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Lição 1 - A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO


LIÇÃO 01 - A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO


Comentários sobre a 01 Lição.

A primeira Epístola de João é um discurso sobre os princípios doutrinários e práticos do cristianismo. A intenção evidente é refutar algumas heresias , especialmente contra aquelas que rebaixam a Deidade de Cristo (I Jo 1:1-4;2:18-28;4:1-8) a realidade e o poder de sua morte como sacrifício expiatório; também, contra o que se afirma, que os crentes não devem obedecer aos mandamentos uma vez salvos pela graça. Esta epístola também estimula a todos os que professam conhecer a Deus a que tenham comunhão com Ele ( I Jo 1:3,6,7), acreditem nele, e que andem em santidade (I Jo 2:6; 3:3), não em pecado (I Jo 2:15-17; 3:6), demonstrando que uma profissão puramente externa é nada sem a evidência de uma vida e conduta santa.

AUTORIA DA PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

Cinco livros do Novo Testamento são atribuídos ao apóstolo João: O Evangelho de João, o Apocalipse e as três chamadas Epístolas de João. Não há nenhuma razão para fazer-se distinção entre o escritor do Evangelho e de I João. As semelhanças são grandes, e, por causa das semelhanças entre I João, II João e III João, pode-se afirmar que o apóstolo João, ‘(….) era o discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, (Jo 21:20), filho de Zebedeu e irmão de Tiago, seja o autor do quarto Evangelho, das Epístolas Joaninas e do Apocalipse. Além disso, testemunhas do século II como Papias, Irineu, Tertuliano e Clemente de Alexandria, afirmam que esta epístola foi escrita pelo apóstolo João.

POSSÍVEIS DESTINATÁRIOS DA PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

Embora I João seja chamada uma epístola, ela nem começa nem termina como uma epístola. Tampouco tem ela a identificação usual do escritor e o nome do grupo ao qual foi enviada, e nenhuma saudação de despedida.
Contudo, ela tem o sentido de uma carta pessoal, endereçada a pessoas conhecidas do autor. A natureza pessoal de I João explica o intenso interesse do autor no bem-estar de seus leitores. Esta nota pessoal indicaria que esta epístola foi escrita a um público restrito, talvez uma igreja ou grupo de igrejas sob o cuidado do autor, o apóstolo João. Seria impossível identificar igreja à qual João escreveu. Se esta é uma carta “circular”, às igrejas com as quais João trabalhou na Ásia Menor, possivelmente alguma declaração poderia ser sustentada acerca de uma ou mais das sete igrejas mencionadas no Apocalipse (1:11; 2:1-3:22). É possível que os baalamitas, nicolaíticas, gnósticos e seguidores de Jezabel (todos encontrados no Apocalipse) fossem representantes da heresia combatida em I João. É, portanto, entendido que I João foi escrita a uma igreja, ou grupo de igrejas, naquela área em torno de Éfeso, da qual o apóstolo João era supervisor.

PROPÓSITO DA PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

O assunto principal desta epístola é o problema dos falsos ensinos, ou seja, advertir os leitores acerca do perigo das atividades e ensinos de homens heréticos (I Jo 4:1-5), cujo aparecimento é um sinal certo de que a “última hora” é chegada (I Jo 2:18). Por isso, o apóstolo João escreve esta epístola com três propósitos principais:

1 Expor e corrigir os erros doutrinários dos falsos mestres. Certas pessoas, que anteriormente conviveram com os leitores da epístola, deixaram as congregações (I Jo 2.19), mas os resultados dos falsos ensinos continuavam a distorcer o evangelho. Doutrinariamente, a sua heresia negava que Jesus é o Cristo (I Jo 2.22; 5.1) e que Jesus veio em carne (I Jo 4.2,3). Além disso, ensinavam que não era necessário a fé salvífica (I Jo 1.6; 5.4,5), a obediência aos mandamentos de Jesus (I Jo 2.3,4; 5.3) e uma vida santa, separada do pecado (I Jo 3.7-12) e do mundo (I Jo 2.15-17).

2 Exortar seus filhos na fé a manter uma vida santa e de comunhão com Deus. João escreveu com o propósito de fazer com que seus filhos se regozijassem (I Jo 1.4) e para que tivessem certeza da vida eterna (I Jo 5.13) mediante a fé em Jesus, o filho de Deus (I Jo 4.15; 5.3-5;12) e pela habitação interior do Espírito Santo (I Jo 2.20; 4.4,13).

3 Demonstrar como alguém pode saber que está na verdade. A verdadeira teologia é que Jesus é o Filho de Deus (I Jo 3:23; 5:5,10,13) e que Cristo verdadeiramente veio em carne (I Jo 4:2); a ética prática para o crente é guardar os mandamentos de Deus (I Jo 2:23) e a verdadeira comunhão é demonstrada pelo amor prático (I Jo 4:7-21).

João resume a epístola dizendo: “Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna” (I Jo 5:13). Ele escreve aos cristãos, para certificá-los de que sua comunhão, uns com os outros, e com Deus, é segura por causa da aceitação de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

VISÃO PANORÂMICA DA PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

A fé e a conduta estão fortemente entrelaçadas nesta carta. Os falsos mestres, aos quais João chama aqui de “anticristos” (I Jo 2.18-22), apartaram-se do ensino apostólico sobre Cristo e a vida de retidão. De modo semelhante a II Pedro e Judas, I João refuta e condena com veemência os falsos mestres (I Jo 2.18,22,23,26; 4.1,3,5) com suas crenças e conduta destruidoras. O apóstolo João, também nesta epístola, expõe as características da verdadeira comunhão com Deus (I Jo 1.3-2.2) e revela cinco evidências específicas pela qual o crente poderá “saber”, com confiança e certeza, que tem a vida eterna:

1 A evidência da verdade apostólica a respeito de Cristo (I Jo 1.1-3; 2.21-23; 4.2,3,15; 5.1,5,10,20).

2 A evidência de uma fé obediente que guarda os mandamentos de Cristo (I Jo 2.3-11; 5.3,4).

3 A evidência de um viver santo, para comunhão com Deus (I Jo 1.6-9; 2.3-6,15-17,29; 3.1-10; 5.2,3).

4 A evidência do amor a Deus e aos irmãos na fé (I Jo 2.9-11; 3.10,11,14,16-18; 4.7-12,18,21).

5 A evidência do testemunho do Espírito Santo no crente (I Jo 2.20,27; 4.13).

João afirma, por fim, aos leitores, que a pessoa pode saber com convicção, que tem a vida eterna (I Jo 5.13) quando estas cinco evidências são manifestas na sua vida

HERESIAS REFUTADAS NA PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

O propósito de I João é, claramente, advertir os leitores acerca do perigo dos falsos ensinos do gnosticismo, que ensinava que Deus, sendo o bem perfeito, não poderia ter criado o mundo físico (que é mau); portanto, o Cristo, sendo divino, não poderia ter encarnado. Estes mestres hereges haviam sido membros do grupo cristão, mas não eram crentes reais (I Jo 2:19). Sua negação de que Jesus é o Cristo coloca-os fora da comunidade da fé e os agrupa juntamente com os “anticristos” (I Jo 2:18,22; 4:3). Eles tinham o espírito do anticristo, e não o Espírito de Deus (I Jo 4:1-3), e a natureza real de seus ensinos manifestam-se na negação da encarnação do Verbo (I Jo 4:3), na iniqüidade (I Jo 1:6-10) e na falta de amor (I Jo 4:7-13, 20,21). Contra estes três aspectos da heresia, João enfatiza as três marcas do cristianismo autêntico: Jesus é verdadeiramente o Cristo vindo na carne (I Jo 4:1-3; 5:5-9); obediência aos mandamentos de Deus através de Jesus Cristo (I Jo 2.3-11; 5.3,4); e, uma atitude de amor a Deus e ao próximo (I Jo 2.9-11; 3.10,11,14,16-18).

CONCLUSÃO

A Primeira Epístola de João foi escrita para nos ajudar a conhecer a realidade de Deus em nossa vida através da fé em Cristo, nos assegurar que temos a vida eterna e nos encorajar a permanecermos em comunhão com Deus, que é “luz” (I Jo 1.5) e “amor” (I Jo 4.8). Ela foi escrita por João, o “apóstolo do amor”. Por isso, o amor é mencionado com freqüência nesta carta. João era idoso e talvez fosse o único apóstolo vivo naquele momento, e, como testemunha ocular de Cristo, ele escreveu com toda autoridade para dar, aquela nova geração de crentes, segurança e certeza da vida eterna: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.” ( I Jo 5.11-13).

REFERÊNCIAS:

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. João Ferreira de Almeida. C.P.A.D.
Bíblia de Estudo Pentecostal. João Ferreira de Almeida. C.P.A.D.
Comentário Bíblico do Novo Testamento. Mattew Henry. C.P.A.D.
Introdução ao Estudo do Novo Testamento. Broadus David Hale. JUERP.

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