3º Trimestre - Lição 08
TEXTO ÁUREO
"A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele"
(Lc 16.16).
VERDADE PRÁTICA
João Batista convocou o povo ao arrependimento, confissão de pecados e retorno a Deus, bem como foi o precursor de Jesus, o Messias.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 11.7-15
7 - Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
8 - Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.
9 - E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
10 - E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
11 - Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?
12 - Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
13 - Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
14 - E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
15 - Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar a missão de João Batista
Descrever a personalidade de João Batista
Conscientizar-se do privilégio de fazer parte do Reino de Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
João Batista é o personagem que demarca a transição da Antiga para a Nova Aliança e serve de ponte entre o Antigo e o Novo Testamento. Além disso, foi o precursor do Messias e tinha como uma de suas principais atividades o batismo em água. De certa forma, acabou introduzindo o rito, que veio a tornar-se a primeira ordenança da Igreja. Nesta oportunidade, trataremos da origem, ministério e mensagem de João Batista, o último profeta veterotestamentário.
Estudo de Apoio à Lição 08
A profecia aponta para a obra de preparo feita por João. Ele é a voz do deserto clamando: "Preparai o caminho do Senhor" (Isaías 40:3). Malaquias disse que João haveria de preparar "o caminho diante" do Senhor (Malaquias 3:1-2). O preparo espiritual de João é um indício da natureza espiritual do reino.
João começa a sua obra identificando-se. "Eu não sou o Cristo " (João 1:20), disse ele. Ele é aquela voz que prepara o caminho do rei (João 1:23). Um anjo resumiu a obra de João: "Irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado" (Lucas 1:17).
I. A ORIGEM DE JOÃO BATISTA
1. Sua família.
João Batista veio de uma piedosa família, formada pelo sacerdote Zacarias e Isabel, sua esposa. Seu pai era "da ordem de Abias" e sua mãe "das filhas de Arão" (Lc 1.5). Na época de Davi, o número de sacerdotes havia se multiplicado de tal modo que o segundo rei de Israel resolveu estabelecer o sistema de serviço, do qual a ordem de Abias era a oitava (1 Cr 24.3-6,10). Os descendentes de Arão continuaram a se multiplicar tanto que, nos anos que precederam o nascimento de Jesus, o sacerdote só tinha uma oportunidade na vida de servir no altar (Lc 1.8-10). E foi nesse contexto que o anjo Gabriel anunciou a Zacarias o nascimento de João Batista (Lc 1.13).
2. Seu nome e seu nascimento.
O anúncio, a escolha do nome e a concepção de João Batista demonstram que ele teria uma importante missão a cumprir. Tudo aconteceu em razão de uma intervenção direta de Deus, pois Isabel, sua mãe era estéril e, além disso, ela e Zacarias "eram avançados em idade" (Lc 1.7), à semelhança de Abraão e Sara (Gn 11.30; 21.2). Isso prova que algo incomum estava acontecendo. Até mesmo o nome da criança foi uma escolha divina, pois o anjo ordenara a Zacarias que pusesse no menino "o nome de João" (Lc 1.13).
Apesar de ser um nome comum naquela época, não o era na família de Zacarias (Lc 1.59-63). A alcunha de "Batista" foi dado em função de o seu ministério consistir em grande parte na prática de batizar. Literalmente, João Batista significa João, o Batizador. Conforme o anjo ainda comunicara a Zacarias, "muitos" se alegrariam com o nascimento de João (Lc 1.14,58), pois tal acontecimento era prova inequívoca de que o Senhor ainda amava Israel (Lc 1.65-80).
3. Sua estatura espiritual e sua missão.
O anjo Gabriel discorre sobre a estatura espiritual de João Batista, declarando que ele seria "grande diante do Senhor" e "cheio do Espírito Santo, desde o ventre de sua mãe" (Lc 1.15). Sua missão era converter os filhos de Israel a Deus e "preparar ao Senhor um povo bem disposto" (Lc 1.16,17). "Bem disposto" para o quê? Sem dúvida alguma, para o que o próprio pai, Zacarias, profetizou por ocasião da circuncisão do menino, afirmando que a criança seria profeta do Altíssimo e precursor do Messias (Lc 1.76).
João Batista (AO 1945: Baptista), também chamado de João, o Batizador (AO 1945: Baptizador) (Judeia, 2 a.C. - 30 d.C.) foi um pregador judeu, do início do século I, citado por inúmeros historiadores, entre os quais estão Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.
Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Baptista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel (ou Elizabete), prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias, Jesus Cristo. Baptizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o baptismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adoptados pelo cristianismo.
João nasceu numa pequena aldeia chamada Aim Karim, a cerca de seis quilômetros lineares de distância a oeste de Jerusalém.[carece de fontes?] Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento. Outros documentos defendem que pertencia à facção nazarita da Palestina, integrando-a na puberdade, era considerado, por muitos, um homem consagrado. De acordo com a cronologia neste artigo, João teria nascido no ano 7 a.C.; os historiadores religiosos tendem a aproximar esta data do ano 1º, apontando-a para 2 a.C..
Como era prática ritual entre os judeus, o seu pai Zacarias teria procedido à cerimónia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas acções religiosas e pela vida no templo, uma vez que o seu pai era um sacerdote e a sua mãe pertencia a uma sociedade chamada "as filhas de Araão", as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa da altura.
Aos 6 anos de idade, de acordo com a educação sistemática judaica, todos os meninos deveriam iniciar a sua aprendizagem "escolar". Em Judá não existia uma escola, pelo que terá sido o seu pai e a sua mãe a ensiná-lo a ler e a escrever, e a instruí-lo nas actividades regulares.
Aos 14 anos há uma mudança no ensino. Os meninos, graduados nas escolas da sinagoga, iniciam um novo ciclo na sua educação. Como não existia uma escola em Judá, os seus pais terão decidido levar João a Engedi (atual Qumram) com o fito de este ser iniciado na educação nazarita.
João terá efectuado os votos de nazarita que incluíam abster-se de bebidas intoxicantes, o deixar o cabelo crescer, e o não tocar nos mortos. As ofertas que faziam parte do ritual foram entregues em frente ao templo de Jerusalém como caracterizava o ritual.
Engedi era a sede ao sul da irmandade nazarita, situava-se perto do Mar Morto e era liderada por um homem, reconhecido, de nome Ebner.
Morte dos pais e início da vida adulta
O pai de João, Zacarias, terá morrido no ano 12 d.C.. João teria 18-19 anos de idade, e terá sido um esforço manter o seu voto de não tocar nos mortos. Com a morte do seu pai, Isabel ficaria dependente de João para o seu sustento. Era normal ser o filho mais velho a sustentar a família com a morte do pai. João seria filho único. Para se poder manter próximo de Engedi e ajudar a sua mãe, eles terão se mudado, de Judá para Hebrom (o deserto da Judeia). Ali João terá iniciado uma vida de pastor, juntando-se às dezenas de grupos ascetas que deambulavam por aquela região, e que se juntavam amigavelmente e conviviam com os nazaritas de Engedi.
Isabel terá morrido no ano 22 d.C. e foi sepultada em Hebrom. João ofereceu todos os seus bens de família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as responsabilidades sociais, iniciando a sua preparação para aquele que se tornou um “objectivo de vida” - pregar aos gentios e admoestar os judeus, anunciando a proximidade de um “Messias” que estabeleceria o “Reino do Céu”.
De acordo com um médico da Antioquia, que residia em Písia, de nome Lucas, João terá iniciado o seu trabalho de pregador no 15º ano do reinado de Tibério. Lucas foi um discípulo de Paulo, e morreu em 90. A sua herança escrita, narrada no "Evangelho segundo São Lucas" e "Actos dos Apóstolos" foram compiladas em acordo com os seus apontamentos dos conhecimentos de Paulo e de algumas testemunhas que ele considerou. Este 15º ano do reinado de Tibério César terá marcado, então, o início da pregação pública de João e a sua angariação de discípulos por toda a Judeia em acordo com o Novo Testamento.
Esta data choca com os acontecimentos cronológicos. O ano 15 do reinado de Tibério ocorreu no ano 29 d.C.. Nesta data, quer João Baptista, quer Jesus teriam provavelmente 36 a 37 anos de idade.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
João Batista foi oriundo de uma família piedosa, teve um nascimento miraculoso e sua missão foi converter os israelitas a Deus e preparar o caminho do Messias.
II. A PERSONALIDADE DE JOÃO BATISTA
1. O testemunho de Jesus (v.7a).
Pouco tempo após batizar o Senhor Jesus, João Batista foi preso. Ao ouvir acerca das realizações de Cristo, ele mandou que dois de seus discípulos fossem até ao Senhor e o inquirisse acerca do cumprimento de sua missão messiânica (Mt 11.3). Jesus mandou então que contassem a Batista, na prisão, "as coisas que ouvis e vedes: Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho" (Mt 11.4,5). Isto é, não havia apenas sinais no ministério do Senhor Jesus Cristo, mas também e, principalmente, a mensagem do evangelho.
2. Sua espiritualidade e devoção (v.7b).
Após essa resposta, o Senhor Jesus passa a falar sobre a grandiosidade do ministério de João Batista. O Filho de Deus revela que o povo não saiu ao deserto para ouvir qualquer pessoa, mas um homem destemido e cheio do Espírito Santo; um homem que falava a verdade divina, exortando os pecadores ao arrependimento; um homem que não temia as ameaças dos poderosos. Era inconcebível pensar que João Batista havia fraquejado por estar preso, pois ele não era "uma cana agitada pelo vento", mas um vigoroso cedro capaz de resistir a fortes tempestades. Ele estava na masmorra de Herodes (Mt 14.10-12), porém, demonstrava um forte compromisso e preocupação com a obra de Deus.
3. Sua personalidade (v.8).
Com as perguntas retóricas - "Que fostes ver no deserto? [...] Um homem ricamente vestido?" - Jesus estava dizendo que esse tipo de personalidade não caracterizava João. Pois, os que o ouviram no deserto podiam estar certos de que, mesmo encarcerado, o Batista continuaria sendo o mesmo João: um homem santo e destemido que, por opção própria, usava vestes de pelos de camelo e cinto de couro.
O preparo para a vinda do reino foi feito por meio da proclamação de advertência e da necessidade de arrependimento. João advertiu os fariseus e os saduceus: "Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo" (Mateus 3:10). Multidões escutavam o apelo de João: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mateus 3:2). Os que atendiam ao chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado produzindo "frutos dignos de arrependimento" (Mateus 3:8). Muitos foram batizados por João no rio Jordão. Uma geração de víboras rejeitou a mensagem, ao passo que outros permitiram que o mensageiro de Deus os preparasse.João Batista veio com a disposição e o poder de Elias (Lucas 1:17). Em nenhum lugar isso é mais claro do que na descrição de Lucas 3:18-19: "Assim, pois, com muitas outras exortações anunciava o evangelho ao povo; mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele, por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito". O preparo para o reino espiritual que estava por vir exigia uma obra de escavação. Os vales tinham de ser preenchidos, e os montes tinham de ser rebaixados. Assim como Elias fez o que pôde para tirar a idolatria, o assassínio e a desonestidade (1 Reis 18, 19), também João opôs-se aos pecados da nação e os desmascarou. Entre esses pecados estavam "todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito".
O caminho do rei foi preparado por João, mostrando especificamente a mudança que deve ocorrer na vida dos homens. João não só condenava o mal, mas salientava a mudança que Deus espera das pessoas perdoadas. Os publicanos, os soldados e o povo em geral perguntavam: "Que havemos, pois, de fazer?". A Voz exigia generosidade (Lucas 3:11), honestidade (Lucas 3:13) não-violência e contentamento (Lucas 3:14). A preparação feita por João foi para um caminho de santidade, e o povo de Deus deve andar nesse caminho (Isaías 35:8-10).
João preparava para o reino vindouro referindo-se ao rei do reino. Não bastava advertir a nação judaica para que fugissem da ira de Deus (Mateus 3), nem instruí-los com respeito ao procedimento esperado por Deus (Lucas 3), mas era essencial que o rei que estava por vir fosse identificado. João tinha estado batizando em Betânia e, no dia seguinte, quando viu Jesus se aproximar dele, exclamou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29). Jesus era visto por João como aquele tipificado no cordeiro pascal, e como aquele cordeiro que "foi levado ao matadouro" pelo pecado do homem (Isaías 53).A eficácia da obra de João é exemplificada no primeiro capítulo do livro de João. "No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus" (João 1:35-37). Ao levar esses dois discípulos ao rei do reino espiritual de Deus (João 18:36-37), João havia desempenhado bem a sua função. Dois homens preparados estavam prontos para se tornar discípulos de Cristo, e mais tarde seriam parte do fundamento do reino, no qual todos os santos seriam cidadãos (Efésios 2:18-22).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
A personalidade de João Batista destemida e sensível ao Santo Espírito foi testificada por Jesus.
III. JOÃO BATISTA, O ÚLTIMO PROFETA
1. "Muito mais que profeta" (v.9).
O testemunho público de Jesus confirma o que o Espírito Santo havia falado por boca de Zacarias: João seria "profeta do Altíssimo" (Lc 1.76). Cristo foi além; afirmou que João era "muito mais do que profeta". Ele declarou ser o Batista um mensageiro enviado por Deus como o precursor do Messias (v.10), cumprindo assim a profecia de Malaquias (Ml 3.1). Jesus acrescentou que dentre os mortais, não houve ninguém maior do que João (v.11). E isso, por algumas razões: a) Porque os profetas falaram a respeito de João (Is 40.3; Ml 3.1); b) porque João teve o privilégio de ver o cumprimento principal dos oráculos proféticos do Antigo Testamento: O Senhor Jesus; c) por ter sido o precursor do Messias; d) porque batizou o Senhor Jesus nas águas; e) porque pode participar da salvação que os profetas apenas predisseram; e finalmente f) porque chegou ao clímax do ministério profético, tal como havia no Antigo Testamento (Lc 16.16).
2. O término da dispensação da Lei (v.13).
Pelas razões acima apresentadas, João é o mais excelente de todos os profetas; com ele se encerra a Antiga Aliança. João Batista é o único personagem do Novo Testamento com quem Deus se comunicava da mesma maneira que Ele falava aos profetas do Antigo Testamento: "[...] veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias" (Lc 3.2 - ARA; cf. Jr 1.2).
3. "O Elias que havia de vir" (v.14).
Ao comparar o ministério de João Batista ao de Elias, Jesus confirma o oráculo de Malaquias (4.5,6). Em outras palavras, João veio na virtude e no espírito de Elias (Lc 1.17), ou seja: exercendo um ministério igual ao de Elias. E o Senhor Jesus o reafirma em outra ocasião (Mt 17.12,13). Isso, porém, não deve levar ninguém a pensar que João era Elias reencarnado por duas razões básicas: Elias foi arrebatado vivo para o céu, portanto, não morreu (2 Rs 2.11). Além disso, reencarnação é algo que não existe e nem é permitido por Deus (2 Sm 12.23; Sl 78.39; Hb 9.27).
Elias e João Batista tinham as mesmas características: ambos vestiam-se de pelos e usavam cinto de couro (2 Rs 1.8; Mt 3.4), ministravam no deserto (1 Rs 19.9,10,15; Lc 1.80), e eram incisivos ao pregarem contra reis ímpios (1 Rs 21.20-27; Mt 14.1-4).
É perspectiva comum que a principal influência na vida de João terá sido o registos que lhe chegaram sobre o profeta Elias. Mesmo a sua forma de vestir com peles de animais e o seu método de exortação nos seus discursos públicos, demonstravam uma admiração pelos métodos antepassados do profeta Elias. Foi muitas vezes chamado de “encarnação de Elias” e o Novo Testamento, pelas palavras de Lucas, refere mesmo que existia uma incidência do Espírito de Elias nas acções de João.
O Discurso principal de João era a respeito da vinda do Messias. Grandemente esperado por todos os judeus, o Messias era a fonte de toda as esperanças deste povo em restaurar a sua dignidade como nação independente. Os judeus defendiam a ideia da sua nacionalidade ter iniciado com Abraão, e que esta atingiria o seu ponto culminar com achegada do Messias. João advertia os judeus e convertia gentios, e isto tornou-o amado por uns e desprezado por outros.
Importante notar que João não introduziu o baptismo no conceito judaico, este já era uma cerimónia praticada. A inovação de João terá sido a abertura da cerimónia à conversão dos gentios, causando assim muita polémica.
Numa pequena aldeia de nome “Adão” João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as alparcas (as correias das sandálias). Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe, rei da Ituréia e Traconites (irmão de Herodes Antipas I). Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação alguns meses mais tarde.
O baptismo de Jesus - Na hora - a apresentação do Pai, filho e Espirito Santo.
Pessoalmente para João, o baptismo de Jesus terá sido o seu auge experiencial. João terá ficado admirado por Jesus se ter proposto para o baptismo. Esta experiência motivou a sua fé e o seu ministério adiante.
João baptizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. A síntese bíblica do acontecimento é resumida, mas denota alguns factores fundamentais no sentimento da experiência de João. Nesta altura João encontrava-se no auge das suas pregações. Teria já entre os 25 e os 30 discípulos e baptizava judeus e gentios arrependidos. Neste tempo os judeus acreditavam que Deus castigava não só os iníquos, mas as suas gerações descendentes. Eles acreditavam que apenas um judeu poderia ser o culpado do castigo de toda a nação. O baptismo para muitos dos judeus não era o resultado de um arrependimento pessoal. O trabalho de João progredia.
Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João baptizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complascência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Este acontecimento sem qualquer repetição histórica tem servido por base a imensas doutrinas religiosas.
[editar] Prisão e morte
O aprisionamento de João ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C.. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodias, por intermédio de sua filha, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata e depois foi queimado em uma fogueira numa das festas palacianas de Herodes.
Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
João Batista não somente encerrou o Profetismo em Israel, mas também foi o arauto de Cristo.
CONCLUSÂO
João continua sendo um exemplo de coragem e humildade que devemos seguir. Essa voz no deserto precisa ser mantida contra o pecado e contra a corrupção. Oremos para que Deus continue a levantar homens e mulheres santos, destemidos e cheios do Espírito Santo para a expansão do Reino de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
João Batista como precursor do Messias; e a comparação com o profeta Elias
O papel de João Batista como um precursor do Messias o colocou numa posição de grande privilégio, descrito como 'muito mais do que profeta' (11.9), como não havendo ninguém maior do que ele. Nenhum homem jamais cumpriu este objetivo dado por Deus melhor do que João. Ainda assim, no Reino de Deus que está chegando, o menor terá uma herança espiritual maior do que João, porque ele viu e conheceu a Cristo e a sua obra concluída na Cruz. João morreria antes que Jesus morresse e ressuscitasse para inaugurar o seu Reino. Como seguidores de Jesus testemunharão a realidade do Reino, eles terão privilégios e um lugar maior do que João Batista. Todos os profetas das Escrituras tinham profetizado a respeito da vinda do Reino de Deus. João cumpriu a profecia, pois ele mesmo era o Elias que havia de vir (Ml 4.5). João não era Elias ressuscitado, mas ele assumiu o papel profético de Elias - o de confrontar corajosamente o pecado e mostrar Deus
VOCABULÁRIO
Veterotestamentário: Relativoao Antigo Testamento.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BOYER, Orlando. Espada Cortante 2. Rio de Janeiro, CPAD, 2006.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. 2ª. ed.Rio de Janeiro, CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
1. Por que João é chamado de Batista?
R. O nome de "Batista" foi dado em função de o seu ministério consistir na prática de batizar.
2. O que Jesus revela ao povo acerca da estatura espiritual de João?
R. Que ele era um homem destemido e cheio do Espírito Santo.
3. Cite duas razões apresentadas por Jesus para demonstrar ser João muito mais que um profeta.
R. Os profetas falaram a respeito dele (Is 40.3; Ml 3.1), e ele teve o privilégio de ver o cumprimento dos oráculos proféticos do Antigo Testamento.
4. Em que se assemelham os profetas João e Elias?
R. Ambos se vestiam de vestes de pelos e cinto de couro; ambos ministraram no deserto; ambos eram incisivos e sem rodeios em suas palavras e pregaram contra reis ímpios.
5. O que significa a expressão: "Veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias"?
R. A expressão significa que João Batista é o único personagem do NT com quem Deus falava da mesma maneira que falava aos profetas do AT.
Marcadores:
3º Trimestre - Lição 08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seus comentários...