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1º Trimestre - 11 Lição - Características de um Autêntico Líder



Texto Áureo: II Co. 11.2 Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.

Leitura Diária
Segunda - Ef 5.18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;

Terça - II Co 1.1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia.

Quarta - II Co 2.4 Porque em muita tribulação e angústia do coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho.

Quinta - II Co 4. 1,16
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.

Sexta - II Co 6.8 Por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros;
9 Como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos;
10 Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.

Sábado - I Co 11.1 Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.

Leitura Bíblica em Classe: II Co. 10.12-16; 11.2,3,5,6.
12 Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.
13 Porém, não nos gloriaremos fora da medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós;
14 Porque não nos estendemos além do que convém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo,
15 Não nos gloriando fora da medida nos trabalhos alheios; antes tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra,
16 Para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que estava já preparado.
II Co 11.2,3,5,6.
2 Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
3 Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
5 Porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos.
6 E, se sou rude na palavra, não o sou contudo na ciência; mas já em todas as coisas nos temos feito conhecer totalmente entre vós.

Introdução
Muitos querem ocupar posição de liderança, mas não se dispõem a permanecer sob a direção divina. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do valor da liderança cristã autêntica. Os falsos apóstolos dos tempos de Paulo eram também falsos líderes. Veremos que Paulo, na demonstração do seu amor e dedicação à igreja, sem interesses financeiros, é um exemplo de líder autêntico. Ao final, denunciaremos, a partir da epístola em foco, os falsos líderes que se aproveitam, como aqueles, da igreja do Senhor.

Ler versiculo; II Co 11.7 - Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fósseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus?

Significado de Líder

s.m. e s.f. Pessoa de maior evidência em um partido político, numa coletividade ou comunidade; comandante; dirigente.
Desp. Concorrente que se encontra à frente de uma competição etc.

I. OS DESAFIOS DO APOSTOLOLADO PAULINO

1. O desafio da oposição

O evangelho de Jesus Cristo, para aqueles dados à mera racionalidade, não passa de loucura. Os falsos apóstolos queriam transformar o evangelho numa espécie de filosofia, um sistema racional, que fizesse sentido para os intelectuais. Em oposição a esses, Paulo pede aos irmãos que suportem mais sua loucura (II Co. 11.1). É nessa loucura que o Apóstolo demonstra seu zelo, não dele mesmo, mas de Deus, que o capacita a desejar apresentar a igreja como virgem pura ao esposo, a saber, Jesus Cristo (II Co. 11.2). Mas é preciso ter cuidado para que a igreja não seja enganada, com as falácias humanas e satânicas, com as quais Eva fora ludibriada (II Co. 11.3; Gn. 3.1-7,13). A mente cristã precisa estar alicerçada no evangelho de Cristo, para não ouvir outro evangelho, diferente daquele que os apóstolos pregaram (II Co. 11.4; Gl. 1.6-9).

2. O desafio do orgulho

Significado do Orgulho é um sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal. Em Português a palavra Orgulho pode ser vista tanto como uma atitute positiva como negativa dependendo das circunstâncias. Assim, o termo "pode" ser empregado de manieira errada tanto como sinónimo de soberba e arrogância quanto para indicar dignidade ou brio.

Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. Ele deve existir, como forma de elogiar a si próprio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida mais amplo e melhor. O orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentação, soberba, sendo visto apenas então como uma emoção negativa: a Arrogância.

Algumas igrejas evangélicas parecem ter vergonha da mensagem da cruz, Paulo, ao contrário, não se glória de outra revelação, senão esta, a de que Jesus morreu pelos pecadores. A esse respeito, ele não tinha motivo de se considerar inferior aos falsos apóstolos que pregavam doutrinas enganadoras entre os coríntios (II Co. 11.5). Isso porque o conhecimento de Paulo não advinha do raciocínio humano, mas do mistério de Deus revelado em Cristo (Cl. 1.26,27; Ef. 1.9; 3.1-6), os adversários de Paulo não tinham essa compreensão (II Co. 11.6; I Co. 1.2.10-13; At. 20.27).

3. O desafio do respeito aos limites e da autoglorificação.

Falando de limites, independente de quais sejam: dos adolescentes, da velocidade, do uso da bebida alcoólica, das drogas, das leis, esbarra-se sempre no respeito. Talvez não confiemos na possibilidade de que um limite seja a resposta para nossos problemas na educação, nos relacionamentos, pois nós mesmos não nos damos limites. Somos auto-indulgentes, auto-piedosos, sempre prontos a nos perdoar e a culpar os outros ( o problema-o inferno, segundo Sartre, são os outros). Isso fica transparente no que diz respeito às leis, onde não vemos vantagens dos limites para nós mesmos, só para os outros.
Os antigos viam o limite como a capacidade de auto-domínio, de controlar as emoções, de viver o meio-termo. Isso, permanece até hoje, se pensarmos de maneira ética. Todo limite é uma experiência que se forma na relação com o outro. Nesse espaço entre o "eu" e o "outro" o que entra é o RESPEITO.
Se o limite é a experiência que permite saber até onde se pode chegar, a dor protetora que permite saber aonde não se deve ir, o respeito é a única de todas as experiências que não pode ter limite.
Porque o respeito é o modo de olhar o outro como algo positivo, ver alguém que mesmo sendo próximo, carrega dentro de si algo que não pode dizer de si mesmo, e portanto é para mim, intócavel.
A ausência de respeito pelo outro, e essa existe, é caracterizada pela figura do perverso, o anti-social. Ele, o perverso, é aquele que por algum motivo rompeu com o limite. Ele vive da crença de que é capaz de submeter o outro. No entanto, mesmo quando detrói o outro, não deixa de enganar à si mesmo. Ele vive da crença de que tomou posse de sua vítima, mas é apenas uma crença. O perverso, em momento algum, mesmo não respeitando sua vítima, chegará ao âmago daquela pessoa.
Porque, na verdade, o limite é, no fundo, o lugar inatingível de cada um.

II AS MARCAS DE UMA VERDADEIRO LIDER

1. O compromisso de Paulo diante da Igreja e de Deus

2 Coríntios 11:1-6
Paulo justifica sua loucura! Na segunda metade deste capítulo, ele usará alguns argumentos que normalmente não empregaria. Aqui, ele explica o motivo. Ele estava agindo por amor aos coríntios, fazendo tudo para evitar que eles caíssem no engano de falsos apóstolos.

**Obs.: A "loucura" de Paulo. Quando homens carnais começaram a comparar pessoas, Paulo ficou para trás. Outros eram mais eloqüentes ou mais polidos do que Paulo. Ele disse, ironicamente, que ele era louco e os próprios coríntios sábios (1 Coríntios 4:10). É claro que não era o caso. Em 1 Coríntios 2:16, ele disse que tinha a mente de Cristo. No início de 1 Coríntios 3, chamou os coríntios de crianças carnais. Do mesmo modo, ele criticou as pessoas que se julgavam sábias, dizendo que devemos nos gloriar exclusivamente no Senhor (2 Coríntios 10:12,17-18). Paulo não era louco, mas considerou qualquer defesa baseada nos feitos humanos um tipo de loucura. Assim, ele respondeu com esse tipo de argumento em 1 Coríntios 4:10-13 e usará a mesma abordagem em 2 Coríntios 11:21-29.

O zelo de Paulo destaca a importância de nos manter puros, e de ajudar outros a fazerem o mesmo. Paulo procurava proteger os coríntios de falsos mestres para apresentar a noiva como virgem ao seu verdadeiro esposo, Cristo.

**Obs.: A noiva de Cristo. Paulo emprega aqui uma ilustração muito comum para descrever o povo de Deus. Desde o Velho Testamento, a relação entre Deus e seu povo foi comparada ao noivado e ao casamento. No Novo Testamento, encontramos a mesma figura em vários livros (Sugestão para seu próprio estudo: faça uma lista de passagens que usam a figura de casamento para descrever esta relação espiritual). Dessa figura, vêm diversas aplicações: a pureza da noiva (aqui), o amor do marido e a submissão da mulher (Efésios 5:22-33), o problema de adultério espiritual (o livro de Oséias; Ezequiel 16); o adorno da noiva para o casamento (Apocalipse 21:2), etc.

2. Paulo se interessa, antes de tudo, pelo bem-estar espiritual da Igreja.

II Co 11:7-15
Ao invés de se exaltar como outros, especialmente os falsos apóstolos (tais apóstolos-11:5), Paulo tinha se humilhado para servir. Viveu humildemente. Não pediu dinheiro aos coríntios, mesmo passando privações.

**Obs.: "Despojei outras igrejas..." (8-9). Paulo recebeu seu sustento de outras congregações. Ele não se fez pesado aos coríntios. Ele não viu o trabalho com uma igreja como "negócio" para lucrar materialmente e, sim, como serviço e sacrifício. Ele precisava de sustento, é claro, e o recebia de outras congregações. Especificamente, ele cita ajuda recebida da Macedônia durante seu tempo em Corinto. Da mesma forma, evangelistas hoje podem ser sustentados por igrejas (veja 1 Coríntios 9:11-15). Como aqui, o sustento deve ser enviado diretamente da igreja ao pregador (Filipenses 4:15-17). Não há nenhuma autorização nas Escrituras para criar ou manter algum tipo de sociedade missionária, nem de elevar uma congregação acima de outras como matriz ou igreja patrocinadora.

A humildade de Paulo não reflete falta de confiança em relação à sua mensagem ou à sua missão (10).

Por qual razão Paulo confrontaria esses falsos apóstolos? Para destruir vidas e mostrar falta de amor? De modo algum! Ele entrou nesta batalha espiritual para poupar os amados coríntios dos estragos e da perdição que os falsos mestres trazem.

**Obs.: O aspecto polêmico do nosso serviço. Qualquer servo fiel a Deus terá que enfrentar os inimigos da cruz, e devemos nos preparar para tais confrontos (1 Pedro 3:15). Nunca devemos esquecer que são batalhas espirituais (2 Coríntios 10:3-6) e que o propósito não é a destruição das pessoas que se opõem a nós, e sim a salvação das mesmas. O nosso foco não deve ser na batalha em si, mas nas pessoas que queremos extrair dos erros perniciosos do Maligno (2 Timóteo 2:24-26).

Satanás e seus servos se apresentam como anjos de luz, como se fossem apóstolos de Cristo e ministros de justiça. Uma das maiores armas do diabo é a sua astúcia. Ele vende a corrupção e a morte, mas em embalagens atraentes que parecem inocentes. Os servos do diabo são, muitas vezes, pessoas simpáticas e prestativas que parecem tão sinceras que outras pessoas são facilmente enganadas por elas. Temos de lembrar que o próprio Satanás se apresenta como anjo de luz, e os seus servos são lobos vestidos como cordeirinhos.

3. Paulo colocou o ato de servir acima dos interesses pessoais

II Co 11:16-33
Este trecho é exemplo da "loucura" de Paulo. Na verdade, ele jamais se defenderia com argumentos carnais, tentando se exaltar. O ponto que ele quer ensinar aqui é simples: Se os servos de Deus tivessem direito de se gloriar, como os falsos apóstolos entre vocês fazem, eu poderia me defender muito bem. Mas, de fato, não temos direito de nos exaltar. A tolerância dos falsos mestres levará vocês à escravidão espiritual.

Os argumentos da loucura de Paulo:

(1) A sua genealogia: de pura linhagem dos judeus.

(2) O seu trabalho: ministro de Cristo que sofria muito por causa da sua fé.

(3) Preocupação com as igrejas: um peso até maior do que o sofrimento físico.

Paulo não se gloriou nestas coisas. A única coisa dele que deu motivo para se gloriar foi a sua própria fraqueza. Quando enfrentou perseguições intensas, foi Deus que deu livramento. A fraqueza de Paulo, até a sua incapacidade de se defender, destacou a grandeza de Deus e seu poder (veja 10:17). Este é o tema do início do capítulo 12.

**Obs.: Como precisamos de homens como Paulo hoje! É triste observar a falta de humildade entre supostos servos de Cristo. Homens procuram se glorificar, e exaltam uns aos outros, mesmo no contexto de igrejas e trabalhos espirituais. Cultos especiais para honrar homens, destaque dado a alguns por causa de sua formação teológica, exaltação de pessoas que têm conquistado bens materiais ou posição social e o uso de líderes políticos como convidados especiais são exemplos da carnalidade que Paulo rejeitou e condenou. Um dos aspectos tristes dos desvios de igrejas e pessoas "religiosas" é o esquecimento das qualidades que Deus quer na vida de todos os cristãos (leia Gálatas 5:22-23; 2 Pedro 1:3-11), nos evangelistas (1 Timóteo 4:12-16), nos diáoncos (1 Timóteo 3:8-13) e nos presbíteros/pastores/bispos (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Alguns destes trechos falam sobre habilidade e talento, mas a grande ênfase está no caráter, nas atitudes e na conduta das pessoas. Paulo não confiou nas coisas que ele trouxe a Cristo, mas no que Cristo fez para ele, transformando a sua vida.

**Obs.: O cuidado de Paulo para com as igrejas (versículos 28 e 29). Entre os pesos que ele suportava, Paulo achou mais difícil o peso de preocupação com as igrejas. Ele não está reclamando sobre o trabalho em si, nem o cansaço que ele sentia. Ele tinha tanta compaixão que realmente sofria com as pessoas. Paulo sentiu as fraquezas e escândalos dos irmãos em vários lugares, como se ele mesmo estivesse passando pelos mesmos problemas.


III. PAULO, UM LÍDER SEGUNDO A VONTADE DE DEUS

Repete a lição 7 -

Os líderes nascem no seio da igreja, e não necessariamente, necessitam de uma formação acadêmica. O que importa realmente é a vida reta, santa e digna de ser imitada pelos demais da congregação. São levantados com duas missões principais, são elas:

a) Preparar os eleitos para uma vida segundo a vontade de Deus, produzindo frutos dignos de arrependimento.
“Foi ele quem “deu dons às pessoas”. Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja. Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo”. Ef 4.11,12

b) Pregar a verdade da salvação a todos.
“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”. 2Tm 2.2

Os que ocupam cargos de liderança (em qualquer área da igreja), precisam viver a verdade do evangelho, na autoridade e poder do Senhor. Que sejam pessoas que creiam incondicionalmente na Bíblia e aceite o mover do Espírito Santo em toda a sua amplitude, que jamais queiram limitar o Senhor à Palavra, mas, que tenha consciência que Ele é o Senhor da Palavra e que vai além da revelação já existente.

Qualidades presentes na vida dos verdadeiros líderes:
1- Chamados por Deus:
”O SENHOR disse a Moisés: —Mande chamar o seu irmão Arão e os filhos dele, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Separe-os do povo de Israel para que me sirvam como sacerdotes.” Ex 28.1
”Em nós não há nada que nos permita afirmar que somos capazes de fazer esse trabalho, pois a nossa capacidade vem de Deus.” 2Co 3.5

O Chamado vem do Senhor, que capacita os Seus servos a desempenharem as funções para as quais foram comissionados. A preocupação do escolhido do Senhor deve restringir-se apenas em santificar-se e buscar a sensibilidade para ouvir o Espírito.

2- Comissionados por Cristo:
“Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos”. Mt 28.19,20

Os escolhidos para a manifestação do evangelho do Senhor precisam receber a autoridade que é dada pelo Senhor. É ouvir o Ide!

3 – Enviados pelo Espírito Santo:
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.” At 13.2-4

Sem a confirmação e a direção do Espírito Santo, o líder não tem autoridade para tomar decisões próprias. É preciso ser sensível à voz do Espírito e esperar o momento certo para agir.

4 – Sensíveis à voz de Deus:
“Jesus afirmou: —Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu”. Mt 13.17
“Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi”. At 8.26

A habilidade de liderar não está na sabedoria humana, mas, na capacidade de ouvir e obedecer à orientação que vem dos céus. É totalmente possível a uma pessoa simples ser poderosamente usada pelo Senhor na manifestação do seu poder. O compromisso com o Senhor deve ser vista por todos.

5- Cheio de Fé:
“Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” Rm 1.17

A perseverança na fé é uma virtude do líder segundo o coração de Deus. Pois, no curso da caminhada, dificuldades surgirão e é preciso está alicerçados, plena confiança para vencer as adversidades. Veja o exemplo de Abraão: Gn 12.1-20; 17.1-27; 22.1-19

6- Exemplos vivos de Cristo:
“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” 1Co 11.1

Os líderes precisam refletir a imagem do Senhor, para que seus liderados o veja como exemplo digno de imitação. É preciso um comportamento digno, palavras sábias e ações santas. Paulo declarou-se como digno de ser imitado.

7- Homens e mulheres de caráter:
“O bispo deve ser um homem que ninguém possa culpar de nada... É preciso que o bispo seja respeitado pelos de fora da Igreja, para que não fique desmoralizado e não caia na armadilha do Diabo. Do mesmo modo, os diáconos devem ser homens de palavra e sérios... Primeiro devem ser provados e depois, se forem aprovados, que sirvam a Igreja. A esposa do diácono também deve ser respeitável e não deve ser faladeira. Ela precisa ser moderada e fiel em tudo.” 1Tm 3.1-13

Paulo faz uma descrição das qualidades que devem estar presentes na vida do líder. É preciso que seja maduro e demonstrar um caráter ético e aprovado por todos.

8- Cheios de humildade:
“Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte—morte de cruz.” Fp 2.5-8

O maior exemplo de humildade que temos, é o de Cristo Jesus. Ele, obedeceu, fez a obra e pagou um alto preço.

9- O líder ouve os liderados e aprende com eles:
“Encontrei em Davi, filho de Jessé, o tipo de pessoa que eu quero e que vai fazer tudo o que eu desejo.” At 13.22

Davi foi um rei sensível a Deus, líder humilde que aceitava as repreensões e os conselhos que procediam dos profetas. É sábio ouvir as pessoas, mesmo que as sugestões não sejam as melhores.

10- Segundo o coração de Deus:
“Então, os homens de Israel disseram a Gideão: Domina sobre nós, tanto tu como teu filho e o filho de teu filho, porque nos livraste do poder dos midianitas. Porém Gideão lhes disse: Não dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós; o SENHOR vos dominará.” Jz 8.22,23

Alguns são líderes natos; mas, o líder sábio deposita nas mãos do Senhor as suas tarefas e sensíveis ao Espírito Santo, age segundo a Sua orientação.

11- Vida de orações e jejuns:
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.” At 13.2-4

A vida de oração e jejum possibilita ao líder comunhão íntima com o Senhor e a possibilidade de ouvir e ser orientado literalmente pelo Espírito de Deus. É um governo “teocrático”.

12- Sonhos, visões, profecias, revelações, etc:
“Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las.” 1Co 12.4-10

Crer e viver o sobrenatural do Senhor é uma condição na vida de um líder segundo o coração de Deus.

13- Milagres, sinais e maravilhas:
“Homens de Israel, escutem o que eu vou dizer. Deus mostrou a vocês que Jesus de Nazaré era um homem aprovado por ele. Pois, por meio de Jesus, Deus fez milagres, maravilhas e coisas extraordinárias no meio de vocês, como vocês sabem muito bem.” At 2.22

Os milagres e sinais são para nossos dias, devemos encará-los como a manifestação do poder de Deus, indispensável para a edificação de vidas.

14- Unidade dos liderados:
“Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” At 1.14

Uma das qualidades do líder é reunir os irmãos num só pensamento, numa só direção e isto só é possível, quando há o mover do Espírito Santo da vida.

15- Intrepidez, coragem:
“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus.” At 4.13

A nossa coragem e sabedoria nas ações precisam demonstrar que andamos com Cristo.

Mas, a maior qualidade do líder, não importa qual a classe de liderança (seja: pastor, presbítero, diácono, professor, diretor de associações, etc.), inquestionavelmente é a condição de cheios do Espírito Santo. As ações e atitudes serão bênção.

CONCLUSÃO

Tanto Paulo quanto Tito, pelo que se pode perceber na carta, já tinham como certo, assim como o temos hoje, que o povo não está naturalmente apto a peencher os requisitos esperados de um observador da lei de Deus, nem mesmo das leis humanas. Os próprios líderes da época, não diferentemente dos de hoje, tinham que ser escolhidos a dedo, face à carência de valores morais adequados, já existente, assim como hoje. Alí já se encontravam os famigerados exploradores da boa fé das pessoas, com o intuito único de angariar “lucro ilícito” pela propagação de ensinamentos falsos e diversos do verdadeiro Evangelho. As advertências que Paulo faz a Tito, são para que cale tais vozes, através da repreensão dos seus possíveis ouvintes, para não serem levados por tais ensinamentos e doutrinas criados por homens “desviados da verdade”.

Como entraremos nós nesta luta contra a natureza enganosa dos nossos próprios corações? Como calar os que desviam os incautos? Como praticar as claras instruções de Paulo a Tito nos dias de hoje? Eis o desafio do teólogo, do líder, de cada crente que se sente chamado a proclamar o Evangelho do Reino de Deus.

Aprendemos que o líder autêntico é aquele que tem o objetivo de servir a Deus em qualquer circunstância. É aquele que comanda e orienta os seus liderados, buscando sempre enfrentar os desafios encontrados no dia a dia.

Enquanto que, os falsos líderes, são aqueles que buscam seus próprios interesses, pois não são vocacionados por Deus.

Por isso, Paulo enfrentava seus opositores bem como os falsos ensinos e doutrinava a igreja do Senhor. (II Co 9:2; II Co 11:2; Fp. 4:13).

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