em Éfeso, Paulo deu instruções acerca de presbíteros e também de diáconos e de diaconisas. A questão da existência de diaconisas nas igrejas ainda hoje é controversa em algumas denominações cristãs. É bem verdade que as mulheres têm assumido maciçamente essa função dentro das igrejas. No entanto, alguns teólogos insistem no argumento que os textos bíblicos não apóiam tal nomeação. Segundo eles, as mulheres que aparecem na lista, em 1Tm, são esposas de diáconos e não diaconisas. Mas não temos somente este texto como referência. Assim, para falarmos sobre “diaconisas”, pela visão paulina, quero tomar inicialmente o texto de Romanos 16.1, que diz: “Recomendo-vos, pois Febe, nossa irmã, a qual serve [diákonon] na igreja que está em Cencréia” (ARC, grifo meu) Eis um texto onde a figura feminina surge distinta do comentário apostólico sobre cargos e ofícios. Febe é mencionada na prática de uma função — no caso é dito que ela age como uma serva, isto é, ela serve a alguém. Nesta passagem Stamps reconhece o caráter implícito do diaconato em Febe, creditando a ela o título de diaconisa. O que poderíamos dizer ainda sobre o trabalho desenvolvido por nossas irmãs?<br /><br /><br /><br />III. ASSISTÊNCIA SOCIAL, UM IMPORTANTE NEGÓCIO<br /><br /><br />“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). Praticar boas obras é algo inerente à caminhada cristã. Especialmente as que estão ligadas à assistência social, que o Novo Aurélio define como: Serviço, de natureza diversa, que atende àqueles que não dispõem de recursos suficientes. A ética de Jesus preserva e torna mais exigentes os requisitos da Lei, revelando a sua intenção mais profunda (Mt 5.17,20). A prática do bem deve estender-se também aos que não pertencem à família de Deus (Mt 5.43-45; 6.1-4). Essas passagens mostram que as motivações dos discípulos de Cristo devem ser a imitação de Deus e a reverência para com ele. Outra motivação fundamental é o amor altruísta expresso no serviço desinteressado e até mesmo sacrificial, conforme exemplificado pelo próprio Cristo (Mc 10.45; Jo 13.12-15).<br /><br />1. O “importante negócio”. <br />“Ação social cristã” é uma expressão imprecisa e genérica. Precisamos dar-lhe um conteúdo, dizer o que entendemos por ela. Uma tentativa de definição seria afirmar que consiste em toda atividade de cristãos individuais ou da igreja coletivamente no sentido de suprir necessidades materiais das pessoas, aliviar o sofrimento humano, atenuar ou eliminar males sociais que afligem indivíduos, famílias, comunidades e até mesmo a sociedade como um todo. Essa ação social é especificamente cristã, pois responde a motivações e princípios diretamente relacionados com as Escrituras e com o evangelho de Cristo. O objetivo da ação social cristã é proporcionar às pessoas e comunidades condições de vida mais condignas, o suprimento básico das carências humanas fundamentais no plano material (moradia, alimentação, saúde, educação, trabalho). Quanto à sua amplitude de atuação, a ação social pode ir desde o atendimento de necessidades emergenciais, muitas vezes chamado de assistencialismo, até aquela atuação mais ampla que visa resolver os problemas de modo mais permanente e profundo. Um exemplo disso seria não somente fornecer alimento para uma pessoa ou família, mas proporcionar-lhe meios de educação, capacitação profissional e oportunidade de trabalho para que ela mesma possa ganhar o seu sustento, libertando-se da dependência externa. O objetivo mais elevado e complexo da ação social cristã seria a transformação das estruturas sociais e econômicas do país, visando à eliminação das causas da pobreza, a correção das injustiças sociais, a melhor distribuição de renda e assim por diante. Nesse último caso, os cristãos e as igrejas precisam atuar junto ao poder público, a classe política e as diferentes instituições da sociedade. [2]. <br /><br />2. Servindo à Igreja de Cristo. <br />Devido às circunstâncias difíceis em que viviam os primeiros cristãos, o Novo Testamento dá mais ênfase ao serviço cristão voltado para os irmãos na fé. Mas fica implícito que a prática de beneficência devia aplicar-se também aos de fora. A história da igreja mostra que foi exatamente isso que os cristãos fizeram, desde o princípio. Cristo proferiu muitos ensinos sobre a prática da justiça e da misericórdia (Mt 5.6-7; 19.21; 23.23), especialmente através de suas parábolas (Mt 25.34-40). Acima de tudo, ele exerceu misericórdia, socorrendo continuamente os sofredores (Mt 4.23; 9.2,6,36; 12.9-13; 14.14,19; 15.30). À guisa do AT, Jesus insistiu que meras palavras e atos externos de religiosidade não são suficientes na vida com Deus (Mt 7.21-23), e sim os frutos, a prática da fé (vv. 16-20,24). Lucas dá uma ênfase especial aos sofredores, aos excluídos, aos membros mais frágeis da sociedade, como as mulheres, as crianças, os enfermos e outras categorias. Diversas parábolas e episódios do ministério de Jesus que revelam o seu interesse pelos marginalizados são exclusivos do terceiro evangelho (o filho da viúva de Naim: 7.11-15; a mulher com hemorragia: 8.43-48; o bom samaritano: 10.29-37; o filho pródigo: 15.11-24; os dez leprosos: 17.11-19). Lucas também arroja-se sobre a temática ‘pobreza e riqueza’ (1.52-53; 4.18-19; 6.20-21,24; 12.13-21; 14.12-14; 16.19-31). De igual forma, a temática social continua presente no segundo tratado, Atos dos Apóstolos mostra como a vida da comunidade cristã original era caracterizada pelo compartilhamento dos bens de modo igualitário, ainda que esse não fosse um modelo para todos os tempos e lugares, apontava para a importância da solidariedade e generosidade entre os seguidores de Cristo. O discurso de Pedro na casa de Cornélio destaca a prática da misericórdia no ministério de Jesus (10.38). Já no seu nascedouro a igreja sentiu a necessidade de estruturar as suas atividades caritativas através da eleição de homens especialmente voltados para esse ministério (At 6.1-6). É patente também, a preocupação de Paulo com a beneficência cristã. Um tema que ocupa bastante espaço em algumas de suas cartas é a oferta levantada por ele junto às igrejas gentílicas para os crentes pobres de Jerusalém (1 Co 16.1-4; 2 Co 8.1-9.15; Rm 15.25-28; At 24.17; Gl 2.10). A seção prática de suas epístolas contém muitos ensinos sobre o serviço cristão e exortações ao mesmo (Rm 12.8,13,17,20; 1 Co 11.22; 12.28; 16.15; Gl 6.2,9-10; Fp 4.10-19; 1 Ts 4.9-12; 2 Ts 3.6-15; 1 Tm 6.17-19; Tt 3.8). As epístolas gerais igualmente possuem diversos preceitos nessa área (Hb 13.1-3; 1 Pe 4.9-10; 1 Jo 3.17-18). A carta de Tiago, devido ao ser caráter prático e seu teor veterotestamentário, aborda a temática social de modo muito insistente (1.9-11,27; 2.1-7,15-17; 5.1-6). <br /><br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br />A lição mostra que os apóstolos sabiam delegar as tarefas. Infelizmente, hoje, há uma liderança centralizadora na maioria das igrejas e não permitem que outros façam algo em prol da igreja e do próprio líder. Muitos líderes se sobrecarregam com funções que poderiam ser divididas e confiadas à homens fiéis no desempenho da Diaconía, o que acarretaria num maior tempo para dedicar-se ao ofício dos Presbyteroi. O Homem por mais capacitado que seja, não exercerá a contento as diversas funções. Por isso Deus permitiu que fossem escolhidos sete discípulos, os quais serviriam às mesas, enquanto os apóstolos se dedicariam ao estudo e a meditação das Escrituras, a fim de que estivessem em condições de ministrar o ensino bíblico.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-41671629014147979572011-02-03T10:42:00.000-08:002011-02-05T13:58:49.697-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 06<strong>A Importância da Disciplina na Igreja</strong><strong></strong><br /><br /> <br /><br />TEXTO ÁUREO<br /> <br />"Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça." (Hb 12.11). <br /><br /><br />-VERDADE PRÁTICA<br /> <br />A essência da disciplina é o ensino e o seu objetivo é levar-nos a andar de acordo coma vontade de Deus.<br /> <br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Atos 5.1-11<br /><br />1 - Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade,<br /><br />2 - E reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.<br /><br />3 - Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?<br /><br />4 - Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.<br /><br />5 - E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.<br /><br />6 - E, levantando-se os moços, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.<br /><br />7 - E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.<br /><br />8 - E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto.<br /><br />9 - Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.<br /><br />10 - E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido.<br /><br />11 - E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas.<br /><br /><br /><br />OBJETIVOS<br /><br /><br />Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:<br /><br />- Reconhecer que a disciplina é uma prova do amor de Deus;<br /><br />- Explicar a necessidade da disciplina, e<br /><br />- Saber que todo ato gera uma conseqüência.<br /><br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br /><br />[*] Na maioria das Igrejas protestantes, são apenas dois os sacramentos, que são o Batismo e a Eucaristia (Santa Ceia). Martinho Lutero definiu sacramento como um elemento, uma coisa material, que através da palavra de Deus, vira uma coisa diferente. Não no sentido material, pois água continua a ser água e pão continua pão, mas pela promessa divina é atribuido um poder vinculado a essa matéria. Muitos protestantes vêem os sacramentos apenas "como sinais que estimulam a fé". Na maioria das igrejas evangélicas os dois sacramentos são: batismo e a santa ceia. As igrejas anglicanas tem normalmente sete sacramentos, mas consideram a Santa Ceia e o Batismo como os principais. Há ainda algumas denominações protestantes como os Quakers que negam qualquer instituição de sacramentos por Jesus Cristo. Várias igrejas evitam a palavra sacramento, porque ela está associada a prática sacerdotal católica.<br /><br /><br /><br />II. DESENVOLVIMENTO<br /><br /><br />I. A DISCIPLINA E SUA NECESSIDADE<br /><br /><br />1. Definindo a disciplina. <br /><br />Antes de definir o significado de ‘disciplina’, é sumariamente necessário esclarecer que ela não deve ser confundida com ‘castigo’. Essas duas palavras necessitam de uma definição cuidadosa. ‘Castigo’ provém do latim castus (puro, casto), e está relacionado com castidade. O castigo é corretivo e seu propósito envolve misericórdia. Seu significado está claramente descrito em Hebreus 12.5-11. O castigo se apresenta ali como evidência do amor e interesse do Pai por seus filhos ao corrigi-los. Castigo sem disciplina é ineficaz. ‘Disciplina’ – do Latim discipulus, ‘aquele que aprende’, do verbo discere, ‘aprender’. De discipulus veio disciplina, ‘instrução, conhecimento, matéria a ser ensinada’. Gradualmente se agregou um novo significado, o de ‘manutenção da ordem’, que é necessária para fornecer instrução. É instrução e direção para um estilo de vida ordenado que chega a se tornar uma segunda natureza para a pessoa envolvida [como sou militar, nesta minha área, por exemplo, a disciplina é considerada uma qualidade a ser perseguida pelos soldados, com o objetivo de torná-los aptos a não se desviarem de uma conduta padrão, desejável para o bem comum da tropa, mesmo em situações de pressão extrema]. Segundo a Palavra de Deus, a disciplina é para purificação. Há ainda, uma outra definição para o termo que vem da palavra grega que quer dizer ‘uma mente sã’. Assim ‘disciplinar’ é ‘consertar os pensamentos’ da pessoa que não está pensando certo de forma a corrigir a sua atitude e colocá-la no caminho correto. Deus quer que seus filhos pensem e ajam conforme a Sua ordem. Deve ser claro que o elemento principal na disciplina não é o castigo. Geralmente este processo traz tristeza e dor, mas depois, quando a lição é entendida, traz alegria e ‘fruto de justiça’ (Hb 12.11). Podemos usá-lo para referir-nos a uma área de ensino, ao exercício da ordem, ao exercício da piedade ou a medidas corretivas no seio da igreja. A disciplina do Senhor tem dois propósitos: <br /><br />- que não sejamos, por fim, condenados com o mundo (1Co 11.31,32), e <br /><br />- que compartilhemos da santidade de Deus e continuemos a viver uma vida santificada, sem a qual nunca veremos o Senhor (1Pe 1.15,16).<br /><br />2. A disciplina no Antigo Testamento. <br /><br />Desde Gênesis até Apocalipse vemos que o nosso Deus é Deus de ordem. Seja com o Seu povo Israel ou com a sua Igreja na terra, Ele tem revelado um padrão para o comportamento do Seu povo. Este padrão é para o nosso bem e para o bem da Sua obra na terra e se um de seus filhos desviar-se desta ordem, Deus o corrige (Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus castiga; não desprezes, pois, o castigo do Todo-Poderoso. Jó 5.17). Nesta exortação que Elifaz dirige a Jó, ele inicia um com um correto pensamento, mas na sua conclusão seu pensamento está direcionado à conclusão de que se Deus repreende uma pessoa e ela corresponde devidamente, Deus a livrará de todos os seus males e aflições. O autor de Hebreus refuta essa idéia enganosa, ao declarar que alguns dos maiores heróis da fé, do Antigo Testamento, foram perseguidos, despojados de todos os seus bens, afligidos, maltratados e até mesmo mortos. Esses justos nunca experimentaram total livramento nesta vida (Hb 11.36-39). Note que não há na Bíblia ensinamento que Deus eliminará da nossa vida todas as aflições e sofrimentos. Os santos nem sempre são poupados de sofrimentos nesta vida. Note que, pela fé, alguns ‘escaparam do fio da espada’ e, também pela fé, alguns foram ‘mortos a fio de espada’ (Hb 11.34, 37). Na contra-mão de Elifaz, Salomão afirma que ‘o que aborrece a repreensão é um bruto’(Pv 12.1). Há ocasiões no decorrer de toda a nossa existência em que precisamos de repreensão e de correção. O orgulhoso detesta ser advertido, mas o humilde acolherá com naturalidade a crítica, e dela tirará proveito; o reverente temor do poder, majestade e santidade de Deus produzirá em nosso homem interior um santo temor em não transgredir a sua vontade revelada. Uma tal reverência é essencial para se obter um coração sábio. No Novo Testamento aprendemos que o sincero temor do Senhor em nosso coração será acompanhado pelo consolo do Espírito Santo.<br /><br />3. A disciplina no Novo Testamento.<br /><br /> É notável que na primeira referência no Novo Testamento sobre a Igreja local (Mt 18:15-17), e também na última (Ap 3:19), o assunto é sobre a necessidade de disciplina na Igreja local. Mesmo quando os apóstolos estavam na terra havia necessidade de disciplina nas igrejas, e esta foi muito severa, como quando Ananias e Safira morreram em Jerusalém por causa da sua mentira (At 5.1-11). Deus não tolera pecado na igreja. Também nas cartas de Paulo há muito escrito sobre este assunto. Mesmo Tessalônica, que foi chamada de ‘modelo para todos os crentes da Macedônia e da Acaia’ (1Ts 1.7) tinha problemas também (1Ts 5.14 e 2Ts 3.6). A severidade como Deus tratou com Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um Deus santo. Sem o devido temor do Deus santo e da sua ira contra o pecado, o povo de Deus voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do Espírito e a presença milagrosa de Deus e então lhe será cortado o fluxo da graça divina. Este é um elemento essencial da fé neotestamentária e do cristianismo bíblico hoje em dia. Muitos leitores da Bíblia ficam perplexos com esse juízo tão duro, vindo da parte de Deus. Alguns expositores têm procurado atenuar a narrativa com interpretações inconsistentes, considerando este registro um exagero por parte do ‘historiador’ Lucas, mas o fato acontece como está relatado. Lembremos que a narrativa de Atos não está encerrada e Deus não muda, ainda que o juízo de Deus nem sempre se manifesta dessa maneira, e por isso mesmo ainda não levamos a sério a obra do Senhor. Muitos estão a praticar coisas até mais graves, no entanto, Deus ainda está dando a oportunidade para a reconciliação.<br /><br /><br /><br />II. A OFERTA DE ANANIAS E SAFIRA<br /><br /><br />Em Atos 2.47 e 4.34, ficamos sabendo que ‘todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos’. Dentre eles, destacou-se Barnabé, o único citado nominalmente, exceto Ananias e Safira, por causa de sua hipocrisia. O casal fez um voto, não o cumpriu, mas queria que a Igreja pensasse que o mesmo fora concretizado. A generosidade de Barnabé repercutiu entre os irmãos. Ninguém era obrigado a vender suas propriedades. A mãe de João Marcos, o sobrinho de Barnabé (Cl 4.16), possuía uma casa em Jerusalém (At 12.12) que servia como lugar de culto e reunião de oração. O texto afirma que eles venderam uma propriedade. Não diz qual o seu tipo e nem o seu valor. Também não deixa explícita a atitude estranha desse casal. É comum a interpretação de que aquele casal queria gozar do mesmo prestígio de Barnabé.<br /><br />1. O pecado contra o Espírito Santo e a Igreja.<br /><br /> A fim de obterem prestígio e reconhecimento, Ananias e Safira mentiram diante da igreja a respeito das suas contribuições. Deus considerou um delito grave essas mentiras contra o Espírito Santo. As mortes de Ananias e Safira ficaram como exemplos perpétuos da atitude de Deus para com qualquer coração enganoso entre aqueles que professam ser cristãos. Note, também, que mentir ao Espírito Santo é a mesma coisa que mentir a Deus, logo, o Espírito Santo também é Deus (vv. 3,4; ver Ap 22.15) [1]. É fundamental o temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, isto é, conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é (Pv 2.5). Andrew Murray afirma que ‘O orgulho, ou a perda dessa humildade, então, é a raiz de todo pecado e mal. Foi quando os anjos agora caídos começaram a olhar para si mesmos com autocomplacência que foram levados à desobediência, e foram expulsos da luz do céu para as trevas exteriores. E também foi quando a serpente exalou o veneno do seu orgulho, o desejo de ser como Deus, no coração de nossos primeiros pais, que eles também caíram da sua posição elevada para toda a desgraça na qual o homem está, agora, afundado. No céu e na terra, orgulho — auto-exaltação — é a porta, o nascimento e a maldição do inferno[2]. Deus feriu com severidade a Ananias e Safira para que se manifestasse sua aversão a todo engano, mentira e desonestidade no reino de Deus. Um dos pecados mais abomináveis na igreja é enganar o povo de Deus no tocante ao nosso relacionamento com Cristo, trabalho para Ele, e a dimensão do nosso ministério. Entregar-se a esse tipo de hipocrisia significa usar o sangue derramado de Cristo para exaltar e glorificar o próprio eu diante dos outros. Esse pecado desconsidera o propósito dos sofrimentos e da morte de Cristo (Ef 1.4; Hb 13.12), e revela ausência de temor do Senhor e de respeito e honra ao Espírito Santo, e merece o justo juízo de Deus.<br /><br />2. Uma oferta como a de Caim. <br /><br />O Senhor aceitou a oferta de Abel, porque este compareceu diante dEle com fé genuína e consagração (Hb 11.4; 1Jo 3.12; Jo 4.23,24). A oferta de Caim foi rejeitada porque ele estava destituído de fé sincera e obediente, e porque as suas obras eram más (Gn 4. 6,7; 1 Jo 3.12). Caim e Abel eram filhos de um mesmo casal, receberam a mesma instrução religiosa e foram criados no mesmo ambiente, não obstante isso, um temia ao Senhor e outro não. Muitas vezes ouvimos sermões onde afirma-se que Deus recusara a oferta de Caim por constituir-se de cereais e a de Abel era perfeita por ser figura do sacrifício do Messias prometido. Mas na verdade não foi por isso, ainda mais que, esses rituai só foram prescritos muitos anos depois, por Moisés (Nm 15.4-9). Deus tem prazer em nossas ofertas e ações de graça tão somente quando nos esforçamos para viver uma vida reta, de conformidade com a sua vontade (Dt 6.5).<br /><br /><br />III. O EXTREMO DA DISCIPLINA<br /><br />A igreja é o povo santo de Deus, foi comprada pelo sangue precioso de Cristo e santificada pelo Espírito Santo. No entanto, Cristo ainda não apresentou diante do trono sua noiva sem manchas nem rugas. O Senhor não tem prazer na morte de alguém, pois Deus é amor. No entanto, foi necessário que Ele agisse assim, ceifando a vida de Ananias e Safira, para preservar a noiva sem mancha e também para suscitar temor na nova comunidade.<br /><br />1. A sentença de morte.<br /><br /> Muitos pregadores anunciam que Ananias e sua mulher Safira morreram porque retiveram a parte designada para o dízimo. É conveniente lembrar que em nenhum momento se pronunciou dízimo ou oferta neste texto. Ananias e Safira foram julgados por sua hipocrisia e mentira a Deus, não pela decisão de ficar com parte da sua propriedade pessoal. A severidade da punição para uma ofensa tão pequena parece intolerante e sem misericórdia, mas era necessário estabelecer autoridade apostólica naquela igreja como também garantir sua pureza. Voto é uma forma de promessa solene diante de Deus, que deve ser cumprida. É melhor deixar de fazer um voto, do que fazer e não cumpri-lo. O crente quando participa da Ceia do Senhor está também fazendo um voto de viver em santidade e dedicado a Deus. Logo, devemos temer, pois, buscar os prazeres do pecado depois de fazer tal voto a Deus, atrai a si ira e juízo, pois significa que aquele voto era realmente mentiroso. Mentir a Deus pode resultar em castigo severo como no exemplar caso de Ananias e Safira [4]: ‘Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o’ (Ec 5.4). <br /><br />2. A maldição é retirada do arraial dos santos. <br /><br />Entregar-se a esse tipo de hipocrisia significa usar o sangue derramado de Cristo para exaltar e glorificar o próprio eu diante dos outros. Esse pecado desconsidera o propósito dos sofrimentos e da morte de Cristo (Ef 1.4; Hb 13.12), e revela ausência de temor do Senhor e de respeito e honra ao Espírito Santo, e merece o justo juízo de Deus. Por que não falaram a verdade? Aquele que ordena a disciplina na igreja é o mesmo que estabelece o padrão a ser seguido no exercício da mesma. Esse padrão consiste primeiramente em amor paternal (Hb 12.4-13). É certo que o mundo vê a disciplina como expressão de ira e hostilidade, mas as Escrituras mostram que a disciplina de Deus é um exercício do seu amor por seus filhos. Amor e disciplina possuem conexão vital (Ap 3.19). Além do mais, disciplina envolve relacionamento familiar (Hb. 12.7-9), e quando os cristãos recebem disciplina divina, o Pai celestial está apenas tratando-os como seus filhos. Deus não disciplina bastardos, ou seja, filhos ilegítimos. O padrão de disciplina divina revela também maravilhosos benefícios. A disciplina que vem do Senhor ‘é para o nosso bem (v. 10).’ Ainda que seja inicialmente doloroso receber disciplina, a mesma produz paz e retidão. O propósito de Deus em disciplinar não é o de incapacitar permanentemente o pecador, mas antes de restaurá-lo à saúde espiritual. O julgamento divino contra o pecado de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um Deus santo. Sem o devido temor do Deus santo e da sua ira contra o pecado, o povo de Deus voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do Espírito e a presença milagrosa de Deus e então lhe será cortado o fluxo da graça divina. Este é um elemento essencial da fé neotestamentária e do cristianismo bíblico hoje em dia. <br /><br /><br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br /><br />A correção é fonte de esperança para os que a aplicam e vida para aqueles que a recebem corretamente (Pv 19.18 e 4.13). A correta disciplina deve ser sempre aplicada com amor e não com ira (Pv 13.24). Segundo as Escrituras, a disciplina na igreja está fundamentada não apenas no exercício do bom senso, mas principalmente nos imperativos do Senhor. O mandato bíblico referente à disciplina é encontrado especialmente no ensino de Jesus (Mt 18.15-17) e nos escritos de Paulo (1Co 5.1-13). Também, há clara referência bíblica de que a igreja que negligencia o exercício desse mandato compromete não apenas sua eficiência espiritual, mas sua própria existência. A igreja sem disciplina é uma igreja sem pureza (Ef 5.25-27) e sem poder (Js 7.11-12). A igreja de Tiatira foi repreendida devido à sua flexibilidade moral (Ap 2.20-24). John Stott escreve: “A igreja tem dois estados em relação com a santidade; um é atual e o outro potencial. Por um lado, os cristãos já são santos, no sentido de ter sido separado para Deus. Por outro lado, são chamados para ser santos, a desenvolver uma vida de santidade. Neste sentido, a igreja se parece muito ao antigo povo de Israel. No Antigo Testamento, uma e outra vez se nomeia Israel como nação santa. Era a nação escolhida por Deus. No entanto, não era uma nação de pessoas santas senão mais bem ao contrário. Por isso, Deus constantemente os instava a voltar-se a Ele e a serem santos. A igreja hoje tem a mesma ambigüidade: já é santa e, ao mesmo tempo, Deus a chama para ser santa” [5]. Não é por acaso que na primeira referência no Novo Testamento sobre a Igreja local (Mt 18:15-17), e também na última (Ap 3:19), o assunto é sobre a necessidade de disciplina na Igreja para a ‘manutenção’ da santidade (Ef 5.27<br /><br /> <br /> ****************************************************<br /><br /> <br /> Estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.<br /> É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrija?<br /> Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos.<br /> Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?<br /> Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.<br /> Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. (Hebreus 12:5-11)<br /> <br /> <br />PENSAMENTO:<br /> <br /> Através deste estudo, veremos como Deus disciplina (educa) seus filhos. A salvação não se perde, mas Ele disciplina a seus amados. Deus disciplina aos que ama. Isto tudo para que possamos participar de sua Santidade.<br /> <br />1. Deus garante que proverá este cuidado a todos os seus filhos (eleitos).<br /><br />a) O Senhor ao que ama disciplina.<br />Hb 12:6<br /> "porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe."<br /><br />b) De Deus não se zomba; o que o homem semear, colherá.<br />Gl 6:7-10<br /> "Não vos enganeis: de Deus não se zomba(1); pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.<br /> Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.<br /> E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos(2).<br /> Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé." <br /> <br />2. Disciplina é da parte de Deus e não do homem.<br />a) Minha é a vingança, diz o Senhor.<br />Rm 12:19<br /> "não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei diz o Senhor."<br />b) Castigados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.<br />I Co 11:31,32<br /> "Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.<br /> Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo(3)."<br /> <br />3. Os bastardos (filhos do diabo) não são disciplinados por Deus porque não são seus filhos.<br />a) Se estão sem disciplina são bastardos.<br />Hb 12:8<br /> "Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos(4) e não filhos."<br /> <br />4. Exemplos bíblicos de bastardos e filhos do diabo.<br />a) Jd 4<br /> "Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação(5), os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem(6) a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo."<br />b) I Jo 2:19<br /> "Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos, porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos."<br />c) Jo 17:12<br /> "Quando estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura."<br />d) Mt 7:21-23<br /> "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.<br /> Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos(7) demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?<br /> Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade(8)."<br /><br />e) II Ts 3:2<br /> "e para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque a fé não é de todos."<br />f) II Ts 2:3<br /> "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha apostasia(9) e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição."<br /> <br />5. Deus tem três medidas.<br />a) Disciplina.<br />Hb 12:10<br /> "Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade."<br />b) Correção.<br />Sl 94:12,13<br /> "Bem-aventurado o homem, Senhor, a quem tu repreendes, a quem ensinas a tua lei,<br /> para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio."<br />c) Açoite.<br />I Jo 5:16<br /> "Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para a morte, pedirá, e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue."<br />I Co 5:5<br /> "entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus."<br /> <br />6. Exemplos bíblicos sobre a disciplina.<br />a) Sansão;<br />b) Davi;<br />c) O povo de Israel;<br />d) Pedro;<br />e) Ananias e Safira (açoite).<br /> <br />7. A disciplina não é só aplicada por atos pecaminosos, mas também por se fazer afronte ao Espírito de Graça.<br />a) Hb 10:26-31<br /> "Porque, se vivermos deliberadamente(10) em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados;<br /> pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.<br /> Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.<br /> De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou(11) o sangue da aliança com o qual foi santificado e ultrajou o Espírito da graça?<br /> Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.<br /> Horrível cousa é cair nas mãos do Deus vivo."<br /> <br />8. Versículos do antigo testamento sobre a disciplina de Deus.<br />a) Bem aventurado a quem Deus corrige.<br />Sl 94:12,13<br /> "Bem-aventurado o homem, Senhor a quem tu repreendes, a quem ensinas a tua lei,<br /> para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio."<br />b) Não menospreze a correção do Senhor nem desmaies.<br />Pv 3:11,12<br /> "Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão.<br /> Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem."<br />c) Regerei com vara de ferro e açoitarei, mas não mudarei minha misericórdia.<br />Sl 89:30-36<br /> "Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos,<br /> se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos,<br /> então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade,<br /> Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade.<br /> Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiram.<br /> Uma vez jurei por minha santidade (e serei eu falso a Davi?):<br /> A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim."<br /> <br />PALAVRA FINAL: A disciplina de Deus não permite que o crente viva em atos de libertinagem, já que o Espírito Santo o corrigirá a todo tempo. Não menosprezes a Disciplina, pois isto mostra que estás sendo santificado em tua conduta.<br /> <br /> Lembre-se sempre. A Palavra de Deus é algo tremendo, de tal maneira que homem nenhum pode questionar ou julgar. O filho de Deus, que é sábio, apenas ouve e guarda no coração, sem questionamentos, desde que ela testifique em seu coração. Como diz em I Co 2:13 : "Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo cousas espirituais com espirituais."Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-70002454832282359982011-02-03T10:32:00.000-08:002011-02-03T10:42:30.138-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 05<strong><strong>Sinais e Maravilhas na Igreja </strong></strong><br />TEXTO ÁUREO<br /><br />"Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo [...]" (Hb 2.4).<br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /> <br />A Igreja evangelizadora e missionária jamais deixará de operar milagres e prodígios, pois o Deus do impossível tem um sério compromisso com os que proclamam as Boas Novas.<br /> <br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Atos 3.1-11<br /> <br />1 - E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.<br /><br />2 - E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.<br /><br />3 - O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola.<br /><br />4 - E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós.<br /><br />5 - E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa.<br /><br />6 - E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.<br /><br />7 - E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram.<br /><br />8 - E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.<br /><br />9 - E todo o povo o viu andar e louvar a Deus;<br /><br />10 - E conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à porta Formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera.<br /><br />11 - E, apegando-se o coxo, que fora curado, a Pedro e João, todo o povo correu atônito para junto deles, ao alpendre chamado de Salomão.<br /><br /><br /><br />OBJETIVOS<br /><br /><br />Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:<br /><br />- Compreender porque os milagres e maravilhas eram sinais tão comuns à Igreja Primitiva;<br /><br />- Explicar os objetivos de Deus ao realizar milagres e maravilhas, e<br /><br />- Conscientizar-se de que a proclamação da Palavra é mais importante que o milagre.<br /><br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br />II. DESENVOLVIMENTO<br /><br /><br />I. SINAIS E MARAVILHAS, A AÇÃO SOBRENATURAL DA IGREJA<br /><br /><br />Maravilhas - do gr ‘terás’, ‘algo estranho’, que leva o observador a se maravilhar, sempre é usado no plural e geralmente depois do termo ‘semeia’, ‘sinais’). Em At 2.19, teras aparece sozinho (prodígios). O sinal tem o propósito de apelar para o entendimento, a ‘maravilha’ apela para a imaginação, o poder (dunamis) indica que a sua fonte é sobrenatural[1]. A mensagem de Jesus consistia na trilogia: ensinar, pregar e curar (Mt 4.23; 9.35). Isso Jesus mandou que seus discípulos fizessem (Mt 28. 19,20; Mc 16.15-19). É essa a mensagem que pregamos na atualidade. Em At 2.43, Lucas afirma: ‘e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos’, isso nos mostra que o poder de Jesus, para curar os enfermos, continua, o qual foi delegado aos seus discípulos. Nos textos de 1Co 12.7-11, Ef 4.11-12 e 1Pe 4.10,11 está revelado que o Espírito Santo concede aos crentes habilidades sobrenaturais para que a igreja possa cumprir a sua missão no mundo até a volta de Jesus Cristo. A relação dos dons espirituais é enorme: profecia, ensino, cura, hospitalidade, milagres, sabedoria, socorro, generosidade, etc. (1Co 12.4-11, 28-30; Rm 12.6-8; Ef 4.11; 1Pe 4.9,10). Dentre os dons espirituais, há um grupo de dons especiais que são destinados a autenticar diante dos incrédulos a mensagem do evangelho de Cristo, chamados de dons extraordinários - os dons de milagres, cura, exorcismo, profecia, línguas e interpretação. Sinais e maravilhas são de suma importância para a pregação do Evangelho.<br /><br />1. Definição.<br /><br />Milagre (do Gr ‘dunamis’, ‘poder, habilidade inerente’, é usado acerca de feitos de origem e caráter sobrenaturais, visto que não podem ser produzidos pelos agentes e meios naturais[1]; do latim miraculum, do verbo mirare, "maravilhar-se") é um fato dito extraordinário que não possui uma explicação científica. No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais”. Para os crentes, sua realização é atribuída à onipotência divina, é considerado como um ato de intervenção de Deus no curso normal dos acontecimentos.<br /><br />2. Objetivos do milagre.<br /><br /> Na Bíblia, os milagres e as curas eram sinais para confirmar a mensagem dos pregadores. Deus autenticou cada nova mensagem com sinais (Hb 2.3-4; Mc 16.20). Os milagres que acompanham as pregações de discípulos confirmaram às pessoas que os mensageiros diziam a verdade, que Deus estava sustentando suas mensagens com fenômenos sobrenaturais e que uma nova dispensação, a era da graça, havia entrado no mundo. Sinais e Maravilhas têm como finalidade conduzir os seres humanos a Deus de modo extraordinário. Estas ações extraordinárias nos foram dados para vermos a manifestação da glória de Deus Pai e do Senhor Jesus [E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.(Jo 11.4); Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. (Jo 2.11)]. Todo milagre que Deus realiza serve, primeiro, para manifestar a Sua glória, serve para que todos conheçam a glória Dele, para que todos saibam o quanto Ele é capaz de fazer. Além das duas citações feitas pelo comentarista, há uma outra finalidade: toda cura através de Cristo é a obra de Deus invadindo a esfera de Satanás e destruindo a sua obra (1 Jo 3.8). Não obstante o objetivo prático podemos constatar pela experiência, que nem todos que buscam um milagre, alcançam. O Pr Augustus Nicodemus afirma isso da seguinte maneira:“Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer acometidos de doenças e males terminais”[2]. <br /><br /><br /><br />II. O MILAGRE NA PORTA FORMOSA<br /><br /><br />O historiador judeu Flavio Josefo comenta: “O templo tinha nove portas, que eram revestidas de ouro e prata em todos os lados, mas havia uma porta, que estava fora da casa santa e era de bronze de Corinto e muito excedia aquelas que eram apenas revestidas de ouro e prata. A magnitude das outras portas era igual em todas. Contudo, a porta de Corinto, que abria para o Oriente, em oposição à porta da própria casa santa, era muito maior, pois sua altura era 50 côvados, isto é, cerca de 25 metros, e era adornada da maneira mais rica, tendo placas mais ricas e mais grossas de prata e ouro que as outras. Esta última é, provavelmente, a porta chamada Formosa, porque era no exterior do templo, para a qual havia fácil acesso e visto que era, evidentemente, a de maior valor”. A palavra hebraica para formosa, bela é ‘yafeh’, e qualquer turista pode entrar na Antiga Cidade de Jerusalém pela ‘Porta de Jaffa’; é o fim da estrada que vem do porto de Yafo (Jaffa, Jope), no litoral sul de Tell Aviv, assim chamada por sua beleza. A porta à qual o texto se refere pode ser a Porta Nikanor, mencionada na Mishna, que saía do pátio dos gentios e se estendia até o pátio das mulheres no Templo[3]. Pela Porta Formosa do Templo de Jerusalém passavam sacerdotes, rabinos, comerciantes, enfim, muita gente ilustre e rica que possivelmente via aquele aleijado a mendigar diariamente, sempre no mesmo lugar e, tudo o que podiam fazer era dar-lhe algumas moedas e nada mais. E o homem continuava paralítico necessitado. Essa situação só mudou quando providencialmente, a cura do mendigo coxo foi realizada pelo poder de Cristo operando através de Pedro. Jesus disse aos seus seguidores no tocante àqueles que viriam a crer nEle: ‘Em meu nome...imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão’ (Mc 16.17,18). <br /><br />1. Oração e milagre.<br /><br /> Pedro e João estavam subindo os terraços para os átrios do templo na hora da oração, às três horas da tarde (havia duas outras, às nove da manhã, e ao meio dia; nas contas romanas, o dia iniciava com o nascer do sol; portanto, a ‘hora nona’ era cerca de 15:00hs). David H. STERN afirma que “de acordo com uma fonte talmúdica, os três cultos de oração foram instituídos depois da destruição do primeiro Templo para substituir os sacrifícios (veja Dn 6.11 para um costume semelhante durante o exílio na Babilônia). Os três cultos são denominados Shacharit (manhã), Minchah (tarde) e Ma’ariv (noite)[3]. Os apóstolos e os que se convertiam a Cristo continuavam a fazer suas orações no templo, mesmo que já não observassem todos os ritos. Devemos buscar a presença de Jesus em nossa vida, pois é Ele quem comunica ao nosso coração a necessária fé para que haja sinais e maravilhas (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13). A igreja continuou o ministério de cura que Jesus exercera, em obediência à sua vontade, fato demonstrado pelo milagre que recebeu o coxo da porta Formosa. O milagre aqui foi realizado mediante a fé em nome de Jesus Cristo (v. 6) e o dom de curar, operando através de Pedro (1Co 12.1,9). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo algo muito mais valioso. O mandamento para buscarmos a comunhão com Deus por meio da oração vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). Deus aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele. A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13).<br /><br />2. Quando nem o ouro nem a prata fazem a diferença.<br /><br /> Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas nem por isso deixou de ser um crente vitorioso. Ao contrário do que andam pregando alguns pastores, a alegria do crente não reside na riqueza, mas em ter a segurança da salvação eterna em Cristo Jesus (Ef 2.8). Nas incomensuráveis palavras de Paulo: ‘Como contristados, mas sendo alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo’ (2Co 6.10). Foi com essa alegria e certeza que Pedro deu ao mendigo coxo algo muito mais valioso. As igrejas que desfrutam de prosperidade material devem meditar nestas palavras de Pedro e adotá-las como ‘texto áureo’ bem como as palavras de Paulo como ‘verdade prática’. Muitas igrejas dos nossos dias já não podem dizer: Não tenho prata nem ouro, mas também não tem condição de dizer: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda .<br /><br />3. O milagre na Porta Formosa. <br /><br />Já temos ouvido muitas pregações acerca da cura do coxo na Porta Formosa e talvez imaginemos que o coxo estava sentado à porta do templo, quando Pedro e João iam entrando. Na verdade, quando se encontrou com os apóstolos, estava exatamente sendo carregado por alguém para ser colocado no local costumeiro. “E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual, todos os dias, punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam”. (At 3.1,2). Esse detalhe é importante por que aponta para alguém que conduziu o coxo à posição de receber a cura! À porta chamada Formosa, ironicamente, jazia o coxo e para este, essa porta significava humilhação, vergonha, dor e tristeza. Ele nunca pôde atravessá-la. Nunca soube como era o outro lado. Aquela porta não tinha nada de formosa para ele. Ela o impedia de entrar no templo – era deficiente físico e mendigo, escória da sociedade. Era para ali levado e deixado todos os dias para pedir esmolas. Pedro, cheio do poder do Espírito, fixa o olhar naquele que lhe estendia a mão esperando uma esmola e ousadamente diz:“Olha para nós” surpreendendo com essa ordem o coxo acostumado a não ser notado pelos que cruzavam a porta do Templo [...] Não tenho nem prata nem ouro mas, o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” Que autoridade! Que intrepidez e ousadia! Que intimidade! Pedro estende a mão, o levanta; o homem saltou, andou e adorou a Deus. É dever de todo crente ministrar as bênçãos de Deus para o necessitado. È em situações como essa que Deus nos concede oportunidade de evangelizar!<br /><br /><br />III. O MILAGRE ABRE A PORTA DA PALAVRA<br /><br />O Espírito Santo criou nos apóstolos um desejo irreprimível de proclamar o evangelho. Por todo o livro de Atos, o Espírito impeliu os crentes a levar o evangelho aos outros (1.8; 2.14-41; 3.12-26; 8.25,35; 9.15; 10.44-48; 13.1-4). Pregação e milagres devem seguir à pregação das Boas Novas (cf. 3.1-10; 4.8-22,29-33; 5.12-16; 6.7,8; 8.6ss.; 15.12; 20.7ss). É mediante estes sinais que Cristo confirma a palavra de suas testemunhas (14.3; cf. Mc 16.20). Demonstrando a existência do poder divino e advertindo ou encorajando a fé; por sua vez, prodígios se refere a eventos extraordinários que causam pasmo ao espectador. Note que a igreja estava orando pela realização de curas, sinais e maravilhas (At 4.30). A igreja dos nossos dias precisa interceder ferventemente em oração para Deus confirmar o evangelho com grande poder, milagres e graça abundante. Somente quando o evangelho é proclamado com poder, como declara o NT, é que o mundo perdido pode ser ganho para Cristo. Mas precisamos tomar cuidado quando o assunto é milagres! ‘Algo que esta se tornando comum é acreditar que todos os milagres que vemos são farsas ou puras alucinações. Esse pensamento extremamente crítico quanto aos milagres se deve basicamente a um argumente contra os milagres utilizados pelo cético David Hume (1711-1776). Segundo ele, uma pessoa sábia não devia acreditar em milagres pois eles são acontecimentos raros, e acontecimentos raros têm evidências menores do que acontecimentos comuns, assim, devemos acreditar naquilo que tem evidência maior (acontecimentos comuns). Norman Geisler comparou esse argumento ao fato de se ganhar na loteria e não acreditar nisso ao menos que você ganhe mais 5 vezes, até que assim se torne um acontecimento comum. Pois o fato de um acontecimento ser raro não significa que ele não tenha acontecido e muito menos que as evidências para ele sejam menores. Portanto esse argumento logo é refutado. Mas e hoje? Devemos acreditar? Sim, devemos, mas não em todos. Como podemos ver, os milagres já não são tão raros, pois podemos assisti-los todos os dias pela televisão acontecendo aos montes. O fato é que provavelmente existem fraudes nesses programas. Não que todos que testemunhem estejam mentindo, alguns devem ter sido realmente curados pelo poder de Deus, mas existem casos em que se percebe a falta de bom censo, como os casos de cura de dor de cabeça ou coceira no ouvido (acredite ou não já ouvi isto), coisas que podem ser totalmente psicológicas (placebo ou cura psicossomática) ou até mesmo mentira. Portanto se, por exemplo, você conhece uma pessoa que recebeu o milagre e sabe que sua doença era grave e hoje está curada, mesmo com a descrença dos médicos quanto à possibilidade da cura, porque não acreditar? A evidência maior esta a favor do raro, do milagre. Porém, sempre que a evidência maior estiver a favor do comum, como por exemplo uma cura de dor de barriga, o mais sábio é acreditar no comum, uma simples cura psicológica’[4].<br /><br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br /><br />‘O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus [...] a fé que é por ele deu a este, na presença de vós, esta perfeita saúde’ (At3.13 e 16). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo algo muito mais valioso. Que lição extraordinária aprendemos neste domingo! Devemos crer em milagres? Sim! A quem daremos o crédito? À denominação a qual fazemos parte? Ao ‘pregador-ídolo’ que se apresenta em mega-eventos? Pedro inicia sua defesa, humildemente perguntando: ‘porque vos maravilheis disto? Ou, por que olhais para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?’ (AT 3.12). David H. STERN afirma que “essa frase (At3.13) não aparece por acidente no discurso de Pedro. São duas partes que constam do primeiro parágrafo da ‘Amidah’, a seção central do culto de oração Minchah, que começa com: ‘Louvado sejas tu, Adonai nosso Deus e Deus de nossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó [...]’, o que seus ouvintes teriam acabado de recitar nas orações minchah em todas as dependências do Templo, boa parte das quais ainda hoje se fazem no mura das lamentações’[5]. Ao usar as mesmas palavras com as quais o povo acabara de se dirigir à Deus, Pedro diz que a cura do mendigo coxo foi realizada pelo poder de Cristo operando através deles. Jesus disse aos seus seguidores no tocante àqueles que viriam a crer nEle: Em meu nome...imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão (Mc 16.17,18).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-53348045483306909072011-01-16T11:05:00.001-08:002011-01-16T11:10:10.309-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 04<strong><strong>O Poder Irresistível da Comunhão na Igreja </strong></strong><br /><br />TEXTO ÁUREO<br /> <br />"Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz: há um só corpo e um só Espírito [...]." (Ef 4.3,4).<br /><br />- Note que ‘A unidade do Espírito’ não pode ser originada por nenhum ser humano ou entidade por ele criada. Ela é algo real e vivido apenas por aqueles que nasceram de novo e vivem o verdadeiro Evangelho, conforme o texto discorrido por Paulo em Efésios, capítulos 1 a 3. Aquela Igreja deveria guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou a própria igreja - enquanto organização - de Éfeso, mas pelo andar ‘como é digno da vocação com que fostes chamados’ (v. 1), isto é, esta unidade espiritual será mantida unicamente pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (confira Ef 4.1-3,14,15; Gl 5.22-26), jamais poderá ser obtida ‘pela carne’ (Gl 3.3). Sobretudo, unidade é a responsabilidade de cada crente e deve-se buscá-la com seriedade.<br /><br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /> <br />A Igreja é caracterizada pela comunhão que mantém com o Senhor Jesus Cristo e pela unidade espiritual de seus membros.<br /> <br /><br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Atos 2.40-47<br />40 - E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.<br /><br />41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,<br /><br />42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.<br /><br />43 - E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.<br /><br />44 - E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.<br /><br />45 - E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.<br /><br />46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,<br /><br />47 - Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.<br /><br /> <br />OBJETIVOS<br /><br />Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:<br /><br />- Definir o termo comunhão;<br /><br />- Reconhecer a necessidade da verdadeira comunhão, e<br /><br />- Saber que através da unidade a obra de Deus prospera.<br /><br /><br />PALAVRA-CHAVE<br /><br />COMUNHÃO: - [do grego koinonia: ‘tendo em comum’ e do latim communione: ‘ter algo em comum’] Participação em comum; Participar das mesmas idéias, crenças e opiniões; Uniformidade (em idéias, opiniões, etc.); acordo, harmonia.<br /> <br />COMENTÁRIO<br /><br />I. INTRODUÇÃO<br /><br /><br />Sem o relato histórico dos ‘Atos do Espírito Santo’ registrado por Lucas, teríamos uma grande lacuna na Igreja cristã. É através do livro de Atos, bem como de outros trechos do NT, que tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja governada pelo Cabeça Jesus Cristo no modelo primitivo. Antes de qualquer coisa, temos que entender que a igreja é o ajuntamento de pessoas com suas diferenças em congregações locais, unidas pelo Espírito Santo, que buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo e, por conseguinte, com os irmãos (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4). Note que é mediante o poderoso testemunho da igreja que os pecadores são alcançados e regenerados. Uma igreja que declara basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos bem como noutros escritos do NT, deve primar com muita diligência pela comunhão entre seus membros, engajados uniformemente em idéias, opiniões, doutrina e ação. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e emocionalismo manifestarão o poder e presença genuína no Espírito Santo, sem a comunhão dos santos, mediante a qual os crentes devem perseverar harmonicamente em oração e súplicas. Boa aula!<br /><br /><br />I. A COMUNHÃO DOS SANTOS<br /><br /><br />Koinonia (κοινωνία), ‘tendo em comum (koinos), sociedade, companheirismo’. É assim usado acerca das experiências e interesses comuns dos cristãos (At 2.42; Gl 2.9); da participação no conhecimento do Filho de Deus (1Co 1.9); do compartilhamento na realização dos efeitos do sangue (ou seja, da morte) e do corpo de Jesus Cristo, conforme é exposto pelos emblemas da Ceia do Senhor (1Co 10.16); da participação do que é derivado do espírito Santo (2Co 13.13; Fp 2.1); da participação dos sofrimentos de Cristo (Fp 3.10); do compartilhamento na vida e da ressurreição possuída em Cristo e, por conseguinte, do companheirismo com o Pai e o Filho (1Jo 1.3,6,7); companheirismo com Deus, realizado pelo Espírito Santo na vida dos crentes em resultado da fé (Fm 6) [1]. Aparece 20 vezes no Novo Testamento: em 12 ocasiões é traduzida por comunhão; em 4 por comunicação; 1 por dons; 1 por cooperação; 1 por dispensação e 1 por coleta. Mostra o ideal da fé cristã, onde não deve haver um povo com doutrinas divergentes, ideais divergentes, deuses diferentes... É o ideal de Atos 2.44: ‘Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum’.<br /><br />1. O que é a comunhão.<br /><br />Compartilhamento, uniformidade, associação próxima, parceria, participação, uma sociedade, uma comunhão, um companheirismo, ajuda contribuinte, fraternidade. O termo grego Koinonia é uma uniformidade realizada pelo Espírito Santo, somente os regenerados podem vivenciá-la em sua plenitude. Em Koinonia, o crente compartilha o vínculo comum e íntimo do companheirismo com o resto da comunidade cristã, é quase que uma união hipostática [*] entre os crentes e o Senhor Jesus Cristo, bem como nos une uns aos outros. <br /><br />2. A unidade do Corpo de Cristo. <br /><br />Em João 17.21, Jesus orou em favor da união entre os crentes, não uma união de igrejas ou organizações, mas uma união espiritual, baseada na permanência em Cristo, no amor a Cristo, na separação do mundo, em santificação na verdade, em receber a verdade da Palavra e crer nela; na obediência à Palavra e no desejo de levar a salvação aos perdidos. Faltando algum desses fatores, não pode haver a verdadeira Koinonia que Jesus pediu em oração. “Jesus não ora para que seus seguidores "se tornem um", mas para que "sejam um". Trata-se do subjuntivo presente e significa "continuamente ser um". União essa que se baseia no relacionamento que todos eles têm com o Pai e o Filho, e na mesma atitude basilar que têm para com o mundo, a Palavra e a necessidade de alcançar os perdidos (cf. 1 Jo 1.7)” [2]. Paulo quando escreveu ao seu filho na fé, o jovem Timóteo, fez uma afirmativa que julgo relevante e muito contemporâneo, quando pensamos sobre a igreja e a unidade do Corpo de Cristo. Declara Paulo: ‘Para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.’(1Tm. 3.15).<br /><br />3. A comunhão da Igreja agrada a Deus. <br /><br />Paulo inicia sua carta aos Coríntios exortando-os quanto à unidade, anunciando sua preocupação primária acerca do que ele tinha ouvido ‘pelos da casa de Cloe’ concernente às divisões e pendengas daquela igreja (1Co 1.10). O primeiro problema abordado é a competição e rivalidade que resultaram devido as preferência por líderes religiosos com base em sua presumida sabedoria superior. Parece um assunto tão contemporâneo que chega a confundir-nos. Será que não aprendemos nada com as querelas daquela igreja? O que pode ser mais contemporâneo do que a competição, a rivalidade, as divisões e brigas pelo poder[leia este artigo]? A vida em Corpo da Igreja, não do crente independente, é a chave para a compreensão do comportamento divino no NT. Notemos que intentar criar uma união artificial por meio de reuniões, festividades, conferências ou organização centralizada, pode resultar num simulacro da própria união em prol da qual Jesus orou em Jo 1.7. Deus trata com a Igreja como um corpo e com os indivíduos como partes ou membros desse corpo. Precisamos lançar as preocupações do corpo [da congregação] acima dos nossos próprios. Isso resultará numa união espiritual de coração, propósito, mente e vontade dos que estão totalmente dedicados a Cristo, à Palavra e à santidade (Ef 4.3). Certamente Deus requer que os seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus preparando-se para sua própria morte, uma das primeiras coisas que teve em mente foi a unidade dos seus discípulos: ‘Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste’ (Jo 17.20,21). Se realmente somos regenerados, devemos incentivar esta unidade entre os crentes: ‘Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros’ (Rm 14.19). Como templo e morada do Espírito Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade: "[...]completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vangloria, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros’ (Fp 2.2-4). Paulo, em sua preocupação com as perigosas querelas e cismas em Corinto, deixou-nos a fórmula prática para esta paz quando escreveu: ‘Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis a todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer’ (1Co 1.10).<br /><br />[*] Teol. União hipostática (também conhecida como união mística ou dupla natureza de Cristo) é a doutrina clássica da cristologia que afirma ter Jesus Cristo duas naturezas, sendo homem e Deus ao mesmo tempo; União do Verbo com a natureza divina.<br /><br /><br />II. A COMUNHÃO CRISTÃ CARACTERIZA-SE PELA UNIDADE<br /><br /><br />Em princípio, podemos crer que a unidade da congregação seja importante, más praticá-la é coisa difícil. Mesmo que os métodos humanos possam parecer práticos e eficientes, o crente verdadeiramente regenerado procurará manter a unidade do modo que ele nos ensina nas Escrituras. John Stott afirma que a segunda marca de uma igreja viva que descobrimos na leitura de Atos é o amor e o cuidado mútuo entre os crentes. “A unidade do Corpo de Cristo permite a união dos desiguais: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. … E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo” (1Co 12.13,14 e 19,20). Paulo assim escreve para demonstrar que cada membro do corpo é diferente um do outro, mas forma uma unidade: uns são mãos, outros, pés, outros olhos, assim por diante – não somos todos apenas um membro do corpo, mas vários membros formando um só corpo: “E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; … Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.” (vs. 21,22; 25,26)”[3]. Consideremos a base da unidade que agrada a Deus:<br /><br />1. Unidade doutrinária. <br /><br />O cristianismo é, sobretudo, uma religião baseada na união – união de gregos e troianos, judeus e gentios, negros e brancos, ricos e pobres, todos unidos numa só fé – mas não tolera a conjunção entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, a luz e a escuridão. Assim, a unidade cristã se dá PELA verdade bíblica universal, a Palavra viva, santa e imutável de Deus. Na sua oração pela unidade, Jesus disse: “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam; … Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (Jo 17.8,17). Se não for PELA Palavra de Deus não haverá unidade cristã verdadeira. Portanto, a unidade não deve ser meramente espiritual, mas também bíblico-doutrinária, mediante a uniformidade da fé. Muitos pastores e líderes buscam a unidade em meio ao erro doutrinário, o que contradiz a Palavra de Deus. Essa “unidade”, na realidade, agrada muito mais aos homens do que a Deus. Não falo das pequenas diferenças existentes no meio cristão (pois, como dissemos, cada membro do corpo é desigual), que não comprometem a sã doutrina, mas daquelas que possam afetar a verdade bíblica. “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3.3) [3]. Na verdade, não estaremos isentos da insurgência de hereges que ensinam idéias e doutrinas sem base bíblica e que criam divisões nas igrejas e entre os crentes e é interessante que, para se manter a união faz-se necessário a divisão - se uma segunda admoestação for ineficaz para corrigir tais pessoas, devem ser evitadas, isto é, rejeitadas e excluídas da igreja. Aqueles que rejeitam as verdades da Bíblia e colocam em seu lugar as próprias idéias e opiniões, são pervertidos e pecaminosos e devem sim serem extirpados para não ‘levedar a massa’(Tt 3.10,11).<br /><br />2. Unidade na própria comunhão. <br /><br />O Evangelho de Jesus Cristo é constituído sobre relacionamentos: relacionamento com Deus e relacionamentos com as pessoas que Deus amou de ‘tal maneira’ que Ele enviou Seu Filho para salvar. Ele ainda deseja fazer isso hoje em e através de todos nós. A Bíblia coloca a nossa relação com Deus como prioridade: "Amarás o Senhor teu Deus com todo seu coração, alma, mente e força" (Lc 10.27). Jesus acrescentou o grande segundo mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Estas verdades irão impactar nossa caminhada diária com o outro. Nós os cristãos estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e redescobrir a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. O propósito de Deus não é salvar indivíduos e perpetuar seu isolamento. Deus se propôs edificar a igreja, uma comunidade nova e redimida. Planejou-a na eternidade passada, a está levando a cabo no processo histórico do presente, e será aperfeiçoada na eternidade que virá. A igreja esta no centro do plano de salvação. Cristo morreu não só para nos redimir de toda iniqüidade, mas também para reunir e purificar para si mesmo um povo entusiasmado pelas boas obras. Assim diz a Palavra: “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tito 2:14) Na eternidade, Deus nos reunirá aos redimidos por Cristo como um só povo, do qual o apóstolo João teve uma antecipação extraordinária: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.” (Apocalipse 7:9-10) [4].<br /><br />3. Unidade do partir do pão.<br /><br /> A Ceia do Senhor é descrita em quatro trechos bíblicos: Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-32. Foi dado à Igreja como um memorial da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação (1Co 11.24-26; Lc 22.19) e é celebrado como um ato de ação de graças (grego eukharistía, agradecimento, gratidão, ação de graças) pelas bênçãos e salvação da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós (1Co 11.24; Mt 26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19). João Calvino afirma que “Nossas almas podem obter deste sacramento (Santa Ceia) grande fruto de confiança e doçura, pois temos testemunho de que Jesus Cristo, de tal maneira é incorporado a nós, e nós a Ele, que tudo quanto é Seu podemos chamar de ‘’nosso’’. E tudo quanto é nosso, podemos dizer que é Seu”. Assim, o sacramento da Santa Ceia constitui-se num ato de comunhão (koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (1Co 10.16,17). Note que a Ceia do Senhor só adquire essa importância acima mencionada, só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à Palavra de Deus e à sua vontade. É notável que o primeiro fruto do Espírito seja o amor. Neste particular, a igreja primitiva cuidava dos seus pobres, compartilhava com eles suas possessões. Esta atitude deve ser a característica da igreja em todos os tempos. Essa característica logo foi deturpada, ‘[...] os coríntios se reuniam para suas refeições de confraternização, antes da Ceia do Senhor (cf. 2 Pe 2.13; Jd v.12), alguns se -reuniam em grupos pequenos e tomavam suas refeições à parte (vv. 18,19). Os pobres, que não podiam trazer refeição, eram desconsiderados e deixados com fome.’(1Co 11.21) [5]. A comunhão, a disposição de compartilhar, generosa e voluntariamente, é um princípio permanente. A igreja deveria ser a primeira entidade no mundo na qual se abolisse a pobreza.<br /><br />4. Unidade nas orações. <br /><br />Os primeiros cristãos não eram só fieis em conservar os ensinamentos dos apóstolos na comunhão uns com os outros. Também se reuniam uns com os outros. Também se reuniam e participavam juntos “no partir do pão, e nas orações” (Atos 2:42). As orações que se mencionam aqui não são as orações privadas mas sim as reuniões de oração. Paulo faz aos coríntios um apelo comovente (1Co 1.10). Depois de agradecer a Deus pelo enriquecimento dos coríntios em Cristo, lhes faz um chamado urgente, por causa do doloroso cisma que há entre eles. Acaba de lhes escrever sobre sua comunhão e agora tem que os exortar pela sua falta de comunhão. Contudo, Paulo segue se dirigindo a eles como irmãos e irmãs. Quiçá o faz de propósito, para os lembrar que pertencem à família de Deus e que com seu comportamento, em alguma medida estão contradizendo sua identidade. O salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; Tg 4.5). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; Lc 18.14). A tendência natural do homem é opor-se a Deus e ao próximo, porém, essa tendência pode ser alterada pela graça de Deus pois alcança todos aqueles que humildemente aceitam a salvação em Cristo.<br /><br /><br /><br />III. OS FRUTOS DA COMUNHÃO CRISTÃ<br /><br /><br />A igreja é apresentada como o povo de Deus (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), uma família formada pelo agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de Cristo (1Pe 1.18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus (1Pe 2.5). A igreja é o corpo de Cristo (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com Cristo. A essência desta família é o relacionamento entre os irmãos. É por isso que o salmista exclama: ‘Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos’ (Sl 133.1). Viver unido é viver em comunhão com o Pai e com os irmãos. Charles R. Swindoll afirma que uma família forte possui seis qualidades principais: é comprometida com a família, gasta tempo junta, tem boa comunicação familiar, expressa apreciação um ao outro, tem um compromisso espiritual e é capaz de resolver os problemas nas crises. Estas qualidades podem ser resumidas em duas palavras: comunhão e reciprocidade (Rm 12.5). Podemos resumir que reciprocidade é a vida que flui na igreja. Uma igreja que não desenvolve estas qualidades vive uma crise de comunhão. Quando a igreja vive esta reciprocidade, gera frutos:<br /><br />1. Temor a Deus. <br /><br />Em Dt 6.1,2 encontramos o mandamento geral de “temer ao Senhor” (gr. phobos); inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus. É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, isto é, conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é (Pv 2.5). Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado. Temer ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder (Fp 2.12). Paulo vê lugar para "temor e tremor" da nossa parte na salvação efetuada por Cristo. Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que o faça tremer diante da Palavra de Deus (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo mal (Pv 3.7; 8.13). Note que o temor do Senhor não é de conformidade com a definição freqüentemente usada, a mera ‘confiança reverente’, mas inclui o santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor de pecar contra Ele e das conseqüências desse pecado (Ex 3.6; Sl 119.120; Lc 12.4,5). Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que aproxima o crente de Deus, de suas bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação (Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6). Quando Lucas destaca que ‘em cada alma havia temor’(At 2.43), demonstra a unidade do Espírito levando os crentes a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. O salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente: ‘Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu’ (Sl 33.8,9). Temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade (Sl 76.7,8). Moisés experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: ‘temi por causa da ira e do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós, para vos destruir’ (Dt 9.19).<br /><br />2. Sinais e maravilhas. <br /><br />O Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja no dia de Pentecostes, cento e vinte almas naquele dia receberam o selo do Espírito Santo, que mergulhou suas vidas no poder celestial. Depois daquele dia jamais seriam os mesmos. Jesus cumpriu a sua promessa (At 1.5). Pedro cheio de poder anunciou a Palavra com muita intrepidez e três mil pessoas se converteram. Era a Igreja que nascia reunindo-se no templo e de casa em casa. Como podemos ver em At 5.42. É da vontade de Deus que a pregação do evangelho seja acompanhada de sinais miraculosos para confirmar a veracidade do evangelho (Mc 16.20). Dessa maneira, o Senhor coopera com sua igreja e dá testemunho da veracidade da mensagem do evangelho. Esta confirmação da graça de Deus, com sinais e prodígios, não é menos necessária hoje do que foi no início da igreja, à medida que enfrentamos os tempos difíceis dos últimos dias (1Tm 4.1; 2Tm 3.1-13).<br /><br />3. Assistência Social.<br /><br /> “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” (Atos 2:44-45) Esta passagem nos perturba. Preferimos saltá-la para evitar o desafio que ela encerra. Devemos imitar literalmente estes crentes? Quis Jesus que todos seus seguidores vendessem suas possessões e repartissem o que obtivessem delas? Sem dúvida, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. Esse é o chamamento que fez ao jovem rico, por exemplo. A ele, Jesus disse expressamente que vendesse tudo e o desse aos pobres. Este foi também o chamado do frade Francisco de Assis, na idade média, e mais recentemente, o chamado de Madre Tereza, em Calcutá, ambos católicos romanos. Eles nos recordam que a vida não consiste na abundância dos bens que possuímos. Mas não todos os discípulos de Cristo são chamados a isso. A proibição da propriedade privada é uma doutrina marxista, não cristã. Mesmo na igreja em Jerusalém, a decisão de vender as propriedades e dar tudo foi uma questão voluntária. Quando passamos para o versículo 46, lemos que os crentes se reuniam “em suas casas”. Quer dizer, continuavam tendo casa e propriedades pessoais. Pelo visto, não haviam vendido todas as casas, seus móveis e suas propriedades! Contudo alguns tinham casas, e os crentes se reuniam nelas. Não obstante, não devemos evadir do desafio destes versículos. Alguns suspiram com alívio porque não sugeri que devemos vender tudo e repartir-lo. Mas, mesmo que não seja nosso chamado particular, todos fomos chamados a nos amarmos mutuamente como faziam aqueles cristãos. [6].<br /><br />4. Crescimento.<br /><br /> A igreja cristã nasceu com uma vocação para crescer e se tornar católica [*]. O rápido crescimento da igreja, nos primeiros séculos, é algo empolgante e motivador. Sua trajetória foi marcada por um mover de Deus (Atos 2). Seu crescimento inspira a igreja a buscar e descobrir as estratégias para se alcançar este objetivo. Um estudo dos primeiros capítulos do livro de Atos mostra que aquela igreja não tinha nenhum tipo de inovação ou algo semelhante, mas, simplesmente, se colocou à disposição de Deus para trabalhar dentro do contexto de sua época. E é exatamente isso que precisamos fazer hoje. A descida do Espírito Santo, em cumprimento às palavras de Jesus (Lc 24.49), trouxe nova perspectiva de vida a sua igreja. A partir de Atos 2, percebe-se que ela avançou em sua tarefa de evangelização e que existem alguns requisitos essenciais para que a igreja hodierna faça Cristo conhecido a todas as nações (Mc 16.15). E o que se vê no livro de Atos é uma explosão no crescimento da igreja naqueles dias. Seu início foi com 120 pessoas, aumentando o número dos salvos para 3.000, passando para 5.000 e, em pouco tempo, os lugares mais distantes de Jerusalém já tinham recebido o evangelho (At 1.8). Com isso, aprendemos que a tarefa da igreja na terra não acabou, e que o seu crescimento não depende, unicamente, de recursos e estratégias humanas, mas de Koinonia – do crente com Deus através do Espírito Santo e entre os irmãos, através do amor que é derramado em nossos corações. <br /><br />5. Adoração.<br /><br /> Existem dois aspectos da vida de adoração da igreja primitiva que são desejáveis em uma igreja hoje. Aqueles cristãos mostravam equilíbrio nos dois sentidos. Por um lado a adoração era formal e informal. Isso aprendemos no versículo 46, onde nos é dito que adoravam nas casas e no templo. É interessante que os primeiros cristãos continuaram adorando no templo. Não abandonaram de imediato a igreja institucional; queriam reformá-la de acordo com o evangelho. Seguramente não participavam dos sacrifícios do templo, porque entendiam que os sacrifícios já haviam sido cumpridos definitivamente com a morte e ressurreição de Cristo. No entanto, continuaram participando das reuniões de oração no templo. Estas reuniões tinham certa formalidade, mas os cristãos as suplementavam com reuniões mais informais e espontâneas nos lares. Um segundo aspecto do equilíbrio que guardava a adoração na igreja primitiva era sua atitude de gozo e ao mesmo tempo reverente. A palavra que traduz “alegria” no versículo 46 descreve gozo exuberante. Deus havia enviado seu Filho ao mundo, agora havia derramado Seu Espírito em seus corações... Como não iriam estar alegres! O fruto do Espírito Santo é amor, e também é alegria. Podemos imaginar naqueles crentes um gozo muito menos inibido do que as tradições costumam nos permitir. Algumas reuniões de adoração parecem mais funerais. Todos estão vestidos de preto, ninguém sorri ninguém diz nada, tocam-se hinos com muita lentidão e toda atmosfera é lúgubre. Por que? Alegremo-nos no Senhor! Cada reunião deve ser uma celebração alegre. Contudo, a adoração da igreja primitiva também se caracterizava pela reverência. Seus cultos não eram irreverentes. Se em algumas reuniões o ambiente é funerário, em outros é demasiado leviano. Não refletem a presença solene e soberana de Deus. Os primeiros cristãos não conheciam esse erro. Quando o Espírito Santo renova a igreja, a enche de alegria e também de reverência ante Deus. [5].<br /><br /><br />III. CONCLUSÃO<br /><br /><br />Nós os cristãos estamos unidos não só por nosso compromisso com Jesus Cristo, como também por nosso compromisso com a igreja de Jesus Cristo. Precisamos ter a mesma perspectiva da igreja que Jesus tinha, e redescobrir a visão de uma igreja viva, renovada pelo Espírito Santo, tal como foi nos seus primeiros tempos. O propósito de Deus não é salvar indivíduos e perpetuar seu isolamento. Deus se propôs edificar a igreja, uma comunidade nova e redimida. Planejou-a na eternidade passada, a está levando a cabo no processo histórico do presente, e será aperfeiçoada na eternidade que virá. A igreja esta no centro do plano de salvação. Cristo morreu não só para nos redimir de toda iniqüidade, mas também para reunir e purificar para si mesmo um povo entusiasmado pelas boas obras. Assim diz a Palavra: “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” (Tt 2.14)<br /><br /><br />APLICAÇÃO PESSOAL <br /><br /><br />A vida cristã é viva no Espírito. Todos os cristãos concordam nisso com alegria. Seria impossível ser cristão, sem o ministério do gracioso Espírito de Deus. Tudo o que temos e somos como cristãos devemos a Ele. Assim, cada cristão tem uma experiência com o Espírito Santo desde os primeiros momentos da sua vida cristã. Para o crente, a vida começa com um novo nascimento, e o novo nascimento é um nascimento ‘no Espírito’ (Jo 3.3-8). Ele é o ‘Espírito da vida’, e é ele quem dá vida às nossas almas mortas. Mais que isto, Ele vem pessoalmente morar em nós, de maneira que a presença do Espírito é o privilégio que todos os filhos de Deus têm em comum. Paulo descreve com muita maestria a nova era iniciada por Jesus como ‘o ministério do Espírito’ (2Co 3.8). É instrutivo observar que a profecia de João Batista [Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo (Mc 1.8)], registrada pelos três evangelistas sinóticos como futuro simples (ele vos batizará), no quarto evangelho toma a forma de um particípio presente: ‘Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água, me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo’ (Jo 1.33). Este uso do particípio presente tira do verbo os limites do tempo. Ele não descreve o evento único que foi o Pentecostes, mas o ministério específico de Jesus: ‘Esse é o que batiza com o Espírito Santo’. Somente o Espírito Santo pode criar uma verdadeira comunhão entre os crentes através das escolhas e compromissos que fazemos. Paulo aponta esta nossa responsabilidade: Vocês estão unidos na paz por meio do Espírito. Esforcem-se, portanto, para continuar unidos desse modo. Podemos resumir que a igreja é um vínculo de amor a Deus e ao próximo no cultivo da comunhão verdadeira uns com os outros (amor o próximo). Qual tem sido minha preocupação com meus irmãos? Como temos demonstrado nosso amor? Apenas com palavras ou em atitudes práticas? Se não amarmos nossos irmãos, o amor de Deus não estará em nós (1Jo 4.20).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-21328404559153615102011-01-16T04:59:00.000-08:002011-01-16T07:35:15.826-08:001º Trimestre de 2001 - Lição 03O Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes <br /><br />TEXTO ÁUREO<br /> <br />"Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias." (At 1.5).<br /><br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /> <br />Cremos na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais, conforme prometeu o próprio Cristo e ensinaram os santos apóstolos nas Escrituras.<br /> <br /><br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br />Atos 2.1-6, 12<br /> <br /><br />COMENTÁRIO<br /><br /><br />(I. INTRODUÇÃO)<br /><br /><br />De acordo com o Novo Testamento, o batismo no Espírito Santo é uma experiência enviada por Jesus Cristo. Como registrado no Evangelho de Lucas, Jesus o descreveu como sendo "a promessa do Pai", através do qual os crentes em Cristo receberiam o "poder do alto."(Lc 24.49). O Espírito Santo concede dons espirituais (ou seja, habilidades), tais como os dons de profecia, de curas e o de falar e/ou interpretar uma variedade de línguas, entre outros. Alguns seguimentos evangélicos acreditam que esses dons foram derramados apenas sobre os cristãos do tempo do Pentecostes, (Cessacionistas), mas os proponentes do Batismo no Espírito acreditam que essas habilidades sobrenaturais estão ainda hoje disponíveis, de tal modo como ocorreu no evento de Pentecostes. Quem primeiro fala no batismo com o Espírito Santo diretamente é João Batista (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16 e Jo 1.33), o que deixa claro sua legitimidade como doutrina fundamental cristã. Sempre, em todas as passagens, ele faz uma COMPARAÇÃO entre o batismo que ele – João - praticava, apenas com água e para arrependimento, com o batismo que seria ministrado por Jesus Cristo, com o Espírito Santo. João fez questão de ressaltar essa diferença. Posteriormente, como se verá, os apóstolos também identificaram essa distinção básica entre o batismo de João e o de Jesus. Na teologia pentecostal o batismo no Espírito Santo é uma experiência cristã distinta, a base bíblica está fundamentada na descrição do Pentecostes em Jerusalém (At 2.1-4). Ser "batizado no Espírito Santo" é ser imerso no Espírito Santo, e subseqüente a experiência de conversão. Ou seja, ele é ao mesmo tempo distinto e posterior a salvação, que é em si uma obra definitiva do Espírito Santo. Boa aula!<br /><br /><br />(II. DESENVOLVIMENTO)<br /><br /><br />I. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO<br /><br /><br />Os líderes eclesiásticos agora citam o Pentecostalismo como ‘uma terceira força da Cristandade’, lado a lado com o catolicismo e o protestantismo [2]. Essa ‘terceira força’ passou a merecer a atenção dos teólogos, principalmente em razão de sua presença mundialmente visível. Ou seja: os estudiosos reconhecem o Pentecostalismo porque ele é ‘uma terceira força na sua doutrina1, especificamente a que trata do batismo no Espírito Santo. [3]. James D. G. Dunn observa que os católicos enfatizam o papel da Igreja e dos sacramentos, e subordinam o Espírito à Igreja. Os protestantes enfatizam o papel da pregação e da fé, e subordinam o Espírito à Bíblia. Os pentecostais, no entanto, reagem a esses dois extremos [...] e reclamam uma experiência vital com o próprio Deus no Espírito Santo [4]. A experiência normativa do Batismo no Espírito Santo tem um propósito bem claro nas Escrituras, com qualificação para o serviço cristão (cf. At 1.8). Uma maior eficácia na evangelização dos povos se dá por meio da experiência pentecostal; portanto, o Batismo no Espírito Santo apresenta uma relação missionária com os seus objetivos. Os que buscam o Batismo no Espírito Santo por mera curiosidade esotérica, onde querem experiências místicas e transcendentais, distorcem completamente o propósito do Batismo no Espírito Santo. Essa experiência deve ser buscada para aqueles que têm o coração no Reino de Deus e lutam por sua expansão. Lembrando que um não-batizado não está impossibilitado de fazer grandes trabalhos evangelísticos, pois nunca as Escrituras colocam que a evangelização está restrita aos que experimentam um poder carismático, mas é claro que o Batismo serve como um bom reforço! A distorção principal nos dias atuais referente ao propósito do Batismo no Espírito Santo é denominado de “reteté de Jeová”. Esse movimento prega experiência por experiência, sem propósito, cheio de desordem no culto e ainda associa espiritualidade com barulho. O “reteté”, longe de ser um reforço ao pentecostalismo, é uma verdadeira aberração que atrapalha o desenvolvimento de uma doutrina pentecostal sadia e bíblica, onde os dons e o Batismo no Espírito é pregado dentro dos limites das Sagradas Escrituras [5].<br /><br />1. O batismo com o Espírito Santo. Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no Espírito Santo, o prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11). O Batismo no Espírito Santo pode ser definido, segundo o teólogo Antonio Gilberto, como "um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme o Espírito Santo concede, pela instrumentalidade do Senhor Jesus, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para Deus" [6]. O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do Espírito Santo (At 2.4). Assim, batizado no Espírito e cheio do Espírito, às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no Espírito Santo, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no Espírito Santo, não deve ser identificado com o recebimento do Espírito Santo na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do Espírito, muitas vezes separadas por um período de tempo [7].<br /><br />2. A evidência inicial e física do batismo com o Espírito Santo. As evidências do batismo no Espírito Santo são parte central do debate contemporâneo. A literatura teológica atual revela considerável diversidade de posições quanto ao falar em outras línguas. Os pentecostais crêem ser as línguas evidência física inicial do batismo no Espírito Santo, especialmente baseados em relatos de Atos. O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo (2.4; 10.45,46; 19.6). Nos três casos relatados por Lucas, os pormenores de como os indivíduos receberam o batismo no Espírito Santo, o falar em outras línguas – glossolalia – as quais não dominavam em circunstancias normais (At 2.4). Stanley Horton, em sua Teologia Sistemática, cita a declaração de Ralph M. Riggs: ‘Esse falar em outras línguas veio, então, a ser o sinal e evidência de que o Espírito Santo descera sobre os cristãos neotestamentários’. O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (At 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.<br /><br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (1)<br /><br />O batismo com o Espírito Santo tem como evidência inicial, e física, o falar em línguas<br /><br /><br />II. FUNDAMENTOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO<br /><br /><br />Em princípio, podemos dizer que a base exegética da doutrina do batismo no Espírito Santo recebe uma ênfase especial no livro de Atos dos Apóstolos, mas há outras revelações sobre esta verdade até mesmo no Antigo Testamento. Se nos voltarmos para o AT veremos que os profetas Joel e Ezequiel, por exemplo, tinham indicado sobre o derramamento do Espírito Santo sobre Israel (Ez 39.29) e sobre toda carne (Jl 2.28, Is 32.15; 44.3). Deus através dos profetas havia predito sobre o derramamento do Espírito Santo. Até mesmo João Batista falou a respeito da promessa do Pai (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Posteriormente, o próprio Jesus falou sobre o derramamento do seu Espírito (At 1.5). Se observarmos o sermão de Pedro no dia de pentecostes, veremos que ele cita o profeta Joel.<br /><br />1. Moisés. No evento onde Moisés se queixa a Deus do pesado fardo de gerir o povo, YAHWEH tira do Espírito que estava sobre Moisés e o pôs sobre os setenta anciãos escolhidos, e o texto afirma que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram. As Escrituras ensinam que quando o Espírito de Deus prevalece sobre o seu povo, a profecia geralmente se manifesta (cf. 1 Sm 10.5,6; 2 Cr 20.14-17; Jl 2.28). O relato em Atos a respeito do derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecoste, e depois daí, indica que os crentes cheios do Espírito Santo profetizavam e falavam noutras línguas sob o impulso do Espírito (At 2.4; 10.44-47; 19.6). Quando Eldade e Medade continuaram profetizando no arraial, Josué queria que Moisés os proibisse. Moisés, no entanto, percebera que, na vida espiritual, o normal seria que todo o povo de Deus pudesse profetizar quando o Espírito de Deus viesse sobre ele. Nos tempos do AT, o Espírito Santo descia ou enchia alguns, revestindo-os de poder para cumprirem missões ou profetizarem. <br /><br />2. Isaías. Embora Israel fosse, em grande parte, uma nação desviada de Deus, no tempo de Isaías, este profetizou que, um dia, o Espírito Santo seria derramado sobre uma sua geração futura (cf. 32.15; Jr 31.33,34; Ez 36.26,27; 39.29; Zc 12.10 13.1). Essa profecia teve seu cumprimento parcial no dia do Pentecoste (cf. Jl 2.25-29; At 2.17,18; ver At 1.8 e 2.4). Seu pleno cumprimento para Israel terá lugar quando os israelitas aceitarem Cristo como o seu Messias (ver Rm 11.25,26s) [8].<br /><br />3. Joel. Joel predisse o tempo em que todo o povo de Deus seria cheio do Espírito (Jl 2.28,29). Essa profecia cumpriu-se no Dia de Pentecoste quando, então, o Espírito foi derramado sobre "toda a carne" (At 2.4,16,17). Os crentes não batizados no Espírito Santo não estão experimentando o que Deus lhes prometeu, e que Jesus anela lhes conceder (At 1.8; 2.39; 1 Co 14.1,2,5,39). Joel prediz um dia em que Deus derramará o seu Espírito sobre todo aquele que "invocar o nome do Senhor" (Jl 2.32). Este derramamento resultará num fluir sobrenatural do Espírito Santo entre o povo de Deus. Pedro citou este trecho no dia de Pentecoste, e explicou que o derramamento do Espírito Santo, naquele dia, era o começo do cumprimento da profecia de Joel (At 2.14-21). Esta profecia é uma promessa perpétua para todos quantos aceitem a Cristo como Senhor, pois todos os crentes podem e devem receber a plenitude do Espírito Santo (cf. At 2.38,39; 10.44-48; 11.15-18). Joel prevê que um dos principais resultados do derramamento do Espírito Santo será a distribuição dos dons espirituais, entre estes o de profetizar. A manifestação do Espírito, através dos dons, torna conhecida a presença de Deus entre o seu povo. O apóstolo Paulo declarou que se a igreja profetiza, o incrédulo será compelido a declarar "que Deus está verdadeiramente entre vós" (1 Co 14.24,25) [9].<br /><br />4. João Batista. O ‘Elias que havia de vir’ ensina que a obra do Cristo inclui batizar os que nEle cressem com o Espírito Santo e com fogo, batismo este que outorga grande poder para vivermos por Ele e testemunhar dEle (Lc 3.16). O batismo com o Espírito Santo que Cristo outorga aos seus seguidores é o novo sinal de identificação do povo de Deus prometido em Jl 2.28 e reafirmado por Cristo depois da sua ressurreição em Lc 24.49; At 1.4-8. Essa predição teve seu cumprimento inicial no dia do Pentecoste (At 2.4). <br /><br />5. Jesus. O ministério de Cristo, de batizar no Espírito Santo, é um ministério contínuo durante toda a era atual. Assim, deixa claro o texto grego de Jo 1.33 (o que batiza com o Espírito Santo); essa expressão emprega o verbo no particípio presente (ho baptizon) [10], que significa aquele que continuará a batizar. Logo, as referências em Lucas e João não somente dizem respeito ao primeiro derramamento do Espírito Santo no Pentecoste, mas também à missão principal e ao ministério de Jesus, como aquele que batiza no Espírito Santo durante toda a era atual: ‘porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe’ (At 2.39). Esta maravilhosa promessa não foi restrita apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste ou para a Igreja Primitiva, mas também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era: a vós (os ouvintes de Pedro); a vossos filhos (à geração seguinte); à todos os que estão longe (às gerações subseqüentes).<br /><br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (2)<br /><br />Os Escritores do Antigo e do Novo Testamentos fundamentaram a promessa do batismo com o Espírito Santo nesses últimos dias, como iniciado no Pentecostes.<br /><br /><br />III. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA<br /><br /><br />A doutrina do Batismo no Espírito Santo não nasceu em arraiais pentecostais, mas teve precedentes históricos importantes. Sendo uma doutrina polêmica, há contestações de várias vertentes teológicas, até mesmo entre os pentecostais. Grandes teólogos e pastores do Século 19 compartilhavam uma visão bem semelhante com os pentecostais em relação a uma experiência subseqüente a salvação, a chamada “segunda bênção”. Entre os pregadores da “segunda bênção” encontravam-se D. L. Moody, R. A. Torrey, Andrew Murray, F. B. Meyer e o presbiteriano A. B. Simpson. A diferença entre esses pré-pentecostais era o fato de não defenderem as línguas com sinal físico-inicial. No século 20, o teólogo reformado Dr. Martyn Lloyd-Jones, estava entre os que defendiam essa experiência pós-salvação. Mas lembrando que nenhum desses teólogos compartilhavam da visão pentecostal clássica, de que o Batismo no Espírito Santo deve ser acompanhado por uma evidência física [11]. Analisando a História da Igreja, podemos observar nitidamente que Deus sempre avivou ou reavivou a sua Igreja em várias ocasiões diferentes. Esses períodos da Era Cristã foram marcados por reavivamentos maravilhosos, onde Deus se manifestou aos seus servos de forma sobrenatural. No período da Reforma Protestante, no século XVI, Deus levantou homens como Martinho Lutero, João Calvino e John Knox. No século XVIII, ocorreu o Avivamento Morávio com o Conde Zinzendorf, o Grande Reavivamento na Inglaterra com John Wesley, Charles Wesley e George Whitefield e o Reavivamento Americano com Jonathan Edwards. Nenhum destes avivamentos foi conhecido como Pentecostal, pois o termo é do início do século XX, quando houve o derramamento do Espírito Santo nos USA, semelhante à manifestação de Atos dois. John Stott conceitua avivamento como: “... uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida por ela”. [12]. São várias as instâncias de fenômenos que historiadores pentecostais (como Allan Anderson) interpreta como predecessores do pentecostalismo:<br /><br />Inácio de Antioquia 67-110 d.C. afirmou em sua carta aos filadelfienses (Inácio aos filadelfienses 7:01) que profetizou pelo Espírito: "Estando no meio de vós gritei, disse em alta voz, uma voz de Deus:'Permanecei unidos (…)'. Aqueles suspeitaram que eu disse isso porque previa a divisão de alguns, mas aquele pelo qual estou acorrentado é minha testemunha que eu não sabia através da carne. Foi o Espírito que me anunciou, dizendo: '(…), guardai vosso corpo como templo de Deus, amai a união, fugi das divisões, sede imitadores de Jesus Cristo, como ele também é do seu Pai". Em sua carta a Policarpo, ele também declara: "Quanto as coisas invisíveis, pode que te sejam manifestadas a ti, para que nada te falte e tenhas abundância em todo dom espiritual".<br /><br />Policarpo de Esmirna 70-160 d.C. teve uma revelação de Deus de como morreria. "Orando, ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo fogo. Voltando-se para seus companheiros, disse: 'Devo ser queimado vivo!'.<br /><br />Justino Mártir 110-165 d.C. em seu diálogo contra o judeu Trifo recorda que os dons do Espírito Santo, incluindo exorcismo, ainda estão em uso: "Recebendo uma vez o espírito de discernimento, outro um conselho, outro uma cura, outro de poder, outro de presciência, outro de ensino e outro de temor a Deus. Os dons proféticos permanecem conosco até o presente tempo. Para alguns (crerem) certamente em expulsar demônios, (…). Outros tem conhecimento daquilo que vai acontecer; eles tem visões e pronunciam expressões proféticas".<br /><br />Irineu de Lião 130-202 d.C.. "De igual modo nós todos ouvimos que muitos dos irmãos na igreja que têm dons proféticos, e que falam em todas as línguas por intermédio do Espírito, e que também trazem a luz os segredos dos homens para benefício dos homens, e que expõem os mistérios de Deus."<br /><br />Tertuliano 160-220 d.C. ao falar de Marcião, declarou o seguinte: "Para provar o que os profetas têm falado, e não pelo sentimento humano, mas pelo Espírito de Deus, como aqueles que previram o futuro e revelaram os segredos do coração, que apresentam um salmo, uma visão, uma oração, que é apenas pelo Espírito em um êxtase, ou seja, em um rapto ou num arrebatamento toda vez que uma interpretação tem ocorrido." Aparentemente Tertuliano descreveu parte da vida comum da Igreja Ortodoxa e recomendou buscar o dom do Espírito Santo de profecia.<br /><br />Pacômio 292-348 d.C. depois de momentos especiais podia, sob o poder do Espírito falar os idiomas grego e latim que jamais havia aprendido."<br /><br />Agostinho de Hipona 354-430 d.C. mencionou: "Fazemos, todavia o que os Apóstolos fizeram quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito Santo. Mediante a imposição de mãos esperamos que os crentes falem em novas línguas."<br /><br />Simão o Novo Teólogo 949–1022 d.C. talvez o mais famoso cristão carismático da igreja Ortodoxa. Seus relatos declaram muitas experiências espirituais, isto inclui um 'batismo no Espírito Santo' acompanhado por dons de copiosos prantos, compunção, e visões de Deus.<br /><br />Embora não haja registros ou indícios de derramamento do Espírito Santo durante a Idade Média, alguns autores mencionam que o valdenses, albigenses, e os frades mendicantes, falaram em línguas na Europa Meridional.<br /><br />Jansenitas 1640-1801 fizeram parte de um movimento agostiniano radical na Igreja Católica Romana (seu adepto mais famoso foi o cientista e apologista francês Blaise Pascal), alguns de seus adeptos em Port Royal ficaram conhecidos pelos seus sinais e prodígios, dança espiritual, curas, e elocuções proféticas. Alguns dizem que falaram em línguas estranhas e interpretaram as línguas que lhes foram endereçadas.<br /><br />Serafin de Sarov 1759-1833 líder carismático da igreja ortodoxa russa, afirmou que o objetivo da vida cristã é a recepção do Espírito Santo. Serafim também é lembrado pelo dom de cura.<br /><br />Os Huguenotes foi o nome dado ao calvinistas da França, houve manifestações carismáticas entre eles em Cevennes, durante a perseguição determinada por Louis XIV. Em seguida, uma nota sobre os huguenotes: Respeitando as manifestações físicas, há pouca discrepância entre os relatos de amigos e inimigos. As pessoas atingidas eram homens e mulheres, idosos e jovens. Muitos eram crianças com idades entre os nove ou dez anos. Eles emergiram do povo, disseram seus inimigos, da massa de ignorantes e sem cultura; sem poder ler e escrever, em sua maioria, e falando o jargão da província diariamente, que era a única coisa que poderia usar para falar. Tais pessoas caíam repentinamente para trás e, permaneciam estendidas na terra, experimentavam contorções estranhas e aparentemente involuntárias; seus peitos pareciam inchar-se e seus estômagos inflar-se. Ao sair de tal condição, gradualmente voltavam a ganhar o poder da fala instantaneamente. Começavam, muitas vezes, com uma voz interrompida por soluços e logo derramavam torrentes de palavras, clamores de misericórdia, chamados ao arrependimento, exortações aos espectadores para que parassem de freqüentar as missas, admoestações à igreja de Roma e profecias relativas ao juízo vindouro. Da boca de crianças emergiam textos da Escritura e discursos em um francês muito bom e fácil de entender, um [francês] que nunca usavam quando estavam conscientes. Quando o transe terminava, declaravam que não se lembravam de nada do ocorrido de que haviam dito. Em raras ocasiões recordavam impressões vagas e gerais, mas nada a mais. Não havia aparência de engano, nem indicação de que ao pronunciar suas predições com relação a eventos futuros, tivessem alguma idéia de prudência ou dúvida tocante a veracidade do que haviam predito. Um dos principais líderes desta igreja foi George Fox, que pregou uma mensagem sobre a nova era do Espírito Santo, ele em seu diário, diz o seguinte: No ano de 1648, enquanto estava sentado na casa de um amigo em Notinghamshire (porque desta vez o poder de Deus tinha aberto os corações de alguns para receber a Palavra de vida e de reconciliação), vi que havia uma grande fenda que passava por toda a terra, e um grande humo iba a medida que a fenda se abria caminho; depois da fenda, ocorria um grande terremoto. Esta era a terra que havia nos corações das pessoas, a qual tinha que ser sacudida antes que a semente de Deus fora levantada da tumba. E assim sucedia: pois o poder de Deus começou a sacudi-los e grandes ministrações de adoração eram conduzidas, de tal maneira, que poderosas obras do Todo-Poderoso eram realizadas entre os crentes para o assombro, tanto das gentes como dos sacerdotes.<br /><br />George Fox<br /><br />Quando os cristãos hussitas foram perseguidos na Boêmia, encontraram em Dresden, Alemanha um refúgio no qual podiam procurar a Deus. Em 1727 o conde Ludwig Graf de Zinzendorf começou a organizar aos crentes desta corrente cristã em uma única igreja. Durante o mês de julho criou reuniões e vigílias de oração com os jovens, posteriormente encontrou um livro chamado Ratio Disciplinae o qual relatava como a igreja de Irineu se unia para buscar a presença de Deus. “Os morávios dizem que o Espírito desceu sobre eles, e grandes sinais e maravilhas foram realizadas entre os irmãos naqueles dias, prevalecendo uma maravilhosa graça entre si, e em todo o país.” <br /><br />John Wesley ministro anglicano e pai da igreja Metodista registra muitas histórias extraordinárias em seus diários, tais como a cura de pessoas, de animais, e do poder do Espírito Santo através da oração.<br /><br />O Grande Despertamento foi um fenômeno espiritual que impactou a Inglaterra e Estados Unidos entre os anos 1735 e 1750. Durante este período teve grandes pregadores que influenciaram o pentecostalismo moderno.<br /><br />George Whitefield 1714-1770. Ministro que aos 21 anos foi ordenado para pregar na Inglaterra. Chegou aos Estados Unidos por mais de 9 ocasiões ensinando desde a Georgia até a Nova Inglaterra.<br /><br />Jonathan Edwards 1703-1758. Aos seus 19 anos começou a pregar numa igreja em Nova Iorque, depois foi ministro numa igreja de Yale e em 1726 foi pastor associado da igreja de Northampton, Massachusetts, donde seria pastor por mais de 25 anos, sendo uma das pessoas mais importantes do Grande Despertamento. Se diz que quando foi pregar em uma vila, as tabernas quebraram vazias e durante seus cultos ou reuniões, as pessoas gemiam e choravam devido as pregações.<br /><br />Charles Finney 1792-1875. Foi um ministro proeminente e representativo dessa época, realizava grandes atividades evangelísticas. Implementava práticas metodistas dentro de igrejas presbiterianas e congregacionalistas. Pregava pontos wesleyanos como a santificação, e a perfeição cristã dada unicamente pelo Espírito Santo.<br /><br />Dwight L. Moody 1875. Ministro que pregava na cidade de Chicago e de Nova Iorque, mencionou numa ocasião que tinha uma especial investidura de poder do alto, um batismo claro e inequívoco do Espírito Santo. O Movimento de Santidade foi um movimento que dava muita ênfase que nesta vida presente pela fé, é possível obter a inteira santificação, ou perfeição cristã através do Espírito Santo. A partir de 1840 se iniciou a pregar sobre o batismo no Espírito Santo, seu principal contribuidor foi John Morgan, o qual escreveu: "O dom do Espírito Santo, em sua plenitude pentecostal, não devia restringir-se a igreja apostólica; é o privilégio compartilhado por todos os crentes. Kittim Silva comenta que no ano de 1894 uns cem crentes foram batizados com o Espírito Santo na Carolina do Norte, falando em novas línguas. Eles pertenciam a um grupo religioso chamado União Cristã, Igreja da Santidade e em 1907 mudaram para Igreja de Deus. Esta igreja é conhecida como Igreja de Deus de Cleveland, por ser o lugar donde adquiriu mais força. <br /><br />Pentecostalismo Clássico<br /><br />O Pentecostalismo clássico é o que começou em 1901 entre cristãos que se reuniam na rua Azusa em Los Angeles, EUA e simultaneamente em vários outros lugares na América do Norte. É a maior corrente pentecostal entre todas as demais, pois está conformada por organizações religiosas que se formaram naqueles anos e mantém manifestações espirituais e doutrinas similares. Dentro do pentecostalismo clássico norte-americano existem três orientações principais: Santidade-Wesleyana, Vida Superior e Unitários. Exemplos de denominações wesleyanas de santidade inclui a Igreja de Deus em Cristo (IDC) e a Igreja Pentecostal Internacional de Santidade (IPIS). A Igreja do Evangelho Quadrangular é um exemplo do ramo Vida Superior, enquanto as Assembléias de Deus (AD) foi influenciada pelos dois grupos. Algumas igrejas unitárias inclui a Igreja Internacional Pentecostal Unida (IPU), Assembleia Pentecostal do Mundo (APM), e Assembléias do Senhor Jesus Cristo (ASJC). Muitas igrejas pentecostais são afiliadas com a Conferência Mundial Pentecostal. O pentecostalismo reivindica cerca de 588 milhões de adeptos no mundo inteiro. [13] [Para ler mais, visite o site da Wikpedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo ].<br /><br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (3)<br /><br />O Batismo com o Espírito Santo não é modismo, pelo contrário, é uma promessa feita pelo Pai, confirmada pelo Filho e manifestada pelo Divino Consolador.<br /><br /><br /><br />IV. OS OBJETIVOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO<br /><br /><br />O batismo no Espírito Santo outorga ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter uma maior eficácia no seu testemunho e pregação (At 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder (Gr. Dunamis: Virtude) não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7). O batismo no Espírito Santo também outorga mensagens proféticas e louvores (At 2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito Santo, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (Jo 16.8; At 1.8); uma vida que glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13,14; At 4.33); visões da parte do Espírito (At 2.17); manifestação dos vários dons do Espírito Santo (1Co 12.4-10); maior desejo de orar e interceder (At 2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6) [14].<br /><br />1. Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o propósito principal do batismo no Espírito Santo, o recebimento de virtude para testemunhar de Cristo com intrepidez, sem temer oposição. Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus. Esse ‘Poder’ significa mais do que força ou capacidade; é o próprio Consolador em operação, em ação através do crente. O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo resulta num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador.<br /><br />2. Reverência diante das coisas de Deus. O batismo no Espírito Santo outorga aos crentes o desejo de separação dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (At 2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16). Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22). <br /><br />3. A experimentação da plenitude espiritual. A plenitude do Espírito Santo recebida no dia de Pentecoste significou o início do cumprimento da promessa de Deus em Jl 2.28,29, de derramar seu Espírito sobre todo o seu povo nos tempos do fim (At 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; Jl 2.28,29). Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de Cristo, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em Cristo. O batismo com o Espírito Santo é uma bênção celestial necessária aos cristãos que desejam ter uma vida vitoriosa. Por isso, quem ainda não o recebeu deve orar insistentemente, pois Deus não faz acepção de pessoas e esta promessa é para todos os homens.<br /><br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (4)<br /><br />O batismo com o Espírito Santo permite o crente obter poder e unção para proclamar o Evangelho de Cristo, reverência diante das coisas de Deus e a experiência de uma plena espiritualidade.<br /><br /><br /><br />(III. CONCLUSÃO)<br /><br /><br />A promessa do batismo no Espírito Santo diz respeito, principalmente, aos ‘últimos dias’, e não à era dos apóstolos. Além disso, Pedro, ao citar o profeta Joel, substituiu a expressão ‘derramarei o meu Espírito’ por ‘derramarei do meu Espírito’. Esta mudança aponta para o marco inicial da Dispensação do Espírito Santo, e que a efusão do Espírito seria na sua plenitude nos ‘últimos dias’, estes mesmos da nossa geração! Sendo uma promessa bíblica, o batismo no Espírito Santo está a disposição daquele que o quizer buscar. Não há uma fórmula mágica para a sua obtenção, entretanto, todos os que o buscam precisam ter sede (Is 44.1), ser nascido de novo (Jo 3.3), pois o Espírito só é dado à Sua Igreja (Jo 14.17). É uma promessa contemporânea e que não deve ser ignorada por nenhum cristão, “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a tantos quanto Deus, o nosso Senhor, chamar“(At 2.39).<br /><br /><br /><br />APLICAÇÃO PESSOAL <br /><br /><br />Emoção não é a base da vida. O justo vive pela fé, não pela emoção. As Escrituras ensinam que o crente deve examinar e provar tudo o que se apresenta como sendo da parte de Deus (1Ts 5.21; cf. 1Co 14.29). “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (1Jo 4.1). Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia) é a firme convicção de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. O batismo no Espírito é para todos que professam sua fé em Cristo; que nasceram de novo, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar. Note que o autêntico batismo no Espírito Santo levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo mais do que antes (Jo 16.13,14; At 2.11,36; 10.44-46). O batismo no Espírito, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o Espírito, que deve ser renovado (At 4.31) e conservado (Ef 5.18).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-19930703091230817702011-01-03T16:24:00.001-08:002011-01-06T12:49:41.720-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 02A ASCENSÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA<br /> <br />"TEXTO ÁUREO<br />[..] Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11).<br /> <br />VERDADE PRÁTICA<br />Se a ascensão de CRISTO não for aceita como um fato historicamente comprovado, não poderá ser recebida como doutrina confiável. JESUS CRISTO, de fato, foi assunto ao céu. e acha-se à destra de DEUS.<br /> <br />LEITURA DIÁRIA<br />At 1.12-14 As testemunhas da ascensão<br />Lc 24.44-49 As últimas instruções de JESUS antes de sua ascensão<br />At 1.6-8 Instruções de JESUS, antes da ascensão com respeito ao futuro<br />At 1.9 O ato da partida<br />At 1.11 A promessa da sua segunda vinda<br />Hb 10.12 JESUS está assentado para sempre à destra ..de DEUS<br /> <br />LEITURA BÍBLlCA EM CLASSE - Atos 1.4-11<br /><br />4 - E, estando com eles, determinou-Ihes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. 5 - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias. 6 - Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? 7 - E disse-Ihes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. 8 - Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária e até aos confins da terra. 9 - E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. 10 - E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, 11 - os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.<br /> <br />1.4 A PROMESSA DO PAI.<br /> O prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11) é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver v. 5). O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do ESPÍRITO SANTO (2.4). Assim, batizado no ESPÍRITO e cheio do ESPÍRITO , às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no ESPÍRITO SANTO, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no ESPÍRITO SANTO, não deve ser identificado com o recebimento do ESPÍRITO SANTO na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do ESPÍRITO, muitas vezes separadas por um período de tempo.<br /><br />1.5 BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO. <br />A preposição com é a partícula grega en, que pode ser traduzida como em ou com . Por isso, muitos preferem a tradução sereis batizados no ESPÍRITO SANTO . Da mesma forma, batizados com água pode ser traduzido batizados em água . O próprio JESUS é aquele que batiza no ESPÍRITO SANTO os que nEle crêem.<br /><br />1.8 RECEBEREIS A VIRTUDE.<br /> O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27). (1) Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente. (2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no ESPÍRITO SANTO com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia. (3) A obra principal do ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à promessa do batismo no ESPÍRITO (cf. 2.14-42). <br /><br />1.8 SER-ME-EIS TESTEMUNHAS.<br /> O batismo no ESPÍRITO SANTO não somente outorga poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido cheios do ESPÍRITO (cf. Jo 14.26; 15.26,27). (1) O ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real para nós a presença pessoal de JESUS (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio JESUS CRISTO resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador. (2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo 16.14), <br />não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do ESPÍRITO SANTO a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO, manifestará com certeza, à semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder para o crente testemunhar de CRISTO e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40). (4) O batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se àqueles cujos corações pertencem a DEUS por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a CRISTO (ver 5.32). (5) O batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo no ESPÍRITO que é santo (cf. ESPÍRITO de santificação , Rm 1.4). Assim, se o ESPÍRITO SANTO realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de CRISTO. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no ESPÍRITO SANTO, terá um desejo intenso de agradar a CRISTO em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do ESPÍRITO complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do ESPÍRITO SANTO em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma vida contrária ao ESPÍRITO de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, mas não têm uma vida de verdadeira fé, amor e retidão, não estão agindo segundo o ESPÍRITO SANTO, mas segundo um espírito impuro que não é de DEUS (Mt 7.21-23; cf. Mt 24.24; 2 Co 11.13-15). Mais exposição sobre testemunhar de CRISTO, em 13.31.<br /> <br />PALAVRA-CHAVE - ASCENSÃO - Ato de ascendência; subida; elevação.<br /> <br />“A IMPORTÂNCIA DA ASCENSÃO DE JESUS CRISTO” (Pr. Paulo Damião)<br /> A Ascensão de Cristo aos céus depois Pentecoste – o dia do nascimento da Igreja.<br /> A ascensão ou subida de Jesus aos céus, após a ressurreição é de grande importância para a fé cristã:<br /><br /> 1.- Ela demonstra que as promessas de Deus são confiáveis.<br /> Foram muitas as promessas de que, após a ressurreição, Jesus voltaria aos céus e, como todas as demais, estas também se cumpriram.<br /> Se tirarmos as promessas do cristianismo, ele não subsistirá. Nossa fé está baseada nas promessas do Senhor, como afirma a letra do cântico: “Firme nas Promessas”.<br /><br /> 2.- Ela permitiu que Jesus recuperasse a glória que tinha antes da encarnação.<br /> O grande mistério da fé está explícito no fato de que Deus se fez homem – encarnação. Para que isso fosse possível, Ele abiu mão de atributos para que sua vida entre nós não fosse uma representação teatral. Mas, ao voltar aos céus, Ele readquire a glória anterior.<br /><br /> 3.- Ela permitiu que Jesus assumisse a função de nosso advogado.<br /> Ele está intercedendo por nós e nos defendendo das acusações do Diabo, feitas ao Pai.<br /> Mesmo quando o diabo fala a verdade, o que não é fácil para ele, pois, é o pai da mentira, apontando nossos pecados cometidos, Jesus nos defende, pedindo ao Pai que aplique sobre nós a justiça que Ele conquistou na cruz.<br /><br /> 4.- Ela demonstra que Jesus vai voltar para levar a Sua Igreja.<br /> A fé cristã está baseada numa esperança escatológica muito forte: quem crer em Jesus Cristo, ainda que morra, viverá! Será ressuscitado na volta gloriosa do Senhor!<br /> A última oração da Bíblia é: “Maranata! Vem, Senhor Jesus!”<br /> Você já havia pensado em como é importante pensar e celebrar a ascensão de Jesus? <br /> <br /> <br />REFLEXÃO - "CRISTO provou que tinha ressurgido dentre os mortos pelo seu próprio testemunho. consubstanciando-o mediante suas aparições." Severino Pedro da Silva<br />REFLEXÃO - "A verdade não é somente correspondência. ela é também absoluta. A teologia evangélica é pregada com base na premissa de que a Bíblia é a verdade. Ela é a Palavra de DEUS, e DEUS não pode mentir.'<br /> <br />A RESSURREIÇÃO DO CORPO (BEP - CPAD)<br />1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”<br /><br />A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.<br />(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária. <br />(a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que Cristo oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25). <br />(b) O corpo é o templo do Espírito Santo (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do Espírito. <br />(c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).<br />(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.<br />(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de Cristo (ver Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).<br />(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29;1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será: <br />(a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31); <br />(b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1); <br />(c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42); <br />(d) um corpo glorificado, como o de Cristo (15.43; Fp 3.20,21); <br />(e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43); <br />(f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44); <br />(g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).<br />(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso: <br />(a) para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9); <br />(b) para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3); <br />(c) a fim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).<br />(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de Cristo, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física.<br />(7) Jesus fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).<br /> <br /> <br />INTERAÇÃO<br /><br />JESUS CRISTO de Nazaré é apresentado nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas (Sinóticos) e João como muito mais que um rabino judeu, um grande professor ou um ousado profeta do século. Os quatro evangelistas afirmaram que JESUS CRISTO é o tão esperado Messias de Israel, o seu Libertador e o DEUS encarnado! Dessas afirmações, denota-se a seguinte sentença: 'Toda a humanidade será julgada um dia, com base nas suas respostas a este JESUS" (Jo 1.1-14 cf. 8.12-19). Qual JESUS lhe foi apresentado? O que está morto ou o ressurreto? A resposta, positiva ou negativa, a essas questões é fundamental para determinar em que a sua fé está baseada. Nossa oração é que ela esteja no "CRISTO, o Filho do DEUS vivo" (Mt 16.16).<br /> <br />OBJETIVOS:<br /><br />Conhecer a historicidade da Ascensão de JESUS CRISTO de Nazaré.<br />Explicar as implicações teológicas da Ascensão de CRISTO.<br />Saber que o CRISTO ressuscitado intercede por nós, à destra de DEUS, e consola-nos na força do ESPÍRITO SANTO.<br /> <br />ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA<br /><br />Prezado professor, sugerimos o uso do esquema da página seguinte a fim de introduzir o assunto à classe. Reproduza o diagrama no data show, retroprojetor ou tire cópias para os alunos. Utilize o esquema para pontuar os locais e a ordem em que ocorreu a aparição do Senhor aos discípulos e demais pessoas. Explique que a quantidade e a variedade de pessoas que contemplaram JESUS<br />CRISTO de Nazaré, em circunstâncias distintas, de sua ressurreição até a sua ascensão, oferecem uma prova incontestável de que Ele ressuscitou e continua vivo. Aleluia!<br /> <br />RESUMO DA LIÇÃO 2 - A ASCENSÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA<br />INTRODUÇÃO<br /><br />Na teologia autenticamente bíblica, não se pode separar o CRISTO Histórico do CRISTO anunciado na mensagem dos apóstolos.<br /> <br />I. A HISTORICIDADE DA ASCENSÃO DE CRISTO<br />Lucas deixa bem claro que a sua narrativa é baseada em provas incontestáveis (At 1.3).<br />1. Data da ascensão. <br />2. Lugar da ascensão. <br />3. As testemunhas da ascensão. <br />II- A TEOLOGIA DA ASCENSÃO DE CRISTO<br />No âmbito da Teologia Cristã, primeiro temos o fato, depois, o dogma.<br />1. Ascensão de CRISTO. <br />2. A perspectiva paracletológica. <br />3. A perspectiva escatológica. <br />III- ASCENSÃO DE CRISTO EM NOSSA DEVOÇÃO<br />1. A posição do CRISTO que ascendeu.<br />2. A eficácia salvífica do CRISTO que ascendeu aos céus. <br />3. CRISTO assunto, nosso Advogado. <br /><br /><br />VOCABULÁRIO<br /><br />Congruência: Harmonia de alguma coisa, coerência.<br />Estrugida: Estrondo.<br />Irrecorrível: De que não se pode recorrer. <br />Paracletologia: Estudo a respeito do atributo Consolador do ESPÍRITO SANTO (outro igual a mim).<br /> <br />BIBLIOGRAFIA SUGERIDA<br /><br />BLOMBERG, Craig L. Questões Cruciais do Novo Testamento. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.<br />Dicionário Bíblico Wycliffe, Rio de Janeiro: CPAD. 2009.<br />HORTON, Stanley. I ed. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.<br />SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão - CPAD. nº 45. p. 37.<br /> <br />AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - "A Teologia da Ressurreição de CRISTO<br /><br />Soteriologia da ressurreição. Para que o pecado do homem seja expiado, deve haver uma vida perfeita de justiça, vivida em completa obediência à santa lei de DEUS, para ser oferecida 'sem mácula'; CRISTO realizou esta importante obra através de sua vida (Rm 5.19; 10.4; Hb 4.15; 5.8,9). [...] DEUS mostrou sua absoluta satisfação com a obediência ativa e passiva de CRISTO, ressuscitando o seu Filho dos mortos, e assim atestando que sua obra que visava alcançar a nossa justificação foi aprovada e aceita (Rm 4.25).<br />Escatologia da ressurreição. A ressurreição revela a vitória completa e final sobre a morte e o pecado, e sobre os seus efeitos no homem e na criação. Pelo fato de CRISTO ter ressuscitado. os crentes também ressuscitarão em corpos transformados (l Co 1 5). Por meio deste mesmo fato, a natureza também será libertada da maldição. Esta é a explicação da ressurreição do crente ou a manifestação dos filhos de DEUS através da 'redenção do nosso corpo', e a remoção da 'servidão da corrupção' na segunda vinda de CRISTO serem mencionados como ocorrendo simultaneamente em Romanos 8.18-23" (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1 669).<br /> <br />AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio i\pologético - "A Ressurreição.<br />Além de 1 Coríntios 1 5, há mais de uma dúzia de outras referências à ressurreição de CRISTO nas incontestáveis epístolas paulinas, escritas antes dos anos 50 (Rm 4.24,25; 6.4,9; 8.11,34; 10.9; 1 Co 6.14; 2 Co 4.14; 5.15; GI1.1; 1 Ts 1.10; etc.). Em segundo lugar, não há alternativa que explique adequadamente por que os primeiros cristãos judeus (isto é, não apenas gentios) alteraram o seu dia de adoração de sábado para domingo, especialmente quando a sua lei fazia da adoração no sábado (Sabbath) um dos Dez Mandamentos invioláveis (Êx 20.8-11). Alguma coisa objetiva, assombrosamente significativa e com data de alguma manhã de domingo em particular deve ter gerado a mudança. Em terceiro lugar, em uma cultura em que o testemunho das mulheres era freqüentemente inadmissível em um tribunal, quem inventaria um "mito" relacionado à fundação, em que todas as primeiras testemunhas de um evento difícil de crer eram mulheres? Em quarto lugar, os relatos contidos do Novo Testamento diferem dramaticamente das bizarras descrições apócrifas da ressurreição, inventadas no século 11 e depois. Em quinto lugar, nos primeiros séculos do cristianismo, nenhum sepulcro jamais foi venerado, separando a resposta cristã à morte do seu fundador de praticamente todas as outras religiões da história da humanidade. Finalmente, o que teria levado os primeiros cristãos judeus a rejeitar a interpretação que lhes foi dada como herança de Deuteronômio 21.23, de que o Messias crucificado, pela própria natureza da sua morte, demonstrou que Ele estava se colocando em uma posição de maldição diante de DEUS? Novamente, é mais fácil crer em um evento aceito como sobrenatural do que tentar explicar todos estes fatos estranhos através de alguma outra lógica" (BLOMBERG, Craig L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: .CPAD, 2010, pp. 66-67).<br /> <br />"TEXTO ÁUREO<br />1- Complete:<br />[..] Varões galileus, por que estais olhando para o __céu__? Esse JESUS, que dentre vós foi __recebido__ em __cima__ no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11).<br /> <br />VERDADE PRÁTICA<br />2- Complete:<br />Se a __ascensão__ de CRISTO não for aceita como um fato historicamente comprovado, não poderá ser recebida como __doutrina__ confiável. JESUS CRISTO, de fato, foi __assunto__ ao céu, e acha-se à destra de DEUS.<br /> <br />INTRODUÇÃO<br />3- Complete:<br />O Cristianismo só é possível quando se recebe como verdade absoluta e irrecorrível, todos os fatos da História da __Salvação__. <br />Os que buscam subtrair o __sobrenatural__ da Bíblia Sagrada, considerando-o um mero recurso literário, atentam-lhe contra a origem divina. <br />Se não aceitarmos a História Sagrada na __íntegra__, seremos forçados, por uma questão de lógica e congruência, a rejeitá-Ia por inteiro.<br />No campo da teologia bíblica, não se pode dissociar o __dogma__ da verdade histórica: aquele sem esta não passa de um mito. <br />Só é possível acreditar no JESUS Histórico se recebermos como verdade inquestionável tanto a sua concepção __virginal__ como a sua ressurreição e ascensão física aos céus, onde está à destra de DEUS. <br />Na teologia autenticamente bíblica, não se pode separar o CRISTO Histórico do CRISTO anunciado na mensagem dos __apóstolos__.<br /> <br />I. A HISTORICIDADE DA ASCENSÃO DE CRISTO<br />4- Por que a ascensão de CRISTO não pode ficar circunscrita ao dogma teológico?<br />( ) Porque não é apenas teologia e dogma, mas é também um fato histórico incontestável. <br />( ) Lucas deixa bem claro que a sua narrativa é baseada em provas incontestáveis (At 1.3).<br /> <br />5- Qual a data da ascensão de CRISTO? <br />( ) De maneira geral, aceita-se que o Senhor JESUS foi assunto aos céus no ano 34 de nossa era. <br />( ) As pequenas divergências cronológicas não desmerecem nem desacreditam o fato histórico (Mc 16.6; At 2.32; 1Ts 4.14).<br /> <br />6- Qual é o lugar da ascensão?<br />( ) JESUS encontrava-se no Monte das Oliveiras com os seus discípulos quando ascendeu aos céus. Situado a leste de Jerusalém, a 818 metros em relação ao nível do mar, acha-se este monte intimamente ligado à vida e ao ministério CRISTO.<br /> <br />7- Quantas testemunhas viram a ascensão de JESUS e quantas sua ressurreição?<br />( ) Depreende-se que aproximadamente 120 pessoas hajam presenciado a ascensão de nosso Senhor (At 1.15). <br />( ) Quanto à sua ressurreição, afirma Paulo, foi testemunhada por mais de quinhentos irmãos, a maioria dos quais ainda vivia quando Paulo escreveu a sua Primeira Epístola aos Coríntios (l Co 15.6,7). <br /> <br />8- Quantas testemunhas, segundo a bíblia eram necessárias para atestar algum fato como verdadeiro?<br />( ) A declaração de duas ou três testemunhas oculares já era mais do que suficiente para encerrar qualquer polêmica (Dt 17.6; 19.15; Mt 18.16; 1 Tm 5.19). Quem poderia, num tribunal, contestar o depoimento de tantas testemunhas? <br /> <br />II- A TEOLOGIA DA ASCENSÃO DE CRISTO<br />9- O que temos no âmbito da Teologia Cristã?<br />( ) Primeiro temos o fato, depois, o dogma. <br />( ) Doutra forma não teríamos uma doutrina, mas, uma inconsistência histórico-teológica. <br />( ) Eis que podemos confiar no ensino da ascensão de nosso Senhor. <br /> <br />10- O que é a Ascensão de CRISTO?<br />( ) É a Subida corpórea e física do CRISTO ressurreto e glorioso aos céus, para junto do Pai, após haver cumprido o seu ministério terreno. <br />( ) Sua ascensão foi, de fato, corpórea, porque a sua ressurreição foi física e não aparente. <br />( ) É claro que o seu corpo, à semelhança do que ocorrera no Monte da Transfiguração, foi elevado aos céus já revestido de glória, poder e celestialidade. <br />( ) Quando do arrebatamento, teremos um corpo semelhante (l Co 15.50-58; 1 Jo 3.2).<br />( ) Teologicamente, a ascensão de CRISTO acha-se ligada a duas importantes doutrinas: a paracletologia e a escatologia.<br /> <br />11- O que significa a perspectiva paracletológica? <br />( ) Antes de ascender aos céus, prometeu o Senhor JESUS aos discípulos, ainda preocupados com a restauração do Reino de Israel, que seriam eles revestidos pelo ESPÍRITO SANTO (At 1.8). <br />( ) Aos que buscavam a libertação política de um país, o Rei dos reis entrega, como herança. todas as nações da terra. Não mais um império na terra, mas o Reino de DEUS no mundo. E isso no poder do ESPÍRITO SANTO.<br /> <br />12- O que significa a perspectiva escatológica? <br />( ) A narrativa da ascensão de CRISTO traz, em si, o cerne da escatologia cristã. <br />( ) A sua subida aos céus é uma conseqüência teológica tanto de sua morte quanto de sua ressurreição. <br />( ) E acreditar nesta implica, para o cristão, esperançar-se no retorno do Senhor que, estrugida a última trombeta, ressuscitará os que nEle morreram e os que nEle vivem (1<br />Ts 4.14-1 7).<br />( ) A sua ascensão foi sucedida por uma declaração escatológica. Aos discípulos que, maravilhados, observavam a elevação do Filho de DEUS, prometem os dois seres angelicais: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11).<br /> <br />III- ASCENSÃO DE CRISTO EM NOSSA DEVOÇÃO<br />13- Complete:<br />Além de sua __beleza__ e sublimidade teológica, a __ascensão__ de Nosso Senhor JESUS CRISTO enleva-nos a __devoção__, estreitando-nos a comunhão com o Senhor. <br /> <br />14- Quais os principais fatores devocionais que nos proporcionam o CRISTO que ascendeu aos céus?<br /> <br />CRISTO assunto, nosso Advogado. <br /> Consola-nos saber que, à destra de DEUS, temos um advogado sempre pronto a defender-nos as causas junto ao Juiz de toda a terra. <br />Eis como o discípulo do amor descreve essa função do Senhor: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai,JESUS CRISTO, o Justo. <br />E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 Jo 2.1,2). <br />Se você pecou, não se desespere. Arrependa-se e confie no Advogado que temos, junto, ao Pai. <br /><br />A posição do CRISTO que ascendeu. À destra de DEUS, o Senhor JESUS atua como o mediador da nova aliança firmada em seu sangue, através da qual obtivemos eterna salvação (Hb 5.9). <br /><br />Sim, somente em seu nome é que o ser humano logra a redenção de sua alma, como reafirmou o apóstolo Pedro: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4.12).<br /><br />À destra de DEUS, o Senhor JESUS salva e justifica o pecador, proporcionando-lhe a bem-aventurança de ser adotado pelo Pai como filho (Rm 5.1; Ef 1.5). <br />A eficácia salvífica do CRISTO que ascendeu aos céus. Ascendido às alturas sob os olhares interrogativos e desolados de seus discípulos e apóstolos, o Senhor JESUS assentou-se à destra do Pai.<br /> <br />Ao registrar-lhe a ascensão, o evangelista Marcos garante tratar-se não de um engenho fantasioso, mas de um evento histórico: "Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS" (Mc 16.19). <br />Vários autores sagrados fazem menção ao acontecimento (At 2.33; 7.56; Hb 10.12; 12.2; 1 Pe 3.22).<br /><br />CRISTO está à destra de DEUS. Alegremo-nos. Junto ao Todo-Poderoso encontra-se um que nos compreende. <br />À nossa semelhança, Ele sabe o que é padecer (ls 53.3). Eis porque está sempre a interceder por nós como o Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (SI 110.4). <br />Não se desespere, CRISTO o compreende. <br /><br /> <br />CONCLUSÃO<br />15- Complete:<br />A __ascensão__ de Nosso Senhor JESUS CRISTO é um fato comprovadamente __histórico__. Como é bom saber que, junto ao trono do Todo-Poderoso, temos um intercessor e __advogado__ sempre pronto a interceder por nós. Amém! E um dia, mais rápido do que supomos, virá o Senhor __arrebatar__-nos, para que estejamos sempre com Ele nos céus ao lado do Pai. Amém!<br /> <br />AJUDA <br />CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal. <br />BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-51163516840307844522011-01-03T16:04:00.000-08:002011-01-03T16:10:01.374-08:001º Trimestre de 2011 - Lição 01A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ATRAVES DA IGREJA<br /> <br />TEXTO ÁUREO<br />"Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (At 1.8).<br /> <br />VERDADE PRÁTICA<br />Apesar de suas limitações locais, a Igreja de CRISTO, sob o poder do ESPÍRITO SANTO, universaliza-se em suas conquistas e faz-se irresistível corno Reino de DEUS.<br /> <br />JESUS confirma a promessa do Pai (At 1.4)<br />A ascensão de JESUS (At 1.9)<br />A primeira reunião da Igreja (At 1.15-26)<br />A missão da Igreja (At 1.8)<br />A expansão da Igreja (At 6.7)<br />Conservando a unidade da Igreja pelo ESPÍRITO SANTO (Ef 4.3)<br /> <br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 1.1-5<br /><br />1 - Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar,<br /><br />2 - até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo ESPÍRITO SANTO, aos apóstolos que escolhera;<br /><br />3 - aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando do que respeita ao Reino de DEUS.<br /><br />4 - E, estando com eles, determinou-Ihes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.<br /><br />5 - Porque, na verdade. João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.<br /> <br />1.1 O PRIMEIRO TRATADO. <br /><br />No Evangelho segundo Lucas temos o relato de tudo que JESUS começou a fazer e a ensinar no poder do ESPÍRITO SANTO (Lc 4.1,18). No livro de Atos temos a continuação do relato de como seus seguidores, no mesmo poder do ESPÍRITO SANTO, proclamaram o mesmo evangelho, operaram o mesmo tipo de milagre e viveram o mesmo tipo de vida cristã. O ESPÍRITO SANTO reproduzindo a vida e o ministério de JESUS através da igreja é a principal ênfase teológica do livro de Atos. Este livro poderia muito bem ser chamado Os Atos do ESPÍRITO SANTO . Observe os itens abaixo sobre o registro inspirado do ESPÍRITO SANTO no livro de Atos. <br /><br />(1) Todo o texto bíblico de Atos, inclusive o das narrativas históricas, tem relevância didática (i.e., ensino) e teológica. Dois fatos confirmam esta verdade. (a) A declaração bíblica de que Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça (2 Tm 3.16). (b) A declaração paulina de que as narrativas do AT têm um propósito didático e instrutivo (1 Co 10.11). Ele afirma que essas narrativas são exemplos de relevância prática e teológica para o crente (Rm 15.4). O que é válido às narrativas históricas do AT também o é a Atos. <br /><br />(2) Os propósitos primários que Lucas tinha em mente ao escrever o livro de Atos eram, portanto, os seguintes: <br /><br />(a) apresentar um padrão definitivo da atividade do ESPÍRITO SANTO, a ser seguido durante toda a era da igreja; <br />(b) fornecer dados para a formulação de uma doutrina do ESPÍRITO SANTO; e <br />(c) mostrar como essa doutrina deve relacionar-se com a vida dos crentes em CRISTO. <br />Note especificamente dois elementos neste livro que são normativos na teologia e na prática: <br />(i) o registro repetido e harmônico de Lucas das muitas ocasiões em que ocorreu o batismo no ESPÍRITO SANTO, ou quando os crentes foram cheios do ESPÍRITO SANTO (ver 2.39; cf. 1.5,8; 2.4; 4.8,31; 8.15-17; 9.17; 10.44-46; 13.9,52; 15.8; 19.1-6); <br />(ii) as muitas atividades do ESPÍRITO SANTO no livro de Atos, que forneceram à igreja os padrões de justiça, de testemunho e do poder que DEUS deseja para seu povo nos últimos dias (i.e., na era da igreja).<br /><br />1.3 SE APRESENTOU VIVO. Ver Mt. 28.9.<br /><br />URGÊNCIA EM ALEGRAR-SE<br />A saudação de JESUS foi um convite à alegria, Mt 28.9. A palavra grega chairete significa "alegrai-vos". A Bíblia de Jerusalém traduz: "E eis que JESUS veio ao seu encontro e lhes disse: Alegrai-vos!”, Mt 28.9.<br />O misto de alegria e tristeza causado pelo anúncio da ressurreição feito pelos anjos, Mt 28.8, transformou-se em alegre adoração diante da evidência da ressurreição, Mt 28.9. Além da alegria, a presença do CRISTO ressurreto traz paz, poder (ESPÍRITO SANTO) e missão, Jo 20.19-22.<br /><br />1.4 A PROMESSA DO PAI. <br />O prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11) é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver v. 5). O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do ESPÍRITO SANTO (2.4). Assim, batizado no ESPÍRITO e cheio do ESPÍRITO , às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no ESPÍRITO SANTO, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no ESPÍRITO SANTO, não deve ser identificado com o recebimento do ESPÍRITO SANTO na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do ESPÍRITO, muitas vezes separadas por um período de tempo.<br /><br />1.5 BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO.<br /> A preposição com é a partícula grega en, que pode ser traduzida como "em" ou "com" . Por isso, muitos preferem a tradução sereis batizados no ESPÍRITO SANTO . Da mesma forma, batizados com água pode ser traduzido batizados em água . O próprio JESUS é aquele que batiza no ESPÍRITO SANTO os que nEle crêem.<br /> <br />Observações sobre o livro de Atos dos Apóstolos:<br /><br />Assim como a Igreja em seu início saiu do cenáculo e atingiu o mundo, assim devemos sair de entre as quatro paredes e alcançarmos todas as almas para CRISTO.<br />Veremos um resumo dos 30 primeiros anos da Igreja na Terra, através do livro de Atos dos Apóstolos.<br /><br />Lucas, seu autor, poderia te-lo escrito a fim de defender o cristianismo e principalmente Paulo das acusações que lhe pesavam sobre a cabeça, pelo império romano que via o cristianismo como uma ameaça político-religiosa.<br />O título mais apropriado para o livro seria a meu ver "Atos de JESUS CRISTO pós-ressurreição, através do ESPÍRITO SANTO, agindo na Igreja iniciada pelos apóstolos em Jerusalém, atingindo todo o mundo habitado, graças ao poder recebido a partir do batismo no ESPÍRITO SANTO".<br /><br />A data mais provável deve ser entre o ano 60e o ano 63, pois já em 64 houve uma grande perseguição à Igreja, por Nero, e esse fato com certeza seria descrito por Lucas, historiador que era - nunca a data poderia ser depois de 70, pois Lucas registraria o fato da destruição de Jerusalém por Tito, general romano.<br />Por incrível que pareça, existem denominações que separam para o santo ministério pessoas que nem batizados com o ESPÍRITO SANTO são, contrariando a a palavra de DEUS dita por JESUS CRISTO em Atos 1.4,5,8.<br /><br />Quando aceitamos a JESUS CRISTO como Salvador e Senhor recebemos o ESPÍRITO SANTO, assim como os discípulos O receberam através do sopro de JESUS. Só depois é que foram batizados Com O ESPÍRITO SANTO, no dia do Pentecostes.<br />É interessante notar que a doutrina do ESPÍRITO SANTO é introduzida por Lucas em seu evangelho, sempre buscando informações sobre as vezes em que JESUS cita o ESPÍRITO SANTO. Agora em Atos Lucas fala abertamente sobre essa tão insubstituível doutrina para a Igreja que quer ser militante no evangelho do reino de DEUS.<br /> <br />ATOS DOS APÓSTOLOS - BEP - CPAD<br /><br />Esboço<br /><br />Introdução (1.1-11)<br /><br />I. O Derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.12 — 2.41)<br />A. A Preparação para a Promessa (1.12-26)<br />B.O Dia do Pentecoste (2.1-41)<br /><br />II. Os Primeiros Dias da Igreja em Jerusalém (2.42—8.1a)<br />A. Características da Igreja Apostólica em Seguida ao Derramamento do ESPÍRITO (2.42-47)<br />B. Um Grande Milagre e Seus Efeitos (3.1—4.31)<br />C. A Comunidade de Bens dos Primeiros Cristãos (4.32—5.11)<br />D. Mais Curas e a Resistência da Religião Oficial (5.12-42)<br />E. A Escolha de Sete Diáconos (6.1-7)<br />F. Estêvão: O Primeiro Mártir do Cristianismo (6.8—8.1a)<br /><br />III. A Perseguição Leva à Expansão (8.1b—9.31)<br />A. Os Crentes Dispersos na Judéia e Samaria (8.1b-4)<br />B. Filipe: O Ministério de um Evangelista (8.5-40)<br />C. Saulo de Tarso: A Conversão de um Perseguidor (9.1-31)<br /><br />IV. O Cristianismo Propaga-se entre os Gentios (9.32—12.25)<br />A. O Ministério de Pedro em Lida e em Jope (9.32-43)<br />B. A Missão de Pedro aos Gentios em Cesaréia (10.1-48)<br />C. O Informe de Pedro à Igreja de Jerusalém e a Aprovação da Sua Decisão (11.1-18)<br />D. Antioquia: A Primeira Igreja Gentia (11.19-30)<br />E. Perseguição sob Herodes Agripa I (12.1-23)<br />F. Resumo do Crescimento da Igreja (12.24,25)<br /><br />V. Primeira Viagem Missionária de Paulo (13.1—14.28)<br />A. Paulo e Barnabé Comissionados pela Igreja Local de Antioquia (13.1-3)<br />B. Início da Evangelização da Província da Ásia (13.4—14.28)<br /><br />VI. O Concílio de Jerusalém (15.1-35)<br /><br />VII. Segunda Viagem Missionária de Paulo (15.36—18.22)<br />A. Divergência entre Paulo e Barnabé (15.36-40)<br />B. Visita às Igrejas Fundadas (15.41—16.5)<br />C. Novas Regiões Evangelizadas na Província da Ásia (16.6—18.21)<br />D. Regresso à Antioquia da Síria (18.22)<br /><br />VIII. Terceira Viagem Missionária de Paulo (18.23—21.16)<br />A. A Caminho de Éfeso (18.23)<br /> Parêntese: O Ministério de Apolo (18.24-28)<br />B. Um Prolongado Ministério em Éfeso (19.1-41)<br />C. Viagem à Macedônia, Grécia e Volta à Macedônia (20.1-5)<br />D. Regresso a Jerusalém (20.6—21.16)<br /><br />IX. A Prisão de Paulo e Seu Ministério Enquanto Preso (21.17—28.31)<br />A. Em Jerusalém (21.17—23.35)<br />B. Em Cesaréia (24.1—26.32)<br />C. A Caminho de Roma (27.1—28.15)<br />D. Em Roma (28.16-31)<br /><br />Autor: Lucas<br />Tema: A Propagação Triunfal do Evangelho pelo Poder do ESPÍRITO SANTO<br />Data:Cerca de 63 d.C.<br /><br />Considerações Preliminares<br /><br />O livro de Atos, e de igual modo o Evangelho segundo Lucas, é endereçado a um homem chamado “Teófilo” (1.1). Embora nenhum dos dois livros identifique nominalmente o autor, o testemunho unânime do cristianismo primitivo e a evidência interna confirmatória dos dois livros denotam que ambos foram escritos por Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14).<br /><br />O ESPÍRITO SANTO inspirou Lucas a escrever a Teófilo a fim de suprir na igreja a necessidade de um relato completo dos primórdios do cristianismo. (1) “O primeiro tratado” foi seu Evangelho a respeito da vida de JESUS, e (2) o segundo foi seu relato, em Atos, sobre o derramamento do ESPÍRITO em Jerusalém e sobre o crescimento da igreja primitiva. Torna-se claro que Lucas era um escritor habilidoso, um historiador consciente e um teólogo inspirado.<br />Atos abrange, de modo seletivo, os primeiros trinta anos da história da igreja. Como historiador eclesiástico, Lucas descreve, em Atos, a propagação do evangelho, partindo de Jerusalém até Roma. Ele menciona nada menos que 32 países, 54 cidades, 9 ilhas do Mediterrâneo, 95 diferentes pessoas e uma variedade de membros e funcionários do governo com seus títulos precisos. A arqueologia continua a confirmar a admirável exatidão de Lucas em todos os seus pormenores. Como teólogo, Lucas descreve com habilidade a relevância de várias experiências e eventos dos primeiros anos da igreja.<br /><br />Na sua fase inicial, as Escrituras do NT consistiam em duas coletâneas: (1) os quatro Evangelhos, e (2) as Epístolas de Paulo. Atos desempenhou um papel substancial como elo de ligação entre as duas coletâneas, e faz jus à posição que ocupa no cânon. Nos caps. 13—28, temos o acervo histórico necessário para bem compreendermos o ministério e as cartas de Paulo. O pronome “nós”, empregado por Lucas através de Atos (16.10-17; 20.5—21.18; 27.1—28.16), aponta-o como estando presente nas viagens de Paulo.<br /><br />Propósito<br /><br />Lucas tem pelo menos dois propósitos ao narrar os começos da igreja. (1) Demonstra que o evangelho avançou triunfalmente das fronteiras estreitas do judaísmo para o mundo gentio, apesar da oposição e perseguição. (2) Revela a missão do ESPÍRITO SANTO na vida e no papel da igreja e enfatiza o batismo no ESPÍRITO SANTO como a provisão de DEUS para capacitar a igreja a proclamar o evangelho e a dar continuidade ao ministério de JESUS. Lucas registra três vezes, expressamente, o fato de o batismo no ESPÍRITO SANTO ser acompanhado de enunciação em outras línguas (2.1-4.; 10.44-47; 19.1-6). O contexto destas passagens mostra que isto era normal no princípio da igreja, e que é o padrão permanente de DEUS para ela.<br /><br />Visão Panorâmica<br /><br />Enquanto o Evangelho segundo Lucas relata “tudo que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar” (1.1), Atos descreve o que JESUS continuou a fazer e a ensinar depois de sua ascensão, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO, operando em, e através dos seus discípulos e da igreja primitiva. Ao ascender ao céu (1.9-11), a última ordem de JESUS aos discípulos foi para que permanecessem em Jerusalém até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO (1.4,5). O versículo-chave de Atos (1.8) contém um resumo teológico e geográfico do livro: JESUS promete aos discípulos que receberão poder quando o ESPÍRITO SANTO vier sobre eles; poder para serem suas testemunhas (1) em Jerusalém (1—7), (2) em toda a Judéia e Samaria (8—12) e (3) até aos confins da terra (13—28).<br /><br />Nos caps. 1—12, o centro principal irradiador da igreja é Jerusalém. Aqui, Pedro é o mais destacado instrumento usado por DEUS para pregar o evangelho. Nos caps. 13—28, o centro principal de irradiação passou a ser Antioquia da Síria, onde o instrumento de maior realce nas mãos de DEUS foi Paulo para levar o evangelho aos gentios. O livro de Atos termina de modo repentino com Paulo em Roma aguardando julgamento perante César. Mesmo com o resultado do referido julgamento ainda pendente, o livro termina de modo triunfante, estando Paulo prisioneiro, porém cheio de ânimo e sem impedimento para pregar e ensinar acerca do reino de DEUS e do Senhor JESUS (28.31). <br /><br />Características Especiais<br /><br />Nove principais destaques assinalam o livro de Atos. (1) A igreja. Atos revela a origem do poder da igreja e a verdadeira natureza da sua missão, juntamente com os princípios que devem norteá-la em todas as gerações. (2) O ESPÍRITO SANTO. A terceira pessoa da Trindade é mencionada cinqüenta vezes; o batismo no ESPÍRITO SANTO e o seu ministério outorgam poder (1.8), ousadia (4.31), santo temor a DEUS (5.3,5,11), sabedoria (6.3,10), direção (16.6-10), e dons espirituais (19.6). (3) Mensagens da igreja primitiva. Lucas relata com habilidade os ensinos inspirados de Pedro, Estêvão, Paulo, Tiago, e outros, apresentando assim um quadro da igreja primitiva não encontrado noutro lugar do NT. (4) Oração. Os cristãos primitivos dedicavam-se às orações com regularidade e fervor, que, às vezes, duravam a noite inteira, produzindo resultados maravilhosos. (5) Sinais, maravilhas e milagres. Estas manifestações acompanhavam a proclamação do evangelho no poder do ESPÍRITO SANTO. (6) Perseguição. A proclamação do evangelho com poder dava origem à oposição religiosa e/ou secular. (7) A ordem judaica/gentia. Do começo ao fim de Atos, o evangelho alcança primeiro os judeus e, depois, os gentios. (8) As mulheres. Há menção especial às mulheres dedicadas à obra contínua da igreja. (9) Triunfo. Barreira alguma nacional, religiosa, cultural, ou racial, nem oposição ou perseguição puderam impedir o avanço do evangelho.<br /><br />Princípio Hermenêutico<br /><br />Há quem considere o conteúdo do livro de Atos como se pertencesse a uma outra era bíblica e não como o padrão divino para a igreja e seu testemunho durante todo o período que o NT chama de “últimos dias” (cf. 2.17). O livro de Atos não é simplesmente um compêndio de história da igreja primitiva; é o padrão perene para a vida cristã e para qualquer congregação cheia do ESPÍRITO SANTO.<br />Os crentes devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja atual, todos os fatos vistos no ministério e na experiência da igreja primitiva.<br /> <br />REFLEXÃO<br /><br />"Pela fé em JESUS CRISTO e através do poder do ESPÍRITO SANTO, a igreja cristã pode se um agente de mudanças." Bíblia de Estudos Aplicação Pessoal.<br /> <br />RESUMO DA LIÇÃO 1 - ATOS - A Ação do ESPÍRITO SANTO Através da Igreja<br />I. AUTORIA, DATA E TEMA<br />1. Autoria. <br />2. Data de composição. <br />3. Tema. <br />II. O CONTEÚDO DE ATOS DOS APÓSTOLOS<br />1. Eventos pré-pentecostais. <br />a) A ascensão de CRISTO. <br />b) A eleição de Matias. <br />2. Evento Pentecostal. <br />3. Eventos missionários. <br />a) A expansão em Jerusalém. <br />b) A expansão da Igreja na Judéia e Samaria. <br />c) A expansão da Igreja entre os gentios. <br />III. O PROPÓSITO DE ATOS DOS APÓSTOLOS<br />1. Narrar a expansão da Igreja.<br />2. A justificar os Atos dos Apóstolos. <br />3. Estimular aos crentes. <br /> <br />DICIONÁRIO:<br />Paracleto: "Aquele que é chamado ao lado de..."; Defensor advogado.<br />Escatologia: Estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas.<br />Parousia: Presença, vinda ou chegada do Rei.<br />Vacância: Condição ou estado do que não se acha preenchido ou ocupado.<br /> <br />BIBLIOGRAFIA SUGERIDA<br />PEARMAN, Myer. Atos: E a Igreja se Fez Missões. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.<br />ZUCK, Roy et aI. Teologia do Novo Testamento. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.<br />VEJA MAIS NA Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 45 e pag. 36<br /> <br />Subsídio Bibliológico<br /><br />Atos dos Apóstolos<br /><br />"Os capítulos iniciais do Livro de Atos definem os alicerces do explosivo crescimento da jovem igreja. Por cerca de quarenta dias os discípulos foram ensinados, por JESUS, sobre o Reino de DEUS e sua responsabilidade de difundir a mensagem de JESUS até aos confins da terra" (1.1-8). A ascensão visível de CRISTO ao céu foi seguida por um breve período de espera, durante o qual os discípulos escolheram um fiel seguidor de JESUS para assumir o lugar de Judas Iscariotes (1.9-26). Esta espera terminou no dia de Pentecostes.<br />Os primeiros capítulos de Atos apresentam os temas que percorrem todas as epístolas do Novo Testamento, e são vitais para nós hoje. O primeiro tema é o ESPÍRITO SANTO. Sua vinda inaugura a igreja. O segundo tema é a evangelização. Os primeiros cristãos são levados a proclamarem o Senhor [...]. O terceiro motivo é a comunhão. Os membros da jovem igreja são unidos por comprometimento compartilhado com JESUS. Eles adoram, estudam, repartem e oram juntos, em unidade que inspira profundo carinho de uns pelos outros. Embora devamos encarar o Livro de Atos como documento descritivo que retrata o que aconteceu no século I, em lugar de encará-Io como um documento prescritivo que nos instrui sobre como devemos viver hoje, estes três temas nos lembram de como dependência do ESPÍRITO, paixão pela evangelização e comprometimento com a comunhão são vitais para qualquer pessoa que procure seguir a JESUS CRISTO em nossa época" (RICHARDS, Lawrence O. <br />Comentário Histórico-Cultural, do Novo Testamento. 1. ed. Rio de, Janeiro: CPAD. 2007. pp. 251-2).<br /><br />A Eclesiologia em Lucas<br /><br />"No pensamento de Lucas, a Igreja relaciona-se com algumas coisas antigas e novas. Ela está ligada às coisas antigas porque compartilha as promessas feitas e entrega essa mensagem ao mundo. Ela está ligada às coisas novas porque é uma estrutura totalmente nova por meio da qual, agora, DEUS opera. Os apóstolos proclamavam nas sinagogas que JESUS é o cumprimento da Lei do Antigo Testamento, portanto, todo judeu que respondia as promessas devia vir a JESUS. A argumentação dos apóstolos era que o fim natural do judaísmo encontrava-se em JESUS. No início de Atos dos Apóstolos, os apóstolos não parecem considerar que foram chamados a se separar de Israel. Eles iam ao Templo e se reuniam lá (At 3.1-10; 4.1,2; 5.12). A prática deles era sensível em relação às preocupações judaicas (15.1-35; 21.17-26). [u.] Até mesmo quando Paulo deixou os judeus para ir aos gentios, ele ainda ia à sinagoga, ou ao Templo, das cidades que viajava (13.46 - 14.1; 18.6 com 21.26) [.u] Os judeus que ouviam Paulo ficavam informados que eles, para seguir até o fim seu compromisso com DEUS, tinham de abraçar a mensagem da promessa inaugurada e se tornar membros da nova comunidade. Entretanto, os eventos forçaram a Igreja a se separar do Judaísmo, por causa da rejeição judaica. Como resultado disso, a Igreja emergiu como uma comunidade independente da sinagoga.<br />Lucas via essa comunidade que surgia como algo novo. Por isso, em At 11.15, Pedro, ao se referir aos eventos de 2.1-4, usa a expressão 'ao princípio'. Agora, nos termos lucanos, ela é o início da realização da promessa, conforme as declarações de Pedro relacionadas com a primeira distribuição do ESPÍRITO (At 2.14-36) [.u]. Assim, o surgimento da Igreja teve sua origem na vinda do ESPÍRITO SANTO. Atos 11.15-18 torna a concessão do ESPÍRITO o marco inicial dessa nova era e desse novo grupo de fiéis. Lucas explica como esse grupo torna-se distinto do judaísmo e, mesmo assim, tem o direito de proclamar as promessas que costumam pertencer exclusivamente às sinagogas. DEUS está presente nessa nova comunidade. Em Atos 11, o ponto adicional a respeito desse novo grupo é que DEUS incluiu os gentios nesse círculo de bênçãos com sua intervenção direta (w.II-18). Em Atos 2, os eventos da fundação da igreja fazem paralelo com os eventos da casa de Cornélio, registrados em Atos 10.1-11;18, mostrando, sem deixar a menor sombra de dúvida, que DEUS agiu para incluir os gentios" (ZUCK, Roy. et aI. Teologia do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp. 156-57).<br /> <br />VISÃO PANORÂMICA DE ATOS DOS APÓSTOLOS<br />(Pr. Geziel Gomes)<br />1. LOCALIZAÇÃO<br />1.1 Quadragésimo-quarto livro da Bíblia<br />1.2 Quinto livro do NT<br />1.3 Situado entre os 4 Evangelhos e as Epístolas Paulinas<br />1.4 Nos primeiros anos foi chamado de Quinto Evangelho.<br />2. DADOS ESTATÍSTICOS<br />2.1 Contém 28 capítulos e 1,007 versículos<br />2.2 O nome de João é mencionado 3 vezes<br />2.3 Cobre um período de aproximadamente 33 anos<br />2.4 Menciona 30 países, 39 cidades, 21 milagres e 15 pregações.<br />2.5 São relatadas 9 viagens missionárias.<br />2.6 57 pessoas estão associadas ao Ministério de Paulo.<br />2.7Aparecem 28 títulos de CRISTO;11de DEUS Pai;e 4 do ESPÍRITO SANTO. <br />2.8 Contem 25 referências do Antigo Testamento.<br />2.9 Tomados com um todo, o Evangelho de Lucas e o livro de Atos representam cerca de vinte e cinco dos escritos da Era Cristã<br />2.10 Mais de 100 nomes pessoais citados (isto certamente destaca o valor do indivíduo.<br /><br />3. DESTINATÁRIO: TEÓFILO<br /><br />3.1 Nome grego: “amigo, amante de DEUS”<br />3.2 Uma autoridade do Império Romano?<br />3.3 O advogado pessoal de Paulo durante sua defesa em Roma?<br />3.3 Um novo convertido, profundamente interessado no Evangelho?<br />3.4 Uma pessoa influente, interessada no Evangelho?<br />3.5 Um nome simbólico?<br />3.6 Muitos estudiosos afirmam que Teófilo deveria ter sido uma autoridade romano simpático à causa do Evangelho. Talvez Lucas escreveu o livro de Atos como uma defesa do Cristianismo, em tempos de perseguição, a fim de demonstrar que não se tratava de um movimento subversivo liderado pelos seguidores de JESUS.<br /><br />4. ESCRITOR: LUCAS<br />4.1 Um médico conhecido, amigo e companheiro de Paulo, Cl 4.14; II Tm 4.11; Fl 24. <br />4.2 Escreveu o terceiro Evangelho. A similaridade de estilo e de vocabulário entre os dois livros não deixa dúvidas quanto à autoria de Lucas.<br />4.3 Escreveu provavelmente da Acaia ou de Roma<br />4.4 Lucas não foi uma testemunha ocular do ministério de CRISTO. Ele escreveu Atos como o resultado do recolhimento de informações.<br />4.5 Ele foi companheiro e amigo de Paulo durante muitos anos. Veja o uso de EU e NÓS por exemplo em At 16:10-17; 20:5-16; 21:1-18; 27:1-28:16, etc.<br />5.DATA: Escrito entre os anos 60 e 63 a.D. <br />6.VISÃO GERAL DO CONTEÚDO DO LIVRO<br />6.1 “Um dos mais enfáticos livros da Bíblia, porque aborda um fator muito importante - a Igreja planejada, destinada, revelada e finalmente inaugurada”.<br />6.2 “Um livro de ações, de trabalho, de movimento contínuo, o que identifica a natureza da Igreja.”.<br />6.3 Único livro histórico do NT<br />6.4 Único livro que retrata a história da Igreja Primitiva<br />6.5 O mais extenso livro do NT.<br />6.6 “Ätos assinala a transição da atuação de DEUS do meio dos judeus para uma dimensão universal de Sua Igreja. Em um senso real o leitor de Atos segue desde Jerusalém até os confines da terra” (Walvoord, Zuck, 1983, p.349.) <br /> <br />QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1 - ATOS - A Ação do ESPÍRITO SANTO Através da Igreja<br />RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 1º TRIMESTRE DE 2011<br />Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas. <br /> <br />TEXTO ÁUREO<br />1- Complete:<br />"Mas recebereis a _______________________ do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis __________________________ tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária e até aos __________________________ da terra" (At 1.8).<br /> <br />VERDADE PRÁTICA<br />2- Complete:<br />Apesar de suas ___________________________ locais, a Igreja de CRISTO, sob o _________________________ do ESPÍRITO SANTO, universaliza-se em suas conquistas e faz-se ______________________________ como Reino de DEUS.<br /> <br />INTRODUÇÃO<br />3- Com a leitura e estudo de Atos dos Apóstolos, que tipo de igreja encontraremos, conforme adverte-nos o pastor inglês John Stott? Complete:<br />"A leitura de Atos não deve levar-nos a uma ____________________________ da Igreja Primitiva, como se ela não possuísse nenhum ________________________. Como veremos adiante, ela tinha muitos". Sim, não encontraremos uma igreja perfeita, mas uma igreja poderosa e _________________________ que espalha o Evangelho de CRISTO sem impedimento algum.<br /> <br />I. AUTORIA, DATA E TEMA<br />4- Em seu Evangelho, Lucas fez um relato fidedigno e metódico pondo "em ordem a narração dos fatos" - De quem Lucas ouviu o que escreveu?<br />( ) Dos sacerdotes do templo.<br />( ) Dos apóstolos. <br />( ) Das autoridades romanas.<br /> <br />5- Segundo F. B. Meyer, como devem ser conhecidos também os Atos dos Apóstolos?<br />( ) "os Atos do ESPÍRITO SANTO que veio do céu".<br />( ) "os Atos do ESPÍRITO do CRISTO que ascendeu ao céu".<br />( ) "os Atos dos apóstolos de CRISTO que ascendeu ao céu".<br /> <br />6- De quem é a Autoria de Atos dos apóstolos? <br />( ) De Lucas.<br />( ) De Paulo.<br />( ) De Tiago.<br /> <br />7- Cite algumas características de Lucas:<br />( ) Um homem excepcional, culto e possuidor de um estilo literário de impressionante grandeza. <br />( ) Brilhante escritor, tento escrito o prólogo de seu evangelho num grego que se aproxima do clássico.<br />( ) Lucas também era médico. E mui amado por todos.<br />( ) Lucas, além de médico, era advogado brilhante.<br />( ) Pelo que depreendemos de sua obra, veio ele a converter-se depois da ascensão do Senhor JESUS. <br />( ) A partir da segunda viagem missionária de Paulo, encontramo-Io a participar ativamente da evangelização dos gentios.<br /> <br />8- Em que data foi composto o livro de Atos dos Apóstolos? <br />( ) Lucas concluiu os Atos dos Apóstolos entre os anos 80-90. <br />( ) Lucas concluiu os Atos dos Apóstolos entre os anos 61-63. <br />( ) Antes da execução de Paulo e bem antes da destruição de Jerusalém pelos romanos. <br />( ) Após a execução de Paulo e depois da destruição de Jerusalém pelos romanos. <br /> <br />9- Acerca da historiografia lucana, como manifesta-se A. N. Sherwin White, emérito professor de história da Universidade de Oxford?<br />( ) "Para o autor de Atos, a confirmação ou não da historicidade dos fatos deixa de ser fundamental".<br />( ) "Para o autor de Atos, a confirmação da historicidade dos fatos não é fundamental".<br />( ) "Para o autor de Atos, a confirmação da historicidade dos fatos é fundamental".<br /> <br />10- Qual o Tema Central de Atos dos Apóstolos?<br />( ) A cooperação dos judeus na propagação do Evangelho de CRISTO através do ESPÍRITO SANTO.<br />( ) A expansão triunfal do Evangelho de CRISTO através da Igreja no poder do ESPÍRITO SANTO.<br />( ) O esforço da Igreja e seu sofrimento para cumprir o IDE de CRISTO no poder do ESPÍRITO SANTO.<br /> <br />II. O CONTEÚDO DE ATOS DOS APÓSTOLOS<br />11- Como podemos dividir o conteúdo de Atos dos Apóstolos? Complete:<br />Eventos Pré-_________________________ (At 1); Evento ______________________________ (At 2); A expansão do Evangelho em _____________________________ (At 3-7); A expansão do Evangelho na ___________________________ e Samaria (At 8-12); A expansão do Evangelho entre os ________________________ (At 13-28). <br /> <br />12- De que maneira as divisões de Atos dos Apóstolos acompanham a ordem de JESUS em Atos 1.8? Ligue a primeira coluna de acordo com a segunda:<br /> <br />Evento Pentecostal. a) A ascensão de CRISTO. Fato histórico comprovado e testemunhado por centenas de pessoas (At 1.15; 1 Co 15.6).e b) A eleição de Matias. A Igreja não poderia ser inaugurada com o colégio apostólico incompleto (At 1.15-26) <br />Eventos pré-pentecostais. a) A expansão em Jerusalém. No Sermão do Pentecostes, quase três mi almas agregaram-se aos fiéis (At 2.41) - O número já sobe para quase cinco mil (At 4.4) - Até mesmo não poucos sacerdotes obedeciam a fé (At 6.7). b) A expansão da Igreja na Judéia e Samaria. Morte de Estevão, perseguição, diáspora, diácono Filipe em Samaria (At 8.1-25) c) A expansão da Igreja entre os gentios. Saulo de Tarso - três viagens missionárias, levou o Evangelho ao extremo ocidental do mundo então conhecido (At 13-28). <br />Eventos missionários. Efusão do ESPÍRITO SANTO sobre os discípulos. A Igreja seria inaugurada como a agência por excelência do Reino de DEUS. <br /><br /> <br />III. O PROPÓSITO DE ATOS DOS APÓSTOLOS<br /><br />13- Quais os propósitos de Lucas ao escrever o livro de Atos dos Apóstolos?<br />( ) Basicamente, foi escrito para defender-se perante o império romano, apelando para seu amigo Teófilo, membro importante da casa de César.<br />( ) Foi escrito com o propósito de narrar e justificar a expansão universal da Igreja de CRISTO no poder do ESPÍRITO SANTO. <br />( ) Foi escrito para estimular os crentes de todas as gerações a prosseguir na universalização do Reino de DEUS até a volta de CRISTO.<br /> <br />14- Como a Igreja de CRISTO, inaugurada pelo ESPÍRITO SANTO em Jerusalém, veio a tornar-se na universal e invisível assembléia dos santos? <br />( ) Metódica e sistematicamente, mostra Lucas como a Igreja transcendeu as fronteiras da Judéia para universalizar-se nos confins da terra<br />( ) Lucas revela com maestria na pena, como a Igreja ascendeu as fronteiras da política no império romano e universalizou-se até aos confins da terra<br />( ) A Igreja rompeu barreiras graças a homens sábios e inteligentes que conheciam a cultura e hábitos a sua volta.<br /> <br />15- De maneira sutil, porém bastante evidente, Lucas destaca o mandamento de CRISTO que justifica não apenas a expansão da Igreja como a sua universalização. Qual é esse versículo em Atos dos apóstolos? complete:<br />"Mas recebereis a ____________________________ do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis __________________________ tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos __________________________ da terra" (At 1.8). Evangelizar e fazer missões é a nossa ______________________________.<br /> <br />16- De que maneira Lucas procurou estimular aos crentes a fazerem missões? Complete:<br />Ao encerrar os Atos dos Apóstolos, deixa Lucas bem patente a todos nós que aqueles atos não foram encerrados com a ____________________ de Paulo em ____________________, mas acham-se abertos e livres para que evangelizemos e façamos _______________________ até a volta de JESUS sem impedimento algum.<br /> <br />CONCLUSÃO<br />17- Complete:<br />Tendo como ensejo o Centenário das Assembléias de DEUS no Brasil, busquemos um poderoso ____________________, a fim de que o Evangelho de CRISTO seja levado aos mais distantes rincões, quer de nosso país, quer do mundo, sem quaisquer impedimentos. Ore. Rogue a DEUS um ________________________ autenticamente ___________________________.Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-82739719190023491652011-01-03T15:59:00.000-08:002011-01-03T16:02:37.297-08:004º trimestre 2010 - Lição 13SE O MEU POVO ORAR<br /> <br />TEXTO ÁUREO<br />“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).<br /> <br /><br />VERDADE PRÁTICA<br />A oração de confissão, acompanhada de temor e humildade, exalta a bondade e a benignidade do Senhor.<br /> <br />LEITURA DIÁRIA<br />Segunda - 2 Cr 6.27 Devemos confessar o pecado a DEUS em oração<br />Terça - Tg 4.10 Devemos nos humilhar diante de DEUS em oração<br />Quarta -2 Cr 6.30,31 Devemos pedir restauração a DEUS<br />Quinta - Jo 17.21-23 Devemos pedir a DEUS unidade<br />Sexta - 2 Cr 7.14 Devemos ter certeza de que DEUS responde à oração<br />Sábado - Lc 11.10-1 Devemos ser perseverantes em oração<br /> <br /> <br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Crônicas 7.11-18<br /><br />11 Assim, Salomão acabou a Casa do SENHOR e a casa do rei; e tudo quanto Salomão intentou fazer na Casa do SENHOR e na sua casa, prosperamente o efetuou. 12 E o SENHOR apareceu de noite a Salomão e disse-lhe: Ouvi tua oração e escolhi para mim este lugar para casa de sacrifício. 13 Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; 14 e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. 15 Agora, estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar. 16 Porque, agora, escolhi e santifiquei esta casa, para que o meu nome esteja nela perpetuamente; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias. 17 Quanto a ti, se andares diante de mim, como andou Davi, teu pai, e fizeres conforme tudo o que te ordenei, e guardares os meus estatutos e os meus juízos, 18 também confirmarei o trono do teu reino, conforme o concerto que fiz com Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará varão que domine em Israel.<br /> <br />7.1 A GLÓRIA DO SENHOR. A "glória do SENHOR" refere-se a uma manifestação visível da presença e do esplendor de DEUS<br />7.12 O SENHOR APARECEU... A SALOMÃO. Ver 1 Rs 9.3.<br />7.14 SE O MEU POVO... SE HUMILHAR, E ORAR, E BUSCAR... E SE CONVERTER. O castigo que DEUS envia ao seu povo nos tempos de declínio moral, indiferença espiritual e de parceria com o mundo é a seca, a esterilidade e a peste (v. 13). A promessa de DEUS, embora originalmente feita a Israel, é de igual modo aplicável ao povo de DEUS em qualquer época, desde que este povo, uma vez sob castigo divino, satisfaça as seguintes condições para um avivamento espiritual e restauração do santo propósito e bênção de DEUS para seu povo (cf. At 3.19): <br />(1) "Humilhar-se". O povo de DEUS deve reconhecer as suas faltas, manifestar tristeza pelo seu pecado e renovar seu compromisso de fazer a vontade de DEUS. Humilharmo-nos diante de DEUS e da sua Palavra, importa em reconhecer nossa pobreza espiritual (11.16; 15.12,13,15; 34.15-19; Sl 51.17; Mt 5.3). <br />(2) "Orar". O povo de DEUS deve clamar agonizante, pedindo-lhe misericórdia, deve depender totalmente dEle e confiar nEle para a sua intervenção. A oração deve ser fervente e perseverante até DEUS responder do céu (cf. Lc 11.1-13; 18.1-8; Tg 5.17,18). <br />(3) "Buscar a minha face". O povo de DEUS deve, com dedicação, buscar a DEUS de todo o coração e ansiar pela sua presença e não simplesmente tentar fugir da adversidade (11.16; 19.3; 1 Cr 16.11; 22.19; Is 55.6,7). <br />(4) "E se converter dos seus maus caminhos". O povo de DEUS deve se arrepender com sinceridade, abandonar pecados específicos e todas as formas de idolatria, renunciar o mundanismo e chegar-se a DEUS; pedindo misericórdia, perdão e purificação (29.6-11; 2 Rs 17.13; Jr 25.5; Zc 1.4; Hb 4.16).<br />7.14 ENTÃO, EU OUVIREI... PERDOAREI... SARAREI. Quando são cumpridas as quatro condições da parte de DEUS, para o avivamento e renovação espiritual do seu povo, cumpre-se também a tríplice promessa divina do avivamento: <br />(1) DEUS desviará a sua ira do seu povo, ouvirá o seu clamor angustiado e atenderá a sua oração (v. 15). Noutras palavras, a primeira evidência de um reavivamento é DEUS começar a ouvir, do céu, a oração e responder de lá (vv. 14,15) e a manifestar compaixão pelo seu povo (Sl 85.4-7; 102.1,2,13; Jr 33.3; Jl 2.12,13,18,19). <br />(2) DEUS perdoará o seu povo, purificá-lo-á dos seus pecados e restaurará entre eles o seu favor, presença, paz, verdade, justiça e poder (cf. Sl 85.9-13; Jr 33.7,8; Os 10.12; Jl 2.25; 2 Co 6.14-18). (3) DEUS sarará o seu povo e sua respectiva terra, derramando novamente chuvas (i.e., favor e bênçãos físicas) e o ESPÍRITO SANTO (i.e., despertamento espiritual entre o seu povo e entre os perdidos, cf. Sl 51.12,13; Os 5.14-6.3,11; Jl 2.28-32)<br /> <br /> <br /> <br />RESUMO DA LIÇÃO 13, SE O MEU POVO ORAR<br /><br />COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO<br /><br />Dirigir um clamor ao Senhor que a resposta viria. Contudo, DEUS estabeleceu <br />algumas condições para que a sua bênção fosse derramada, como veremos a seguir<br />I. A NECESSIDADE DE SE HUMILHAR E BUSCAR A DEUS<br />1. DEUS é grande, o homem é limitado. <br />2. A necessidade da humildade. <br />3. A busca pela presença de DEUS. <br />II. A NECESSIDADE DE ARREPENDER-SE E CONVERTER-SE<br />1. Arrependimento. <br />2. Conversão. <br />III. AS RESPOSTAS DIVINAS ÀS ATITUDES DO POVO<br />1. “Ouvirei dos céus” (v.14). <br />2. “Perdoarei os seus pecados”. <br />3. “Sararei a sua terra”. <br />CONCLUSÃO<br />O nosso DEUS, segundo as suas riquezas, supre todas as nossas necessidades <br />em glória, por CRISTO JESUS (Fp 4.19). <br /> <br /> <br />RESUMO RÁPIDO<br /><br />O povo deveria clamar a DEUS sempre que estivesse em dificuldades, mas teria que passar por alguns pontos necessários para que DEUS os ouvisse e atendesse:<br />I. A NECESSIDADE DE SE HUMILHAR E BUSCAR A DEUS<br />1. DEUS é grande, o homem é limitado. <br />O pecar é do homem, o levantar é de DEUS. DEUS é o criador, é SENHOR, Está em toda parte, Sabe todas as coisas, Pode todas as coisas. O homem é fraco, é impotente, nada sabe do futuro, não tem poder sobre o pecado e nem sobre seu mentor: satanás. Precisamos de DEUS para tudo e devemos em tudo ser-LHE sujeito e dependente.<br />2. A necessidade da humildade. <br />A árvore boa e produtiva é aquela que se abaixa quando carregada de frutos. Devemos saber que é ao nos humilhar que somos exaltados. DEUS nos ouve em secreto e nos exalta publicamente. DEUS levanta o abatido. Convém que ELE cresça e que nós diminuamos. DEUS deve ser exalto e glorificado através de nós.<br />3. A busca pela presença de DEUS. <br />Devemos buscar a DEUS como a corça busca por água, ter sede de DEUS, desejo de estar em sua presença, separar um tempo para buscá-lo todos os dias de nossas vidas. Devemos ter sede de DEUS, fome de DEUS, anseio pela sua presença onde quer que estejamos.<br /><br />II. A NECESSIDADE DE ARREPENDER-SE E CONVERTER-SE<br /><br />1. Arrependimento. <br /><br />A condição sine qua non (“sem o qual não pode ser”) para que DEUS ouça nossas orações é que estejamos arrependidos de nossos pecados, pois eles formam uma barreira entre nós e nosso DEUS.<br /><br />2. Conversão. <br /><br />Convergir é mudar de rumo, pegar outra direção. Por que a conversão? A Bíblia diz em Jeremias 17:09: "Enganoso é o coração, mais que todas as cousas e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?" O coração humano é um coração corrupto. Teologicamente chamamos a isso de natureza pecaminosa. Todos os seres humanos, desde que viemos a esta terra, você, eu, todos, nascemos com natureza pecaminosa. Mas o que é natureza pecaminosa? É uma vontade desesperada de gostar do lixo desta vida; de gostar das coisas erradas. Com essa natureza com que nascemos, é impossível agradar a Deus; é impossível amar as coisas certas; é impossível querer estudar a Bíblia, querer seguir a Jesus, querer obedecer. É literalmente impossível! Veja o que Jeremias confirma, no capítulo 13:23: "Pode acaso o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal?" Esta é a situação do ser humano, e é por isso que é preciso uma conversão de natureza. <br />O que é conversão? <br />Primeiro, é muito importante você entender que conversão é converter-se a Alguém. Tipo meia-volta, volver! Primeiro vem o sentimento do pecado e ruína:<br />Jeremias 31:<br />19 Na verdade que, depois que me converti, tive arrependimento; e depois que fui instruído, bati na minha coxa; fiquei confuso, e também me envergonhei; porque suportei o opróbrio da minha mocidade.<br />Depois é preciso entender que seu pecado e ruína foram pagos por um substituto na Cruz, que Ele é o Cordeiro de Deus, a consumação dos cordeiros inocentes que os judeus imolavam cada vez que pecavam. Ou você Converte-se a Cristo ou não se converte a coisa alguma. É preciso se ver perdido para pedir socorro a Quem pode salvar. Como fez o carcereiro, ao perguntar a Paulo:<br />Atos 16:<br />30 E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?<br />31 E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.<br />O negócio é 8 ou 80. O que era cego, agora vê. O que estava morto, agora vive. É importante entender que Deus nos considera mortos espiritualmente antes de crermos. Qualquer tentativa de melhoria dessa natureza morta é o mesmo que maquiar cadáveres. Veja isto que foi escrito a pessoas convertidas:<br />Efésios 2:<br />1 E VOS vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.3 Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,5 Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),<br />Veja que uma das características do estado de morto era fazer a própria vontade, agir conforme seus próprios pensamentos. Esta preocupação grande com o "fazer" ao invés do "crer" é natural ao ser humano. Disso provém as religiões, sempre com longas listas de obrigações a serem cumpridas para talvez merecer um lugar no céu. Deus não pediu para fazer nada. Quer fazer a obra de Deus? Então leia isto:<br />João 6:<br />28 Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?<br />29 Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.<br />Na conversão você ganha uma nova concepção de valores. Coisas que eram importantes já não são mais. Muita gente pensa na conversão como um processo no qual você é obrigado a abrir mão de uma porção de coisas. É claro que você acaba abrindo mão de uma porção de coisas, mas é por descobrir que nem tudo o que reluz é ouro. Quando você conhece a preciosidade de Cristo, fica mais fácil discernir o que é pirita e o que é ouro.<br />Cantares de Salomão 5:<br />9 Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjuras?10 O meu amado é branco e rosado; ele é o primeiro entre dez mil.11 A sua cabeça é como o ouro mais apurado, os seus cabelos são crespos, pretos como o corvo.12 Os seus olhos são como os das pombas junto às correntes das águas, lavados em leite, postos em engaste.13 As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como flores perfumadas; os seus lábios são como lírios gotejando mirra com doce aroma.14 As suas mãos são como anéis de ouro engastados de berilo; o seu ventre como alvo marfim, coberto de safiras.15 As suas pernas como colunas de mármore colocadas sobre bases de ouro puro; o seu aspecto como o Líbano, excelente como os cedros.16 A sua boca é muitíssimo suave, sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.<br />A conversão não tira o osso que o cachorro está roendo. A conversão dá a ele um filé (então ele deixa o osso, pois achou algo melhor, mais precioso).<br />Outro ponto importante é entender que há um Caminho, não dois ou três. Veja isto:<br />1 Timóteo 1:<br /><br />15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.<br />Atos 4:12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.<br />Finalmente, há aqueles que quase aceitam a Verdade, que dizem que falta pouco para se converterem. Cuidado com o quase...<br /><br />Atos 26:<br />28 E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!<br />29 E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias. (Mário Persona).<br />III. AS RESPOSTAS DIVINAS ÀS ATITUDES DO POVO<br />1. “Ouvirei dos céus” (v.14). <br />Que maravilha! Somos ouvidos, apesar de nossa pequenez. DEUS lá nos céus nos ouve e nos responde - A oração é um diálogo.<br />2. “Perdoarei os seus pecados”. <br />É ELE que nos perdoa todos os nossos pecados e sara todas as nossas enfermidades (Is 53, Sl 103).<br />3. “Sararei a sua terra”. <br />Sarar, curar, dar vida. Aqui estão envolvidas promessas materiais e espirituais, escolha as duas, não fique só com ma.<br />CONCLUSÃO<br />O nosso DEUS, segundo as suas riquezas, supre todas as nossas necessidades em glória, por CRISTO JESUS (Fp 4.19). <br /> <br /> <br />AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio teológico<br />“O Curso do Reino na Escatologia<br />Perdão e restauração. Apesar da nota de pessimismo soada pelo exílio, há, ao longo do livro de Crônicas, raios de esperança, pois o DEUS do concerto é digno de confiança — Ele não pode negar a si mesmo. Na famosa oração de dedicação do Templo, Salomão pediu ao Senhor, quando o povo pecasse e fosse exilado: ‘Ouve tu desde os céus, e perdoa os pecados de teu povo de Israel, e faze-os tornar à terra que tens dado a eles e a seus pais’ (2 Cr 6.24,25). Claro que isto requereria arrependimento, uma mudança de coração, pelo qual o rei orou fervorosamente (6.37-39).<br />Estabelecimento eterno. As condições da restauração, claramente declaradas na oração de Salomão, estão talvez implícitas na palavra de DEUS que Natã disse a Davi na ocasião da revelação do concerto davídico. Mas a ênfase está na iniciativa graciosa de o Senhor ser fiel à palavra do concerto. DEUS disse: ‘Ordenarei um lugar para o meu povo de Israel e o plantarei, para que habite no seu lugar e nunca mais seja removido de uma para a outra parte; e nunca mais os debilitarão os filhos da perversidade, como ao princípio’ (1 Cr 17.9). O seu reino, materializado no povo de Israel e particularmente na casa de Davi, será estabelecido para sempre (v.14). Mesmo depois da divisão do reino, todos sabiam muito bem que a soberania do Senhor pelo seu servo Davi permaneceria eternamente (2 Cr 13.5)” (ZUCK, ROY B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.207)<br /><br /> <br />TEXTO ÁUREO<br />1- Complete:<br />“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se _______________________, e _________________________, e _____________________ a minha face e se _______________________ dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).<br /> <br />VERDADE PRÁTICA<br />2- Complete:<br />A oração de _________________________, acompanhada de _________________________ e humildade, __________________________ a bondade e a benignidade do Senhor.<br /> <br />INTRODUÇÃO<br />3- Qual a promessa do Senhor, ao povo de Israel (aplicável à sua igreja de todas as épocas), por ocasião da dedicação do Templo de Jerusalém, no reinado de Salomão?<br />( ) Precisaria dirigir um louvor ao Senhor que a resposta viria, quando estivessem em dificuldades, enfrentando períodos de seca e esterilidade, <br />( ) Bastaria cantar adorando ao Senhor, mesmo que estivessem em dificuldades, DEUS os ouviria.<br />( ) Bastaria dirigir um clamor ao Senhor que a resposta viria, quando estivessem em dificuldades, enfrentando períodos de seca e esterilidade, <br /> <br />4- Quais condições DEUS estabeleceu para que a sua bênção fosse derramada sobre seu povo?<br />( ) A necessidade de se oferecer sacrifícios de animais a DEUS.<br />( ) A necessidade de se humilhar.<br />( ) A necessidade de buscar a DEUS.<br />( ) A necessidade de arrepender-se.<br />( ) A necessidade de converter-se.<br /> <br />I. A NECESSIDADE DE SE HUMILHAR E BUSCAR A DEUS<br />5-Por que temos a necessidade de nos humilhar e de buscar a DEUS?<br />( ) O caminho da humildade passa pelo reconhecimento humano da infinita grandeza divina, seu imenso poder e sua glória suprema. <br />( ) O DEUS que fez o céu, a Terra e tudo o que nela há. <br />( ) O DEUS que da Terra faz o escabelo de seus pés.<br />( ) O DEUS que criou Satanás e seus demônios.<br />( ) O DEUS que mediu na concha de sua mão as águas do planeta.<br />( ) O DEUS que com seu poder sustenta todas as coisas.<br /> <br />6- O que aconteceu quando Jó questionou ao Senhor?<br />( ) Jó foi surpreendido por uma seqüência reveladora de perguntas divinas que o levaram a ter consciência da magnificência, grandiosidade e sabedoria de DEUS.<br />( ) DEUS não aceitou os argumentos de Jó e lhe respondeu com juízos.<br />( ) Ao refletir acerca da grandeza de DEUS, Jó caiu em si, reconheceu a sua limitação, arrependeu-se e submeteu-se completamente ao propósito divino para sua vida. <br /> <br />7- Complete:<br />Quando o homem tem uma noção de sua ___________________________, limites, natureza, e do quão _______________________________ e indigno é diante de um DEUS tão poderoso e santo, ele naturalmente se aproxima do Criador com humildade, porquanto sabe que é ________________________ e que são as __________________________ do Senhor a causa de ele estar de pé (Lm 3.22).<br /> <br />8- O que ocorreria no caso de haver um afastamento entre o povo e DEUS?<br />( ) DEUS se compadeceria e lhes perdoaria imediatamente por terem ajudado na construção do templo.<br />( ) Provocaria seca, fome, pragas, etc..<br />( ) O povo deveria reconhecer seu erro e desobediência aos preceitos da Lei de DEUS e se humilhar. <br /> <br />9- O que significa "Humilhar-se" diante de DEUS?<br />( ) Significa submeter-se, sujeitar-se a alguém. <br />( ) No caso do homem com DEUS, é reconhecê-lo como DEUS, Senhor, Soberano, Criador, Todo-Poderoso e reconhecer-se como criatura pecadora, indigna de estar em sua presença e carente de sua misericórdia, graça e perdão. <br />( ) É com esse espírito humilde que o homem deve achegar-se a DEUS e, assim, colocar diante dEle suas petições, a fim de ser ouvido em tempo oportuno.<br />( ) Humilhar-se significa "estar em mesma altura", próximo.<br /> <br />10- Após chegar à presença de DEUS com humildade, a recomendação divina para a restauração de seu povo é orar, suplicar e buscar a face dEle. O que envolve essa busca?<br />( ) Voltar-se para o Senhor, buscando obter novamente a comunhão que fora quebrada, e colocar diante dEle o seu pecado..<br />( ) Voltar-se para o Senhor, buscando obter novamente a comunhão que fora quebrada, e colocar diante dEle os seus desejos.<br />( ) Voltar-se para o Senhor, buscando obter novamente a comunhão que fora quebrada, e colocar diante dEle as suas dúvidas.<br />( ) Voltar-se para o Senhor, buscando obter novamente a comunhão que fora quebrada, e colocar diante dEle as suas petições..<br />( ) Voltar-se para o Senhor, buscando obter novamente a comunhão que fora quebrada, e colocar diante dEle as suas ansiedades.<br /> <br />11- Além de manter com DEUS uma conversa amena, colocar petições e pedidos diante dEle, o que é buscar a face de DEUS?<br />( ) É um desejo intenso de conhecê-Lo, estar familiarizado com sua voz e conhecer sua vontade. <br />( ) Isso demanda tempo e esforço do homem, pois muitas vezes será necessário abrir mão do conforto físico, de algum tempo de lazer e até mesmo dos próprios planos. <br />( ) É manter uma intimidade que não é quebrada nem pelo pecado.<br />( ) Nada no mundo deve ser mais valioso do que a presença de DEUS na vida do homem e sua comunhão com Ele. <br />( ) Buscar a face do Senhor e anelar a sua presença e comunhão conosco deve ser mais do que uma necessidade, mas um prazer para o crente (Sl 105.4; 42.1,2; 84.1,2).<br /> <br />II. A NECESSIDADE DE ARREPENDER-SE E CONVERTER-SE<br />12- Quando o apóstolo João fala em sua primeira carta universal que o crente ainda está sujeito a pecar (1 Jo 1.8) e que quem diz que não peca é mentiroso, o que quer ele com isso dizer?<br />( ) Isso não é um convite ao pecado, mas o reconhecimento de que o homem é, por natureza, santo, e que só estará livre para sempre do pecado no céu.<br />( ) Isso não é um convite ao pecado, mas o reconhecimento de que o homem é, por natureza, pecador, e que só estará livre para sempre do pecado no céu.<br /> <br />13- Como é o Arrependimento segundo nossa lição? Complete: <br />O arrependimento genuíno provém da ________________________ por haver pecado, desagradado ao Senhor e __________________________ o ESPÍRITO SANTO (2 Co 7.10). <br />Aquele que, de fato, se arrepende, confessa e _______________________ o erro. Não basta apenas reconhecer o erro, mas também é imprescindível que se deixe o pecado, a fim de alcançar __________________________________ (Pv 28.13). A recomendação de João é: “Não _________________________”. Todavia, para aquele que pecou, ainda existe solução: JESUS, o _______________________. Se você se arrepender sinceramente e suplicar-lhe _____________________________, Ele intercederá junto ao Pai, a fim de que você receba o perdão divino e seja ____________________________ com DEUS.<br /> <br />14- No dicionário Houaiss da língua Portuguesa, conversão é transformação, alteração de sentido ou direção. O que deseja o Senhor quando requer que seu povo “se converta de seus maus caminhos”?<br />( ) Ele deseja contínuo rumo, transformação de palavras, atitudes, pensamentos, vontades e sentimentos. <br />( ) Ele deseja mudança de rumo, transformação de palavras, atitudes, pensamentos, vontades e sentimentos. <br /> <br />15- Como o apóstolo Paulo explica este processo na vida do homem convertido ao Senhor (Ef 4.22-32; Cl 3.1-11)?<br />( ) Converter-se, na ótica bíblica, é, portanto, abandonar as práticas passadas, que não agradam a DEUS, e viver uma vida que o agrade, pautada em sua Palavra. <br />( ) É uma vida completamente nova.<br />( ) É uma vida nova, porém o pecado sempre estará fortemente atado à nova criatura..<br /> <br /> III. AS RESPOSTAS DIVINAS ÀS ATITUDES DO POVO<br />16- Quais as respostas divinas dadas ao povo, quando o mesmo se converte?<br />( ) “Ouvirei dos céus”<br />( ) "Me alegrarei no pecador".<br />( ) “Perdoarei os seus pecados”<br />( ) “Sararei a sua terra”<br /> <br />17- Quais promessas estão contidas em “Ouvirei dos céus” (v.14).? <br />( ) A primeira recompensa pelas atitudes mencionadas acima é ter suas orações ouvidas e atendidas pelo Senhor. <br />( ) O nosso DEUS responde às orações daqueles que o temem. <br />( ) DEUS jamais deixa de ouvir o pecador.<br />( ) Para esses, o seu ouvido não está agravado, mas aberto.<br /> <br />18- O que JESUS ensinou a esse respeito? Complete:<br />JESUS ensinou a respeito de um Pai amoroso que está sempre pronto a dar boas _________________________ a seus filhos e incentivou seus discípulos a pedir e buscar a DEUS, incessantemente, sem ___________________________ (Lc 11.9; 18.1-7), porque DEUS ouve e vê até o que está em ___________________________ (Mt 6.6; Jo 9.31). <br /> <br />19- A segunda resposta do Senhor ao povo seria o perdão. Quais promessas estão contidas em “Perdoarei os seus pecados”? Complete:<br />Davi conhecia a longanimidade e misericórdia divinas, porquanto havia experimentado a __________________________do perdão divino. Por isso, escreveu que o Senhor está pronto a perdoar àqueles que o invocam (Sl 86.5). A Bíblia está repleta de exemplos do perdão de DEUS, tanto para com seu povo __________________________ quanto para todos quantos lhe imploraram o perdão. Por várias vezes e para diversas pessoas, JESUS declarou: “__Perdoados__ são os teus pecados” (Mt 9.2; Lc 7.48). Através do nome de _________________________, DEUS perdoa os nossos pecados (1 Jo 2.12). Se você pecar contra DEUS, creia que: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos ___________________________________ de toda injustiça” (1 Jo 1.9).<br /> <br />20- A terceira resposta divina diz respeito ao nosso sustento. “Sararei a sua terra”. Quais promessas estão contidas ai? Complete:<br />DEUS não está preocupado apenas em _________________________ nossa alma e espírito, Ele sabe que necessitamos nos alimentar, vestir, morar, ou seja, de ter nossas necessidades básicas ___________________________. No caso de Israel, sua sobrevivência dependia de ____________________________ que regassem a terra, que produzia o fruto para a alimentação do homem e dos animais. DEUS disse a Salomão que, se o povo abandonasse os seus maus caminhos, Ele tornaria a abençoar a terra, a fim de que o ____________________________ de cada dia fosse garantido ao povo. JESUS ensinou que o Pai conhece as necessidades humanas e deseja ________________________-las (Mt 6.31,32). O Senhor cuida daqueles que o amam e o obedecem. <br /> <br />21- Qual a interpretação espiritual desta passagem: “Sarar a terra”?<br />( ) Voltando a enviar chuvas, trata-se também de uma renovação espiritual do povo e do envio do ESPÍRITO SANTO (Jl 2.28-32).<br />( ) Ainda hoje, o Senhor faz brotar rios de água viva dentro de cada um que recebe o dom do ESPÍRITO (Jo 7.37), que é seu próprio ESPÍRITO dentro do homem. <br />( ) Significa também que DEUS preservará a natureza em lugar do homem.<br />( ) Essa corrente de águas vivas flui através da vida do crente e atinge os outros com a mensagem sanadora do Evangelho. <br />CONCLUSÃO<br />22- Embora o texto bíblico desta lição fora dirigido a Israel, sua aplicação pode ser feita aos crentes de todas as épocas. Complete:<br />Portanto, Igreja de CRISTO, __________________________-se, retorne ao Senhor, _________________________-se de seus maus caminhos, busque a presença divina continuamente. O nosso DEUS, segundo as suas riquezas, supre todas as nossas ______________________________ em glória, por CRISTO JESUS (Fp 4.19). <br /> <br /> <br /> <br /> <br />A GLÓRIA DE DEUS<br />Ez 10.4 “Então, se levantou a glória do SENHOR de sobre o querubim para a entrada da casa; e encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do SENHOR.”<br /><br />DEFINIÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS. A expressão “glória de DEUS” tem emprego variado na Bíblia. <br />(1) Às vezes, descreve o esplendor e majestade de DEUS (cf. 1Cr 29.11; Hc 3.3-5), uma glória tão grandiosa que nenhum ser humano pode vê-la e continuar vivo (ver Êx 33.18-23). <br />Quando muito, pode-se ver apenas um “aparecimento da semelhança da glória do Senhor” (cf. a visão que Ezequiel teve do trono de DEUS, Ez 1.26-28). Neste sentido, a glória de DEUS designa sua singularidade, sua santidade (cf. Is 6.1-3) e sua transcedência (cf. Rm 11.36; Hb 13.21). Pedro emprega a expressão “a magnífica glória” como um nome de DEUS (2Pe 1.17). <br />(2) A glória de DEUS também se refere à presença visível de DEUS entre o seu povo, glória esta que os rabinos de tempos posteriores chamavam de shekinah. Shekinah é uma palavra hebraica que significa “habitação [de DEUS]”, empregada para descrever a manifestação visível da presença e glória de DEUS. Moisés viu a shekinah de DEUS na coluna de nuvem e de fogo (Êx 13.21). Em Êx 29.43 é chamada “minha glória” (cf. Is 60.2). Ela cobriu o Sinai quando DEUS outorgou a Lei (ver Êx 24.16,17), encheu o Tabernáculo (Êx 40.34), guiou Israel no deserto (Êx 40.36-38) e posteriormente encheu o templo de Salomão (2Cr 7.1; cf. 1Rs 8.11-13). Mais precisamente, DEUS habitava entre os querubins no Lugar Santíssimo do templo (1Sm 4.4; 2 Sm 6.2; Sl 80.1). Ezequiel viu a glória do Senhor levantar-se e afastar-se do templo por causa da idolatria infrene ali (Ez 10.4,18,19). O equivalente da glória shekinah no NT é JESUS CRISTO que, como a glória de DEUS em carne humana, veio habitar entre nós (Jo 1.14). Os pastores de Belém viram a glória do Senhor no nascimento de CRISTO (Lc 2.9), os discípulos a viram na transfiguração de CRISTO (Mt 17.2; 2Pe 1.16-18), e Estêvão a viu na ocasião do seu martírio (At 7.55). <br />(3) Um terceiro aspecto da glória de DEUS é sua presença e poder espirituais. Os céus declaram a glória de DEUS (Sl 19.1; cf. Rm 1.19,20) e toda a terra está cheia de sua glória (Is 6.3; cf. Hc 2.14), todavia o esplendor da majestade divina não é comumente visível, nem notado. Por outro lado, o crente participa da glória e da presença de DEUS em sua comunhão, seu amor, justiça e manifestações, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO (ver 2Co 3.18; Ef 3.16-19; 1Pe 4.14).<br />(4) Por último, o AT adverte que qualquer tipo de idolatria é uma usurpação da glória de DEUS e uma desonra ao seu nome. Cada vez que DEUS se manifesta como nosso Redentor, seu nome é glorificado (ver Sl 79.9; Jr 14.21). Todo o ministério de CRISTO na terra redundou em glória ao nosso DEUS (Jo 14.13; 17.1,4,5).<br />A GLÓRIA DE DEUS REVELADA EM JESUS CRISTO. Quando Isaías falou da vinda de JESUS CRISTO, profetizou que nEle seria revelada a glória de DEUS para que toda a raça humana a visse (ver Is 40.5). Tanto João (Jo 1.14) como o escritor aos Hebreus (Hb 1.3) testificam que JESUS CRISTO cumpriu essa profecia. A glória de CRISTO era a mesma glória que Ele tinha com seu Pai antes que houvesse mundo (Jo 1.14; 17.5). A glória do seu ministério ultrapassou em muito a glória do ministério do AT (2Co 3.7-11). Paulo chama JESUS “o Senhor da glória” (1Co 2.8), e Tiago o chama “nosso Senhor JESUS CRISTO, Senhor da glória” (Tg 2.1).<br />Repetidas vezes, o NT refere-se ao vínculo entre JESUS CRISTO e a glória de DEUS. Seus milagres revelavam a sua glória (Jo 2.11; 11.40-44). CRISTO transfigurou-se em meio a “uma nuvem luminosa” (Mt 17.5), onde Ele recebeu glória (cf. 2Pe 1.16-19). A hora da sua morte foi a hora da sua glorificação (Jo 12.23,24; cf. 17.4,5). Subiu ao céu em glória (cf. At 1.9; 1Tm 3.16), agora está exaltado em glória (Ap 5.12,13), e um dia voltará “sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30; cf. 25.31; Mc 14.62; 1Ts 4.17).<br />A GLÓRIA DE DEUS NA VIDA DO CRENTE. Como a glória de DEUS relaciona-se ao crente pessoalmente? <br />(1) Concernente à glória celestial e majestosa de DEUS, é bem verdade que ninguém pode contemplar essa glória e sobreviver. Sabemos que ela existe, mas não a vemos. DEUS habita em luz e glória inacessíveis, que nenhum ser humano pode vê-lo face a face (1Tm 6.16).<br />(2) A glória shekinah de DEUS, no entanto, era conhecida do seu povo nos tempos bíblicos. No decurso da história, até o presente, sabe-se de crentes que tiveram visões de DEUS, semelhantes às de Isaías (Is 6) e Ezequiel (Ez 1), embora isso não fosse comum naqueles tempos, nem agora. A experiência da glória de DEUS, no entanto, é algo que todos os crentes terão na consumação da salvação, quando virmos a JESUS face a face. Seremos levados à presença gloriosa de DEUS (Hb 2.10; 1Pe 5.10; Jd 24), compartilharemos da glória de CRISTO (Rm 8.17,18) e receberemos uma coroa de glória (1Pe 5.4). Até mesmo o nosso corpo ressurreto terá a glória do CRISTO ressuscitado (1Co 15.42,43; Fp 3.21).<br />(3) De um modo mais direto, o crente sincero experimenta a presença espiritual de DEUS. O ESPÍRITO SANTO nos aproxima da presença de DEUS e do Senhor JESUS (2Co 3.17; 1Pe 4.14). <br />Quando o ESPÍRITO opera poderosamente na igreja, através das suas manifestações sobrenaturais (1Co 12.1-12), o crente experimenta a glória de DEUS no seu meio, i.e., um sentimento da majestosa presença de DEUS, semelhante ao que sentiram os pastores nos campos de Belém quando nasceu o Salvador (Lc 2.8-20).<br />(4) O crente que abandona o pecado e que repudia a idolatria pode ser cheio da glória de CRISTO (ver Jo 17.22), bem como do ESPÍRITO da glória (1Pe 4.14); na realidade, uma das razões de JESUS vir ao mundo foi para encher de glória os crentes (Lc 2.29-32). Como salvos por CRISTO JESUS, devemos viver a nossa vida inteira para a glória de DEUS, a fim de que Ele seja glorificado em nós (Jo 17.10; 1Co 10.31; 2Co 3.18).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-17024649235378679282011-01-03T15:50:00.000-08:002011-01-03T15:56:30.420-08:004º Trimestre 2010 - Lição 12QUANDO O CRENTE NÃO ORA<br /> <br />TEXTO ÁUREO<br />“Então, aqueles homens israelitas tomaram da sua provisão e não pediram conselho à boca do SENHOR” (Js 9.14).<br /> <br />VERDADE PRÁTICA <br />A falta de oração na vida dos crentes leva-os a decisões precipitadas.<br /> <br />LEITURA DIÁRIA<br />Segunda - Jn 2.1,2 O crente deve orar na angústia<br />Terça - Jn 2.9,10 O crente que ora, DEUS responde<br />Quarta - Mt 10.16 O crente que não ora, não é prudente<br />Quinta - 1 Pe 4.7 O crente que ora é sóbrio e vigilante<br />Sexta -Js 9.14,15 O crente que não ora, se precipita<br />Sábado - Pv 12.15 O crente que não ora, não ouve conselhos<br /> <br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jonas 1.1-5,11,12,15<br /><br />1 E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: 2 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. 3 E Jonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR. 4 Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se. 5 Então, temeram os marinheiros, e clamava cada um ao seu deus, e lançavam no mar as fazendas que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso; Jonas, porém, desceu aos lugares do porão, e se deitou, e dormia um profundo sono. <br /> <br />11 E disseram-lhe: Que te faremos nós, para que o mar se acalme? Por que o mar se elevava e engrossava cada vez mais. 12 E ele lhes disse: Levantai-me e lançai-me ao mar, e o mar se aquietará; porque eu sei que, por minha causa, vos sobreveio esta grande tempestade. <br /> <br />15 E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria. <br /> <br />Jonas, o profeta fujão:<br /> <br />ATRAVESSANDO A TEMPESTADE SEM CRISTO E COM CRISTO <br /> <br />QUANDO O CRENTE NÃO ORA QUANDO O CRENTE ORA <br />JONAS (Jn 1:1-3) PAULO (At 28: 9-11) <br />Jonas fugindo de DEUS Paulo na direção de DEUS <br />Jonas negando sua chamada Paulo descobrindo sua vocação <br />Jonas escondido no porão Paulo no convés <br />Jonas desconhecido Paulo bem conhecido <br />Jonas com medo Paulo destemido <br />Jonas dormindo Paulo despertado <br />Jonas acordado pelos tripulantes Paulo tendo visão de anjo <br />Jonas forçado a dar testemunho Paulo de bom ânimo testificando <br />Jonas o motivo da tempestade Paulo, se ouvido não haveria perigo <br />Jonas que trazia a maldição Paulo era o motivo de todos estarem vivos <br />Se Jonas ficasse todos pereceriam Se paulo saísse todos pereceriam <br />Jonas desanimando a todos Paulo dando ânimo <br />Jonas jogado ao mar Paulo preservado com vida <br />Jonas deu péssimo testemunho Paulo de ótimo testemunho <br />Jonas no escuro do ventre do peixe Paulo na luz do fogo <br />Jonas clamando por perdão Paulo lançando serpente no fogo (milagre) <br />Jonas vomitado na praia Paulo curando enfermos <br />Jonas, agora você vai? Paulo viajando para seu destino <br />(Livre arbítrio pergunta para vontade própria, e agora quem manda?) <br />*Quando se está dentro da vontade perfeita de DEUS servimos de bênçãos para todos os que nos rodeiam, tanto crentes quanto descrentes. <br />*Quando estamos contra a vontade de DEUS somos como uma bomba atômica que pode explodir destruindo tudo e todos a nossa volta. <br /><br /> <br /> <br />Jonas: O profeta fujão <br /><br />O período histórico do ministério de Jonas é narrado com detalhes em II Reis 14 e 15. Ele viveu durante o reinado de Jeroboão II e, nesses tempos, a Assíria exercia seu poderio no Oriente Médio. Era uma nação cruel e era detestada por suas práticas desumanas. <br /><br />Jonas era o típico judeu que nunca entenderia como seria possível que DEUS viesse a amar os assírios. Ao contrário, ele esperava que o DEUS Javé se voltasse contra eles e os destruísse. <br /><br />A cidade de Nínive era a capital da Assíria, e quando DEUS mandou Jonas pregar àquela cidade, ele recusou-se a ir, por causa do ódio que sentia pelos assírios. Jonas é um indivíduo preconceituoso e seu livro mostra a resistência desse profeta ao propósito divino de evangelizar a raça mais cruel do mundo. E o que vamos verificar é que o inexplicável amor de DEUS para com Nínive não encontra eco no coração de Jonas. <br /><br />Foram os preconceitos de Jonas que o levaram a fugir da Missão que DEUS lhe havia ordenado. Preconceitos políticos: pois os ninivitas eram velhos inimigos de seu povo. Preconceitos raciais: os ninivitas eram gentios e não pertenciam ao povo escolhido. Preconceitos religiosos: um povo tão perverso, tão mau, tão grosseiro, não podia nem devia ser perdoado. <br /><br />Quantos hoje não são como Jonas. Quantas vezes os nossos preconceitos nos impedem de sermos úteis a DEUS. Quantas vezes os nossos preconceitos sufocam o amor às pessoas; aniquila nossa compaixão; obscurece nossa visão; seca as fontes da nossa espiritualidade e empobrece nossa mensagem. <br />Nós nos parecemos muito com Jonas. Podemos ver nele nossos preconceitos contra aqueles que não confessam a mesma doutrina, ou que pensam diferente de nós. Jonas é uma figura intrigante. Ele assiste a uma cidade inteira se converter e ao invés de se alegrar, ele se irrita. E mais do que irritado, ficou deprimido a ponto de desejar morrer. Jonas é uma figura desconcertante, mas veremos que muitos de nós agimos exatamente como ele. <br /> <br />CAPÍTULO PRIMEIRO: FUGA INÚTIL <br /><br />"... veio a palavra do Senhor a Jonas." É assim que tudo começou: um dia estava Jonas em sua casa, lá peno ano 750 AC, quando DEUS lhe disse: "Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela ... ". E aqui as coisas começam a se complicar, pois Jonas não tem a mínima vontade de ir àquela cidade. <br />Por quê? Porque Jonas conhecia muito bem Nínive e a odiava, e também conhecia muito bem a DEUS, e sabia que Ele é misericordioso e grande em benignidade (4:2) e com certeza iria dar uma oportunidade a Nínive de se converter. E como nosso profeta não quer a conversão desta cidade, e para evitar que tal acontecesse, "Levantou-se, mas para fugir da presença do Senhor, para Társis." (v. 3). <br />Se corremos os olhos pelo Mapa Bíblico, vamos observar que Nínive ficava diametralmente oposta a Társis, Nínive está no leste, Társis no oeste. Társis era o lugar mais longínquo de todo o planeta naqueles dias. A viagem para lá durava, pelo menos, um ano. <br />Lá se vai Jonas para a sua viagem rumo a Társis. Seus planos foram bem arquitetados, no entanto, vai se meter em uma tremenda enrascada. Aquela enrascada em que se envolve todos os desobedientes. <br /> <br />"Mas o Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez no mar uma grande tempestade" (v.4). DEUS, valendo-se da natureza, levanta uma tempestade para corrigir o profeta fujão. <br /><br />"Então os marinheiros cheios de medo clamavam cada um ao seu deus..." (v.5). <br />Os marinheiros conhecedores e experimentados no mar, sabem que a situação é perigosa. A sensação de medo os domina. A morte está às portas e por isso eles "clamavam cada um ao seu deus". Estes homens são pagãos e apegados a várias divindades. Contudo, enquanto eles dirigem suas preces aos seus deuses, Jonas dormia profundamente. <br />Aqui temos uma lição: no processo de fuga de DEUS, corremos o risco de nos tornarmos menos cristãos do que os pagãos. Que ironia! O único homem no navio que podia fazer uma oração de verdade ao DEUS verdadeiro, não quer orar." Ao mesmo tempo que é triste, é deveras impressionante notar que não poucas as vezes, os incrédulos que não conhecem a DEUS, manifestam mais respeito e fé em DEUS do que os próprios cristãos. <br /><br />Nos versos 6 a 10 percebemos que os marinheiros pagãos têm noção da gravidade dos atos de Jonas. "Que fizeste? Pois sabiam os homens que Jonas estava fugindo da presença do Senhor, porque lhe havia declarado". (v.10). <br />Os marinheiros sabiam que havia algo naquela tempestade, além de um fenômeno natural. Havia algo maior ali e por isso eles resolveram "Lançar sortes, para saberem por causa de que lhes sobreveio aquele mal" (v.7). <br />A sorte é lançada, "e a sorte caiu sobre Jonas" (v.7). Descobriram que o homem de DEUS era a causa da desgraça. A desobediência de Jonas estava atraindo maldição sobre todo o grupo. <br />Precisamos aprender esta lição: As pessoas que desobedecem a DEUS, não criam problemas apenas para si. Infelizmente acabam colocando os outros em suas enrascadas também. Homem de DEUS em fuga leva problemas onde quer que vai. <br />Agora algo precisa ser feito, e daí a pergunta: "Que te faremos, Jonas, para que o mar se acalme? (v.11). E a resposta foi: "Tomai-me e lançai-me ao mar e o mar se aquietará..." (v.12). Assim, Jonas assume o fato de que ele era o causa da tragédia. <br />Antes de jogar Jonas no mar, os marinheiros pagãos se entregaram novamente à oração. Agora, oram não às divindades pagãs, mas ao DEUS de Israel. Enquanto eles oram, os lábios de Jonas ainda permaneciam fechados (v.14). <br />"E levantam a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da fúria" (v.15). <br />Jonas é lançado ao mar, mas DEUS não desiste do profeta fujão e ordenou que "um grande peixe engolisse a Jonas" (v.17). <br />Poucas situações devem ter sido tão angustiosas quanto esta. Jonas está consciente. Sua esperança de continuar vivendo eram mínimas. Que lugar para encerrar a vida, logo na barriga de um peixe, lugar escuro, mal cheiroso e onde provavelmente nunca encontrariam seu corpo. Mas, embora confuso e teimoso, Jonas é um homem que conhece a DEUS. E Jonas faz a única coisa que se pode fazer em um momento de angústia. Ele se entregou à oração. <br /> <br />CAPÍTULO SEGUNDO: A ORAÇÃO NO VENTRE DO PEIXE <br /><br />"Então Jonas no ventre do peixe orou ao seu DEUS" (v.1). <br />É no ventre do grande peixe que Jonas começa a recuperar a saúde espiritual. "Na minha angústia clamei ao Senhor." (v.2). <br />Jonas começa a entender que a angústia pode ser uma expressão do amor de DEUS. A própria tragédia de ter sido "Lançado no coração dos mares" (v.3) e ter sido engolido pelo peixe, não era obra dos marinheiros, mas de DEUS. Por trás de tudo aquilo estava a mão divina. "Quando dentro em mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor ..." (v.7). <br />Quando estava para morrer, Jonas voltava seus olhos para o Senhor. Que coisa tremenda! A oração ainda é a única e suficiente resposta de que a espiritualidade continua viva. E nesse aspecto nós nos parecemos muito com Jonas. Pois quase sempre deixamos para orar em momentos de extrema dificuldades (Conferir: 1:3, 4,5,10,11,13,14). <br /><br />A oração de Jonas foi ouvida. Ele podia ser um crente fraco e remitente, mas sua confiança está em Javé e não em ídolos (v.8). É bom saber que DEUS nos ouve, apesar de nossas fraquezas. <br />"Falou, pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou Jonas na terra." (v.10). <br />O capítulo dois termina com mais uma ação soberana de DEUS. Ele ordena e o grande peixe, obediente, joga Jonas na praia. <br /> <br />CAPÍTULO TERCEIRO: PREGAÇÃO SEM COMPAIXÃO <br /><br />"Veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas... " (v.1). <br />Pela segunda vez, DEUS comissionou o profeta à sua missão de pregar aos ninivitas. Uma nova oportunidade é dada a Jonas. <br />"Dispõe-te e vai à grande cidade de Nínive ..." (v.2) A ordem é a mesma da primeira vez. E nisso aprendemos que DEUS não muda sua vontade só pelo fato de não gostarmos dela. <br />Temos a impressão de que Jonas só pregou aos ninivitas, quando enviado pela segunda vez, porque não teve outra opção. Isso porque o v.3 diz que Nínive levava "três dias para percorrê-la". E no v.4 somos informados que Jonas a percorrer só "caminho de um dia". Isto significa que o nosso profeta não completou a caminhada da cidade, demonstrando assim má vontade em sua proclamação. Tipo coisa: "Já falei o suficiente, chega". <br />"Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida." (v.4). <br />"Quarenta dias" é uma expressão que nos lembra o dilúvio (Gn 7:17). É uma expressão muitas vezes usada nas Escrituras para falar de juízo divino. <br />Jonas com seus preconceitos, odiava os ninivitas. Portanto sua mensagem não é para salvar, mas para condenar. Estava obedecendo uma ordem divina, mas sem a mínima paixão. Pregava o juízo mas sem lágrimas nos olhos. <br />Que mensagem precária a de Jonas: "Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida". Não havia unção. Não havia vibração. Não havia o óleo da graça que cura e liberta. Havia apenas o tom de condenação, e era o que ele queria. <br />Mas algo extraordinário acontece. Mesmo sendo uma pregação sem unção e sem poder, causou um impacto tremendo naquela cidade. E assim, surpreendentemente, Nínive "cidade mui importante para DEUS" (v.3) é convertida. DEUS é inquestionavelmente soberano. Mesmo que os nossos planos e projetos limitadíssimos falhem, os Dele são infalíveis. O que DEUS quer fazer, Ele faz e "ninguém pode lhe deter a mão". <br /> <br />CAPÍTULO QUATRO: AMANDO OS SECUNDÁRIOS DA VIDA <br /><br />"Com isso desgostou-se Jonas extremamente, e ficou irado" (v.1). <br />Jonas, ao invés de se alegrar, teve um extremo desgosto, por ver a cidade se converter e saber que a sentença da condenação por ele pronunciada, não seria mais aplicada a Nínive. Sua pregação foi um sucesso, mas ele não queria a graça de DEUS para aquele povo. Que mentalidade exclusivista! <br />Os preconceitos de Jonas estavam tão impregnados em seu coração, que a alegria deu lugar a ira, a ponto de entrar num processo depressivo: "Melhor me é morrer do que viver" (v.3). <br />Jonas fez uma barraca e ali ficou para "ver o que iria acontecer àquela cidade" (v.5). <br />Tão duro era o coração de Jonas, que ele ainda esperava que DEUS mudasse de pensamento e destruísse Nínive. <br />Para dar uma lição no profeta, DEUS fez nascer uma aboboreira para fazer sombra para ele. E esta planta se torna de um momento para outro o tesouro do coração de Jonas. No dia seguinte, DEUS manda um verme para ferir e matar a planta (v.7). E aquela planta que dava conforto a Jonas murchou deixando-o exposto ao sol. O que o deixou irado novamente (v.9). <br />"Tens compaixão da planta ..." (v.10). <br />Que insensatez! Jonas amava mais as coisas do que as pessoas. Conseguia chorar e se sensibilizar por causa de uma planta, por outro lado, nutria ódio pelas pessoas. <br />Jonas é um retrato de muitos hoje em dia. Hoje nossa aboboreira pode ser um carro, a casa, móveis, nosso conforto, etc. <br />Devemos nos lembrar que se pusermos o coração nas coisas secundárias da vida, não devemos esperar que a nossa alegria seja mais duradoura do que a de Jonas. <br />"Melhor me é morrer do que viver". Nisso devemos concordar com o profeta. Para quem coloca a vida num nível tão mesquinho, é melhor morrer do que viver. <br />JESUS disse: "Ajuntai tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não consomem". <br />Se o nosso coração estiver nas coisas secundárias da vida, as angústias se sucederão uma após outra, pois estes tesouros são falíveis e efêmeros. Ponhamos o nosso coração nas coisas imperecíveis e eternas. <br />"... Não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive?" (v.11). <br />Finalmente Jonas aprendeu. DEUS tem compaixão de pecadores. Por isso, foi que o comissionou para pregar em Nínive. O recado final é no sentido de que ele volte a amar as pessoas. Não coloque os preconceitos acima da salvação. Volte a amar, mesmo aquelas pessoas estranhas a sua volta. <br /> <br />EM JONAS APRENDEMOS <br /><br />1 - DEUS é soberano e sempre realiza sua vontade <br />2 - É impossível qualquer tentativa para fugir de DEUS <br />3 - Os preconceitos nos tornam sem amor pelos incrédulos <br />4 - Quando estamos em desobediência nos tornamos maldição onde quer que vamos <br />5 - Quando amamos os secundários, nossa vida se torna mesquinha e sem alegria <br />6 - O caminho da desobediência sempre nos coloca em enrascadas <br />7 - Quão apaixonadamente DEUS ama os pecadores <br /> <br />Josué e a falta de consulta a DEUS:<br /><br />Lemos isto em Js 6.20: "Quando soaram as trombetas o povo gritou. Ao som das trombetas e do forte grito, o muro caiu. Cada um atacou do lugar onde estava, e tomaram a cidade" ...conquistaram a cidade, ou como mostra o v.21, "consagraram a cidade ao Senhor". Que vitória!<br /> Agora, havia um próximo desafio à frente, lemos em Js 7.2: o próximo desafio seria a conquista de Ai. Então, Josué enviou homens para espionar essa cidade. O v.3 mostra que os homens voltaram e apresentaram o relatório para Josué. Eles disseram: "Não é preciso que todos avancem contra Ai. Envie uns dois ou três mil homens para atacá-la. Não canse todo o exército, pois eles são poucos". Aparentemente foi um conselho de zelo, de quem se preocupava com o povo. Mas DEUS não viu assim.<br /> Os homens que espionaram aquela terra, diziam: "Josué, o desafio agora é pequeno... é fichinha. A cidade é pequena... uns dois ou três mil soldados são suficientes para conquistá-la!"Veja bem, já temos experiência nisso! <br /> Então, aos olhos humanos, a pequena cidade de Ai (que significa "Ruína") não representava problema. Josué ouviu o conselho dos seus espiões, que não se cansasse todo o povo na batalha, porque uns dois ou três mil homens seria mais que suficiente... <br /> Mas que grande engano!!!... O v.4 registra que foram enviados cerca de três mil homens, mas também registra que esses três mil foram postos em fuga pelo povo de Ai... no v.5, lemos que dos três mil, 36 não voltaram, porque foram mortos... e os que não foram mortos, voltaram perseguidos e feridos durante a fuga. <br /> Que vexame! Os que foram, voltaram em fuga... vergonhosamente, viraram as costas ao inimigo, dando no pé, sendo que 36 deles foram mortos... Mas o que impressiona é que este vexame ocorre logo depois de uma grande vitória, logo depois da conquista de Jericó... que coisa: logo após a grande conquista, um terrível fracasso... logo depois da vitória, o vexame! O que aconteceu? Por que o quadro mudou tão radicalmente? Que fatores determinaram a vitória do povo de DEUS, num momento, e a derrota no outro?<br /> Quando olhamos para os movimentos que envolveram esses dois episódios, notamos que houve pequenos detalhes que produziram resultados diferentes... E esses pequenos detalhes podem nos ensinar muito sobre como permanecer em conquista naquilo que estamos investindo hoje. <br /> Houve fatores que nortearam o povo de DEUS diante do desafio de Jericó, mas que faltaram diante do desafio de Ai.... então vamos ao próximo passo: <br /> <br />SEJA DEPENDENTE DE DEUS E EXPRESSE ISTO PELA BUSCA EM ORAÇÃO. <br /><br />O primeiro fator é dependência de DEUS que se expressa pela busca em oração. Veja Js 5.14: Antes de Jericó, encontramos Josué orando... Josué está tendo experiências com DEUS... Josué está recebendo estratégias sobrenaturais... no v.15, vemos Josué tirando as sandálias dos pés pela santidade de seus momentos devocionais. <br /> <br />Agora, diante da cidade de Ai (no cap 7), não há oração, apenas ação... Não encontramos, nem Josué nem sua equipe, buscando ao Senhor. Nos v.2 e 3, apenas os encontramos fazendo contas, analisando a situação numa perspectiva absolutamente natural, absolutamente humana, e assim agem. Josué houve apenas os conselhos dos seus generais que lhe aconselham mal: Mande apenas uns 3 mil homens e será suficiente. Então, podemos constatar que lá em Jericó, o resultado foi tremendo, um milagre de DEUS, algo sobrenatural aconteceu... mas, agora em Ai, o que aconteceu foi um tremendo vexame... "foi uma vergonha!"<br />Fica para nós uma grande lição: se queremos grandes conquistas em DEUS, precisamos depender de DEUS e manifestar essa dependência através da busca em oração, caso contrário, até os desafios mais fáceis de se vencer (naturalmente falando) poderão se transformar num vexame.<br /> <br />RECEBA A ESTRATÉGIA DE DEUS E SIGA À RISCA. <br /><br />Diante do desafio de conquistar Jericó, Josué contava com uma estratégia, mas diante do desafio para tomar a cidade de Ai, não havia estratégia. Se você ler os capítulos 6 e 7 de Josué, verá isso claramente. No cap 6, do v.2 ao 5, DEUS entrega para Josué uma estratégia na mão, um plano de ação... é uma estratégia louca aos olhos humanos, é verdade - porque DEUS mandou rodear a cidade por sete dias, em silêncio, e no sétimo dia, rodeá-la sete vezes. Então os sacerdotes tocariam as trombetas e todo o povo gritaria - mas essa era a estratégia de DEUS! ...e se é de DEUS, irmão, por mais esquisito e estranho que seja, é abençoado! Portanto, Josué contava com um processo pré-determinado de ação... era seguir a estratégia de DEUS e comemorar a vitória.<br />Agora, no cap 7, já para tomar a cidade de Ai, Josué não teve estratégia alguma. No v.2, Josué simplesmente chamou três mil homens e lhes disse: "Tomem a cidade!" Josué só esqueceu de dizer pra eles "o como fazer isso"... Então o resultado foi catastrófico. <br /> <br />MANTENHA O PADRÃO DE FIDELIDADE <br /><br />Para um povo conquistador em nome de DEUS, santidade não pode ser uma opção, não pode ser um aparato ocasional, mas uma condição. Lemos aqui em Js 7.20, que foi por causa do pecado de um homem chamado Acã, que escondeu coisas condenadas em sua tenda, que toda a nação de Israel amargou uma grande derrota. Isso deve nos levar a uma profunda reflexão sobre nossa disposição de viver uma vida santa diante do Senhor e de sermos vigia por nós mesmos e, pelo nosso irmão, já que o pecado dele pode trazer prejuízo para nós também.<br /> a) Não dê brechas ao inimigo: Satanás não precisa de uma porta aberta para arrebentar com sua vida. Basta-lhe uma brecha. Acã não resistiu a uma linda capa babilônica e a vários quilos de ouro e prata que viu pelo caminho. A capa biblicamente falando significa aquilo que nos seduz: veja as duas capas de José: a que lhe foi dada por seu pai só lhe trouxe problemas. A outra que usou na casa de Potifar foi instrumento da mulher de Potifar para lhe acusar de abuso sexual. Agora é Acã que é seduzido por uma linda capa. Mais tarde, a túnica de JESUS se torna objeto de desejo dos soltados romanos.<br /> b) Não subestime o inimigo: Lembre-se sempre que a vitória vem de DEUS e não porque você é bom nisso e naquilo. Então, nestes dias, quando buscamos avançar para novos níveis de conquista, é absolutamente necessário que cuidemos do padrão de fidelidade e de santidade e que, inclusive, alcancemos novos patamares, para que o respaldo de DEUS esteja conosco. ...e há um último fator: <br /> <br />PRESERVE A UNIDADE DO POVO: <br /><br />O último fator determinante entre o fracasso e o sucesso, entre o vexame e a vitória, foi a unidade do povo de DEUS. Em Jericó, todo o povo obedeceu e participou do desafio de conquistar aquela cidade. Mas em Ai (Js 7.2), "apenas três mil" tentaram fazer o que deveria ser responsabilidade de todos. Irmãos, assim é no crescimento da igreja também. Quando queremos a multiplicação da igreja, dos seus ministérios, dos nossos alvos e desafios, precisamos do envolvimento total de cada um em cada batalha. Ou nos movemos nesse desafio como um só homem, ou vamos enfrentar baixas inesperadas<br /> <br />A precipitação de Abraão e Sara<br /><br />1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe gerava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. 2 E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva; porventura, terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.3 Assim, tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.4 E ele entrou a Agar, e ela concebeu; e, vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.<br /><br />16.2 O SENHOR ME TEM IMPEDIDO DE GERAR. Entre o povo da Mesopotâmia, o costume, quando a esposa era estéril, era deixar que a sua serva tivesse filhos com o esposo. Esses filhos eram considerados filhos legítimos daquela esposa. <br />(1) Apesar de existir então esse costume, a tentativa de Abrão e Sarai de terem um filho através da união de Abrão com Agar não teve a aprovação de DEUS (2.24). <br />(2) O NT fala do filho de Agar como sendo o produto do esforço humano segundo a carne, e não segundo o ESPÍRITO (Gl 4.29). Segundo a carne, equivale ao planejamento puramente carnal, humano, natural. Noutras palavras, nunca se deve tentar cumprir o propósito de DEUS usando métodos que não são segundo o ESPÍRITO, mas esperando com paciência no Senhor e orando com fervor. <br />O homem é sempre tendente a escolher o caminho mais curto e rápido na solução de seus problemas, mas DEUS sempre escolhe um caminho que necessite de fé para que o homem cresça em seu conhecimento.<br /> <br />Gn16.5-16 O nascimento de Ismael <br /><br />5 Então, disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti. Minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela, agora, que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos. O SENHOR julgue entre mim e ti.6 E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face.7 E o Anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.8 E disse: Agar, serva de Sarai, de onde vens e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora.9 Então, lhe disse o Anjo do SENHOR: Torna-te para tua senhora e humilha-te debaixo de suas mãos.10 Disse-lhe mais o Anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremaneira a tua semente, que não será contada, por numerosa que será.11 Disse-lhe também o Anjo do SENHOR: Eis que concebeste, e terás um filho, e chamarás o seu nome Ismael, porquanto o SENHOR ouviu a tua aflição.12 E ele será homem bravo; e a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos.13 E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és DEUS da vista, porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?14 Por isso, se chama aquele poço de Laai-Roi; eis que está entre Cades e Berede.15 E Agar deu um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que tivera Agar, Ismael.16 E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu Ismael a Abrão. <br />A escrava estava se sentindo dona da situação, ela era a abençoada (tinha um filho de Abraão), sara teria que se submeter a seus caprichos para que Abraão não a deixasse; quão enganada estava Hagar, pois Abraão é além de tudo, um esposo que ama e respeita sua esposa, prova disso, lhe dá carta branca para agir segundo sua vontade.<br /><br />16.7 O ANJO DO SENHOR. À medida que esta narrativa prossegue, torna-se claro que o anjo do Senhor é o próprio DEUS falando com Agar (v. 13; 18.1,22; Jz 6.12,14). <br />Fugida de sua senhora: Apesar de se ter comportado mal perante sua senhora, Saraí não tinha culpa de ser escolhida pela própria Sara para gerar um filho de seu esposo Abraão. <br /><br />O conselho é sempre a humilhação para posterior exaltação. <br /><br />16.11 ISMAEL. O nome Ismael significa DEUS ouve e significa que DEUS viu o modo injusto de Abrão e Sarai tratarem Agar, e que também agiu a respeito disso. Aquele nome dado antecipadamente foi um julgamento sobre Abrão, e revela que DEUS abomina toda e qualquer injustiça entre os seus. Que DEUS castigará quem cometer injustiça contra os fiéis da igreja, não deixa dúvida o NT (ver Cl 3.25). <br />16.12 CONTRA TODOS. Ismael, juntamente com os seus descendentes, seria um povo aguerrido, forte e corajoso. Sua disposição para a luta poderia ser usada na peleja espiritual, em favor de DEUS ou contra DEUS. A escolha seria dele. <br />Gn 21.17 DEUS OUVIU. DEUS sabia que era melhor que Agar e Ismael se separassem de Abraão. Nem por isso DEUS desamparou os dois, pois permaneceram na sua presença e sob seus cuidados (vv. 17-21). DEUS tinha um propósito para Ismael, paralelo ao seu propósito para com Isaque, a saber: que dele faria uma grande nação (v. 18).<br /> <br />Ismael (Gn 16.1-5,15, 16). Ler Gênesis 13.15,16; 15.18; 18.18; 22.17,18; 26.3,4; 28.3,4. <br />Filho de Abraão com Agar (Escrava egípcia), filho da prostituição consentida por sua esposa Sara, que sem fé preferiu arriscar a desgraça de sua família ao invés de crer em DEUS e esperar com paciência pelas suas promessas. Abraão sendo tentado caiu no mesmo engodo de Satanás. <br />Tg 1.13 Ninguém, sendo [tentado], diga: Sou [tentado] por DEUS; porque DEUS não pode ser [tentado] pelo mal e ele a ninguém tenta.14 Cada um, porém, é [tentado], quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; <br /> <br />Alguém explica esta contradição da Bíblia (Quem fez que Davi fizesse o censo?) DEUS ou Satanás?<br /> <br />Leia este versículo e responda quem foi que fez Davi fazer o Censo de Israel e trazer a ira contra seu povo, matando 70.000 pessoas. DEUS ou Satanás?<br />Satã provocou Davi a fazer um censo de Israel (I Crônicas 21:1). <br />DEUS sugeriu Davi a fazer um censo de Israel (II Samuel 24:1).<br />Este texto de Crônicas mostra o agente imediato da provocação, Satanás, e este texto de Samuel mostra o autorizador da provocação, DEUS. <br />Isto já aconteceu em outros textos bíblicos, isto é, a permissão de DEUS para Satanás agir, como quando DEUS permitiu Satanás afligir Jó (Jó 1-12, Jó 2-6).<br /> <br />Creio que Satanás com a permissão de DEUS tentou Davi porque este saiu fora da palavra de DEUS ao deixar de confiar em DEUS. No livro de Jó ele sem ter consciência do que estava acontecendo declarou falando de DEUS: Porque Ele faz a chaga e Ele mesmo a cura, porém ao lermos o relato sabemos que DEUS permitiu que Satanás entrasse na vida de Jó até certo ponto! Jó também saiu da palavra de DEUS? Sim, pois ele mesmo declarou: "o que eu temia me veio", Jó tinha um medo fora do normal de acontecer algo ruim com ele ou sua família, porém se confiasse em DEUS diria como Davi: "O Senhor é o meu pastor e nada me faltará" Sl 23:1! <br /> <br />O engano Gibeonita:<br /><br />Ao ficar claro que Josué havia ferido o norte de Canaã a partir do sul, e que efetivamente instalara a nação de Israel na região montanhosa central, os cananeus e outras populações decidiram pôr de lado as diferenças e formar uma só defesa contra Israel. Os heveus (horitas ou hurrianos?) de Gibeão (el-Jib), situados apenas a onze quilômetros ao sul de Betel, ficaram tão apavorados em face do que acontecera a Jericó e a Ai que tentaram uma ação diplomática ao invés de militar. Disfarçados de viajantes que vinham de muito longe, uma delegação de Gibeão foi a Gilgal - agora acampamento de Israel e persuadiu Josué a assinar um pacto de não agressão contra eles. Josué se esqueceu do principal: consultar a DEUS sobre esse importante negócio. O acordo requeria que o povo servisse a Israel como escravos (Dt 20.11 ; Js 9.15, 21,27), uma condição que embora indesejável, era definitivamente melhor que a morte. É claro que os gibeonitas eram alvos do herem, juntamente com os demais cananeus, e por isso deveriam ser destruídos (Dt 20.16,17; Js 9.24). Em vez disso, despercebido como estava Josué, o pacto teve de vigorar, e os gibeonitas com seus amigos heveus de Quefira (Te Kefireh), Beerote (Nebi Samwil?) e Quiriate-jearim (Qiryat Ye'arim) conseguiram sobreviver, e todas as vilas que ficavam nos oito quilômetros de Gibeão foram permitidas viver," (MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. Rio de janeiro: CPAD, 2001, pp.112-3.)<br /> <br />INTERAÇÃO<br /><br />Prezado professor, na lição de hoje veremos que além de orar, o crente precisa buscar a direção de DEUS e cumprir a sua vontade. Muitos oram, mas não obedecem ao Pai.<br />Jonas era um porta-voz de DEUS. Ele tinha uma vida de comunhão com o Senhor, porém quando recebeu de DEUS uma difícil tarefa, recuou e procurou fazer a sua própria vontade. O que DEUS quer que você, professor, faça em sua classe? Não recue! Tenha coragem, cumpra a missão que lhe foi determinada pelo Senhor! <br /><br />OBJETIVOS<br /><br />Compreender que precisamos orar e obedecer a DEUS.<br />Saber que quando o crente deixa de buscar a direção de DEUS ele prejudica a si próprio e aos que o rodeiam.<br />Conscientizar-se de que através da oração e do estudo da Palavra o crente é dirigido por DEUS.<br /> <br />ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA<br /><br />Professor, converse com seus alunos sobre conhecer a vontade do Pai mediante a oração. Explique que não basta conhecer a vontade de DEUS, é preciso executá-la com alegria. Depois, escreva no quadro-de-giz as frases abaixo e discuta com os alunos a respeito do crente que não ora:<br />O crente que não ora:<br />• Não cresce espiritualmente (Os 6.3).<br />• DEUS não está em primeiro lugar em sua vida (Mt 6.33).<br />• Não é submisso ao Senhor (Rm 8.28).<br />• Não reconhece a DEUS em todos os seus caminhos (Pv 3.6).<br />• Não aprende a confiar no Senhor (Sl 118.8).<br /><br /> <br />COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO<br />É necessário que o cristão esteja ciente dos efeitos <br />adversos na vida de quem é relapso nessa área. <br />I. QUANDO O HOMEM ORA, MAS NÃO OBEDECE<br />1. Jonas desobedece a DEUS. <br />2. Jonas foge da presença de DEUS. <br />3. Jonas é jogado ao mar. <br />II. DEIXANDO DE BUSCAR A DIREÇÃO DE DEUS<br />1. Josué. <br />2. Davi. <br />3. Sara. <br />III. BUSCANDO CONSELHOS EM OUTRO LUGAR<br />1. Acazias. <br />2. Saul. <br />3. Roboão. <br />CONCLUSÃO<br />A falta da oração e da busca constante pela vontade de <br />DEUS levam o homem a uma vida que prejudica a si próprio <br />e aos que o rodeiam, principalmente se este homem é um líder. <br /> <br />SINÓPSE DO TÓPICO (1)<br />A desobediência a DEUS pode trazer prejuízos a nós e àqueles que estão próximos.<br />SINÓPSE DO TÓPICO (2)<br />O crente que não busca a direção de DEUS toma decisões precipitadas; prejudica a si mesmo e aos que estão próximos.<br />SINÓPSE DO TÓPICO (3)<br />Através da oração e do estudo da Palavra o crente é dirigido por DEUS.<br /> <br />RESUMO RÁPIDO<br /><br />I. QUANDO O HOMEM ORA, MAS NÃO OBEDECE<br /><br />1. Jonas desobedece a DEUS. Jonas, talvez porque tinha condições financeiras, decidiu agir sem a dependência de DEUS. Era um profeta que confiava em sua própria capacidade, em sua própria inteligência; seu ego era maior do que sua chamada.<br />2. Jonas foge da presença de DEUS. Jonas acha a saída mais agradável para si mesmo, a saída do materialismo. Talvez estivesse querendo as riquesas do garimpo de prata de Társis. Pensava ele em se tornar independente de DEUS em seu sustento.<br />3. Jonas é jogado ao mar. Jonas era o motivo da tempestade, do desespero e da oração dos marinheiros aos seus deuses. Quem se torna trevas, se torna insípito, só serve para ser lançado fora. Para que a tempestade de DEUS passasse era preciso retirar o motivo da mesma dali. Aquele que devia abençoar o navio e seus tripulantes foi lançado fora para que o mal não os atingisse. É quando o crente se torna maldição ao invés de bênção.<br /><br />II. DEIXANDO DE BUSCAR A DIREÇÃO DE DEUS<br /><br />1. Josué. Josué se esqueceu rapidamente da direção de DEUS, dos ensinamentos de Moisés. Parece que após a grande vitória sobre Jericó se achou muito confiante em sua posição junto a DEUS e ao povo. Descobriu que não era nada sem DEUS, que não podia fazer nada sem a direção de DEUS e o poder de DEUS em operação.<br /><br />2. Davi. Davi queria se engrandecer e não dar glória a DEUS que vence todas as batalhas sem depender dos homens, mas que os usa para que ELE mesmo, DEUS, seja louvado e glorificado. Um erro clássico dos homens é querer a glória que só pertence a DEUS. 70.000 pessoas morrreram para que Davi aprendesse a se humilhar.<br /><br />3. Sara. Sarai e Abrão nào confiaram nas promessas de DEUS e decidiram dar uma ajudazinha para DEUS. Se esqueceram de que DEUS não precisa de ajuda. Pagaram caro pelo erro e ainda hoje as consequências desastrosas dessa atitude se vêem no relacionamento entre árabes se judeus.<br /><br />III. BUSCANDO CONSELHOS EM OUTRO LUGAR<br /><br />1. Acazias. Baal-Zebube era seu DEUS. A doença chegou e junto com ela veio o medo da morte.<br /><br />2. Saul. Aquele que perseguiu e destruiu a feitiçaria em israel, agora se une a ela, consultando uma feiticeira ao invés de DEUS. é o perigo da falta de comunhão com DEUS.<br /><br />3. Roboão. O rei que deu mais valor aos seus amigos de infância do que a DEUS e na experiência dos mais velhos. Pagou caro por isso. Os amigos muitas vezes nos levam a caminhos distantes de DEUS.<br /> <br />AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I<br />Subsídio Bibliológico - A Resposta de Jonas a DEUS<br />“Apesar da desobediência e presunção, o próprio Jonas experimentara a libertação misericordiosa de DEUS e recebera uma segunda chance. Quando comissionado por DEUS para ir a Nínive, Jonas fugiu na direção oposta. Quando lançado ao mar furioso e engolido por um peixe, ele teve a audácia de presumir que estava livre. Em lugar de oferecer um clamor penitencial e humilde por libertação, ele agradeceu ao Senhor por tê-lo libertado (Jn 2.1-9). Mas DEUS perseverou e comissionou novamente o profeta (Jn 2.10 — 3.2). O livro termina com um DEUS gracioso ainda tentando persuadir Jonas a pensar corretamente na sua misericórdia (Jn 4.9-11).<br />Embora Jonas, como Israel, fosse recebedor da misericórdia de DEUS, o profeta negou a mesma misericórdia para o mundo gentio. Ironicamente, estes pagãos a quem Jonas detestava por serem idolatras (Jn 2.8), mostrou mais sensibilidade espiritual do que o profeta. Jonas reivindicou temer ‘ao Senhor, o DEUS do céu, que fez o mar e a terra seca’ (Jn 1.9). Mas suas ações contradisseram o seu credo. Enquanto Jonas tentou fugir do Criador do mar através do mar, os pagãos expressaram que temiam genuinamente ao Senhor por meio de sacrifícios e orações (Jn 1.16). Em contraste com Jonas que desobedeceu à palavra revelada de DEUS e prevaleceu-se da misericórdia divina, os ninivitas responderam imediata e positivamente à palavra de DEUS e humildemente se lançaram aos pés do DEUS soberano (Jn 3.4-9)” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, pp. 467-8). <br /> <br /><br />QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 12, QUANDO O CRENTE NÃO ORA<br />RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 4º TRIMESTRE DE 2010<br />Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas. <br /> <br />TEXTO ÁUREO<br />1- Complete:<br />“Então, aqueles homens israelitas tomaram da sua _____________________ e não pediram ____________________ à boca do ______________________” (Js 9.14).<br /> <br />VERDADE PRÁTICA <br />2- Complete:<br />A falta de ________________________ na vida dos ___________________ leva-os a __________________________ precipitadas.<br /> <br />COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO<br />3- Complete:<br />Há ____________________ divinas para os que se propõem a _____________________ com regularidade e afinco; há também consequências ________________________ para aqueles que são negligentes nessa prática.<br /> <br />I. QUANDO O HOMEM ORA, MAS NÃO OBEDECE<br />4- Por que Jonas é um exemplo do crente que não quer fazer a vontade DEUS?<br />( ) Porque Jonas é um exemplo de profeta esforçado, dedicado e obediente a DEUS.<br />( ) É de se esperar que um homem chamado por DEUS dependa exclusivamente dEle para realizar o trabalho proposto. <br />( ) Como Jonas, muitos decidem por si mesmos o que fazer e o modo como fazer. <br />( ) Esquecem-se de buscar a direção do Senhor que os chamou, pois querem seguir a sua própria vontade.<br /> <br />5- Jonas tinha comunhão com DEUS, conhecia a vontade do Senhor e sabia exatamente o lugar para o qual DEUS o tinha chamado. O que fez Jonas?<br />( ) Decidiu, de boa vontade, ir para o lugar para onde DEUS o enviara, sempre na presença do Senhor.<br />( ) Decidiu, por conta própria, ir para outro lugar, longe da presença do Senhor.<br />( ) A desobediência de Jonas quase causou a morte de todos no navio. <br /> <br />6- O que aprendemos com esse episódio? Complete:<br />Através desse episódio, aprendemos que a nossa __________________________ pode trazer ________________________ àqueles que estão ______________________ de nós. Ouça e obedeça à voz de DEUS!<br /> <br />7- Jonas estava consciente da sua desobediência. O que lhe aconteceu?<br />( ) Jonas foi pregar em Társis e foi impedido por ímpios pecadores em seu intento sagrado.<br />( ) Ele sabia que a tempestade era por sua causa, por isso, não hesitou em dizer: “lançai-me ao mar”. <br />( ) Jonas tentava fugir da presença de DEUS. <br />( ) Se não fosse a intervenção milagrosa do Senhor, ele teria perecido. <br />( ) Dentro da barriga do grande peixe, Jonas clamou a DEUS. <br />( ) O Senhor que é grande em misericórdia, e está sempre disposto a perdoar, ouviu sua oração.<br />( ) Jonas teve de ir parar no ventre de um grande peixe para aprender a respeito da obediência. <br /> <br />8- Complete:<br />Pare um instante e reflita: O que é necessário acontecer em sua vida para que você se disponha a obedecer a DEUS e ter uma vida de oração? Não seja como Jonas!<br />___________________________________________________________________________<br />___________________________________________________________________________<br />___________________________________________________________________________<br /> <br />II. DEIXANDO DE BUSCAR A DIREÇÃO DE DEUS<br />9- Quando o povo de Israel estava se estabelecendo na terra que o Senhor havia prometido a seus pais, os moradores de Gibeão, com astúcia, vieram até Josué para fazer um acordo de paz (Js 9.1-15). O que fizeram Josué e os líderes do povo e quais as consequências?<br />( ) Josué e os líderes do povo cometeram um grave erro: não buscaram o conselho de DEUS.<br />( ) Assim, sem orar e buscar a direção divina, fizeram um concerto com os gibeonitas. <br />( ) Fizeram um acordo provisório de paz que durou até uma guerra que travaram em favor dos gibeonitas, logo depois.<br />( ) Essa decisão imprudente trouxe os cananeus para dentro de Israel. <br />( ) O povo de DEUS precisou entrar em guerra para honrar o pacto que havia feito fora da direção do Senhor, a fim de proteger aqueles que os haviam enganado.<br /> <br />10- Certa ocasião, Davi não consultou ao Senhor, o que fez e quais as consequências?<br />( ) DEUS o mandou fazer um censo para saber quantos soldados estavam prontos para guerrear a favor de Israel e defender Israel de seus inimigos.<br />( ) Resolveu fazer um censo. <br />( ) Talvez o rei quisesse orgulhar-se do seu poderio militar. <br />( ) Todavia, quando o censo terminou, Davi sentiu-se mal e declarou: “Muito pequei no que fiz” .<br />( ) Davi caiu em si. Então, clamou ao Senhor pedindo-lhe seu perdão. <br />( ) Quando um homem não busca a direção de DEUS, coloca-se em situações bastante desagradáveis e perigosas causando prejuízo a outras pessoas. <br />( ) A atitude errada de Davi fez com que setenta mil homens perdessem a vida.<br /> <br />11- DEUS havia prometido um filho para Abraão e Sara (Gn 15.4). O que fizeram eles durante sua espera por essa promessa? <br />( ) Sarai e Abrão consultaram ao SENHOR sobre a possibilidade de terem um filho da escrava Agar que tinha vindo com eles do Egito.<br />( ) Tendo aguardado a promessa por muito tempo, Sara foi vencida pela impaciência. <br />( ) Ela quis agir por conta própria, tentando passar à frente de DEUS. <br />( ) Sara não orou buscando a direção de DEUS ao prover um filho para Abraão através de Agar, sua serva. <br />( ) A precipitação de Sara causou-lhe uma série de problemas.<br /> <br />III. BUSCANDO CONSELHOS EM OUTRO LUGAR<br />12- Como foi o reinado de Acazias sobre Israel? <br />( ) Foi caracterizado pela iniqüidade. <br />( ) Ele abertamente destruiu todos os inimigos do DEUS de seu pai Davi, mas ao mesmo tempo servia a Baal-Zebube. <br />( ) Ele abertamente desprezou o DEUS de Davi, servindo a Baal-Zebube. <br />( ) Acazias após cair do alto de sua casa em Samaria ficou doente e recorreu a Baal-Zebube, a quem mandou perguntar se sararia de sua doença.<br />( ) Um homem que se afasta dos caminhos do Senhor chega a extremos inimagináveis, a ponto de consultar um deus sem condições de salvar ou de responder.<br />( ) Por intermédio do profeta Elias, DEUS perguntou a Acazias: “Porventura, não há DEUS em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?”( ) Acazias não temia ao Senhor e morreu em conseqüência da sua enfermidade.<br /> <br />13- Como era Saul em respeito à consulta a DEUS? Complete:<br />Após a ____________________ de Samuel, quando os filisteus se reuniram para uma batalha contra Israel, Saul resolveu consultar uma ______________________, uma __________________________, que entrava em contato com espíritos demoníacos, para saber se deveria ou não entrar na _______________________ (1 Sm 28.7,8). <br /> <br />14- Complete:<br />Mais uma vez, pode-se depreender o profundo _______________________ no qual o homem sem DEUS cai, de modo que aceita buscar conselhos em qualquer lugar, inclusive de agentes do ____________________________. Horóscopos, espiritismo, adivinhações, isso tudo é _____________________ pela Palavra de DEUS (Dt 18.9-12; Lv 19.26,31; 20.6). Através da oração e do estudo da Bíblia, o crente é dirigido por DEUS, não necessitando de nenhum outro subterfúgio para encontrar o ________________________ a seguir.<br /> <br />15- Depois da morte de Salomão, Roboão tornou-se rei. O que fez ele?<br />( ) Ele não procurou seguir o exemplo de seu pai, que pediu a DEUS sabedoria para governar. <br />( ) Roboão se arrependeu, se tornou um bom rei no início de seu reinado, pois ouviu os conselhos dos mais velhos.<br />( ) Roboão, além de não orar e de não buscar os conselhos divinos, preferiu seguir os conselhos insensatos de seus amigos.<br /> <br />CONCLUSÃO<br />16- Complete:<br />A falta da _______________________ e da busca constante pela ___________________ de DEUS levam o homem a uma vida que prejudica a si próprio e aos que o rodeiam, principalmente se este homem é um líder. Que o Senhor, em sua infinita misericórdia, nos dê forças espirituais para estar sempre aos seus pés, em oração, buscando sua ____________________ para nossa vida e para o desenvolvimento do trabalho que Ele colocou em nossas mãos. Ele está sempre disposto a ouvir e atender àquele que o busca de ______________________ (Jr 29.13).Pregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2596238244617370977.post-44738942837637753552010-12-12T03:18:00.000-08:002010-12-22T03:29:38.867-08:004º Trimestre 2010 - Lição 11<strong>A Oração que conduz ao Perdão </strong><br />12 de dezembro de 2010<br /><br />(D i a d a B í b l i a)<br /><br /><br />TEXTO ÁUREO<br /> <br />“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto” (Sl 51.10).<br /><br /> - Este é um salmo de confissão e conforme se lê no seu título, sua autoria é atribuída a Davi, e faz referência ao momento em que o profeta Natã revelou seus pecados de adultério e de homicídio. Notemos que este salmo foi escrito por um crente que voluntariamente pecou contra Deus e de modo tão grave que foi privado da comunhão e da presença de Deus. Provavelmente, Davi escreveu este salmo já arrependido, após Natã declarar-lhe o perdão divino (2 Sm 12.13). Davi roga contritamente a plena restauração da sua salvação, a pureza, a presença de Deus, a vitalidade espiritual e a alegria. A lição que nos transmite é de esperança e conforto; todos que pecaram gravemente e que estão opressos por sentimento de culpa podem obter o perdão, a purificação do pecado e a restauração diante de Deus, se o buscarem conforme a natureza e a mensagem deste salmo. A súplica de Davi, por perdão e restauração, baseia-se na graça, misericórdia, benignidade e compaixão de Deus, num coração verdadeiramente quebrantado e arrependido e, em sentido pleno, na morte vicária de Cristo pelos nossos pecados (1Jo 2.1,2). Todos os crentes precisam que o Espírito Santo crie neles um coração puro que aborreça a iniqüidade, e um espírito renovado e disposto a fazer a vontade de Deus. Somente Deus pode nos fazer novas criaturas e nos restaurar à verdadeira santidade (Jo 3.3; 2Co 5.17).<br /> <br /><br />VERDADE PRÁTICA<br /> <br />Um espírito quebrantado em oração é um poderoso instrumento para restaurar a comunhão com Deus.<br /> <br /><br />LEITURA BÍBLICA EM CLASSE<br /><br /><br />Salmo 51.1-13<br /><br />OBJETIVOS:<br /><br />Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:<br /><br />- Conscientizar-se de que o pecado afasta o homem de Deus.<br /><br />- Compreender que para obter o perdão divino é necessário reconhecer e confessar o pecado.<br /><br />- Saber que o perdão de Deus está à disposição de todos os que arrependidos confessam o seu pecado e o deixam.<br /><br /><br /><br />PALAVRA-CHAVE<br /> <br />PERDÃO<br /><br /><br />[Do grego aphensis]. Remissão de culpa, dívida ou pena = desculpa; Absolvição, indulto; Benevolência, indulgência. Interjeição: Fórmula que exprime um pedido de desculpas.<br /><br />- Nesta lição: ‘Perdoar ou remir os pecados de alguém’.<br /><br /> <br />COMENTÁRIO<br /><br /><br />(I. INTRODUÇÃO)<br /><br /><br />Sabemos que orar é conversar com Deus; oração é a comunicação com Deus. É um diálogo entre duas pessoas que se amam mutuamente: Deus e o homem. Deus está interessado em tudo o que você faz, assim sendo, Ele tem prazer na oração dos seus filhos (Pv 15.8). Comunicar-se com Deus é um dos grandes privilégios dos que se tornam filhos de Deus, assim como a Palavra de Deus, a oração é um dos elementos básicos da vida cristã. ‘Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a ele’ ( Sl 4.3). A oração é um grande privilégio. ‘Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno’ (Hb 4.16). Deus é acessível! A Bíblia afirma no Salmo 65:2: ‘Ó tu que ouves a oração! a ti virá toda a carne’. Deus está disposto a escutar e responder às nossas orações! É isso o que afirma Mateus 7.11: ‘Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?’. Davi foi um homem que certamente amava a Palavra de Deus e a oração, porém ele não era imune à tentação e ao pecado. No auge do seu reinado transgrediu a Lei do Senhor cometendo um adultério e um assassinato. Todavia, depois de ser advertido pelo profeta Natã reconheceu a sua iniqüidade e transgressão: ‘Pequei contra o Senhor’ (2 Sm 2.13). Davi trilhou o caminho que todo pecador deve percorrer para ser restaurado: arrependimento, confissão do pecado e abandono da prática. Boa Aula!<br /><br /><br />(II. DESENVOLVIMENTO)<br /><br /><br />I. O PECADO NOS AFASTA DE DEUS<br /><br />- Os começos do pecado: - A Bíblia refere-se a um evento nos recônditos mais distantes do tempo, além da experiência humana, quando o pecado se tornou realidade. Uma criatura extraordinária, a serpente, já estava confirmada na iniqüidade antes de o ‘pecado entrar no mundo’ através de Adão (Rm 5.12; Gn 3). Essa antiga serpente aparece em outros lugares como o grande dragão, Satanás e o diabo (Ap 2.9; 20.2). O diabo tem andado pecando desde o princípio (Jo 8.44; 1Jo 3.8). O orgulho (1Tm 3.6) e uma queda de anjos (Jd 6; Ap 12.7-9) também se associam a essa catástrofe cósmica. [...] Eva fora enganada pela serpente, mas Adão parece ter pecado em plena consciência (2Co 11.3; 1Tm .14). (Teologia Sistemática Pentecostal, Stanley M. Horton, CPAD, pág 267).<br /><br />1. O pecado afronta a Deus. É a maior tragédia que aconteceu com a humanidade! Pecado é a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus. As igrejas protestantes declaram que pecado é a transgressão da lei divina, ou a falta de conformidade a essa lei. Pecado é um mal específico, diferindo de todas as outras formas de mal. O pecado se relaciona com a lei; as duas coisas são correlativas, de modo que, onde não há lei, não pode haver pecado (Hb 2.14). Esta lei não é meramente a lei da razão, nem da consciência, nem da convivência, mas a lei de Deus (‘Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os’ Hb 2.14,15). O pecado consiste essencialmente na falta de conformidade por parte do homem à natureza ou lei de Deus. A Palavra de Deus ensina que, a princípio, não havia pecado e que o ser humano vivia em comunhão com Deus (Gn 1.27-31). Deus colocou o primeiro casal como ponto alto da sua criação para administrá-la e dela obter o seu sustento, alegrando-se com o que Deus fizera. Satanás, o inimigo expulso da presença de Deus, não se conformou com tanta paz e felicidade. Tentou os seres humanos para a desobediência a Deus e eles cederam à tentação. Desobedecendo a Deus, perderam a comunhão e, intimamente, já estavam separados e distantes dele (Gn 1:1-10). Deus cobrou do ser humano o seu erro, o qual não estava em comer desta ou daquela árvore, e sim em desobedecer à ordem de Deus, que especificava determinada árvore. Intimamente já afastado e escondido de Deus, o casal foi expulso da sua presença, também para que a sua condição de separação não tornasse eterna e irreversível e para que mais tarde pudesse ser salvo (Gn 3.1-24). As Escrituras diagnosticam o pecado como uma deformidade universal da natureza humana, deformidade que se manifesta em cada circunstancia particular da vida de cada pessoa (1Jo 1.8-10). Em suma, é uma mentalidade que luta contra Deus para fazer o papel de Deus.<br /><br />2. As conseqüências do pecado. Através da Palavra de Deus ficamos sabendo das conseqüências do pecado. O pecado está em todos os seres humanos e os afasta de Deus (Rm 3.23); pelo pecado veio a morte (separação) que passou para todos os seres humanos (Rm 5.12); a sua recompensa, seu resultado para todos, é a morte eterna (Rm 6.23). Podemos dizer que a morte existe sob três aspectos: morte física - separa o espírito do corpo; morte espiritual - separa o ser humano de Deus, já aqui na terra; morte eterna - aqueles que morrem separados de Deus assim permanecem na eternidade. O primeiro aspecto é inevitável, o segundo é passível de ser mudado e o terceiro é irreversível. Toda forma de pecado é uma afronta a Deus e à sua vontade e atinge também o próximo (1Co 8.12).<br /><br />3. Consciência do pecado. A experiência nos mostra que há pessoas que dizem não ser pecadoras; todos são culpados diante de Deus por causa dos seus próprios pecados pessoais, porque ‘todos pecaram’ (Rm 5. 12). Em 1Jo 1.8-10, temos a declaração de que tais pessoas estão enganadas e de que nelas não há verdade. São mentirosas e, afirmando não ser verdade o que a Palavra de Deus declara, fazem Deus mentiroso! Até que ponto vai a ousadia e a temeridade do pecador renitente: pela sua própria opinião colocar Deus na conta de mentiroso! O muro da separação torna-se cada vez mais alto e espesso e o homem mais distante de Deus. Ao pecador que não reconhece o seu pecado nem mesmo o próprio Deus pode ajudar, pois é qual o doente que não reconhecendo estar enfermo não procura o médico e não toma a medicação (Lc 5.31,32). Mas ao pecador reconhecido, ao doente desejoso de ser curado de sua enfermidade espiritual, Deus concede a graça de, na sua fidelidade e justiça, perdoar os pecados e purificá-lo de toda a injustiça. O pecador somente pode ser perdoado quando aceita a declaração da Palavra de Deus de que precisa da cura espiritual e confessa os seus pecados a Deus. Na experiência de Davi, ele reconhece que desde a sua infância possui uma propensão natural para o pecado. Noutras palavras, ele reconhece que sua própria natureza é pecaminosa. Toda pessoa, desde o nascimento, tem uma propensão egoísta para satisfazer seus próprios desejos, fazendo o que lhe apraz, mesmo que isso prejudique e cause sofrimento ao próximo (Rm 5.12). Tal inclinação só pode ser expurgada da nossa vida através da redenção em Cristo e habitação do Espírito Santo em nós<br /><br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (1)<br /><br />O pecado afronta a Deus, entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem.<br /><br /><br />II. CONFISSÃO E PERDÃO<br /><br /><br />1. Reconhecer e confessar o pecado. Quem afirma que não peca, também não precisa da eficácia salvífica da morte vicária de Cristo, e está fazendo Deus de mentiroso (Rm 3.23). Devemos reconhecer os nossos pecados e buscar em Deus o perdão e a purificação deles. Os dois resultados disso são (a) o perdão divino e a reconciliação com Deus, e (b) a purificação (i.e., remoção) da culpa e a destruição do poder do pecado, a fim de vivermos uma vida de santidade (Sl 32.1-5; Pv 28.13; Jr 31.34; Lc 15.18; Rm 6.2-14). Todo ser humano deve saber que aquele que ‘encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia’ (Pv 28.13). Reconhecer e confessar o pecado, com um coração sincero e arrependido, sempre trará o perdão gracioso da parte de Deus, a remoção da culpa e a dádiva da sua presença constante (Sm 32).<br /><br />2. Conhecendo o caráter de Deus (vv.6,16). No Salmo 24.3,4, Davi ressalta que aqueles que pretendem adorar a Deus, servi-lo e receber sua bênção devem procurar ter um coração puro e uma vida reta. Mãos limpas são mãos isentas de atos pecaminosos externos (Is 1.15; 33.15; 1Tm 2.8). Puro de coração é uma referência à santidade interior, motivos e objetivos puros. Somente os limpos de coração verão a Deus (Mt 5.8). Para ser aceitável, a oração deve ser oferecida por crentes que vivam de forma santa e justa, ou seja, com ‘mãos santas’ (1Tm 2.8).<br /><br />3. O afastamento de Deus. No Éden, a culpa e a consciência do pecado motivaram Adão e Eva a fugir de Deus. Tinham medo e constrangimento na sua presença, sabendo que tinham pecado e que estavam sob o desagrado de Deus. Na experiência vivida por Davi, este sentiu a angústia resultante da falta de comunhão com Deus. Nessa condição, tanto nossos primevos pais como Davi, viram que era impossível chegar à presença do Eterno com confiança (At 23.1; 24.16). Em nossa condição pecaminosa, também somos semelhantes a Adão, a Eva e a Davi. ‘... com toda a boa consciência’ (At 23.1); a consciência é a percepção interior que testifica junto à nossa personalidade no tocante ao certo ou errado das nossas ações. Uma boa consciência diante de Deus dá o veredito de que não temos ofendido nem a Ele, nem à sua vontade. No entanto, Deus há proporcionado um caminho para purificar nossa consciência culpada, para livrar-nos do pecado e nos restaurar à comunhão com Ele o caminho chamado Jesus Cristo (Jo 14.6). Mediante a redenção que Deus proveu através do seu Filho, podemos vir a Ele e receber o seu amor, misericórdia, graça e ajuda em tempo oportuno (Hb 4.16; 7.25a). <br /><br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (2)<br /><br />Para receber o perdão divino, o pecador deve reconhecer, confessar e abandonar o pecado.<br /><br /><br />III. A RESTAURAÇÃO DO PECADOR<br /><br /><br />1. Arrependimento e contrição. Do grego metanoeo: ‘voltar-se ao contrário’; ‘dar uma volta completa’. O crente que procura negar seu pecado ou mantê-lo encoberto ao invés de reconhecer, confessar e abandonar esse pecado, não progredirá espiritualmente. O perdão e a misericórdia de Deus estão à disposição de todos os que se chegam a Deus contritamente arrependidos (Mt 3.2). Arrependimento trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para Cristo e, através dEle, para Deus (At 8.22; 26.18; 1 Pe 2.25; Jo 14.1,6). “A oração de arrependimento de Davi permanece registrada como um testemunho emocionante do seu quebrantamento diante de Deus e como instrução para todos os que pecam. O seu arrependimento não se originou do medo de punição ou da preocupação com o sucesso futuro. Ele arrependeu-se por ter violado o próprio Deus, sua pessoa e sua natureza. Davi clamou não apenas por perdão, mas também por pureza; não só por absolvição, mas também por aceitação; não só por consolo, mas também por uma completa purificação – a qualquer custo.” (Bíblia de Estudo Plenitude - Revista e Corrigida. Editora Sociedade Bíblica do Brasil (SBB); Dinâmica do Reino – Oração; pág 565). “A próxima coisa é a contrição, o profundo sentimento de tristeza segundo Deus e humilhação de coração por causa do pecado. Se não houver verdadeira contrição, o homem voltará direto para o seu velho pecado. Esse é o problema com muitos cristãos. Um homem pode sentir raiva e se não houver muita contrição, no dia seguinte sentirá raiva outra vez. A filha pode dizer coisas indignas, ofensivas à sua mãe, e porque sua consciência lhe perturba ela diz: "Mãe, sinto muito. Perdoe-me". Mas logo há um outro impulso genioso, porque a contrição não foi profunda nem verdadeira. Um marido diz palavras agressivas à sua esposa, e então para aliviar sua consciência, compra um buquê de flores para ela. Ele não quer enfrentar a situação como um homem e dizer que errou. O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido." "Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus." Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando: Arrependam-se! Arrependam-se!" - Dwight Lyman Moody.<br /><br />2. Mudança de atitude. Note que o termo ‘arrepender’, derivado do latim (ar)repoenitere, de poeniteo, -ere, traz os significados de: não estar satisfeito com, estar descontente com, ter pesar de; Lamentar por alguma coisa feita ou dita ou não feita ou não dita; Mudar de intenção ou de idéia; Desdizer-se; Mudar de aspecto. Os termos em negrito designam bem o sentido teológico do arrependimento: metanoeo: ‘voltar-se ao contrário’; ‘dar uma volta completa’. O verdadeiro arrependimento resulta em mudança de vida. "A tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação e não produz remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte (2Co 7.10). Neste capítulo, o apóstolo se refere a outra epístola que tinha escrito antes a igreja de Coríntio, sobre certo ponto, no qual os coríntios eram culpáveis. Aqui fala do efeito que com ela conseguiu, a levá-los ao verdadeiro arrependimento. Produziu-lhes tristeza da que é segundo Deus. Isto era uma mostra que o arrependimento era genuíno. Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que ansiedade para estarem isentos de culpa, que preocupação, que desejo de ver justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito." - Charles G. Finney. O verdadeiro arrependimento implica uma mudança de opinião com respeito à natureza do pecado, e esta mudança de opinião vai seguida de uma mudança correspondente dos sentimentos com respeito ao pecado. O sentimento é o resultado do pensamento. E quando esta mudança de opinião é tal que produz uma mudança correspondente de sentimento, se a opinião é reta e há o sentimento correspondente, isto é verdadeiro arrependimento. Deve ter a opinião reta. A opinião adotada agora deve ser uma opinião semelhante a que Deus tem com respeito ao pecado. A tristeza segundo Deus, tal como Deus requer, deve proceder de um ponto de vista com respeito ao pecado como o que tem Deus.<br /><br />3. Renovação interior. Na oração de Davi, pode-se ver que o Senhor já estava trabalhando em seu interior. Note que, embora o seu coração estivesse arrasado pela vergonha e tristeza causadas pelo pecado, ele conhecia a grande extensão da misericórdia divina. Depois de confessados, perdoados e purificados os pecados, Davi não teme em pedir os dons mais seletos de Deus: a alegria, a restauração, a presença de Deus, o seu Espírito Santo. Ele, humildemente, oferece-se para ser usado como instrumento de louvor a Deus e de ensino a outros transgressores. Observe os desejos de Davi depois de confessar seus pecados e buscar o perdão de Deus:<br /><br />a) Um espírito voluntário. Se o arrependimento é genuíno há na mente do crente uma mudança consciente nos pontos de vista e nos sentimentos com respeito ao pecado. O crente será tão consciente disto como foi antes de uma mudança de vista e de sentimentos com respeito a qualquer outro tema na vida. Como se pode saber? Porque neste ponto houve uma mudança, as coisas velhas já foram abandonadas e tudo se fez novo.<br /><br />b) Ensinar os caminhos do Senhor. Assim que se sente perdoado Davi se propõe a falar sobre o quanto Deus fora compassivo e misericordioso com ele, para que mais pecadores (como ele) se convertam de seus caminhos (v. 13). Davi não se contenta em apenas desfrutar o seu perdão; ele também quer que o mundo conheça o Deus perdoador.<br /><br />c) Louvar a Deus. O arrependimento genuíno obra uma reforma na conduta. O louvor a Deus deve ser prestado de conformidade com a verdade do Pai que se revela no Filho e se recebe mediante o Espírito. Aqueles que propõem um tipo de louvor a Deus que ignora a verdade e as doutrinas da Palavra de Deus desprezam no seu todo o único alicerce da verdadeira adoração. O verdadeiro louvor ao Senhor não está em palavras ou canções, mas primeiramente na vida santa e consagrada e no testemunho do adorador.<br /><br />d) Prontidão para agradar a Deus. O hissope, uma pequena planta ou arbusto, era usado em cerimônias que exigiam o sangue espargido ou salpicado (Levítico 14:4-7; Êxodo 12:22) para retratar o perdão dos pecados. Assim Davi pediu perdão a Deus, e que o limpasse espiritualmente. O verdadeiro amor e a sincera devoção a Cristo, da nossa parte, devem proceder da plena conscientização da gravidade dos pecados cometidos no passado, do amor dEle por nós, manifesto na sua morte na cruz, e da convicção pessoal de que Ele cuida daqueles a quem perdoou. A fé sem estes princípios não perdurará.<br /><br /><br />SINÓPSE DO TÓPICO (3)<br /><br />Deus restaura o pecador que verdadeiramente se arrepende e muda de atitude.<br /><br /><br />(III. CONCLUSÃO)<br /><br /><br />“Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação" ( Rm 10.9, 10 ). A confissão de Cristo é o clímax da obra de verdadeiro arrependimento. Devemos isso ao mundo, aos nossos semelhantes cristãos e a nós mesmos. Ele morreu para nos redimir, e podemos estar envergonhados ou com medo de confessá-Lo? A religião como uma abstração, como uma doutrina, tem pouco interesse para o mundo, mas aquilo que as pessoas podem testemunhar da experiência pessoal sempre tem peso. Ah, amigos, estou tão cansado de cristianismo medíocre. Vamos nos entregar cem por cento por Cristo. Não vamos dar um som inseguro. Se o mundo quer nos chamar de tolos, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo! Dwight Lyman Moody<br /><br /><br />APLICAÇÃO PESSOAL<br /><br />Nossa fé jamais é tão completa, que chegamos ao ponto em que o coração não é mais embaraçado com dúvidas. E nosso arrependimento nunca possui tal pureza que se torna completamente isento de dureza de coração. O arrependimento é um ato que dura toda a vida. Precisamos orar cada dia por um profundo arrependimento. Em vista de tudo que dissemos, cremos que deixamos bem claro a todo leitor imparcial o fato de que os pregadores que repudiam o arrependimento são, para as infelizes almas perdidas, “médicos sem valor”. Aqueles que ignoram o arrependimento estão pregando “outro evangelho” (Gl 1.6), e não o evangelho que Cristo (Mc 1.15; 6.12) e os apóstolos pregavam (At 17.30; 20.21). O arrependimento é um dever apresentado no evangelho. Aqueles que nunca se arrependeram ainda estão presos nos laços do Diabo (2 Tm 2.25-26) e acumulam contra si mesmos ira para o dia da ira de Deus (Rm 2.4-5). “Se, portanto, os pecadores querem fazer melhor uso dos meios da graça, devem tentar harmonizar-se com o propósito de Deus e as influências do Espírito Santo, empenhando-se por perceberem seu estado pecaminoso, culpado e condenatório. Para isso eles devem abandonar as companhias vãs, descartar seus interesses mundanos e ordinários, deixar tudo que tende a mantê-los seguros no pecado e abafar as ações do Espírito. Para isso eles devem ler, meditar e orar, comparando-se a si mesmos com a santa Lei de Deus, tentando ver a si mesmos como Deus os vê e atribuindo a si mesmos o juízo que Deus lhes atribui. Assim, poderão dispor-se a aprovar a Lei, admirar a graça do evangelho, julgar a si mesmos, aplicar humildemente a todas as coisas a graça gratuita de Deus e retornar a Deus por meio de Cristo” (citado de Joseph Bellamy, 1719-1790). Um antigo teólogo dizia: “Olhe para a cruz, até que tudo que está na cruz esteja em seu coração”. E acrescentou: “Olhe para Jesus, até que Ele olhe para você”. Olhem com firmeza para a sua Pessoa sofredora, até que Ele pareça estar volvendo sua cabeça e olhando para você, assim como o fez com Pedro, que saiu e chorou amargamente. Olhe para Jesus, até que você veja a si mesmo. Lamente por Ele, até que lamente por seu próprio pecado... Ele sofreu em lugar, em favor e em benefício de homens culpados. Isso é o evangelho. Não importa o que os outros preguem, “nós pregamos a Cristo crucificado” (1 Co 1.23). Sempre levaremos a cruz na vanguarda. A essência do evangelho é Cristo como substituto do pecador. Não evitamos falar sobre a doutrina do Segundo Advento, mas, antes e acima de tudo, pregamos Aquele que foi traspassado. Isso levará ao arrependimento evangélico, quando o Espírito de graça for derramado.<br /><br />EXERCÍCIOS<br /><br /><br />1. De acordo com a lição, defina pecado.<br /><br />R. É a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus.<br /><br /><br />2. Quais as conseqüências do pecado de acordo com os relatos de Davi?<br /><br />R. Entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem.<br /><br /><br />3. De acordo com o Salmo 32, o que o pecador deve fazer para receber o perdão de Deus?<br /><br />R. Reconhecer, confessar e deixar o pecado.<br /><br /><br />4. Qual o resultado do verdadeiro arrependimento?<br /><br />R. Mudança de vida.<br /><br /><br />5. Qual é a característica mais marcante de um homem perdoado por Deus?<br /><br />R. A prontidão em agradar a Deus.<br /><br /><br />BIBLIOGRAFIA PESQUISADA<br /><br /><br />- Lições Bíblicas 4º Trim. Livro do Mestre CPAD (http://www.cpad.com.br);<br /><br />- Max Lucado, "A Grande Casa de Deus" – Rio de Janeiro: CPAD, 2001;<br /><br />- A Oração de Jesus, Hank Hanegraaff, 1ª edição - 2002, Rio de Janeiro, CPAD;<br /><br />- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;<br /><br />- Bíblia de Estudo Plenitude - Revista e Corrigida. Editora Sociedade Bíblica do Brasil (SBB); Dinâmica do Reino – Oração; pág 565;<br /><br />- Bíblia de Estudo Genebra. São Pulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;<br /><br />- BIBLIA TEB, Edições Loyola, 1ª edição;<br /><br />- (HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1).<br /><br />- Teologia Sistemática De Hodge - Charles Hodge, Hagnos;<br /><br />- Teologia Sistemática Pentecostal, Stanley M. Horton, CPAD;<br /><br />- BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007, p.29;<br /><br />- HUGHES, R. Kent. Disciplinas do Homem Cristão. 3. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004;<br /><br />- SOUZA. Estevam Ângelo. Guia Básico de Oração. Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2002;<br /><br />- GEORGE, Jim. Orações Notáveis da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.<br /><br />- GONÇALVES, José. Davi: As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009;<br /><br />- CARVALHO, César Moisés. Davi. As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, pp. 147-8;<br /><br />- COELHO, Alexandre. Davi. As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, pp. 168-72;<br /><br />- Arrependimento é Deixar o Pecado por Dwight Lyman Moody. http://www.monergismo.com/textos/arrependimento/moody_arrependimento.htmPregador da Palavra de Deus, Redator da Revista Visão Missionária e Professor da EBDhttp://www.blogger.com/profile/06104791710442379585noreply@blogger.com0