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1º trimestre - 06 Lição - O Ministério da reconciliação

Leitura Bíblica em Classe
2 Coríntios 5.14,15,17-21

Introdução

I. A Vida Presente e a Futura (5.1-10)

II. O Amor de Cristo Constrange e Transforma (5.11-17)

III. O Ministério da Reconciliação (5.18-21)

I. A Vida Presente e a Futura (5.1-10)

“Pela revelação de Deus em Cristo, Paulo está certo de ‘que, se a nossa casa terrestre… se desfizer, temos de Deus um edifício’. O caráter transitório da vida na terra é expresso pela metáfora familiar de um tabernáculo que pode ser desmontado a qualquer tempo (cf. Hb 11.8-10). Quando isto acontecer, Paulo já possui, por fé, ‘uma casa não feita por mãos’, eterna, nos céus’ (cf. Cl 2.11; Hb 9.11). A linguagem de Marcos 14.58 é surpreendentemente similar: ‘Nos ouvimos-lhe dizer: Eu derribarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens’. A esta afirmação sobre Jesus, como ocorre no Evangelho de João, o evangelista acrescenta: ‘Ele falava do templo do seu corpo’ (Jo 2.21). Paulo relaciona a ressurreição de Cristo com a igreja, como o corpo de Cristo, e usa a imagem do templo para o último (6.16; 1 Co 3.16). Portanto, um ‘edifício de Deus e uma casa não feita pro mãos’ podem pertencer ao mesmo círculo de idéias”
“Paulo contrasta nosso corpo terreno com nosso futuro corpo de ressurreição. Ele declara claramente que nosso corpo presente nos faz gemer e quando morrermos não seremos espíritos sem corpos. Teremos novos corpos que serão para nossa vida eterna.

Paulo escreveu desse modo porque a Igreja em Corinto estava cercada pela cultura grega, e muitos crentes tinham dificuldades com o conceito de ressurreição do corpo porque os gregos não criam nisso. A maioria deles via a vida após a morte como algo que acontecia somente com a alma, com o verdadeiro ser que está preso a um corpo físico. Acreditavam que, com a morte, a alma era libertada; não existia imortalidade alguma para o corpo, e alma entrava em um estado eterno. Mas a Bíblia ensina que o corpo e alma não estão permanentemente separados.

Paulo descreve nosso corpo ressuscitado com maiores detalhes em 1 Coríntios 15.46-58. Ainda teremos personalidade e características reconhecíveis em nosso corpo ressuscitado. Mas, por meio da obra de Cristo, nosso corpo está muito melhor do que podemos imaginar. A Bíblia não nos diz tudo sobre o nosso corpo ressuscitado, mas abemos que ele será perfeito, sem deficiências, doenças ou dores (ver Fp 3.21); Ap 21.4).


II. O Amor de Cristo Constrange e Transforma (5.11-17)


•“Porque o amor de Cristo nos constrange (5.14). ‘O amor de Cristo’ é mais frequentemente compreendido como um objetivo e não como um genitivo subjetivo. É o amor que Cristo tem por nós e expressou no Calvário, e não o amor que nós sentimos por Cristo, que exerce força constrangedora na vida do cristão. ‘Constranger’ é sunechei, ‘estar controlando alguém’. Há mais coisas implicadas além da influência moral. O amor de Cristo liberou em nós um poder que não pode ser negado. Esse amor é transformador em caráter, e com muita certeza renovará o crente da mesma maneira que transformou Paulo - que antes era inimigo do Senhor - em seu servo mais dedicado.
[…] Por que o amor de Cristo nos constrange? Porque esse amor encontrou expressão em sua morte por ‘todos’ (aqui, claramente todos os crentes). Portanto, o crente, em união com Jesus, também morreu, e em união com Jesus ressuscitou para uma nova vida (Rm 6.1-14). ‘Para que’ é hina, que aqui expressa propósito mais do que resultado. O que Paulo quer dizer é que por meio da morte de Jesus e nossa união com Ele, Deus pretende trabalhar tanto em nossas vidas que nós chegamos ao lugar em que Paulo está agora - um lugar onde viveremos para Jesus e não para nós mesmos!

O que Paulo fez aqui foi lançar a base teológica na qual ele constrói seu ministério - a grande verdade que modela a maneira como se relaciona com os coríntios e os outros. Paulo não perde a coragem, mesmo quando a igreja de Corinto está dividida por disputas de imoralidade. O apóstolo continua a ministrar com confiança, porque ele está absolutamente convencido de que nada no mundo será capaz de impedir o propósito de Deus na expiação! Deus certamente, cumprirá sua vontade na vida de cada crente. O Senhor fará aquilo que planejou fazer quando deu seu Filho por nós.

Como Deus cumpriu seu objetivo? Unindo-nos a Jesus, para que compartilhemos tanto de sua morte quanto de sua ressurreição. Esta obra realizada pelo amor de Cristo exercerá força impulsionadora na vida do crente, e assim também os crentes de Corinto, certamente, crescerão à semelhança de seu Salvador.

Que verdade vital para ter em mente. Às vezes, parece que damos um passo em direção à vida cristã, somente para retroceder dois. E frequentemente aqueles que amamos parecem indiferentes, inabaláveis pelo chamado de Cristo ao pleno comprometimento. Quando desencorajados, nós podemos ter esperança. Deus certamente realizará seu objetivo em nós e neles. Por meio de seu grande amor, foi introduzido dentro de nós um poder que nós levará, como levou a Paulo, a ‘não viver mais para [nós mesmos], mas para aquele que por [nós] morreu e ressuscitou’ (5.15)” III. O Ministério da Reconciliação (5.18-21)

“A morte de Jesus foi uma propiciação, no sentido de que Ele pagou o preço que o pecado exige. A morte de Jesus foi redenção, no sentido de que o preço que Ele pagou, comprou nossa liberdade. E a morte de Jesus é reconciliação, no sentido de que ela exibe a graça de Deus e constitui prova de que Deus verdadeiramente perdoa, em lugar de computar nossos pecados contra nós.

A expressão me logizomentos autois, ‘não lhes imputando seus pecados’ reflete uma verdade enfatizada em Romanos 4. Deus não imputa os pecados contra ninguém que tenha fé em Jesus (Rm 4.3; Sl 32.2). O evangelho de Cristo enfatiza o perdão, não a condenação! Deixemos que a lei e nossa consciência nos condenem e nos deixem desconfortáveis a respeito de nossa situação com Deus. Jesus deixa tudo aquilo para trás e nos convida a ir livremente a Deus, certos de que os pecados já não são problema mais em nosso relacionamento com o Senhor.

O que torna este tema tão importante, é que o ‘mistério da reconciliação’ do Novo Concerto divulgado por Paulo mantém esta mesma ênfase! Em seu relacionamento com os coríntios, ele não parece inclinado a computar seus pecados. E ele não os usa contra eles! Ao contrário, ele é positivo e otimista. Olhando além dos problemas atuais, ele diz, com total sinceridade: ‘Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação e transbordante de gozo em todas as nossas tribulações’ (7.4).

Paulo está absolutamente convencido de que o amor de Cristo é a influência controladora na vida dos coríntios, e que eles chegarão à posição em que, como Paulo, viverão alegremente para o Senhor e não para si mesmos. O papel de Paulo não é culpar ou condenar, mas continuar a expressar a confiança que ele tem na obra de Cristo dentro deles - e expressando esta confiança, ajudar os coríntios a viver mais e mais em harmonia com o Senhor”

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